Os Corumbas

Os Corumbas Amando Fontes



Resenhas - Os Corumbas


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Maiane.Alves 01/02/2023

Apesar de ter sido escrito em 1933, Os Corumbas continua atual, já que trata da história triste do proletariado nordestino, ou de todo o Brasil, que acorda antes do sol nascer para trabalhar e ainda passa fome.
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Thá 18/12/2022

Muito bom!!
Livro com uma narrativa muito boa, uma leitura muito gostosa e leve além de prender do começo ao fim.
E retrata muito bem o cotidiano deles, com boas descrições e linguagem simples.
Ótimo para quem gosta literatura nacional e livros que retrata a vida de várias pessoas que migram para ter uma vida melhor.
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OgaiT 10/10/2021

Um tratado sobre a vida do proletariado e a memória do povo sergipano
Nas palavras de J. H. Dacanal, Os Corumbas é um romance que trata da "miséria física e moral gerada pela impiedosa exploração da mão-de-obra proletária durante o primeiro grande surto de industrialização no país." (Romance de 30, p.75). Nesse sentido, temos uma família de camponeses, os Corumbas, que saem do sertão sergipano com destino à capital Aracaju objetivando melhores condições de vida, porém, que se deteriora ao longo da narrativa.
Esquecido pelos teóricos e pesquisadores brasileiros de literatura, a obra de Amando Fontes escancara a realidade do proletariado da capital sergipana, formado majoritariamente pela mão de obra feminina e infantil devido seu baixo custo para os empresários. Além de não serem devidamente remuneradas, as mulheres que trabalhavam nas fábricas têxteis eram mal vistas pela sociedade por considerarem a profissão como porta de entrada para a prostituição.
No entanto, o aspecto mais relevante para mim, e acredito que para aqueles leitores que conhecem Aracaju, é justamente os espaços e as tradições que deixaram de existir em nossos tempos, tais como a festa de bom ano, o natal e em especial o São João, que apesar de ainda serem comemorados, mudaram drasticamente na contemporaneidade.
Enfim, a leitura desse romance serve de guia turístico da capital sergipana e está, em relevância para o povo sergipano, tal qual o Bahia de todos os santos do Jorge Amado.
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Alisson Serigy 14/06/2021

A saga do sertanejo
A história narra a vida da Família Corumba que deixa a seca no sertão sergipano para viver miseravelmente na nova capital Aracaju. Este livro é um ótimo relato histórico da cidade, para os moradores curiosos da cidade vale muito a pena ler e ir resgatando memórias e se localizando com perfeição nos acontecimentos. Alguns prédios sitados ainda estão do mesmo modo.

A história é muito boa e fácil compreensão, mostra muito dos preconceitos e modo de vida da época. Vale muito a leitura
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Pedróviz 18/04/2021

Os Corumbás
O livro conta a triste história da família Corumbá que por força da seca, teve de se retirar do interior de Sergipe e morar e trabalhar em condições precárias em Aracajú. Embora o autor não faça digressões na obra, as mensagens contidas nos eventos narrados são quase explícitas: as condições trabalhistas, o trabalho de menores, o assédio. No enredo de Os Corumbás a sequência de desgraças é tal que dificilmente o leitor não irá sentir alguma empatia pela pobre família, especialmente no triste desfecho da história.
Leitura recomendada!
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Locimar 03/08/2020

Exploração, proletariado
O romance escrito de forma simples e breve é uma aula de história. Não é apenas a história das gentes de determinada região do Brasil, é a história de como se perpetua a pobreza nestas terras varonis! Duro!
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Romildo.Alves 12/07/2019

OS CORUMBAS Resumo em cordel
OS CORUMBAS

Saídos lá da Ribeira
Interior Sergipano
Aracaju foi o engano
Daquela família ordeira
Que já não era inteira
Um morreu-se sezonal
Quatro moças ao total
E só um rapaz restou
O desfecho acabrunhou
Aquele pobre casal.

Rosenda logo perdeu-se
Com um praça destacado
Já Pedro foi deportado
Por na luta envolver-se
Bela por adoecer-se
Teve a morte como sina
Prostituiu-se Albertina
E com um Zeca sargento
Caçulinha de modo lento
No infortúnio declina.

A reparação não veio
E a vergonha escancarada
Pra Seu Geraldo mais nada
Tinha sentido em seu meio
Querendo viver alheio
Daquela desgraça inteira
Quis da parte derradeira
Viver a vida isolado
Com Sá Josefa ao seu lado
Retornou para a Ribeira.

Romildo Alves o garotinho do cordel

site: https://www.facebook.com/ogarotinhodocordel/photos/a.820402891361556/918167088251802/?type=3&theater
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Philipe da Cunha 09/03/2019

Nu e cru
Como Sergipano, tive a responsabilidade de correr atrás dos nossos representantes. Ao ler "Os Corumbas", é basicamente o retrato da sociedade proletária de todo o Brasil, o mesmo é um livro que não só representa Sergipe do século XX, mas sim todo o nosso país de um contexto em geral. A pobreza, a desesperança com um pingo de esperança e a tristeza são os elementos presentes nesse romance.
Franciele.Dias 11/07/2020minha estante
moço, você teria o livro em pdf? não o encontro em lugar algum e ele é minha base de monografia.




Quel 08/10/2018

Livro muito verídico que mostra a realidade das famílias mais pobres que vivem no nordeste e ficam a mercê do mundo e de sua própria sorte. Retrata muito bem a difícil realidade de mulheres que vivem esse tipo de vida e mostra como, na maioria das vezes, ter uma vida melhor e digna não se trata de meritocracia e, sim, de sorte e do ambiente no qual se vive. O livro possui uma narrativa rápida e completa que prende o leitor fixando-se apenas no necessário para a narrativa correr, sem enrolações nem descrições desnecessárias. Não achei tão envolvente e apaixonante, principalmente por não ser uma história feliz, mas é um livro bom que cumpre o que se promete.
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Marcos Scheffel 17/12/2017

sem saída
A primeira notícia que tive deste romance foi no livro de Luís Bueno: Uma história do romance de 30. Outro dia me deparei com o livro num sebo de Niterói, vi que era uma boa edição da José Olympio (selo que hoje pertence a Record, mas que teve importante papel na divulgação de nossos romancista na década de 30) e depois de comprá-lo e começar a ler me envolvi totalmente com a saga da família Corumba.
Das privações do interior do Sergipe, a família Corumba parte para Aracaju onde teoricamente seus filhos teriam melhores condições de vida. A realidade encontrada, principalmente pelas filhas (o casal tem 4 e mais um filho), é dura: a doença, a fome, o assédio sexual nas fábricas têxteis. Este último aspecto me chamou muito a atenção. Amando Fonte lança um olhar bastante crítico e inovador ao abordar o tema. De um lado, o assédio sexual naturalizado; de outro, uma rígida moral familiar, que pouco contribui para a emancipação dessas moças, que acabam sendo empurradas para várias formas de prostituição.
Outro destaque é para o duro retrato de um período anterior às leis trabalhistas e a fragilidade do trabalhadores perante o empregador. As jovens são sujeitas a longas jornadas de trabalhos à troco de um salário mísero. Nesse momento pensei em todos os retrocessos temerosos que vivemos atualmente e que apesar das leis ampararem os trabalhadores estes quase sempre têm que se sujeitar às piores condições para sobrevier.
Amando Fontes consegue criar personagens inesquecíveis e registrar aspectos da vida cotidiana dessas pobres moças proletárias.

Ao ler este livro pensei muito no final de Vidas Secas (1938), de Graciliano Ramos, quando a família de Fabiano parte rumo ao desconhecido e Sinhá Vitória imagina que seus filhos irão para cidade e que tudo vai melhorar... A saga da família Corumba oferece uma espécie de "continuação" do livro de Graciliano Ramos, mostrando o que está reservado aos pobres campesinos quando migram para cidade e caem no chão da fábrica.
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Mone 06/03/2013

A realidade das famílias pobres. Realidade nua e crua!! Ambientado em nossa cidade - Aracaju. Vale a pena ler.
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TÁSSIA ROCHELLI 24/08/2012

Os Corumbas
Fantástico romance de Amando Fontes, traz à tona muitos questionamentos acerca da vida difícil do nordestino, que segue à outra terra em busca de melhores condições de vida.
A família Corumba é exemplo disso, deixa o engenho, localidade por nome Ribeira, e segue a Aracaju, almejando emprego e casamento pras filhas mais velhas (Rosenda e Albertina), e um bom estudo para as mais novas (Bela e Caçulinha. Para o filho Pedro, um bom emprego. Sá Josefa e Geraldo rumam para a cidade grande com os cinco filhos. Assim como planejavam, Rosenda e Albertina empregaram-se em uma das fábricas de algodão da cidade,assim como Pedro arrumou serviço. Bela só vivia doente, mas Caçulinha se destacava nos estudos. O desfortúnio da família Corumba começa com o desvio de Rosenda, que foge com um sujeito de poucos escrúpulos, ficando mau falada entre os visinhos. o mesmo acontece com Albertina, que se encanta por um médico, que apenas se aproveitava das mulheres. Com este Albertina foge, mas é abandonada e passa a viver da prostituição. Pedro se envolve em movimentos grevistas e é preso e deportado juntamente com vários operários que buscavam melhores condições de trabalho. Bela, decide então trabalhar para ajudar nas despesas de casa, só que seu problema de saúde se agrava, levando-a à morte por tuberculose. Caçulinha, por sua vez, se ver obrigada a abandonar os estudos para trabalhar e ajudar a pagar as dívidas, que se acumulavam, já que o pai estava em cima de uma cama, entrevado da coluna. Sargento Zeca surge na história e se envolve com Caçulinha, enganando a pobre moça, até que consegue desvirginá-la, e abandona-a. O desepero da moça faz com que ela se entregue a um homem casado, para infelicidade maior de seus pais. Sem ter mais esperanças na cidade grande, Sá Josefa e Geraldo voltam a Ribeira.

Maravilhosa história de conquistas, de lutas por melhores condições de vida, de trabalho. Forças reprimidas pela sociedade que valoriza os que tem posses, e explora os mais carentes. Homens vistos como coisas, animais de carga, mercadorias, fruto do capitalismo e modernização do trabalho nas fábricas.
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