Jessicavelar 24/10/2024
?Vc pertence à biblioteca, assim como qualquer outro livro.?
Amei ter essa experiência, foi incrível! É reconfortante, uma pintada de suspense e repleta de magia e mistérios para serem descobertos, houve momentos engraçados, mas esperava mais o romance, pois a autora enrolou demais o envolvimento dos dois que não era bem trabalhados.
Na minha humilde opinião acho que os livros grimórios cuja conexão especial com a Elizabeth, amizade dos dois e o Silas foram únicos elementos realmente dignos de nota nesta leitura.
A premissa era muito interessante, com um sistema de magia baseado em grimórios personificados, o que achei uma ideia fantástica e a questão dos feiticeiros e seus demônios somou muito na ambientação é o ponto forte da narrativa e traz elementos góticos, como as mansões e as bibliotecas levemente assombradas, apesar que a leitura foi um pouco maçante, ainda assim, o enredo é envolvente, cheios de detalhes nos cenários, simplesmente acontecia mil coisas juntas do princípio ao fim, algumas coisas ficaram pontas soltas, achei os personagens bem construídos. Eu me sentia vendo um filme da Disney.
Eu demorei um pouco para terminar, pois eu não queria que acabasse logo por ser volume único. Agora desenvolvi um apreço maior por sua escrita. Adoraria ler os livros desse universo.
Elisabeth Scrivener, a órfã solitária, uma aprendiz que tinha o sonho de ser guardiã, sempre notada pelo seu jeito corpulento, a princípio que possui uma mente fechada devido a sua criação - ?filha de biblioteca?. E quando conhece o mundo, ela percebeu que existe algo grandioso e proeminente, se questionava qual o caminho que deveria tomar e tomou decisões coerentes. Critiquei muito ela no começo, conforme a leitura, sua trajetória me conquistou, é inteligente, destemida e doidinha. Apesar da sua ingenuidade que me irritou um pouco, porém foi melhorando gradativamente sem perder sua essência. Adorei a evolução dela, de fato, nunca subestime a força de vontade de uma mulher.
Nathaniel Thorn, o feiticeiro charmoso, misterioso, atencioso e gentil, que possui um passado doloroso, no entanto, não usou isso para tratar a Elisabeth ou as pessoas ao seu redor de forma negativa. E conforme a leitura ele revela a sua personalidade sarcástica e irresistível. Achei ele ausente por uma parte considerável do livro, mesmo assim gostei dele.
Silas, é um querido! O personagem muito cativante e divertido. Cheio de nuances de complexidades. Ele é o tipo que ?resolve tudo?, eu genuinamente gostei de acompanhá-lo. Vontade de colocar num potinho.
Fiquei impressionada com a analogia dele sendo descrito como um demônio, independente e desprovido de sentimentos. Ele estava naquele lugar exclusivamente para servir seu mestre, sem qualquer afeição, converso que eu torci tanto de ele ter sentimentos por Nathaniel ou até mesmo por Elizabeth foi muito emocionante.
O fato de ele se transformar em gato (ou aranha) à vontade me leva a pensar se essa caracterização foi intencional por parte da autora.
O vilão é muito ruim. Sem carisma, com um objetivo ridículo, e que foi resolvido de forma tão rápida, que chega a ser anticlimática. Houve momento em que ocorre com a protagonista, converso que foi tenso, achei que iria piorar a situação dela, porém quando isso passa, nada mais foi empolgante. E também achei que o final foi resolvido de maneira tão apressada que fiquei com a sensação de que a autora queria apenas encerrar a história rapidamente.