Lucíola

Lucíola José de Alencar
José de Alencar




Resenhas - Lucíola


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Loanfi 15/06/2023

O que dizer sobre este livro? Confesso que no início não gostei de forma alguma. A narrativa não prendia, havia MUITAS descrições tediosas e o nosso querido protagonista é um pé no saco. Já li "A Dama das Camélias" que é bem similar e não gostei tanto.

Todavia, conforme o desenrolar da história (na verdade só depois da metade hahahaha), parece que o tom muda. Conectei-me mais com a história e gostei do contexto e da mensagem que o autor queria passar. Creio que foi só aí que finalmente comecei a entender o livro.

No fim, continuo não gostando dos personagens de uma forma geral, porém a história é tocante.
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Invasão Bárbara 05/11/2023

Lucíola (Desafio Livrada! 2022)
Para a Categoria 2 do Desafio Livrada! (um livro que você odiou ler na escola), escolhi o que me assombrava nos vestibulares: Lucíola.

Essa é a quarta releitura e, pela primeira vez, não foi por obrigação. Pude ignorar movimentos literários, contextos sociais, importância do autor e tentar apreciar a narrativa apenas pela capacidade de entretenimento. Foi pior do que eu podia imaginar.

O José de Alencar claramente estava sob influência dos autores românticos europeus, com seus devaneios intermináveis e diálogos ornamentados. Pensando bem, é melhor irmos direto para o enredo, assim vocês podem passar raiva junto comigo:

A obra é epistolar, ou seja, uma carta do narrador, Paulo, para uma amiga, contando sobre seu primeiro amor quando foi morar no Rio de Janeiro.

A fonte desse sentimento é a Lúcia, uma prostituta de luxo e performance erótica. Mesmo sendo uma mulher muito jovem, ela já é independente financeiramente ao ponto de poder escolher ou rejeitar amantes. Nas falas dela há amargura em relação à sociedade e, bem, estamos falando do Brasil do Séc. XIX, é justificável.

Então, os dois se conhecem e é paixão à primeira vista. Lúcia não cobra pelos seus serviços e Paulo, logo em seguida, ao assistir uma apresentação dela na residência de um conhecido, a humilha, fazendo-a chorar de vergonha e sentir repugnância de si mesma.

Depois disso, Paulo passa a morar na casa de Lúcia, num relacionamento tóxico de dar pena. O auge para mim é ele dizendo que considerava uma prova de amor a Lúcia se desculpar pelas brigas que o próprio começava, e por ela não dizer nada quando tinha suas gavetas reviradas em busca do dinheiro que recebia dos clientes.

Quando os amigos do Paulo contam que a cidade inteira está chamando ele de gigolô - o que é um fato -, em vez de arrumar um emprego e se propor a sustentar a moça, o cara a abandona. Porém, fica na volta, não deixando ela se recuperar e seguir em frente.

No final, assistimos a sanidade e a saúde da Lúcia se esvaindo, num delírio de redenção religiosa que o livro tenta mostrar como belo, mas é só muito triste. E o Paulo termina como um herói por não ter saído do lado dela (?!).

site: https://www.instagram.com/invasao_barbara/
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Luana 22/09/2023

A única parte do livro que eu gosto são os diálogos inteligentes da Lúcia, mas na maior parte o livro foi uma tristeza de ler. Tipo, o Paulo é 100% tóxico e a Lúcia tem sérios problemas mentais provenientes do passado dela.
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Minhas Galáxias 28/09/2023

Horroso, me faz mal
A narrativa é arrastada e esse livro envelheceu muito mal. A parte mais interessante foi quando a Lucia estava falando sobre seu passado e como chegou até ali, pena que só durou umas 4 páginas.
É carregado de misoginia e passagens super violentas, fiquei abismada.
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Letícia 04/10/2023

Bom!
O livro traz um tema ainda atual, embora sua linguagem aumente o grau de dificuldade da leitura. Mesmo assim, considero a leitura válida.
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letAcia1172 11/10/2023

A dualidade de Lúcia
Esse foi um livro um tanto quanto difícil de ler. Mas reconheço a importância do contato com obras (no caso, romances) que ajudaram a dar uma forma à nossa literatura nacional (nesta época ainda em construção). E Alencar foi um dos grandes destaques nesse processo introdutório do gênero romance no Brasil e de consolidação de uma nacionalidade.

Entre os romances que publicou, temos Lucíola. Esta obra conta a história de amor (digamos assim) entre Paulo e Lúcia. Lúcia era uma cortesã carioca, e Paulo era um recém-chegado à cidade. Os dois acabam por se aproximar de uma maneira distinta pq Lúcia sente uma diferença no tratamento de Paulo, ela percebe que ele "não é como os outros", que ele a enxerga para além de seu corpo. Por essa razão, a mulher se torna devota a ele - ao ponto de abandonar a profissão.

Na forma de todo romance, há um herói. E neste, a nossa heroína é a Lúcia. A narrativa gira em torno dela e de sua dualidade. Dualidade no sentido de ela ser composta por duas partes: a Lúcia e a Maria da Glória. A Lúcia é a parte que diz respeito ao corpo, a Maria da Glória é a parte que diz respeito à alma. Essas duas partes de si correspondem respectivamente ao seu lado "negativo" e ao seu lado "positivo". E isso fica claro na forma como o enredo é construído. Nós vemos q esse lado negativo, o corpo, aparece na figura da mulher fatal que ela demonstra ser no começo, quando ainda prostituta, cercada de abundâncias e luxúrias, enquanto o lado positivo, a alma, aparece quando ela tem a sua "redenção" - quando deixa de ser prostituta e volta a ser quem era antes. Com isso, nós vemos que na verdade a história nao é sobre uma história de amor, é sobre Lúcia. E esta, serve para reafirmar os valores sociais cristalizados na sociedade da época - com essa "transformação" ela alude a um como comportar-se para viver bem. Daí o caráter moralista da obra. Essa estratégia com certeza influenciou na aceitabilidade do romance naquele meio social no qual circulou.

E, apesar de ser baseada numa obra francesa, é notória a tentativa de Alencar de tornar nacional, por exemplo a partir da repetição dos nomes das ruas do Rio de Janeiro e dos personagens. Estes claramente nao eram brasileiros em essência, assim como o meio no qual a obra se passa - o meio burguês. Mas esse foi o pontapé inicial, Alencar introduziu, preparou o terreno para outros autores que se aprofundariam nessas questões futuramente.
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Gabriela.Carioca 13/10/2023

Resenha: Lucíola
Como muitos outros livros, li esse por conta da escola!
É um livro em que você nao espera se emocionar de alguma forma e acaba se emocionando com os relatos finas da protagonista. Mesmo sendo sobre um romance que envolve uma cortesã, é algo surpreendente, já que você recebe evoluções da personagem.
É uma história de vai e vem em relação ao relacionamento dos protagonistas. Achei bem desenvolvido, pena que o final acabou sendo meio corridinho.
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May 28/10/2023

Um romance de paixão e redenção
"Lucíola", uma obra clássica de José de Alencar, mergulha os leitores nas complexidades da sociedade do século XIX. O livro nos apresenta à cortesã Lucíola, uma mulher de beleza e espírito cativantes, e a Paulo, um homem que se envolve profundamente em seu mundo.

Lucíola, cujo nome verdadeiro é Maria da Glória, é uma mulher que desafia as convenções sociais de sua época. Ela sai de casa e se estabelece no Rio de Janeiro como uma cortesã, em busca de independência e controle sobre sua própria vida. A decisão de se tornar uma cortesã é um ato de rebeldia contra o papel tradicionalmente atribuído às mulheres na sociedade do século XIX, um ato que a coloca no controle de sua sexualidade e destino.

No entanto, o livro também revela as contradições internas de Lucíola. Ela se apaixona por Paulo, o protagonista, e sua busca por redenção e amor verdadeiro é uma parte fundamental da narrativa. Essa contradição na personagem a torna um retrato complexo da mulher em uma sociedade repressora. Através da personagem de Lucíola, Alencar aborda a hipocrisia social e as restrições impostas às mulheres da época.

"Lucíola" é uma leitura que nos faz refletir sobre os conceitos de moralidade e amor verdadeiro. É uma obra literária que continua a fascinar os leitores, oferecendo uma visão perspicaz das complexidades do coração humano e da sociedade em transformação.
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Supercut09 30/11/2023

Projeto Lendo José de Alencar #1
Definindo esse livro com precisão, eu diria que é uma versão de dama das camélias adaptado aos moldes brasileiros, mas sem a rapidez e sutileza do original.
O livro em si e bem curto, na verdade, mas o casal de protagonistas ficam terminando e reatando o tempo todo no romance que fica nesse sentido mesmice que para mim dificultou o andamento da leitura.
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