Nélio 01/02/2021
Leitura 2/8 do meu Desafio Literário de 2021
O livro começou morno. Continuei, pois confiava em quem o tinha recomendado. Fui lendo. O título é muito sugestivo e eu ficava pensando nele... E fui seguindo com a leitura.
Um ponto negativo é que demorou demais a surgir qual era o fato crítico em si. Só depois de 40% do livro ele veio, e como um monstro de tão terrível.
Mesmo forçando a leitura, já havia notado algo interessante no estilo do autor: ele mescla muito bem as narrativas das três personagens que ele escolhe para nos contar tudo. Ele caminha com uma personagem, normalmente para em algum ponto de tensão; corta para a narrativa na perspectiva de outra personagem; chegando a outra tensão, passa para outra personagem... Volta na primeira...E assim vai... E a maestria é que o narrador não é personagem! O foco narrativo é em terceira pessoa! - Haverá uma surpresa no final, é claro!
Há um narrador personagem cujo corte para a entrada da outra personagem é muito bem feita! Não cansa, não é pedante e não repete os fatos em si, são olhares outros que fazem todo o sentido no desenrolar da narrativa! E isso foi um ponto muito positivo.
Quando chega o fato principal do livro, o crime em si, um erro ? que não é um erro inocente ? eu parei em choque! Pensei que não era possível uma coisa daquela!
Foram muitas as emoções, deu vontade de chorar, de avançar, de abandonar o livro, de... de... de tanta coisa!
Vem uma segunda parte da obra, que mais parece outro livro. Com isso, o estilo do autor já está aceito, e tudo vai seguindo. As outras partes que se seguem também agradaram em muitos pontos, mas o que prende a leitura até o fim é o desejo de conhecer o desenrolar do ato criminoso já citado!
Não quero contar tudo, pois seria uma pena para quem for ler o livro já saber o que ocorre... Vou parar aqui! Só preciso dizer que a parte final da obra é carregada de tanta emoção e sensibilidade, que me lembrarei dela por muito tempo! São daquelas cenas que vamos acompanhando ao serem contadas, como se estivéssemos lá, vivendo na pele o que Briony nos conta...