A vida não é justa. Coisas terríveis acontecem a pessoas boas e decentes. Os melhores entre nós adoecem, sofrem e morrem. Crianças inocentes contraem moléstias incuráveis. Adolescentes perdem a vida em acidentes absurdos. Bebês vêm ao mundo deformados. Jovens mães morrem de leucemia.
Mas por quê? Por que acontecem coisas ruins a pessoas boas? E, mais importante ainda, como reagir em face de tais tragédias?
Harold Kushner, nesta pequena obra-prima que talvez seja o mais compreensivo e compreensível livro de filosofia teológica já escrito, nos conduz numa busca de soluções para estas perguntas. E ao longo do caminho o leitor tem o privilégio de entrever a alma do autor, uma alma que se encheu de amor e compaixão pela condição humana em decorrência da morte trágica e prematura do seu próprio filho, Aaron, aos 14 anos de idade.
Quando uma crise se abate repentinamente sobre nós ou sobre aqueles que amamos, ela desperta em nós uma série de emoções, desde o sentimento de culpa por aquilo que fizemos ou deixamos de fazer, até a revolta contra Deus por ter permitido que tal tragédia acontecesse. É fácil, é humano, questionar a bondade de Deus quando estamos diante de uma criança que está prestes a morrer. É fácil duvidar do poder divino, da assim chamada "onipotência" de Deus, nestas horas. Porque, se Deus fosse realmente bom, Ele não faria as pessoas sofrerem. E se Deus fosse todo-poderoso, Ele impediria tais coisas de acontecerem.
Sem pretender nada mais do que compartilhar conosco a sabedoria de um homem "machucado pelo destino", este livro nos traz uma das mais belas, sensatas e humanas lições de vida de todos os tempos.
Religião e Espiritualidade