Alex Galindo 08/08/2013minha estanteEu gostaria de escrever uma nova resenha, mas não ví esse espaço, só para novos comentários, então gostaria de explicar o que eu achei o principal problema do livro:
o autor faz a análise do livro de Jó baseada na história do homem íntegro que perdeu tudo o que tinha e estava a questionar a Deus.
E ele faz 3 afirmações na pág 57:
"a)Deus é onipotente e causa de tudo o que acontece no mundo. Nada acontece sem que Ele o queira.
b)Deus é justo e providencia para que as pessoas recebam o que merece, de modo que os bons prosperam e os perversos sejam punidos
c) Jó é uma boa pessoa.
E segundo o autor, seria impossível as 3 afirmações serem verdadeiras na vida de Jó. Pois,
(1)ou Jó não era íntegro e estaria sofrendo as consequencias de seus maus atos.
(2)ou Deus era injusto, fazendo Jó receber de modo contrário ao seu proceder,
(3)ou Deus não é todo-poderoso e Jó estaria sofrendo contra a vontade de Deus.
E ao discorrer sobre o assunto, o autor coloca que (pag 65) "porém, se pudermos nos persuadir de que há muitas situações que fogem ao controle de Deus, muitas coisas boas se tornarão possíveis"
E portanto, segundo o que eu entendi, o autor coloque que talvez as situações fujam ao controle de Deus.
Veja, meu objetivo não é condenar o autor ou o seu sofrimento. Mas eu gostaria de dar outra perspectiva de esperança para quem passa por uma situação triste.
Todas as afirmativas podem ser verdadeiras. É tudo uma questão de temporalidade.
Deus é sim justo. Deus é sim todo-poderoso. Jó, de fato era justo como diz o livro.
Jó tinha esperança que Deus o livraria de seu tormento. E como relata no último capítulo do livro Deus realmente o livrou. Mas ainda que ele não tivesse dados novos filhos, e ainda que Ele não tivesse recuperado sua fortuna, ainda assim Deus poderia recompensá-lo por sua justiça. E na verdade Ele ainda irá.
Pois pode, por acaso, novos filhos substituírem os antigos? É claro que não! A dor de um único filho perdido não é anulada pelo nascimento de um novo.
Mas Jó tinha fé no juízo divino que vem no "Dia do Senhor", descrito por toda a Bíblia.
Jó disse:
"Porque eu sei que o meu Redentor vive, e que por fim se levantará sobre a terra.
E depois de consumida a minha pele, contudo ainda em minha carne verei a Deus,
Vê-lo-ei, por mim mesmo, e os meus olhos, e não outros o contemplarão; e por isso os meus rins se consomem no meu interior. Jó 19:25-27
Ele sabia que o Redentor dele está vivo. E mesmo depois de ter o corpo consumido, ele teria a vida restaurada.
Essa é a fé da ressurreição e Juízo.
É o que diz os últimos versos de Eclesiastes:
"De tudo o que se tem ouvido, o fim é: Teme a Deus, e guarda os seus mandamentos; porque isto é o dever de todo o homem.
Porque Deus há de trazer a juízo toda a obra, e até tudo o que está encoberto, quer seja bom, quer seja mau."
Eclesiastes 12:13-14
Deus vai dar a justa recompensa, de acordo com o seu poder e Graça. Mas esse dia da recompensa ainda não chegou.
Crer que algo fugiu do controle de Deus é perder a fé no Deus todo-poderoso descrito na Bíblia, na Torá, no Pentateuco. Um Deus que não é todo-poderoso não é o mesmo Deus.
Enfim. Eu gostaria de confortar esse pai com esperança e a certeza de que um dia ele terá novamente seu filho em seus braços. De que Deus tem o pleno controle da situação. Que atualmente a doença, a maldade e o pecado imperam nesse mundo, mas que muito em breve isso tudo será passado e viveremos para sempre em paz e harmonia com o Criador Todo-Poderoso.
Espero que essas palavras também tragam conforto aos demais. Todos passamos por tristezas em injustiças. Mas acima de qualquer dogma eu gostaria de deixar esperança de justiça e vida.