O Eu Profundo e os Outros Eus

O Eu Profundo e os Outros Eus Fernando Pessoa




Resenhas - O Eu profundo e os outros Eus


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Clio0 19/09/2024

Ótima coletânea com poemas de vários heterônimos incluindo Fernando Pessoa por ele mesmo.

A obra desse grande poeta parece ultrapassar o tempo e com a mesma maravilha que eu costumava ouví-los declamados pela minha professora de literatura, hoje o faço pela mesma sensação que me acometia a tanto tempo atrás.

Os versos podem ser simples e belos como a visão de alguém ao observar um pôr-do-sol, ou possuírem a revolta violenta de uma pessoa já farta da corrupção e da hipocrisia social. Não importa o que você esteja passando, há alguma obra de Pessoa condinzente com seu estado de espiríto.

Recomendo.
Ellen Seokjin 19/09/2024minha estante
Está na minha listinha?




paula1735 03/09/2024

O eu profundo
Em completo choque, o fernando pessoa é grandioso.
esse livro reúne das várias obras do maior poestista português, a minha favorita foi definitivamente o fluxo de consciência. estou encantada.
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Joyce.Kelly 10/06/2024

Não sei se a vida é pouca ou demais para mim.
Fernando Pessoa é naturalmente um dos grandes poetas da nossa língua portuguesa! Sua escrita única com a diversidade dos heterônimos me deixou fascinada.

Está edição, embora antiga, traz uma introdução complexa, bem como fatos da biografia do autor. Aqui, está a grafia original dos poemas, o texto puro e integral.

Uma leitura longa, mas válida!
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Vick.Stocchero 20/04/2024

O falso do Fernando Pessoa
Então, livro muito chato.
Pensei que o livro era de poesias profundas, sentimentos... sei lá, qualquer coisa que refletisse o interior de uma pessoa, mas não é.
O livro é literalmente poesias engrandecendo Portugal (Nada contra Portugal, assim, mas um título desse não tem como não pensar que é sobre sentimentos). De 50 poesias, 50 era sobre a grandeza de Portugal e seu império lindo. Ah, tá bom. Chato, ruim, não gostei. Primeiro livro de poesia que eu não gosto.
E sim, Paulo Leminsk tava certo, Fernando Pessoa é chato.
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DayanePrincipessa 01/02/2024

O Suicídio da Alma
Ler Fernando Pessoa depois de tantos anos (parece-me séculos) foi até meio estranho. Gostava bastante de ler poesias quando era adolescente e me recordo de sempre compreender os livros, mas atualmente sempre quando leio parece que é tudo loucura, não consigo entender nada (o que aconteceu comigo? rs).
Do pouco que pude compreender da obra (ou penso ter compreendido) gostaria de falar da questão da idealização.
Parece que os personagens estavam todos extremamente depressivos por não terem vivido a vida que imaginavam, idealizavam. Então os dias presentes eram só martírio e dor, não conseguiam ver a beleza de nada, a vida passava diantes dos seus olhos, mas eles não viam nem sentiam, como se estivessem mortos.
Penso que a idealização é uma forma de suicídio da alma, onde tudo que é você morre, só fica o corpo vagando pela terra, pois as pessoas que idealizam a vida deixam de vivê-la. A idealização pode ser de dois tipos: recordações e sonho.
A idealização do estilo “recordações” é quando a pessoa cria uma loucura na cabeça a partir de uma memória que ela tem. Por exemplo, a pessoa teve um relacionamento amoroso que acabou por algum motivo e na época que a pessoa vivia esta relação, era algo monótono, pode ser que nem se conectava tão bem a tal pessoa etc., que não tinha a certeza se amava mesmo, se era a pessoa certa, que não havia respeito, nem consideração, mas depois que tudo acabou, selecionou essa memória para ser sua idealização.
Por meio dessa memória a pessoa cria uma ilusão absurda de que todos os momentos que teve junto do tal ser amado eram perfeitos, únicos, esplêndidos, que o mundo girava ao redor, que flores de sakura caíam do céu, que o som das vozes era pura melodia, etc. Mas na realidade nada foi assim, a pessoa se ilude, e a partir dessa ilusão ela começa a odiar o presente, desejar morrer, ficar obcecada pelo tal ser amado, mas caso tenha a oportunidade de uma segunda chance com a pessoa verá toda a ilusão desmoronar e terminará o relacionamento em menos de um mês.
O segundo tipo de idealização é do estilo “sonho”. Essa é mais absurda ainda, é aquela onde a pessoa cria uma ilusão a partir do nada, da pura imaginação mesmo. Vou dar um exemplo bem esdrúxulo, digamos que alguém idealize que é casado com Angelina Julie. A partir disso a pessoa escreve uma novela na mente, deixa de viver o presente porque acredita que a vida ideal seria ser casado com a Angelina. Normalmente as pessoas não idealizam com alguém tão inacessível assim, obviamente, o mais comum é que seja alguém conhecido, como um colega de classe da infância, alguém do trabalho, faculdade, etc com quem nunca teve absolutamente nada.
Dei exemplos de idealizações de relacionamentos românticos porque é o que normalmente as pessoas mais idealizam.
Voltando a minha ideia central, os personagens odiavam a si mesmos, odiavam suas vidas, devido a essas idealizações, e como eu disse, é uma espécie de suicídio da alma, você rejeita viver a vida real.
Diante disso, acredito que o desafio de cada ser humano, que almeja viver de verdade, é lutar com todas as forças para abrir os olhos e conseguir enxergar o que é real e o que não é. O que é real e o que é idealização.
Penso que temos que aceitar a vida como um presente, não buscar escolher como se tivesse um catálogo na mão.
Talvez eu tenha devaneado mais do que o autor kkkkkkk.

E assim finalizamos janeiro, bem filósofos e nada poéticos kkkkkkk

Lido em 30/01/2024


Camila Heiderick 04/02/2024minha estante
???????


Camila Heiderick 04/02/2024minha estante
???????




13marcioricardo 21/12/2023

Pessoa é Pessoa.
Fernando Pessoa é único. Esta obra é uma seleção dos seus melhores trabalhos. Como um dos gigantes da literatura de língua portuguesa e do mundo, ler este génio é indispensável.
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capitu 07/04/2023

"Eu sonho e por detrás da minha atenção sonho comigo alguém..."


Achei um pouco diferente, mas interessante.
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Bruno Oliveira 17/02/2023

O PESSOA É TIPO UMA ESFINGE, SABE?
Este O eu profundo e os outros eus, do célebre português Fernando Pessoa é, podemos dizer, um bom livro para se iniciar neste universo heteronímico (e bem particular, dramático) do poeta. O texto de apresentação da nossa querida Maria Bethânia é um charme à parte da edição. É, por meio dele, que criamos altas expectativas quanto aos poemas do Pessoa logo a seguir: nossa grande cantora transmite bem a sua admiração pelo poeta. Contudo, quando enfim encaramos os seus poemas, é que começa a nossa “briga” com a poética do poeta: Pessoa, o ele mesmo, tem bons poemas, Mar Portuguez, sem dúvidas, é o seu melhor aqui no livro, mas os outros, os que versam sobre a corte portuguesa, por exemplo, não empolgam tanto, não; os poemas do naturalista Alberto Caeiro, um dos outros, são bons, mas não nos impactam, não nos marcam; as odes de Ricardo Reis até nos instigam, mas há poucos poemas dele no livro e os poemas intermináveis do sensacionalista Álvaro de Campos são os mais expressivos, porém, nos maçam até certo ponto... Dito isso, o livro até que dá um apanhado geral da produção do Fernando Pessoa, entretanto, talvez, não “encantará” totalmente os que forem lê-lo: Pessoa nos exige um esforço igualmente heteronímico para o ler.
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Rodolfo | @_rodolfo92 22/12/2021

Confesso que tenho uma certa dificuldade pra absorver (ou, talvez, entender), alguns textos de Pessoa. Já havia lido o "Mensagem", a edição da Hedra, mas, sem dúvidas, este livro (O Eu Profundo e Outro Eus), é perfeito pra entender melhor o universo de sua escrita.
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Gabriel 17/10/2021

Ótima porta de entrada
Foi a primeira vez que conseguiu ter um bom panorama da poesia do Pessoa. Se o subjetivismo antes me parecia piegas, agora pude compreender como ele se articula em um projeto mais amplo e denso. Acho que este é o lugar certo para começar a entrar no seu universo.
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Nalia 09/06/2020

Carinho em forma de poesia
Na obra, Fernando Pessoa introduz diversos de seus poemas sobre variados assuntos, sem grandes pretenções de um desfecho final ao conjunto de todos os textos, facilitando a leitura e fazendo com que o leitor se sinta instigado e tenha uma catarse atrás da outra, a cada linha escrita.
Particularmente, já não considerava mais ler poesia, pois acreditava que não faziam parte do meu universo, e que não possuía a sensibilidade para tal leitura. Após ler esse livro, me sinto renovada, e totalmente redescoberta no mundo da leitura, aonde vou explorar com grande intensidade, todos os poemas que eu puder ler.
Esse livro é fantástico, Fernando Pessoa é um gênio, e eu garanto, que qualquer um ao ler, vai se transformar.
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Rangel 01/02/2019

Seleção Poética Profunda de Pessoa
O livro "O eu profundo e os outros Eus" de Fernando Pessoa é uma seleção poética que menciona inicialmente "navegar é preciso, viver não é preciso", mostrando que viver não seja necessidade, mas criar, sim. Ele quer deixar a humanidade a expressão da sua criatividade do que a própria vida. Ele faz da poesia algo intrínseco na sua vida. Na primeira parte da obra, ele fala de si mesmo, do brasão, dos campos, castelos, quinas, de Ulysses, de Viriato, de Conde Dom Henrique, de Afonso Henriques, de Dom Diniz, de Dom João I, de Philipa, de Dom Duarte Rei de Portugal, de Dom Fernando, o infante, de Dom Sebastião, de Dom Pedro, De Dom João Infante, da Coroa e do timbre. Na segunda parte, retoma sobre o infante, o horizonte, o padrão, o monstrengo, o epitáfio, os colombos, o Ocidente, Fernando Magalhães, Vasco da Gama, Mar Portuguez, última nau e prece. Na terceira parte, menciona sobre os símbolos, os avisos, os tempos de todo o encoberto. Aborda posteriormente sobre o V Império e depois sobre o cancioneiro (impressões do crepúsculo, hora absurda, Além-Deus, a queda, o braço sem corpo, plenilúneo, saudade dada, Pierrot bêbado, minuete invisível, hemal, autopsicografia e o Isto. Depois, Fernando Pessoa poetiza sobre o outro, ou seja, o outro dele mesmo, com ficções do interlúdio, poemas de Alberto Caieiro, odes de Ricardo Reis, poesias de Alvaro de Campos, com odes, saudações, soneto e outras poesias. Considero a melhor obra de poesias da língua portuguesa. Um verdadeiro êxtase para ler!!!
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Wagner 20/01/2019

MAR PORTUGUEZ

(...) ó MAR SALGADO, quanto do teu sal
São lágrima de Portugal (...)

in PESSOA, Fernando. O Eu profundo e os Outros Eus. São Paulo: Nova Fronteira, 1993. pg 57.
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LiZ 05/07/2018

Apanhado
Excelente apanhado Pessoano. Um dos meus livros de cabeceira...
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Arsenio Meira 01/08/2013

SEMPRE ELE

Estava lendo dois livros gigantescos: "LUZ ANTIGA", excelente romance do escritor irlandês John Banville (já perto do fim da leitura), e a antologia dos poemas ora resenhada, dele, sempre ele, Fernando Pessoa.

Em novembro do ano passado fez 77 anos que o Poeta português morreu. Ele, quase uma unanimidade, considerado o maior poeta da língua portuguesa(eu até hoje prefiro Drummond. Não adianta... Porém, penso em Pessoa como um ser de outra galáxia. Vai ver que era mesmo.)

E sobre Fernando Pessoa há tanto a dizer.

A grande razão da permanência do Poeta e do renovado interesse que ele desperta em todos os leitores, reside na maneira como enxergou ou desbravou a difícil harmonia entre sentir e pensar.

Esse paralelo entre a sensação com o conceito tem movido milhões de átomos pensantes entre os bambas da filosofia ocidental.

O que em mim sente, está pensando, decretou Pessoa.

Sua Poesia escancarou essas duas formas de conhecimento; experimentando todas as formas de lidar com essa dicotomia, trouxe-nos até mesmo a impossibilidade de lidarmos com ela: Ver é enganar-me,/Pensar um descaminho,/ Não sei.

Pessoa, como dizem, foi mesmo um meteoro que se abateu sobre nossas cabeças.

Ele tinha ascendência judaica. Daí, talvez, ter criado os seus alteregos gregos, os pagãos Alberto Caeiro e Ricardo Reis. Aliás, dos seus heterônimos, múltiplos e variados, percebe-se, de plano, uma personalidade multifacetada e genial.

O mesmo se pode dizer do seu agudo senso de humor, fielmente retratado no famoso verso o poeta é um fingidor

Em determinado dia, Fernando escreveu Ah, poder ser tu, sendo eu!/Ter a tua alegre inconsciência,/ E a consciência disso! e, assim traduziu o recôndito desejo que vagueia em praias humanas há milênios: no palco da vida, nós almejamos o ser inconsciente, mas sem perder de vista o nó da lucidez.

Mas também pairam seus episódios trágicos, como o suicídio do seu melhor amigo, Mário de Sá-Carneiro (também grande poeta).

Em Paris, pouco depois de escrever ao próprio Pessoa, tranquilizando-o que não mais pretendia se matar, Sá-Carneiro vestiu um smoking e num quarto de um hotel de quinta categoria, deitou na cama com lençóis puídos, mofados e tomou veneno, consumando o ato (o contraste entre a indumentária escolhida por Sá-Carneiro e o cenário de sua morte é bem sintomática.)

Muito o que falar: como por exemplo, a sua inaptidão para os negócios (Fernando Pessoa perdeu tudo o que a avó Dionísia lhe deixara, com a bancarrota da gráfica Íbis).

Nesse período, viveu na penúria. Morava em cima de uma leiteria.

Em vida, como sabemos, publicou um único livro: "Mensagem." Concorreu a um concurso. Pra variar, perdeu para um poeta hoje mundialmente conhecido como anônimo ou ninguém.

Octavio Paz, referindo-se a Pessoa, escreveu com exatidão que nada em sua vida é surpreendente nada, exceto seus poemas.

No entanto, o notável Nobel mexicano não poderia deixar passar em brancas nuvens a angústia que levou Pessoa a escrever sua primeira carta de amor, tão somente aos 32 anos.

Não há como pensar em Fernando Pessoa, sem associá-lo à figura de um homem triste, malgrado o universo repleto de personas poéticas que ele mesmo criou.

Ronald de Carvalho e Cecília Meireles foram os primeiros poetas do modernismo brasileiro a conhecer profundamente a obra do vate lusitano.(Cecília era filha e neta de portugueses, e seu primeiro marido, também luso, foi contemporâneo do poeta.)

Imagino o deslumbramento de Cecília Meireles diante da descoberta do universo de Pessoa. Consta que ela tentou encontrar-se amistosamente com ele em Portugal, mas ele, antecipando o modus operandi "Tim Maia", marcou, deixou tudo certo, como local e hora, e não foi.

Drummond iria ao encontro de Cecília nem que fosse no Saara, e Quintana idem. Vinicius não só iria, mas tenho pra mim que se tivesse ido, casaria com ela até numa mesa de confeitaria

Ela sabia de tudo isso, e jamais deixou-se levar pela conversa deles, mas também permaneceu amiga de todos até o fim.

Todos se reconheciam e se respeitavam como membros do mesmo time e eram fiéis ao que entendiam sobre o ser humano e, sobretudo sabiam da missão literária que lhes fora incumbida.

Fernando António Nogueira Pessoa morreu em Lisboa, de hepatite alcoolica, em 1935, aos 47 anos.

Dele, transcrevo para o Skoob os versos abaixo. Demonstram bem a grandeza e o tormento desse ser humano, desse poeta inigualável, que um dia rogou a Deus:

Senhor, protege-me e ampara-me.

Dá-me que eu me sinta teu.

Senhor, livra-me de mim.
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