Luanda, Lisboa, Paraíso

Luanda, Lisboa, Paraíso Djaimilia Pereira de Almeida




Resenhas - Luanda, Lisboa, Paraíso


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Ariadne 05/02/2022

Maravilhoso
Lido para o Desafio Livrada! 2022 na categoria "Um livro trocado com alguém". Troquei esse com meu namorado.

O livro é muito bem escrito, a Djaimilia Pereira sabe escrever de forma poética sobre uma história profundamente melancólica onde a gente durante a leitura sempre cria esperança das situações melhorarem, mas algo sempre dá errado e tudo desmorona até o fim.

Recomendo muito o livro e quero ler outras histórias escritas pela Djaimilia Pereira.
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Biblioteca Álvaro Guerra 25/11/2021

" A experiência do desenraizamento, a existência silenciosa, a condição social do homem, a diáspora, o amor, amizade e a família são temas que atravessam esta magnífica narrativa de Djaimilia Pereira de Almeida.

O parto de Aquiles deixara Glória, sua mãe, imobilizada na cama onde passa os anos seguintes. É esse estado de doença que a impede de viajar com o marido e o filho para Lisboa, ficando em Luanda ao cuidado da filha, Justina.

Luanda Lisboa Paraíso, Companhia das Letras, Deus Me Livro, Djaimilia Pereira de Almeida. Aos catorze anos, Aquiles, na companhia de seu pai, despede-se de Luanda sem certezas quanto ao regresso, e ruma a Lisboa para ser submetido à operação e tratamentos adequados, com o objetivo de corrigir a malformação. Partem, ambos, cheios de fantasias e esperanças. "

Livro disponível para empréstimo nas Bibliotecas Municipais de São Paulo. Basta reservar! De graça!


site: http://bibliotecacircula.prefeitura.sp.gov.br/pesquisa/isbn/9788535932690
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Luciana 14/03/2021

Por muitas vezes a poesia acaba sufocando a história, o que considero uma pena, pois a história em si não é ruim.
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Raquel 05/09/2022

Luanda, Lisboa, Paraiso
Cartola e Glória são pais de Justina e Aquiles. Em decorrência de complicações durante o parto do menino, Glória ficou paralisada em uma cama e o garoto nasceu com má-formação no calcanhar (daí seu nome) que, segundo os médicos, deveria ser corrigida antes dos quinze anos. A família acompanha o crescimento do menino, até que no ano de seu décimo quinto aniversário, 1985, pai e filho partem para Portugal com o objetivo de fazer a operação que consertaria o calcanhar. Mãe e filha permanecem em Luanda, impossibilitadas por uma condição física e financeira.

A história prossegue contando a vida de pai e filho em Lisboa e finalmente em Paraíso, um bairro de lata fictício na periferia de Lisboa. Inseridos nessa nova realidade, precisam lidar com a construção de suas novas identidades, com as mudanças que essa imigração provoca, com o modo como são vistos pelos olhares portugueses. Essa trajetória é marcada por expectativas, desencontros, desencantos, mas também tentativas de recomeços.

Faz pensar sobre as dificuldades nas ex-colônias portuguesas e na situação dos africanos que tentam emigrar para Portugal. É um livro comovente (sofri com os personagens em várias partes), mas também cheio de esperança.
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Grace @arteaoseuredor 20/01/2021

Dolorido, mas maravilhoso!
?Luanda Lisboa Paraíso, Djaimilia Pereira de Almeida.

?Djaimilia Pereira de Almeida nasceu em Luanda, Angola, em 1982. É autora de quatro livros, entre eles os romances ?Esse cabelo?, que recebeu o prêmio Novos na categoria literatura, e ?Luanda, Lisboa, Paraíso?, vencedor do prêmio literário Fundação Inês de Castro. Mora em Lisboa e escreve no Blog da Companhia das Letras.

?Uma história triste. No início demorei um pouco a gostar dos personagens, mas acabei me rendendo e vou sentir falta deles.
?Em Luanda, na África, depois de um parto complicado, Aquiles nasce com um defeito em um dos pés. Os médicos falam que quando tiver 15 anos e fizer um cirurgia ficará bom, para isso terá que ir para Lisboa.
Ele e seu pai Cartola vão fazer essa jornada. Mas quando chegam em Lisboa, descobrem que a realidade é mais dura do que imaginavam. Achavam que iam ser bem tratados, vindo de uma terra colonizada por Portugal, o que não ocorre.
Por ironia do destino eles vão morar em um bairro chamado Paraíso, o lugar que não condiz com o nome.
Aos poucos vão vendo seus sonhos morrerem, levando uma vida árdua. Vários personagens interessantes passam pela história e vão deixando seus sonhos pelo caminho bem como vão nos conquistando. Gostei muito.
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Vitória Romeiro 08/10/2022

surpreendente a cada virar de páginas.
começa como uma busca para salvar a si mesmo, encontrando no outro a salvação, retrata sem temor os sentimentos que levam ao auge de atitudes drásticas, as ações que são tomadas pelo medo da solidão definitiva.
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raíssa. 30/10/2022

Encantada com a escrita de Djaimilia, de uma poética singela e realmente excelente!
Há tantos aspectos que se pode aprofundar sobre esse livro, é uma viagem por todas as emoções, sendo a saudade talvez a única constante.
Logo, não seria de outra maneira: saio melancólica dessa leitura, lidar com esse final me deixou assim tristinha. (mas satisfeita, afinal, literatura é pra incomodar mesmo).
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Licia Maria 27/03/2021

Margem
Sobreviver é exaustivo e solitário. As alegrias são inventadas para nos manter em pé. Não vivos, nunca felizes, só em pé. Que tristeza Djaimilia! obrigada por isso ?
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lais 08/09/2021

Um tanto quanto poético. Acho que posso dizer que o livro é poético. Doloroso. Com um resquício de esperança. A vida de Cartola e seu filho, Aquiles foi difícil demais. Muito difícil. Termino o livro com um misto de sentimentos
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Mari 21/07/2021

A melancólica sensação de não pertencimento
Esta foi uma leitura dolorida pra mim...
Talvez seja pela sensibilidade do momento, talvez pela representação das vivências que o livro traz e pelas quais eu tenho muita empatia.
"LUANDA, LISBOA, PARAÍSO", de Djaimila Pereira de Almeida me abalou.
Nesta história tão carregada de uma melancolia doída, Cartola e Aquiles, pai e filho, saem de Angola e mudam-se para Lisboa motivados pela esperança. Aquiles recebe o nome do herói helênico, justamente por partilharem o mesmo ponto de vulnerabilidade: o jovem rapaz tem uma deformidade no calcanhar e precisa ser operado até os 15 anos de idade. Assim sendo, em 1985, pai e filho deixam a família em Luanda e seguem para Lisboa na expectativa do tratamento médico que pode aliviar as angústias familiares dos últimos 15 anos.
Quando chegam à capital lusa, a narradora afirma que “ninguém os esperava no aeroporto, mas era Portugal.”. A força adversativa desta conjunção dá feitios de "terra prometida" à Lisboa, o que reforça o desencontro entre o desejo de uma vida esperançosa e a dureza da realidade marginal. Nesse ponto, a narrativa machuca muito...
Durante os primeiros anos na cidade, as personagens enfrentam a dolorosa sensação de não-pertencimento. A faísca de esperança com que chegam a Portugal se apaga aos poucos, deixando tudo obscuro e frio... A fome, o medo, a saudade e as dívidas começam a tomar conta das experiências e sugam a pouca vida que resta. Não à toa, em uma ida ao cemitério, Cartola se vê entre iguais.
Após alguns anos vivendo na Pensão Covilhã, próxima ao hospital, endividando-se e sobrevivendo em condições medíocres, Aquiles e Cartola partem para a Quinta do Paraíso, o simbólico espaço suburbano de exclusão. Outro contraste se desenha, não mais entre o desejo e o real, mas agora entre os horrores da miséria e o conforto dos afetos. É ali, em Paraiso, que pai e filho passam momentos angustiantes de perdas amparados pela solidariedade terna de Pepe. A emocionante tônica do "nós por nós" se faz sentir ali, nos elos estabelecidos pelos protagonistas.
"LUANDA, LISBOA, PARAÍSO" é uma narrativa de diáspora. Que mostra com crueza a realidade da imigração, rompendo com qualquer tentativa de idealizar esse processo. Enunciam-se aqui os vínculos coloniais entre Angola e Portugal, além dos entrelaçamentos que se configuram no período pós-colonial. A dura sensação de não-pertencimento é o que dita o ritmo deste romance, em que os protagonistas parecem estar no lugar errado o tempo todo. Não se conectam mais com Luanda e não se sentem parte de Lisboa. O distanciamento da família em Angola é visível em cada carta ou telefonema reproduzidos, pois a escassez das palavras emulam a degradação desse vínculo também.
Há tanta poesia aqui neste livro. A melancolia lírica que permeia o texto reforça a sensação do peso de cada uma das palavras. Uma obra que carrega em si a força que a literatura tem para nos rasgar por dentro. Lindo, emocionante e transformador.
Um olhar sensível para a dureza melancólica da não-pertença.
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Maria.Luisa 16/01/2021

Só sofrimento meu povo....
A jornada do herói de um homem que tinha seu emprego e sua importância, foi pra Europa e virou um imigrante fodido... Pq ser imigrante é sempre estar fodido
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Ed Carvalho 01/02/2024

Ah, Cartola...??
Há poesia na solidão, na tristeza, na miséria, na desesperança, no auto exílio, na nostalgia, no desassossego da alma e do corpo? A literatura consegue converter todo tipo de indignidade, humilhação e dor em uma forma de comunicação com o mundo. A inquietude e a falta de lugar no mundo de Cartola, e por consequência, de Aquiles, Pepe e os outros personagens deste livro receberam uma carga poética, trabalhada, milimetricamente escovada e polida em cada frase desta autora. Um livro deveras impressionante.
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Ivandro Menezes 01/01/2021

Lá e cá
Em Luanda, Lisboa, Parai?so na?o existem excessos. De monumental beleza, cada palavra parece compor uma fina tapec?aria, revelando personagens profundos, complexos e emocionalmente ricos, que na?o se furtam a? realidade tampouco ao poe?tico e ao simbo?lico.

Aquiles, uma crianc?a com uma ma? formac?a?o no calcanhar, e? levado pela pai, Cartola, de Luanda a Lisboa em busca de cura. La? se perdem em suas existe?ncias e lanc?ados ao vento acabam refugiando-se em Parai?so.

Nesse tra?nsito entre a mise?ria que os assola, a esperanc?a de melhores dias e os sonhos de uma vida juntos va?o se entrelac?ando num relacionamento amoroso, odioso, indiferente e dependente entre pai e filho, entre marido e mulher, entre a filha e a ma?e. Em comum, vidas em abnegac?a?o, postas de lado para que um socorra a enfermidade do outro contra o desejo (um tanto egoi?sta, mas justifica?vel) de querer uma outra vida. E a seu modo, Cartola, o pai, o esposo, o chefe da fami?lia, e? o u?nico que tem a coragem de experimentar.

A?rido e poe?tico, a narrativa de arrasta por uma gama de emoc?o?es diversas, mergulhando nos dias difi?ceis, nas estac?o?es, nas du?vidas e transformac?o?es ao longo dos anos. Por vezes, temos pena de Glo?ria que definha num quarto e anseio por reencontrar o marido. Entristecemo-nos por Justina condenada a cuidar da ma?e em Luanda, mesmo ta?o feliz em vera?o lisboeta. Odiamos Cartola e seu egoi?smo em desejar a mulher doente por se sentir livre e dependente com tal condic?a?o.

Cada palavra, cada cena, cada pec?a aparentemente solta e? bem aproveitada para construir esse mosaico rico e profundo de imigrantes angolanos em Lisboa, tornando-nos co?nscios de somos todos assim, imigrantes, passageiros, solita?rios e solida?rios num caminhar sempre em direc?a?o a? esperanc?a, seja la? diante do Tejo, seja ca? diante do Sa?o Francisco.
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brunossgodinho 04/12/2021

Primeiro livro que leio de Djaimilia e fui conquistado. Uma prosa muito bonita que fala de coisas difíceis e tristes, mas com certa graciosidade no uso da língua. Luanda, Lisboa, Paraíso é um livro que mostra por onde nos ligamos, lusófonos, para além de uma língua herdada da violência colonial.

Ao descrever a dura vida em Luanda e em Lisboa, é (quase) impossível que qualquer pessoa com o mínimo de senso do que é o Brasil real, o Brasil das doloridas fomes, dos entraves racistas, das lutas sociais escondidas, é (quase) impossível não ver ali nossa mesma história.

Não li ainda quantos livros gostaria ter lido nesse ponto da vida, mas, mesmo com amostragem pequena, apenas três me emocionaram ao ponto das lágrimas. O primeiro foi Guerra e paz, quando Pierre se despede do pai moribundo, coisa que me toca pessoalmente por ter, também, tido que me despedir do meu; o segundo foi Capitães da areia, lendo a vida daqueles meninos sofridos, meninos que estão por aí, ainda hoje, e podem ser meus alunos um dia, eu que sou professor; e esse, pela dor intensa que é possível sentir ao ler as agruras, mas, também, as pequenas delícias da vida. Um rolar de lágrimas meio agridoce, que não causa necessariamente nem felicidade nem tristeza - simplesmente comove.
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Carolina.S.M 08/02/2023

A autora tenta demais
Tendo lido a Yara Nahakanda logo antes, nao consegui empolgar com essa escrita. A autora tenta muito elaborar o texto e a mensagem se perde. Uma pena.
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