R...... 08/10/2018
A reportagem sobre Ramsés II foi o aspecto mais instigante em minha leitura. Entre outras coisas, foi apresentado como o maior dos faraós, onde o Egito teve seu apogeu em expansão e poderio militar, com governo que durou seis décadas.
Minha expectativa era alguma citação do Êxodo, mas nada foi mencionado. Sabe-se, porém, que Ramsés foi nome de vários faraós e, no que as evidências apontam, não foi esse o do relato bíblico. Mas e se foi? Nada há registrado em sua biografia, porém, que líder metido a divindade valorizaria derrotas humilhantes...
Ramsés II também foi referenciado como um dos maiores construtores no Egito.
Outra reportagem interessante foi sobre a prisão, julgamento e condenação de Adolf Eichmann. Aconteceu na década de 1960, com motivação em seu passado nazista, responsável pelo envio de vários judeus para a prisão. No pós guerra, como alguns compatriotas, fugiu para outras nações, indo parar na Argentina (registre-se que a América do Sul abrigou vários desses criminosos, incluindo o Brasil). Eichmann foi rastreado pela Mossad (serviço secreto israelense), que fez um plano audacioso de captura, levando-o para Israel, onde foi julgado e sentenciado à forca (o único caso que se tem notícia de julgamento de nazista em Israel).
É curioso como governos sulamericanos deram abrigo e continuam protegendo criminosos (até terroristas), e também a argumentação de defesa de Eichmann de nunca ter matado ninguém, pois só era responsável por envios para as prisões e campos de concentração...
O infográfico focou os navios negreiros, destacando alguns dos horrores cotidianos. Algo que não sabia: para escapar da vigilância britânica, na aproximação, hasteavam bandeira americana como disfarce.
Vou deixar em registro também a sugestão "O vampiro e o Zumbi dos Palmares", de Ivan Jaf, que tem relato impactante sobre a realidade dos navios negreiros. Vale a conferida e, sendo literatura infantojuvenil, pode ser aproveitada nas escolas como instrumento enriquecedor de maneira interdisciplinar.