No enxame

No enxame Han B.C.
Byung-Chul Han




Resenhas - No enxame


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Faluz 16/11/2024

No enxame - Byung-Chul Han
Ärrastamo-nos por trás da mídia digital, que, aquém da decisão consciente, transforma decisivamente nosso comportamento, nossa percepção, nossa sensação, nosso pensamento, nossa vida em conjunto. Embriagamo-nos hoje em dia da mídia digital, sem que possamos avaliar inteiramente as consequências dessa embriaguez. Essa cegueira e a estupidez simultânea a ela constituem a crise atual."

Reflexivo. Nesse livro o autor nos coloca diante da nossa realidade, nossa vivência onde mesmo criticando, o pertencimento não nos deixa criticar e analisar de maneira isenta o que estamos vivendo.
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Lara 08/10/2024

"Todo clique que eu faço é salvo. Todo passo que eu faço é rastreável. Deixamos rastros digitais em todo lugar".

Esse opúsculo de Byung-Chul Han fala sobre o crescente impacto que as mídias sociais provocam na sociedade da informação, desde a reconfiguração das relações de poder até a mudança na forma de manifestação dos indivíduos. Defende o autor que os novos meios digitais de comunicação provocam uma completa mudança da paradigmas, em razão da redefinição de conceitos tradicionais e passam a ditar o que é e o que deve ser.
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Ariella11 09/08/2024

?No lugar do Big Brother, entra o Big Data?
Essa obra aborda um conjunto de reflexões sobre a digitalização da sociedade em um contexto neoliberal, fundamental para se pensar a contemporaneidade.

Han é um autor que consegue mobilizar uma gama complexa de ideias de forma muito didática, simples e objetiva. Nesse livro, a proposta é compreender as consequências que os excessos da midiatização e digitalização provocam nas sociedades ocidentais.

De cara, ele aborda como o respeito, enquanto um elemento nominal, é um alicerce da esfera pública e uma marca da democracia. Em contraposição a isso, as mídias digitais favorecem o distanciamento, o isolamento, a escandalização e o ódio à medida que o anonimato ganha cada vez mais espaço na internet. Os usuários virtuais já não mais portam seus nomes e sobrenomes, tampouco o atributo de responsabilidade que um nome próprio carrega.

É justamente o fato de o anonimato aniquilar o respeito que cada vez mais podemos ver nas redes manifestações que transbordam ódio e grupos anteriormente rechaçados (misóginos, racistas e fundamentalistas) que voltam a ganhar espaço, pois esse ambiente de despejo de cargas afetivas não possui nenhum tipo de valor ou moral pelo Outro, somente sobre si. Na esfera digital, tudo desmorona em narcisismo, autoexploração e em vigilância.

Temas parecidos com o dessa obra (No enxame: perspectivas do digital) são abordados por Han com maior profundidade em outros livros que já tive a oportunidade de ler, como: Sociedade do cansaço e Infocracia. Portanto, destaco o quão importante considero as reflexões desse autor, que sempre considero serem muito ricas e bem elaboradas.

Diante dessa conclusão, é difícil imaginar uma alternativa a essa realidade. Entretanto, esse é justamente o desafio que Han propõe para que possamos pensar em formas que sejam capazes de superar esse processo contínuo de crise da democracia e das representações que se impõe diante dos nossos olhos.
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Elaine Messias 11/07/2024

Retrato sociológico
Uma visão ampla dos movimentos de grupos da atualidade, das tendências comportamentais de ação no mundo virtual e real.
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Kácio 15/05/2024

Essencial para viver o digital
Nesse livro de Byung-Chul Han, autor de A Sociedade do Cansaço, temos novos desdobramentos que alcançam o digital e modificam nossa vida, nossas relações existenciais, com a sociedade, com o trabalho e com a política.

É uma leitura essencial para se compreender o mundo hoje digital.
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Pablo Paz 29/04/2024

No lugar das Massas, o Enxame
No lugar do Big Brother o Big Data. No lugar da sociedade do controle, a sociedade da transparência. No lugar da disciplina, o desempenho. No lugar da confiança, a desconfiança. No lugar das Massas, o Enxame.

Saem as Massas, típicas do século XIX e XX, para dar lugar ao Enxame, típica da sociedade da informação. A diferença crucial entre "massa" e "enxame" é que a primeira, para o bem ou para o mal, quando formada, ganha alma: o indivíduo perde-se, funde-se nela, com algum objetivo em comum. No enxame, ao contrário, não é possível criar um nós. São como aquelas moscas que se juntam para devorar algo (cultura do cancelamento, compartilhamento de fake-news) e, logo após, se espalharem novamente.

Eis um trecho: "No panóptico digital não é possível nenhuma confiança? ela não chega nem mesmo a ser necessária. A confiança é um ato de fé [Glaubenakt], que se torna obsoleto em vista das informações facilmente disponíveis. A sociedade da informação descredita toda crença. A confiança torna possível relações com outros sem conhecimentos precisos sobre eles. A possibilidade de uma aquisição rápida e fácil de conhecimento é prejudicial à confiança. A crise de confiança atual é, vista desse modo, também medialmente condicionada. A conexão digital facilita a aquisição de informação de tal modo que a confiança, como práxis social, perde cada vez mais em significado. Ela dá lugar ao controle. Assim, a sociedade da transparência tem uma proximidade estrutural à sociedade de vigilância. Onde se pode adquirir muito rápido e facilmente informações, o sistema social muda da confiança para o controle e para a transparência. Ele segue a lógica da eficiência." (pp. 76-77)

O Enxame representa a passagem da Biopolítica - a docilização e vigilância dos corpos pelo Panóptico e suas instituições corretoras - para a Psicopolítica: a dominação da psique pelo Big Data sem nenhuma necessidade de vigilância ou coação externa.
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Leticia 11/04/2024

Um ensaio sobre o atual estado da sociedade
Assustador tudo o que Byung-Chul Han tem a dizer sobre a era digital. Leitura necessária para quem tem interesse de compreender melhor como as redes sociais afetaram nosso comportamento em sociedade e outras atrocidades a mais da era digital.
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Josy.Stoque 14/03/2024

Em uma palavra: impactante
As perspectivas para o futuro diante da digitalização da vida não são boas. Surge uma nova era de controle, vigilância e compreensão social de maneira tão intrínseca que, o mais assustador, é que não percebemos. Estamos avançando para um tipo de sociedade ainda pior que a de hoje, e, mesclando com minha leitura anterior, a alternativa deve ser a construção de um futuro ascentral (Ailton Krenak), em conectividade com o real e o palpável, como a natureza da qual fazemos parte como seres viventes nesse planeta único e desolado pela ação faminta do acúmulo infinito de capital.
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Rodolfo67 20/01/2024

Um mundo que sentimos, mas não vemos
Como todos os livros que li do Byung, esse não poderia ser diferente.
Um olhar que joga luz aos mais variados temas que expõe o problema das mídias digitais, dos big datas e em como nós entregamos nossas vidas ao mundo digital.

É um livro reflexivo e que nos faz dar um mergulho no nosso cotidiano e pensar, de que forma estar conectados com o digital, nos desconectou do real.

É assustador e ao mesmo tempo empolgante pensar em como as nuances de se pensar possibilidades dentro desse mundo nos são apresentadas.
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ssmzhpjjm 19/01/2024

O enxame digital não é nenhuma massa porque, nele, não habita nenhuma alma, nenhum espírito. A alma é aglomerante e unificante. O enxame digital consiste em indivíduos singularizados.
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eurenato 31/12/2023

Fugir do buzz
De volta para as leituras de Byung-Chul Han. Em "No enxame" o foco está nos impactos da comunicação digital e seus efeitos nos modos de pensar e agir das pessoas na sociedade de desempenho.
.?
A criação de ruído (buzz) na comunicação digital se transformou em arma política, o autor evoca a existência de "enxames digitais" que bombardeiam em excesso informações/desinformações capazes de atordoar e desorientar populações inteiras. Seus efeitos são reais e dentro de um período eleitoral seus danos são avassaladores (sabemos disso).
.?
Para prosperar nas mídias digitais orienta-se alimentar (feed) positividade. Para isso são elaboradas as mais diversas ferramentas facilitadoras/limitadoras do que cabem ou não nas redes. Não há espaço para melancolia ou negatividade (a não ser que sádica, reativa), o que faz todo discurso perder complexidade. Comunicação se torna ruído (buzz), a indignação se dispersa, o que é relevante se dissolve em 15 segundos.
.?
O digital planificou a interação, aboliu a tateabilidade da comunicação. A ilusão de ser ilimitada e instantânea que a comunicação digital promove ofusca o quanto ela é limitante e simplista. O digital é um lugar, há outros.
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Jamille Madureira 27/12/2023

?Arrastamo-nos atrás da mídia digital, que, aquém da decisão consciente, transforma decisivamente nosso comportamento, nossa percepção, nossa sensação, nosso pensamento, nossa vida em conjunto?. (p.7)
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CharlesSouto 22/12/2023

Num só fôlego!
Mais um do Byung-Chul Han. Mais uma deleite.

Recomendo fortemente aos que tem interesse em refletir sobre o nosso tempo.

Um pensador que reflete o tempo do agora. Convida ao debate do contemporâneo.
Muito do que diz nos abre a percepção para novas possibilidades. E isso acontece até nos pontos/momentos em que discordamos do por ele colocado.
Uma verdadeira e profícua troca de ideias.

Fala e conceitua acerca do Enxame em contraposição a Massa passando por tratar também da sociedade da transparência e o faz demonstrando aqui o problema da Verdade que é o nosso grande problema paradigmático da atualidade. Afinal estamos na Pós-verdade.

Não se já falei mas vale muito a leitura
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Nívia 06/12/2023

A cultura do cancelamento
Como um enxame o ambiente digital é um glomerado de individuos que ficam se ferroando e se desagregam tão rapidamente quanto se aproximam.
O digital nao cria um ambiente de troca de ideias com respeito, mas um ambiente emburrecido, nocivo e hostil, enfraquecido de pensamento crítico.
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