Despertar

Despertar Octavia E. Butler




Resenhas -


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Brujo 29/12/2021

Uma segunda chance para a humanidade.
Lançado em 1987, Despertar é o primeiro livro da trilogia Xenogênese, que ainda é composta pelos livros Ritos de Passagem e Imago, de 1988 e 1989, respectivamente (Octavia estava muito inspirada nessa epoca!).
Nesta história, a raça humana foi praticamente toda dizimada por uma guerra, sobre a qual nós leitores não temos muita explicação, e a Terra fica inabitável, provavelmente radiativa.
Os últimos remanescentes da raça humana foram salvos e "recolhidos" por uma raça alienígena de nome Oankali, que os mantém em animação suspensa por 250 anos, enquanto tornam o planeta novamente habitável e estudam os seres humanos de diversas formas (os resgatados e os mortos) mas nunca usando de crueldade física. Após estes 250 anos, os Oankali escolhem Lilith Iyapo, nossa protagonista, como líder dos seres humanos sobreviventes. Sua missão será Despertar e - principalmente - liderar um grupo de pessoas que voltará para a Terra, agora habitável, para recomeçarem a história da humanidade. O planeta está diferente agora e, para esta missão, Lilith primeiro precisará ser treinada pelos Oankali para depois transmitir esse conhecimento. Mas Lilith a princípio não quer esta missão. Ela primeiramente deve vencer a sua repulsa pelos Oankali, cuja aparência é repugnante aos olhos humanos: eles são humanóides de pele acinzentada, com diversos tentáculos pelo corpo, inclusive no lugar dos ouvidos e dos olhos.
Depois desta primeira etapa, Lilith precisará aceitar esta tarefa dada pelos Oankali, sobre os quais aos poucos ela vai conhecendo.
A próxima etapa é acordar os demais integrantes do grupo e lidar com todos os defeitos e qualidades inerentes a cada ser humano.
Basicamente, a premissa é essa !
Tratando agora das minhas impressões: o primeiro traço da escrita da Octavia que gostaria de ressaltar é a habilidade da autora em criar uma raça totalmente nova, de tal forma que o leitor consegue facilmente ficar imerso na história e tomar como real aqueles seres. E isso é fantástico. Os Oankali são uma raça mais evoluída que nós ( ao meu ver), não usam de violência a não ser que sejam atacados. Apesar da não violência, tratam os remanescentes como nós humanos tratamos uma espécie em extinção: a mantemos em cativeiro, tratamos dos espécimes e depois os devolvemos a seu hábitat. É exatamente isso que eles fazem com os humanos. E o preço de tudo isso é um só: essa raça sobrevive a base de permuta genética. Maiores explicações sobre esse detalhe apenas lendo o livro e descobrindo junto com Lilith. E, acreditem, as descobertas são muitas sobre os Oankali, até as últimas páginas.
A criatividade da autora é imensa! Um dos conceitos criados por ela é o da nave onde os Oankali habitam: ela é viva, cultivada! Tem um ecossistema próprio. Toda a tecnologia Oankali não é aquela que encontramos na maioria dos Sci-Fi's, ela é biológica. Não sei se algum outro autor já usou esse conceito antes, mas eu simplesmente me apaixonei por ele !
Como toda ficção científica de respeito, esta história tem que ter várias camadas, tecer críticas e passar mensagens. Li algumas resenhas sobre esse livro que diziam que a forma como os Oankali mantém os humanos é uma referência ao colonialismo europeu na África, mas eu definitivamente não poderia discordar mais: desde quando os europeus trataram os africanos com esse respeito que os Oankali trataram os sobreviventes, mesmo tendo seus próprios interesses?
Não, na minha opinião esta história é uma crítica a todos os defeitos inerentes à raça humana: somos mesquinhos, temos a tendência de nos agredir mutuamente, de nos destruir, de tomar o que queremos à força, de não tratarmos com respeito aqueles que são diferentes e mais fracos que nós. Aqueles que não são de nossa espécie são tratados com ainda mais desrespeito e descaso, vide a forma como tratamos nossos animais, simplesmente por estarmos no topo da cadeia alimentar. Até na figura de nossa protagonista há uma crítica: ela a princípio sente literalmente repulsa e ojeriza pelos Oankali, simplesmente por sua aparência. Isso nada mais é do que uma referência a mais um de nossos defeitos, a xenofobia. Claro que, como protagonista e heroína da história, Lilith supera isso no decorrer dos acontecimentos.
Para encerrar, eu digo que Octavia E. Butler deveria ser mais lida e mais reconhecida, com toda certeza!!! Este é apenas o primeiro livro dela que leio, mas sinto que será uma de minhas autoras prediletas! Que venham os Ritos de Passagem!!!!!!
Nadja Maria 29/12/2021minha estante
Esse já está na minha lista


Brujo 29/12/2021minha estante
Acho que você vai gostar, Nadja!


Báu do Norte 30/12/2021minha estante
Wow, na minha lista também! Gostei da resenha!


Brujo 30/12/2021minha estante
Obrigado, Lorena !!! ?


Gabriel.Chiquito 31/12/2021minha estante
Amei a resenha. Quero começar e ler bastante octavia esse ano, muito bom ter boas recomendações dos livros dela


Brujo 31/12/2021minha estante
Valeu, Gabriel !!!!


Paulo Henrique 31/12/2021minha estante
Excelente, entro na fila. Obrigado pela resenha.


Brujo 31/12/2021minha estante
Que legal que gostou, Paulo !


Renan.Menchik 02/01/2022minha estante
Belíssima resenha ! Foi para minha lista!


Brujo 02/01/2022minha estante
Obrigado, Renan !!!?


Stutz 03/01/2022minha estante
Não vou mentir.... Me encanta como sua mente comporta tamanha complexidade de todas as ficções/distopias que lê. Sempre vejo você pelo feed, com seus comentários singulares e verdadeiramente ligados às obras, e me pego pensando como consegue voltar à realidade depois de visitar tantas outras complexidades realidades


Brujo 04/01/2022minha estante
Obrigado, Mariana !! ? Como eu consigo voltar à realidade depois de uns petardos desse é um ótima pergunta, nem eu sei ... Hehe


Ícaro 26/01/2022minha estante
Bultler!! *-*


Samuel 11/08/2022minha estante
Eu amei esse livro




Qnat 03/05/2021

Gosto muito dos livros da Octavia por nos fazerem refletir. Gostando ou não da história, é muito difícil não ficar ruminando na mente as situações e decisões apresentadas.

Mas o enredo e escopo de Despertar não é original para quem é fã da autora.
Os temas, fundo de pano (humanos em cativeiros reprodutivos por alienígenas) e debates retratados no livro são bem parecidos com os contos "Filhos de Sangue" e "Anistia", ambos da coletânea "Filhos de Sangue e outras Histórias" também da Morro Branco.

De certo modo, algumas relações e desenvolvimento também aparecem em Kindred, sobretudo aquela tensão psicológica, e o acompanhamento da protagonista com o "antagonista" desde a infância dele até a maturidade.

Aliás, as protagonistas de ambos os livros são extremamente semelhantes em personalidade, o que me faz pensar que talvez seja um "alter ego" da própria autora.

Bom, para mim o livro está quase no terror. O que acontece com os humanos na história para mim é horrível, um verdadeiro pesadelo.



Lia Trajano 03/05/2021minha estante
Os que morreram na guerra é que tiveram sorte.


Qnat 03/05/2021minha estante
pois é!
concordo com alguns em tentar revidar... eu acho que eu não seria "desperto". ahaha


malu 03/05/2021minha estante
É um livro muito sinistro mesmo, vc não sabe em quem confiar e fica aquela tensão em todo o enredo do livro, é uma coisa de louco


Lia Trajano 03/05/2021minha estante
Fiquei com pena da protagonista, no final ainda ficou grávida contra a vontade de um ser híbrido, como uma cobaia.


malu 04/05/2021minha estante
Exato! Eu fiquei indignada qnd eu li essa parte. E o pior que é perceptível q a Lilith só tá ali pq não tem outra escolha. Se ela ficar ali p sempre vou ficar bem triste


Lia Trajano 04/05/2021minha estante
Quero ler logo o segundo livro, a continuação.


Adrya.Ribeiro 19/05/2021minha estante
Eu li em algum canto que o conto do filhos de sangue, deu "origem" para essa série...


Lia Trajano 19/05/2021minha estante
Vou procurar esse conto.




Gabi 04/04/2020

Excepcional
Eu sou oficialmente uma fã da autora Octavia. A escrita dessa mulher é extraordinária. Despertar é um livro de ficção incrível. Os Oankali, pela descrição feita no livro são feios que doí kkkk mas conseguem ser simpáticos e carismáticos, mais de alguma forma é como se fosse somente uma forma de conseguirem o que desejam. À relação entre os Oankali e os humanos chega a ser bizarra, é algo que nos fascina e nos enoja ao mesmo tempo. A tal permuta, que na verdade é um tipo de acasalamento entre os humanos, os Oankali e um Ooloi é diferente de tudo que eu já li nessa vida. Que livro incrível. Segundo volume já me aguarda haha
Maria.Oliveira 14/06/2020minha estante
Eu já queria ler pelo resumo, depois da sua resenha, quero o quanto antes! haha




Sandrics 11/02/2020

Lilith desperta de um sono profundo, e novamente se encontra no mesmo ambiente branco, uma cela. Ela gostaria de ter acordado desse pesadelo. Não sabe quem são seus captores, as vezes eles falam com ela, e as vezes não.

Lilith então descobre que ficou em animação suspensa durante 250 anos (e só envelheceu 2), e que os responsáveis por isso foram criaturas de outro planeta, que a salvaram da Terra, dizimada por mais uma guerra. Apesar de ter sido salva pelas criaturas, Lilith sente repulsa de sua aparência mas aos poucos vai se acostumando com a sua missão de guiar os humanos sobreviventes para repovoar o planeta.

Esse é um breve resumo de um livro que aborda muito mais do que o contato com seres extraterrestres, ou a responsabilidade de manter uma espécie viva. O livro aborda o preconceito com a aparência, as liberdades tomadas em nome da biologia, o abuso e a invasão. As relações humanas e toda a sua complexidade.
Octávia Butler escreve de uma maneira encantadora que faz com que você não consiga largar o livro. Essa foi uma leitura coletiva com o grupo #clubedeleituramaisscifi e foi difícil resistir e não ler tudo de uma vez. E mais uma vez me surpreendi com as reflexões impostas pela autora de maneira chocante e ao mesmo tempo natural, envolvendo coisas do nosso dia a dia em uma realidade de ficção científica.
Eu admiro muito essa mulher

site: https://www.instagram.com/culturinhas/
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Thânia Deak 04/04/2022

Despertar
Há vida inteligente lá fora e é ela que salva a humanidade de si mesma. Quando Lilith Iyapo desperta após 250 anos de animação suspensa, descobre que o planeta Terra e os seres humanos sobreviventes de uma guerra catastrófica estão sob a guarda dos Oankali, uma espécie alienígena com habilidades e tecnologias tão impressionantes quanto sua aparência é repulsiva.

Lilith foi escolhida para despertar e preparar outros seres humanos para finalmente retornarem ao planeta natal. A Terra está novamente habitável há pouco, porém em condições bem diferentes do que conheciam. Assim, os humanos precisarão desenvolver suas habilidades de sobrevivência, enquanto Lilith terá que superar as próprias suspeitas para liderá-los nessa nova etapa ? além de decidir se vale a pena andar sobre a linha do que nos define como humanos.
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Brunna Fernanda Freire 11/08/2021

Questões muito interessantes
Nem sei por onde começar, esse não é meu livro preferido de Octavia no que se trata de da história, e definitivamente não gosto muito da protagonista, mas esse é o livro que levantou as questões mais interessantes até agora, questões que se quer sei responder completamente.
As questões levantadas pelo livro, e pela história em si, são brilhantes e fascinantes, terei muito no que pensar a partir de agora.
Falando dos Oankali, eu vejo muito de nós e de nossa forma de tratar com animais (e até mesmo uns aos outros) em seu comportamento, em sua forma de pensar e agir, não somos tão diferentes assim.
Por fim, sem dar spoilers eu queria pontuar sobre a principal questão do livro em si, a questão que no qual a protagonista parece não conseguir aceitar de forma nenhuma: Eu sinceramente não vejo problema nenhum, a evolução faz exatamente isso, apenas de forma mais lenta.
Sendo assim a questão que fica para mim é: o que nos faz humanos?
Definitivamente não é apenas nossos genes ou nossa aparência, pelo menos não para mim.
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Dhiego Morais 12/07/2020

Despertar
Viva! Ainda viva. Viva mais uma vez. Com os membros dormentes e a circulação retornando tropegamente ao seu corpo, esforçou-se para se manter em posição fetal, ciente de que tudo o que experimentasse haveria de ser realidade, por mais decepcionante que fosse despertar por mais uma vez. Ela era Lilith Iyapo e ainda não estava certa sobre a identidade ou origem de seus captores, muito menos a situação no mundo lá fora. Havia guerra, havia catástrofe e morte, entretanto, ali, no quarto, reclusa, só havia prisão. Ela era Lilith Iyapo e fora despertada para cumprir o seu destino.
“Somos uma espécie adaptável — disse ela, se recusando a ser interrompida —, mas é errado infligir sofrimento apenas porque sua vítima consegue suportá-lo.”
É graças ao trabalho fantástico da editora Morro Branco que nós, brasileiros, estamos tendo a oportunidade de mergulhar nas histórias e na escrita impressionante de Octavia E. Butler, a “Dama da Ficção Científica”. Lançado originalmente em 1987, “Despertar” (Dawn) faz parte da trilogia de ficção científica Xenogênese, que se centraliza na hipótese de contato entre as raças humana e extraterrestre.
Octavia Butler ficou conhecida não apenas por seus inúmeros prêmios e indicações da ficção, mas principalmente por optar em narrar histórias onde grandes figuras negras femininas sobressaem-se como protagonistas, aproveitando-se ainda para abordar temas ainda contemporâneos a nossa sociedade, como o racismo, as divisões e disparidades de classes, o empoderamento feminino, a sexualidade, reprodução, identidade e a escravidão. Em Despertar, terceiro romance publicano em terras tupiniquins, a autora convida os seus leitores para uma viagem não muito longe de nossa atmosfera, a fim de observar o germinar do debate de alguns desses temas.
Lilith Iyapo é uma jovem negra que perdera não há muito tempo seu companheiro e seu filho em um acidente de carro. Com a humanidade se deteriorando, se autodestruindo pelo artifício de armas nucleares, Lilith desperta não pela primeira vez em um quarto, nua, porém com mudas de roupas a sua disposição. Inicialmente confusa, a protagonista imagina que passará por mais um interrogatório de seus captores — algo que ela pressupõe serem russos. No entanto, Lilith não tarda a descobrir que na verdade seus captores não passam de, na verdade, salvadores, de uma raça alienígena além de sua imaginação.
Suspensa — ou adormecida — por cerca de 250 anos, a jovem “nasce” já com uma missão dada por seus guardadores, os Oankali, alienígenas com habilidades tecnológicas assombrosas: Lilith foi escolhida para despertar os outros humanos postos em suspensão, bem como prepará-los para o seu retorno a Terra.
“Quantas vezes você consegue suportar que todas as pessoas sejam tiradas de você e ainda ter a determinação de recomeçar?”
Os Oankali são uma das criações mais interessantes de Octavia Butler. Com um corpo levemente humanoide, as criaturas possuem protuberâncias pelo corpo que se assemelham a tentáculos, feito que desagrada e choca Lilith e os demais humanos quando finalmente conhecem aqueles que os salvaram (ou capturaram) de uma Terra destruída e inabitável. Extremamente inteligentes, os alienígenas não apenas possuem tecnologia avançada, como também são especialistas em engenharia biogenética, sendo eles mesmos frutos de intensas adaptações evolutivas, genéticas, mutualísticas e simbióticas pelo contato com diversas outras raças extra-solares. Possuindo três gêneros, os Oankali tem um relacionamento plural, não vinculado exclusivamente pelo lado emocional ou afetivo; além disso, é comum que se vejam como mercadores de genes, aproveitando-se de suas características superiores para se manter em constante evolução.
Nikanj é um ooloi, o gênero assexuado dos Oankali, de um ramo familiar especificamente criado para acompanhar a transição dos humanos de volta à Terra, tão logo o momento chegue. Butler aproveita esse ponto para convidar os leitores a observar o relacionamento e convívio entre raças tão díspares. É importante ressaltar a reflexão gerada para as características não consensuais que ocorrem, bem como para o tema da bioética, já que os Oankali dependem da permuta genética para sobreviver, enquanto realizam inúmeras adaptações em organismos vivos, como em sua nave, seus alimentos, seu próprio corpo e com o corpo dos humanos resgatados.
Não obstante, há a relevância de se escolher uma protagonista feminina e negra para guiar o renascimento e o retorno da raça humana ao planeta Terra. Octavia propõe uma discussão valiosa quanto ao feminismo em sua trama, a constante sensação de medo em não se saber até que ponto seus guardiões dizem a verdade, até onde seus interesses se estendem, aliado ao perigo de se despertar pessoas que inevitavelmente a conectarão aos monstros que os prenderam dentro de uma nave-cidadela. Lilith está sozinha e precisa se decidir entre continuar vivendo uma vida cativa ou mergulhar em uma Terra reconstruída do zero, diferente certamente mais selvagem.
“Luto era luto, pensou. Era dor e perda e desespero, um fim abrupto onde deveria ter havido continuidade”.
Despertar é mais uma prova da habilidade assustadora de Octavia E. Butler de construir narrativas organicamente vivas; um verdadeiro ensaio plausível de se inspirar, cujos temas políticos, bioéticos, históricos e socioculturais levam a reflexão ao leitor. Dotado de beleza e de uma dose de estranheza, com personagens inesperadamente comoventes, o primeiro volume da série Xenogênese ascende como um romance que versa sobre o significado de ser humano e, essencialmente, de ter identidade.


site: https://skullgeek.com.br/resenhas/resenha-despertar-xenogenese-1-de-octavia-e-butler/
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Mariah__lice_ 25/07/2024

Esperava mais
O início do livro foi muito empolgante e diferente de tudo que já tinha lido, mas do meio pro final a história desandou. Acredito que tenha sido pelo fato do enfoque ter saído dos aliens e ter ido para seres humanos muito chatos e sem noção. Eles me irritavam, pois não eram capazes de respeitar diferenças básicas entre eles e os alienígenas, mas acho que talvez esse tenha sido o intuito da autora, mas me deu muita agonia e raiva.
Não devo ler o dois por agora, mas ainda tenho curiosidade de ler. ??
brwnda_ 25/07/2024minha estante
hablou muito




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Luiza Helena (@balaiodebabados) 15/04/2021

Originalmente postada em https://www.balaiodebabados.com.br/
Toda vez que lia a sinopse de Despertar, mais aumentava minha curiosidade sobre a história. Aproveitei o fato que me apaixonei pela escrita da Octavia em Kindred e segui logo com a minha leitura desse livro.

Uma guerra destruiu a Terra (novidade, ne mores) e os poucos humanos que sobreviveram foram salvos por uma raça alienígena chamada Oankali. Após 250 anos mantida em animação suspensa, Lilith é despertada pelos Oankali para liderar e preparar um grupo de humanos para voltarem à Terra. Claramente isso não será uma missão fácil.

Assim como Dana, em Kindred, Lilith também se vê jogada numa situação que não pediu, mas que é obrigada a se adaptar. Mesmo com a narração em terceira pessoa, com o foco em Lilith você consegue ver todas as suas contradições com o papel que lhe é forçado pelos seus "salvadores".

Os Oankali possuem habilidades e tecnologias bastante avançadas, que permite com que eles salvem espécies em extinção, mas não pense que isso é algo vindo de bom grado e de graça. Assim com Lilith, eu também tive muitos sentimentos contraditórios em relação a eles, já que as informações que são repassadas são apenas as que eles julgam serem necessárias naquele momento.

Os Oankali são sim uma raça bastante inteligente e evoluídas, mas também são bastante calculistas e um pouquinho mais de empatia em relação a Lilith e os humanos cairia bem. Sua estrutura social traz a discussão sobre identidade de gênero e relações familiares.

O choque de cultura dos humanos com os Oankali é bem grande. Esse livro foi escrito mais de 30 anos atrás, mas traz discussões bastante atuais sobre engenharia genética, aceitação, sentimento de pertencimento, sociedade, entre outros.

Assim como em Kindred, eu devorei esse livro graças a escrita maravilhosa da Octavia. Não perdi tempo e iniciei logo Ritos de Passagem. O lado bom é que o terceiro livro, Imago, já está em pré-venda e sairá no mês que vem. Ritos de Passagem também está sendo uma experiência única e pelo que li na sinopse de Imago, promete ser tão bom quanto os outros dois.

site: https://www.balaiodebabados.com.br/2021/04/resenha-661-despertar-octavia-e-butler.html
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Janaina 23/03/2022

Um livro perfeito ?????????
Tenho nem palavras para uma obra como essa. A minha maior felicidade é saber que é apenas o 1° de uma trilogia que promete mto.
Protagonismo feminino, psicologia humana, relacionamentos com alienígenas, uma proposta de família completamente diferente do que temos hj como padrão. Aceitação, afeto, medo, desconfiaça, agressão, fuga, tudo isso junto a um deslocamento do ser humano do seu lugar de destaque no planeta.
Não tem como não ser (mais um) baita gol de Octavia Butler.
?
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Jam 22/05/2020

Octavia Butler cria mundos
Acho que a especialidade da Octavia Butler é criar e nos situar nos seus mundos fictícios, abordando questões sociais e existenciais não como o foco principal do livro, mas como os fios essenciais da própria trama. Com uma escrita bem direta, o livro é de uma leitura fácil, com uma história bem louca, que de repente nos perguntamos "mano, onde é que eu vim parar? O que que eu to sentindo nesse momento?" hahahah.
Não é o meu livro favorito dela, ainda prefiro Kindred e a série da Semente da Terra, mas é uma ficção científica bem massa.
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dionisocastro 03/08/2022

Despertar é para mim não só o melhor livro de Octavia E. Butler, mas certamente o melhor livro de ficção científica já escrito. Depois de não ter apreciado tanto a leitura de Kindred, eu levei alguns meses até voltar a ler a Butler. Acabei escolhendo Despertar, que na minha opinião, é infinitamente melhor.

É um livro com uma construção de universo perfeita e personagens extremamente realistas que revelam muito sobre o comportamento humano. Lilith pode não ser tão identificável em muitos momentos, mas é a protagonista perfeita para essa história. O livro só foi possível a partir de suas escolhas, que foram igualmente as que salvaram toda a humanidade.

Além de ter a escrita impecável, esse livro me encheu de diferentes sentimentos, me envolvendo completamente. Butler consegue trazer questões ambientais, criticar o capitalismo e ainda fazer paralelos com o patriarcado e a escravidão usando uma raça de alienígenas que não tem cultura e "salvam" os seres humanos puramente por seu valor genético e biológico.

Outro de seus maiores méritos está com certeza nas discussões que o livro evoca. Nenhuma saída é simples e fácil. O certo e o errado estão misturados de diferentes formas. Cada ação tem ao mesmo tempo repercussões positivas e negativas. Tudo isso gera um sentimento de prisão, que você não pode fugir, que conversa muito com sentimentos que nossa própria vida nos trás. Há coisas que são inevitáveis e não tem o que fazer a não ser aceitar. Lilith é sobretudo uma sobrevivente.

Certamente não é um livro fácil, mas recomendo muito a sua leitura. Principalmente aos amantes de ficção científica, que entendem mais que ninguém, como elementos estranhos e fantásticos podem falar tão bem sobre nossa realidade.
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Edilinda 15/05/2021

Uma ficção científica escrita pela própria dama da ficção
A Terra foi aniquilada por bombas nucleares e os poucos humanos sobreviventes foram ?resgatados" por alienígenas. Lilith desperta e tem uma missão dada por seus captores, despertar alguns humanos, que falam a língua inglesa, e ensina-lo a sobreviver na nova Terra reconstruída ....
O ?Despertar? é um livro que traz diversas reflexões e críticas. Uma ficção científica escrita pela própria dama da ficção científica, Octavia Butler, que sinceramente deveria ter sido mais reconhecida.
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nayanebrito 04/06/2020

Sobre "Despertar"
#SLResenha

Despertar #1 | @editoramorrobranco

Em Despertar, a humanidade já se autodestruiu através da guerra e da aniquiliação nuclear. O planeta se tornou inabitável. Os Oankali, espécie de extraterrestres que arranca da terra os poucos sobreviventes, colocam os humanos em hibernação para estudá-los, e nesse meio-tempo, restaurar a terra.

250 anos depois, Lilith é despertada. Ela está no navio de Oankali como prisioneira e tem que responder a diversos interrogatórios que essa espécie curiosa e teimosa faz. Ela é informada de que outros seres humanos também foram despertados e que serão treinados do zero para voltar a terra.

Lilith tem que se sujeitar ao que essas espécies ordenam. Ela não tem voz, razão, ou qualquer tipo de força para conseguir lutar contra entre seres. E o pior, ela não sabe se algum dia irá voltar a terra.

?Você tem um par incompatível de características genéticas. Sozinha, teria sido útil, teria ajudado a sobrevivência de sua espécie. Mas os dois juntos são letais. Era apenas uma questão de tempo antes que eles te destruíssem.?

"Despertar" é mais uma obra da Octavia E. Buttler que traz tantas reflexões. Lilith luta contra esse seres que são mais evoluídos, autossuficientes e totalmente estranhos pra ela. As líderes sempre são mulheres negras, formidáveis, mas vulneráveis.

Foi uma história totalmente diferente do que eu já li. Aqui a ordem é de que essas espécies estudam os seres humanos e mostram o caminho deles para autodestruição. Estudam e ajudam para que estes serem possam voltar a viver em harmonia na terra.

No entanto, em certos momentos fiquei tensa com o que eles mandavam a Lilith fazer. O único motivo desse livro não ser 5 estrelas foi o final que não me agradou, já que queria um destino diferente para a protagonista. Apesar disso, foi mais uma obra incrível da Octavia.
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