Úrsula

Úrsula Maria Firmina dos Reis...




Resenhas - Úrsula


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Csbarreto 27/01/2022

Úrsula 4*
O início do livro é um pouco mais lento, e combinado com as palavras muito rebuscadas, pode ser uma leitura um tanto difícil de engatar. As notas de roda-pé da edição da antofágica ajudam bastante, quanto à gramática e quanto ao contexto histórico.
Há bastante digressão na narrativa, o que não costuma me agradar, algumas coisas são detalhadas por excesso, já todos os romances do livro são muito rápidos, quase Insta-love do séc 18. Não vi os casais se apaixonarem, era tudo sempre muito rápido e desesperado, não gerando muita conexão com o romance. Paixões muito rápidas. Tudo muito urgente, parecia que os personagens só estavam felizes quando estão sofrendo por amor.
Mas creio que o forte do livro seja realmente o contexto sócio-histórico, achei curioso como mesmo pobres (descritas como miseráveis praticamente), úrsula e a mão detinham escravos. As passagens com Túlio e Susana são as melhores, diálogos dos personagens vão além de mera banalidade cotidiana e ultra romântica, relatando as aflições da escravidão (trazendo na figura do Comendador o dono de escravo opressor) e apesar disso sonhando com uma vida pós abolição.
Ao final já estava acostumada com a escrita da autora e apesar de ter me surpreendido, acabei gostando do final um tanto trágico. 4*
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Lilian 26/01/2022

Ursula
O livro começa com uma introdução, onde traz a história da autora, um apanhado histórico e vários spoilers do livro. Fiquei bem decepcionada com a introdução, pois acredito que ela deveria ter ficado para o final do livro ou omitido os spoilers. Já a história é bem interessante e diferente, trazendo um final surpreendente. Outro fator importante é que apesar de o livro ser 1859, o tema abordado é bem atual, a mulher vista como posse. Ainda, em paralelo os personagens Túlio e Susana, escravos, trazem uma reflexão importante sobre como eles se sentem, sua aflições e angústias.
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valentina 26/01/2022

O romance e os contos que o livro traz são trágicos e crus, sem fazer eufemismos ao horror que era a situação do negro escravizado. Ao mesmo tempo, a narração da autora, especialmente no romance Úrsula, traz a beleza da natureza dos campos que cercam a história, que por vezes serve de contraste com o sofrimento vivido pelos personagens. Os poemas de Maria Firmina também possuem o ar de “tragédia bela”, mas seus temas são um pouco mais variados, tendo a autora dedicado diversos deles para pessoas queridas em sua vida, além de um número considerável tratar da Guerra do Paraguai e da luta por liberdade dos povos negro e indígenas.
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Vladia Castro 25/01/2022

Úrsula e outras obras (Maria Firmino dos Reis)
Maria Firmino é a primeira autora negra do Brasil. São vários contos sobre escravidão, amores trágicos e alguns poemas. É um livro ótimo de ler e conhecer pela importância no contexto histórico.
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Nanda 24/01/2022

Apesar de não ter sido uma obra que agradou de forma geral, por ser bastante trágico, trata-se de um livro clássico, e importante para a literatura brasileira (primeiro romance escrito por uma mulher negra no Brasil, há mais de 150 anos), que aborda temas importantes e não discutidos na época em que foi escrito.
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Jhonys 22/01/2022

"- Ah! pelo céu! - exclamou o jovem negro enternecido. - Sim, pelo céu, para que essas recordações?!
- Não matam, meu filho. Se matassem, há muito que morreria, pois vivem comigo todas as horas."

Nunca um livro tão antigo se mostrou ser tão atual para mim. Em determinada frase do livro, se diz: uma autora à frente do seu tempo! e eu nunca poderia deixar de concordar tanto essa frase. Úrsula se tornou um dos livros mais importantes que li na vida. Obrigado, Maria Firmina dos Reis.
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ClaraAkemi 22/01/2022

Ai ai ne
Eu achei uma porcaria, sério. Eu entendo que é um livro antigo e que a forma de escrita e de contar história é diferente e tal, mas isso não quer dizer que eu tenha que gostar dele.
É uma escrita cheia de floreios desnecessários, tudo é descrito com no mínimo 5 adjetivos e a gente é lembrado a cada 2 frases quais são esses adjetivos, isso sem falar nas descrições de lugar. Meu Deus elas não terminavam nunca.
É impossivel se ver em qualquer personagem, porque os sentimentos deles não fazem sentido nenhum, tipo, quando o Tancredo acorda e vê um homem, ele imediatamente começa a refletir sobre como esse homem é o homem mais gentil da face da terra e que se todos fossem como ele o mundo seria um lugar melhor. Ai eles viram melhores amigos companheiros eternos. Tipo que? Quando isso? Perdi 3 capítulos do livro?
O plot em si não é ruim, mas é importante ter em mente que é um livro antigo, um clássico quadradinho, não uma história de aventura ou um romance moderno. Pessoalmente não é a minha praia, mas consigo apreciar.
Mas bom, coisas positivas. Houveram momentos de discussão sobre a escravidão, o que eu achei bem interessante, principalmente levando em conta que o livro foi publicado em 1859, quando a escravidão ainda não tinha sido abolida. Achei curioso até que esse livro foi publicado na verdade, ele tem essas críticas explícitas sobre a escravidão, pessoas pretas têm papeis relativamente importantes (levando em conta que é um romance e o foco está praticamente 100% no casal principal) e foi escrito por uma mulher negra. Mas eu não sei como funcionava a censura e publicação nessa época e também não sei a história por trás da publicação do livro (porém imagino que esse processo não tenha sido um mar de rosas)
Dito isso, eu não gostei do livro, no estilo quero distância dele (como literatura de lazer). Pra sempre. Não me entenda mal, ele é sim um livro importante - escrito por uma mulher negra e com uma temática importante em uma época em que isso não era discutido - mas como uma leitura para lazer não recomendaria. (A não ser que tu seja alguém que goste muito de clássicos, ou de uma escrita cheia de floreios, ai vai nessa que esse é o livro pra ti). Entretanto, para quem está procurando um romance antigo que discuta o racismo ou alguém que quer ler autoras negras recomendo sem sombra de dúvidas, pois esse livro foi pioneiro.
Sinceramente, pra mim, da leitura do livro em si, a melhor parte desse livro foi quando acabou. O epílogo foi o único capítulo que li com gosto. Quase me faz gostar do livro como um todo, quase.
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Akilla.Oliveira 20/01/2022

Maria Firmina abriu as portas para a literatura negra
Na sua escrita vemos:
Desconstrução da imagem do escravizado;
Denúncia do machismo da época;
... entre outras temáticas que servira para a dessacralização de literaturas passadas.
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Apenas Evelim 17/01/2022

Úrsula
Romance trágico e doloroso.
A história é uma tragédia, no melhor dos sentidos. Conhecemos a história de famílias que sofreram por amor, pela escravidão e pelo ódio. Escrita muito envolvente.
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Ingrid 11/01/2022

Úrsula: um romance pioneiro!
"A mente, esta ninguém pode escravizar." Maria Firmina dos Reis

Esse breve resumo define bem a importância de Úrsula, de Maria Firmina dos Reis:
"Úrsula, que pode ser considerado o primeiro romance de autoria negra e feminina no Brasil, além de ser o primeiro de cunho antiescravista, foi publicado em 1859 na cidade de São Luís. É, também, o romance inaugural da chamada literatura afro-brasileira - entendida, aqui, como a produção afrodescendente que temática a negritude a partir de uma perspectiva própria."*
Confesso que ler este livro foi uma boa surpresa, pois eu já sabia da importância dessa obra para a literatura nacional. No entanto ao entrar em contato com a narrativa criada por Maria Firmina dos Reis me senti extasiada e mal podia parar de ler.
O livro conta a história de Úrsula em 3° pessoa, mas personagens que tem passagem significativa como Tancredo, preta Susana e outros, contam a própria história (1° pessoa). Não é dito em qual local se passa a história, porém percebe-se que é no interior e no período da escravidão.
Acompanhar a jornada de Úrsula é um privilégio visto a época que foi publicado e ainda por uma mulher, o livro ter sobrevivido até os dias atuais é impressionante e ter a oportunidade de lê-lo é gratificante! Sem dúvida Maria Firmina dos Reis abre um espaço para que possamos ocupá-lo, ter um teto todo nosso!


* Maria Firmina dos Reis, intérprete do Brasil. Por Rafael Balseiro Zin.

REIS, Maria Firmina dos. Úrsula. Porto Alegre: Zouk, 2018.
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Sofia 09/01/2022

É horrível lembrar que criaturas humanas tratem a seus semelhantes assim e que não lhes doa a consciência de levá-los à sepultura asfixiados e famintos.
Nesse Clássico da literatura Brasileira da autora Maria Firmino dos Reis, voltamos para o Brasil na época da escravidão. O escravo Tulio um dia encontra em sua caminhada um homem que estava a beira da morte e sofria. Tulio o resgata e leva para a casa em que trabalha. Nessa casa reside Úrsula, a filha de Luísa, dona da residência.

Úrsula e Tulio dedicam seus dias para curar Tancredo, que quando acorda, percebe-se extremamente apaixonado pela moça e profundamente grato ao rapaz que salvou sua vida.

Úrsula cresceu presa em uma casa, perdeu seu pai muito cedo e cuidava da sua mãe adoentada em uma cama. Sonhava com uma paixão avassaladora e correspondia.

Tancredo saiu de casa muito cedo para se formar em Direito e ao voltar para sua terra natal, se viu preso a um amor que nunca foi seu.

A partir de então, vamos acompanhar o desenrolar desse amor que floresceu e dessa amizade que surgiu e que será acompanhado de muito drama e tragédias.

Eu confesso que não sabia o que esperar desse nacional. Conhecia pouco sobre a história e mergulhei de cabeça. Como a escrita de Maria é rica! Suas palavras me envolveram e me acolheram, me transportando diretamente para o local dos fatos. Me vi envolvida com os personagens e seus dramas interiores e exteriores. Uma história que retrata toda a tristeza e injustiça da escravidão e toda tragédia que o amor, ou a falta dele, pode causar.
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MaSantana 07/01/2022

Leitura Necessária
Maria Firmina dos Reis é considerada a primeira romancista negra brasileira e já por essa razão sua obra deveria figurar na lista de leituras obrigatória para vida. Contudo, ela não para por aí, e se destacava por já em 1859 - em pleno romantismo - trazer um discurso abolicionista e representar uma visão dos negros da situação da época.
Maria Firmina descreve os escravos como alma bondosas e os coloca numa igualdade moral em relação aos brancos. Apesar de os personagens negros serem em certa medidas secundários ainda é possível ver uma certa atenção direcionada a situação deles - por meio de falas esses trazem denúncias a cerca da sua situação. Além disso, ela associa o tratamento ruim ao escravos a uma maldade de caráter - o vilão é também aquele que trata mau seus escravos, ao contrário do mocinho.
Apesar da linguagem mais rebuscada - natural da época - o livro tem um ótimo ritmo chegando a ser até meio poético.
De toda forma uma leitura super necessária a todos que querem conhecer a literatura brasileira.
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Vanessa.Papalardo 07/01/2022

Comovente
Iniciando o ano com uma leitura nacional, e com muitas surpresas. O livro retrata de modo claro e expressivo, os sofrimentos e sentimentos que acompanharam as pessoas em período de escravidão. Seria hipocrisia eu querer dizer algo sobre isso, ou dizer que poderia imaginar como foi essa dor. Portanto, o que digo é que foi um tremendo sofrimento, do maior possível e do pior existente.
Uma leitura muito boa para saber e conhecer um pouco mais sobre este nosso passado.
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