Alexia Santos 29/07/2022Recomendo para passar o tempo.A obra é bem escrita e muito fluída, é fácil começar a ler e ir até o final, o problema para mim foi que não consegui me apegar a nenhum dos personagens, a história em si é interessante, os personagens também são bem construídos, não tem muitos... Então é fácil de criar uma boa personalidade para cada um, mas, sei lá, não consegui me apegar muito a nenhum deles, foi uma leitura rápida mas não me marcou.
Darei um pouco de spoilers a partir de agora...
Não se sabe ao certo em que ano se passa a obra mas visto que os personagens tem celulares relativamente modernos e um sistema de segurança bem funcional, eu diria que gira em torno dos anos 2015 à 2020.
Nesse mundo as crianças são acometidas pelo doença chamada MORTE, ninguém sabe com ela surgiu e não existe remédio ou tratamento, tudo que se sabe é que ela é detectável num teste de saliva e leva o seu portador à cometer suicídio, a doença só atinge crianças e o sintoma, vontade de se suicidar, não dá um aviso prévio, o infectado pode se matar dali um mês após o diagnóstico ou quando completar 18 anos.
Nessa trama somos apresentados a Sasha, a primeira parte da obra é narrado por ele, sim, Sasha nasceu com ambos os sexos e se identifica como homem, seu nome era Alan, sua mãe deu no pé e seu pai era bem escroto e só pensava no seu primogênito (não é mencionado o nome do irmão e nem o nome do pai de Alan, apenas o sobrenome é dito, Saroyan). O garoto foi vendido para o orfanato que reunia crianças para serem filhos substitutos das famílias que perderam seus filhos biológicos para MORTE
Na segunda metade a obra é narrada pelo Doudou, um cara que perdeu a meia irmã para a doença.
O orfanato funciona meio como um tráfego de crianças/adolescentes pois os pais adotivos pagam uma quantia e escolhem qual criança eles irão levar, não só isso, eles podem fazer várias exigências como por exemplo: Fazer a criança ser uma cópia literalmente perfeita do filho falecido, as crianças passam por cirurgias e estudam cada movimento, comportamento do filho biológico do casal. Alan, que já tinha um passado ferrado, sofre com essas exigências pois a mulher que irá adotá-lo quer que ele aja como uma mulher e por esse motivo ela lhe deu o nome de Sasha.
Eu indico a leitura deste volume, ele serve bem para passar o tempo, e também achei muito interessante a troca de perspectivas na hora que muda os narradores, tudo que você imaginou sobre um determinado personagem acaba se mostrando uma mentira na troca de narração, gostei desse plot twist e espero que no próximo volume eu fique mais presa na história.
Ps: A light novel é composta por 3 volumes!