spoiler visualizarEGBraga 04/04/2024
"A Trama Perdida": Incrível, mas digno de Birras Pessoais
Em "A Trama Perdida", a autora alinhava histórias secundárias com maestria, criando uma extensa malha rica em seus recortes, unidos, formando uma história excepcional. Foi capaz de expandir a política dos dragões paralelo a embates éticos com relação à conduta da Biblioteca e, principalmente, de Irene, acrescentando camadas a essa colcha recheada com muita ação, tiroteio e manobras arriscadas.
Sem dúvidas, a maneira como os dragões se organizam, a estática em sua honra para com a família, com a rainha e consigo mesmos, chegando a extremos, são o ponto alto da narrativa. Os novos personagens, especialmente Hu, revelaram-se diamantes preciosos. Além disso, hipocrisia e dualidades são suas características mais bem aproveitadas, tornando-os tão humanos quanto qualquer leitor. Mas acredito que cheguei a um ponto nessa série de livros no qual posso exercer julgamentos pessoais, não apenas técnicos. E, nossa, que péssima escolha em relação aos envolvimentos amorosos.
Apesar das constantes insinuações entre a bibliotecária e o dragão desde o primeiro livro, em "A Página em Chamas", Irene se aproxima de Vale em um momento delicado. É nítido que a culpa a move, além do desejo de curá-lo por pena e arrependimento. Já em "A Trama Perdida", seu relacionamento com Kai continua progredindo, chegando ao ápice em um beijo eloquente na frente de Vale ? que por sinal não apareceu no decorrer dessa obra, embora fossem feitas menções recorrentes ao seu personagem. Detestei com todas as minhas forças, algo que, somado à sua ausência, visto que é meu personagem favorito, impele em mim o forte ímpeto de diminuir a avaliação do livro.
Pura mesquinhagem de leitora frustrada ? que no meu coração faz certo sentido muito além de qualquer lógica. No mais, devo ressaltar que a leitura é incrível e que as críticas são todas pessoais.