O fascismo eterno

O fascismo eterno Umberto Eco




Resenhas -


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Joaquim 28/01/2021

Recomendo!
É uma leitura bastante impactante que nos faz abrir os olhos.
Douglas 04/03/2021minha estante
Excelente




Isa 01/03/2021

O facismo eterno é a transcrição da fala de Umberto Eco durante uma conferência da Columbia University em abril de 1995. Posso dizer que a leitura é um pouco complicada pelo fato de que são citados vários acontecimentos diários que Eco vicenciou como criança nascida e criada no regime do Mussolini. Vale a pena a leitura para resgatar a memória e entender porque o fascismo como termo pode ser adaptado a vários acontecimentos do mundo atual, diferente do nazismo e outros regimes com características mais particulares.
Douglas 04/03/2021minha estante
Excelente resenha ?




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Maria3897 30/08/2021

Necessário
É assustador notar as características Ur-fascistas do nosso governo atual, desesperador.


?O Ur-Fascismo ainda está ao nosso redor, às vezes em trajes civis?

?Nosso dever é desmascará-lo e apontar o dedo para cada uma de suas novas formas?
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Suzana Mendonça 03/07/2022

Análise sobre o Fascismo
Livro traz uma visão geral sobre os aspectos inerentes ao fascismo, bem como sobre a consequência do regime sobre a sociedade
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Ave Fantasma 18/11/2022

Características do fascismo que não finda.
"O Ur-Fascismo ainda está ao nosso redor, às vezes em trajes civis. [...] Nosso dever é desmascará-lo e apontar o dedo para cada uma de suas novas formas - a cada dia, em cada lugar do mundo."

O fascismo eterno é um texto transcrito de uma conferência que o escritor italiano Umberto Eco fizera na Columbia University em 25 de abril de 1995. Nela Eco introduz o assunto relatando sua própria experiência com o fascismo italiano e perpassa por alguns conceitos, ideias, movimentos, elementos e acontecimentos que moldam e cercam o fascismo, no entanto, sem aprofundá-los.
É no momento final que contém o maior propósito dessa fala/obra, quando ele descreve 14 características indiscutíveis do fascismo (e é aqui que percebemos como os ovos dessa serpente ou já chocaram ou estão prestes a isso).

Umberto Eco defende que não é possível listar as características do fascismo como um sistema, porque isso implicaria em contradições e confusões com outros regimes totalitários. Isso se aproxima da ideia do historiador Robert Paxton na qual defende que há várias modalidades do fascismo, e por isso, ele preferia o termo "fascismos" a "fascismo".

Fascismo Eterno é um texto gostosíssimo de ler por conta dos elementos da oralidade. Tentei me conter com a brevidade da quantidade de páginas para não concluir rápido demais, e fiz uma leitura pausada com algumas pesquisas para dar nome à alguns rostos citados, além de ajudar a deixar algumas expressões um pouco mais definidas.

No mais, é uma leitura necessária, rápida de ser feita, e que não pode ficar restrita a nossa biblioteca de leituras, é preciso compartilhar e discutir para por em prática a luta infindável contra o fascismo.
.Igor 18/11/2022minha estante
Resenha incrível, Bruna! Preciso urgentemente ler mais do Eco (só li O Nome da Rosa e alguns ensaios soltos), e graças a você, descobri exatamente qual livro procurar primeiro ^^


Ave Fantasma 18/11/2022minha estante
Ah que coisa boa saber que você gostou do meu comentário, Igor. Principalmente que te fez querer ler o livro. Procure mesmo! Já eu, nunca li os textos literários de Umberto Eco, morro de vontade inclusive, antes de Fascismo Eterno eu só havia lido uns trechos de textos dele sobre estética, mas faz um tempo.


.Igor 18/11/2022minha estante
Oho, pois nesse caso recomendo muito O Nome da Rosa, é genial em tantos sentidos que fica até difícil encontrar palavras adequadas pra descrevê-lo. Só não li ele mais vezes porque minha edição é bem antiga e tenho medo das páginas caírem ._.


Ave Fantasma 18/11/2022minha estante
Ain diga isso não! Quero muito ler.


.Igor 18/11/2022minha estante
Kkkk e pra finalizar a recomendação com chave de ouro, tem a obra de arte que é a adaptação do livro pro cinema, com direito a Sean Connery e tudo no papel principal! Tá na (minha) lista de melhores adaptações de todas, fica a dica (:


Ave Fantasma 18/11/2022minha estante
Eu adoro o filme! Já vi várias vezes. Imagino o quão bom deva ser a leitura se a adaptação está entre uma das melhores.


.Igor 18/11/2022minha estante
O Annaud dirigiu um filmaço, e apesar de ser uma super adaptação, tem uma única parte em que o livro é muito superior... mas irei me segurar pra não falar mais nada e esperarei você ler a obra, caso contrário essa área de comentários vai acabar cheia de textões kkkk




Ramalho 21/05/2023

Reflexões sobre o fascismo
Um livro curto que apresenta as reflexões do autor realizadas em uma conferência internacional. O grande valor do livro é apresentar um conjunto de elementos que podem nos auxiliar a identificar o fascismo eterno.
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Gabi 07/06/2023

Que este seja o nosso mote: ?não esqueçam?
O livro basicamente diz passo a passo como identificar uma nação fascista, mostrando suas características e o modo pelo qual o controle e o poder são mantidos. Muito bom!

P.S.: observe como o Brasil de 2018 a 2022 se encaixa direitinho em todos os requisitos listados ?
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Wilson.Oliveira 23/07/2023

Um livro para nosso tempo.
O que você sabe sobre Umberto Eco (1932-2016)? Talvez, para a maioria das pessoas, o único contato que tiveram com sua obra seja a adaptação para o cinema do romance "O nome da rosa", lançado em 1980. Confesso que, durante minha adolescência, na década de 1990, esse foi o meio através do qual conheci o autor.
Eco foi um escritor profícuo. Ao longo da sua carreira, ele produziu trabalhos em diversas áreas do conhecimento, entre as quais Estética, Filosofia, Linguística, Semiótica e, que mais me interessa, História. Durante um certo tempo, seus artigos de opinião foram publicados na revista "Época", da editora Globo.
Em 1995, no contexto do cinquentenário da vitória aliada na Europa, durante a Segunda Guerra Mundial (1939-1945), Umberto Eco pronunciou uma conferência na Columbia University, nos Estados Unidos. Pouco tempo depois, o texto foi publicado na "The New York Review of Books" e na "Revista dei Libri".
"O Fascismo eterno" é esse texto, publicado pela editora Record, na cidade do Rio de Janeiro. A edição foi lançada em 2018, ano em que foi comemorado no Brasil os oitenta anos da Campanha de Nacionalização no Sul do Brasil, empreendida por um governo autocrático e com fortes características inspiradas nos fascismos históricos.
Porém, é sobre a experiência fascista na Itália que trata a conferência de Eco, que mistura erudição e a história de vida do escritor, criança durante as épocas do regime fascista e da Segunda Guerra Mundial (1939-1945).
Para Eco, um regime totalitário consiste na subordinação de qualquer ato individual aos interesses do Estado. Na sua óptica, apesar de todos os esforços empreendidos, o Fascismo não resultou em um regime totalitário na Itália, diferente do que ocorreu na Alemanha (Nacional-socialismo) e na antiga União Soviética (Stalinismo).
O Fascismo foi uma mixórdia ideológica que, segundo o escritor, convenceu os líderes europeus de seu tempo que seria uma alternativa moderada, já que defendeu e promoveu reformas sociais, ao Comunismo. Mas, cuidado: "A imagem incoerente que descrevi [explica Eco] não era devido à tolerância: era um exemplo de desconjuntamento político e ideológico. Mas era um 'desconjuntamento ordenado', uma confusão estruturada. O fascismo não tinha bases filosóficas, mas do ponto de vista emocional era firmemente articulado em alguns arquétipos" (p. 39).
Segundo Eco, para além do seu tempo histórico, o Fascismo reuniu um conjunto de características que dão origem a um tipo de comportamento político e social que o autor denominou de "Ur-Fascismo" ou "Fascismo Eterno": 1) Culto da tradição; 2) Recusa da Modernidade; 3) Ação pela ação; 4) Crítica como traição; 5) Racismo; 6) Apelo às classes médias frustradas; 7) Obsessão da conspiração; 8) Inimigos fortes e, ao mesmo tempo, fracos; 9) Exaltação da guerra; 10) Desprezo pelos fracos; 11) Culto ao heroísmo/morte; 12) Machismo; 13) Populismo qualitativo; 14) Elaboração e uso de uma "novilíngua" (Orwell).
Umberto Eco encerrou sua conferência com uma bela poesia de Franco Fortini (1917-1994). Contudo, o que me chamou a atenção foi um o trecho em que ele encerrou sua breve descrição do tal do "populismo qualitativo": "Em nosso futuro, desenha-se um populismo qualitativo de TV ou internet, no qual a resposta emocional de um grupo selecionado de cidadãos pode ser apresentada e aceita como a 'voz do povo'" (p. 56-57).
Embora eu não acredite em um processo de "facistização" da sociedade brasileira e, como o próprio Eco afirmou em sua conferência, de um retorno do Fascismo, tais palavras não deixam de ser perturbadoras, especialmente, quando nos envolvemos com o grupo de WhatsApp da família.
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Júlio César 05/09/2023

"O Ur-Fascismo ainda está a nosso redor, às vezes em trajes civis. [...] O Ur-Fascismo pode voltar sob as vestes mais inocentes."
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Monique @librioteca 01/11/2023

Trata-se de uma palestra ministrada por Umberto Eco em 1995. Um ensaio curto que explora a persistência do fascismo ao longo da história e suas características "essenciais" que o tornam uma ameaça contínua à sociedade.

Eco, que cresceu sob o regime fascista de Mussolini, inicia seu ensaio abordando a ideia de que o fascismo não é algo que morreu com o fim de regime italiano, mas sim um movimento que pode ressurgir em novas formas, pois se trata, de fato, de uma mentalidade que pode se infiltrar silenciosamente em nossa cultura e política, e se manifestar de maneiras diferentes ao longo do tempo, adaptando-se às realidades contemporâneas. (Pois é!!)

A clareza e o estilo irônico de Eco desviam das teorias políticas complexas e tornam a leitura acessível, apresentando uma série de características que ajudam a reconhecer tendências autoritárias, especialmente em contextos políticos onde o populismo e o nacionalismo estão em ascensão. Um dos conceitos-chave abordados por Eco é a ideia do "Ur-fascismo," que se refere à natureza eterna e maleável do fascismo, onde o autor destaca os seus elementos comuns, como a exaltação da tradição, a rejeição da vida intelectual, a manipulação das massas por meio da retórica vaga, o culto à ação pela ação e a exploração do medo do diferente...

Este ensaio, escrito há mais de 25 anos, continua sendo incrivelmente atual e essencial em seu estado mais puro, e deve ser lido por todos que buscam compreender, e combater, o autoritarismo em todas as suas manifestações. Uma leitura importante... uma chamada para a vigilância constante contra as sementes ameaçadoras do fascismo que permanecem latentes em nossas sociedades, e que podem assumir muitas formas, que nunca devem ser subestimadas. (Sabemos bem disso!!!)
Vania.Cristina 01/11/2023minha estante
Já estava no meu radar, mas sua resenha fez andar na fila. Obrigada


Monique @librioteca 01/11/2023minha estante
Vale à pena, Vania!! É uma leitura rápida, mas muito expressivo. Espero que goste! Beijos




Italo 05/11/2023

Esse livro ainda é fantastico
Eu queria ler o livro para ter certeza de que ele continuava igual - mas, reler um livro nunca é igual a primeira vez. Um livro ruim, como aconteceu comigo quando li Fahrenheit 451, se transforma numa obra prima na releitura. Hoje é meu livro favorito. Todavia, com o Fascismo Eterno, do Eco, foi diferente. Eu li novamente pelo mais puro e sincero prazer de ler.

A obra continuou linda, a descrição do Eco continua perfeita. As historias da resistência italiana, os chamados por radio, a analise dos discursos, isso tudo é incrivel. Presenciamos no brasil, há algum tempo, algo parecido - digo da resistência de carlos marighella, onde a comunicação para com o povo era feita por rádio.

A obra continua triste, continua dolorosa, mas continua boa.
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*Day* 25/04/2024

UM ENSAIO CLARO
O fascismo eterno é mais do que uma conversa com universitários americanos em uma época bem delicada para aquele país. É uma apresentação do Ur-fascismo, modelos de fascismos, com explicações claras e muitas referências.

“O termo fascismo adapta-se a tudo porquê é possível eliminar de um regime fascista um ou mais aspectos e ele continuará sempre a ser reconhecido como fascista. Tirem do fascismo o imperialismo e teremos Franco ou Salazar; tirem o colonialismo e teremos o fascismo balcânico. Acrescentem ao fascismo italiano um anticapitalismo radical (que nunca fascinou Mussolini) e teremos Ezra Pound. Acrescentem o culto da mitologia celta e o misticismo do Graal (completamente estranho ao fascismo oficial) e teremos um dos mais respeitados gurus fascistas, Julius Evola. p.35”

“Pensar é uma forma de castração. Por isso, a cultura é suspeita na medida em que é identificada com atitudes críticas. p.38”

“Os fascismos estão condenados a perder suas guerras, pois são constitucionalmente incapazes de avaliar com objetividade a força do inimigo. p.40”

Um ensaio claro e com um estilo irônico, que mesmo tendo sido escrito a quase 30 anos é incrivelmente atual!

“Morder o ar morder as pedras
Nossa carne não é mais de homens
Morder o ar morder as pedras
Nosso coração não é mais de homens”

Recomendo!
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