Minha vida de menina

Minha vida de menina Helena Morley




Resenhas - Minha Vida de Menina


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murilomerino 24/10/2021

impossível não amar a helena!
esse livro na verdade não é um livro, é uma coletânea de diários da Helena de quando ela era pequena e morava na área rural de Diamantina. ela conta seu dia a dia e suas vivências com sua família e amigos de uma forma muito leve e engraçada, de modo que vc se pega rindo em vários momentos da personalidade despojada e rebelde dela.
super recomendo pra quem quer uma leitura bem descontraída e ao mesmo tempo gosta de história e tem interesse em saber como era a vida no final do século XIX no Brasil, logo após o fim da escravidão e com a crise do ciclo da mineração.
dei 4 estrelas pelos momentos que passei raiva pelo racismo da época
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Patricia.Silva 11/09/2021

Sobre ser criança
Livro super engraçado e fofo! É o diário da Helena quando criança. E assim ela vai relatando os pontos altos do seu dia ou as piores coisas que acontecem.
Me identifiquei muito com ela no sentido de ser muito questionadora e dona das suas ideias.
Linda a relação dela com a avó e com os pais dela.
Leitura por demais prazeirosa!
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Nirley 22/07/2021

Uma delícia de livro
Publicado pela primeira vez em 1942, antecipa a voga das histórias do cotidiano e dos relatos confessionais de adolescentes ao traçar um retrato bem-humorado da vida em Diamantina entre 1893 e 1885.

Da estagnação econômica ao surgimento de inúmeras modalidades de trabalho entre a escravidão e o regime salarial, Helena Morley compõe um painel multicolorido, desabusado e inconformista de um momento histórico singular no Brasil. De lambuja, o leitor é apresentado às vésperas de um novo século.

Eu amei conhecer um pouco da Diamantina de 1893, e participar das aventuras. Eu amei esse livro e super recomendo!
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Thiago 07/06/2021

Pra q título mano
Cara, sinceramente? Eu amei o livro. Nele a gente consegue aprender muitas coisas, como por exemplo os costumes e a cultura da sociedade daquela época. Como o bullying na escola era muito mais pesado, como as escolas cobravam muito mais que hoje em dia. Além disso, também é interessante ver a influência que o catolicismo tinha nessa época, dada as diversas vezes que ela recebe um ênfase central no texto. Porém, a única coisa que me impede de dar 5 estrelas é o fato de que, durante a leitura, muitas vezes passamos por sentenças ambíguas, onde é difícil entender o que a autora queria dizer. Fora isso, o livro é perfeito.
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nelisa 22/05/2021

Minha vida de menina
o livro em si é bom mas eu achei muito enrolado e isso o tornou um pouco cansativo,tem muitas coisas desnecessárias mas tem uns pontos bem interessantes e é interessante como era antigamente,muito sofrimento,sem nenhuma tecnologia e ainda viviam felizes,até vale a pena ler mas tem que ter paciência de ouro
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Carol 01/05/2021

Ok
Livro muito parado em algumas partes e mesmo sabendo da época em que se passava,algumas passagens como o racismo e o machismo me incomodaram demais,teve horas em que eu revirei os olhos enquanto lia. A gente vê em primeira pessoa então é difícil julgar,mas a Helena parece ser uma pessoa chata, intrometida e egoísta. Faz as coisas ruins e depois vai se confessar e acha que está tudo certo. Me deu vontade de ler por causa de um trecho que caiu na prova da fuvest e eu achei que fosse engraçado,mas o humor aqui é muito fraco. Não está mais na lista da Fuvest,pelo menos. Vale a leitura só pra conhecer um pouco mais daquela época,ainda que pelos olhos de uma criança meio sem sal
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Laura.Curi 09/04/2021

Guardado como diamante!
Em 2009 assisti ao filme "Vida de menina" cuja origem vem daqui. Desde então revi a obra incontáveis vezes até chegar ao livro. Grande coisa!
A identificação que tenho por Helena/ Alice é absurda. Inenarrável. Ela é o que habita de mais puro em mim, sua alegria, sua impetuosidade. Sua teimosia! E a delícia e grande vontade de viver no campo no sec xix.
Brincar nas ruas, comer fruta da árvore. Tomar banho e lavar roupa em riachos.
Procurar diamantes.
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CahFurlan.Mello 08/04/2021

Um livro leve, doce e divertido de ler!!!
Helena conta seu dia a dia com leveza e aventuras...
Ela conta suas alegrias, suas raivas e decepções.... mostra seus sentimentos de inveja, dor e felicidades...
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MatheusPetris 27/03/2021

Construindo Castelos de Areia
Se a intenção desses escritos foi a confissão ou a literatura, se são verossímeis relatos de uma pré-adolescente ou a ficcionalização do final do século XIX feita por uma mulher madura, pouco nos importa a resposta. Independente disso, é nesta estrutura que se constrói sua genialidade, mas também sua limitação.

Helena, a criança inquieta e risonha, que nos relata seu dia-a-dia entre os anos (1893, 1894 e 1895), evidencia não só um processo de amadurecimento, ingenuidade, altos e baixos de uma perspectiva individual-subjetiva, como também um panorama histórico, social e econômico de nosso país e, principalmente, de Diamantina.

Dentre os três anos de vida que são abordados, é perceptível notar uma mudança nos anseios e perturbações de Helena. Seu amadurecimento vai se desenhando e sendo evidenciado através destas sutilezas; suas dúvidas, não apenas comportam sua individualidade, mas se expandem e vão permeando suas relações; sua graça e sua personalidade cada vez mais forte, renitente. Amadurecendo ou não, sua imaginação é sempre fértil; sua puerilidade e prazer na “construção de castelos”— imaginar, ficcionalizar situações mentalmente — parece progredir para uma espécie de fuga, como também de afago consigo, um afeto em busca de calmaria.

Se as contradições estão presentes do início ao fim dos relatos, é por edificarem um material dialético extremamente crível de um espírito fervilhante, efervescente. Exemplifico. O racismo que permeia toda a narrativa, é muitas vezes questionado por Helena, seja em gestos ou em pensamentos, contudo, são também os mesmos gestos e pensamentos que os praticam. Conscientes? Longe de querer entrar na psicologia das personagens (se é que as são), mas podemos captar uma influência da cultura escravagista em muitos detalhes, sejam eles em diálogos, em aspectos econômicos, ou mesmo no próprio ambiente social da cidade.

O mesmo acontece com a religiosidade de Helena e de algumas personagens; pois, como ponto comum e fundamental da sociedade da época (e, em certa medida, também da nossa), ela perpassa toda a vida cotidiana da cidade e, claro, sempre transmitida de geração em geração. O que não significa que não possa ser questionada. É justamente este um dos tantos pontos de ebulição que faz de Helena tão instigante. Ele parece nunca acatar, nunca mastigar algo, sem antes, sentir cada movimento de sua digestão. E se precisar vomitar o alimento, vomitará sem o menor receio.

Independente do cansaço gerado por alguns relatos repetitivos e muitas vezes sem substância, a leitura flui de modo orgânico, como se Helena estivesse ao nosso lado, contando suas historietas. Talvez, nesse engessamento de uma estrutura pouco instigante, é que se encontre uma rachadura, louca para se estilhaçar, se livrar da limitação e trepar na primeira árvore que encontrar.

O humor, presente do início ao fim, é muitas vezes surpreendido com a morte, sempre à espreita, ronronando pela cidade. Nesta lama que nunca escapa, se encontra também as dificuldades econômicas, seus percalços. Perturbações estas, que nunca impedem um sorriso esperançoso.

Por fim, nota-se o quanto a vida simples era o que mais atraía Helena. Sua alegria, sempre consistiu na liberdade, na tranquilidade. Se “vadiava”, como sempre gostavam de adjetivá-la (inclusive, ela própria), era por não se conformar, por não aceitar tantas imposições sociais. Ela queria apenas viver ao lado de quem amava. Somente. Parece pouco? O pouco é o que importa. Tudo isso, que conversa diretamente com o fim da nota à 1º edição escrita pela autora: “A felicidade não consiste em bens materiais, mas na harmonia do lar, na afeição entre a família, na vida simples, sem ambições — coisas que a fortuna não traz, e muitas vezes leva.”
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Giane 24/03/2021

Helena Morley é o pseudônimo de Alice Dayrell Caldeira Brant, uma brasileira de origem inglesa que nasceu e vivia em Diamantina, MG.
O livro é o diário da Helena, no auge da sua adolescência, com seus 12 a 15 anos e ela retrata tudo o que acontecia com sua família e com as pessoas da cidade. Era bem apegada à sua avó, bastante católica (e esse contexto da religião está bem presente no livro), e passava muitas horas na casa dela. Seu pai era garimpeiro e, como diamante já estava escasso na cidade, eles passavam por apertos financeiros. Porém nada tirava a alegria da menina Helena, era astuta e muito inteligente. Retratando sua infância temos um deslumbre de como era a vida das crianças e das pessoas da época. A abolição da escravidão acontecera à pouco tempo, porém ainda havia muitos negros nas casas que ajudavam em trabalhos domésticos para ganhar comida e moradia. Helena retrata tudo isso de forma simples e bem humorada.
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Rosângela 23/03/2021

Gostei
Gosto muito de livros que contam as memórias de tempos antigos, durante a infância e adolescência do (a) autor (a). "Meu pé de laranja lima", "Cazuza", "Anarquistas, graças a Deus" são livros amados e relidos várias vezes.
Por recomendação de uma pessoa no Facebook, comprei esse "Minha vida de menina" e gostei. Não prende tanto quanto os meus queridos, mas tem a mesma aura de inocência dourada. Recomendo.
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Henrique Artuni 28/02/2021

Menina Diamantina
Talvez o melhor 'coming of age' da literatura brasileira, ou justamente uma sátira dessa mesma ideia? Nesses diários, Helena é um espírito livre, incontrolável, contestador, pícaro, que transita por todas as esferas sociais, contando com humor e ironia tantas situações absurdas que fica difícil escolher a favorita...
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Bea 23/01/2021

Viajando no tempo
É a história de uma menina, Helena, que vive em Diamantina durante o século XIX e escreve um diário. Por conta da época em que se passa sua história e ela sendo uma menina branca, há relatos racistas. Tirando isso, achei bacana a leitura, mas no começo não fiquei muito entretida na história.
É muito doido pensar como era a rotina de pessoas dessa época e como a educação era tão diferente.
O livro é bem tranquilo de ler, mas não acontece coisas muuito empolgantes na vida dela (pelo menos na minha perspetiva).
Achei interessante como Helena usa seu diário para desabafar e como uma válvula de escape. Em muitos momentos de sua escrita ela conta sua raiva, alegria, nervosismo e inseguranças diante de sua realidade.
Gostei da leitura e de imaginar como seria viver nessa época.
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Felipe.Murta 31/12/2020

Leitura histórica e leve
Muito interessante ver contexto histórico de Minas Gerais do século XIX sob o ponto de vista inocente e curioso de uma menina entrando na adolescência.

Tão bem escrito que parece uma obra de ficção (na verdade, há controvérsias acerca disso, mas acredito na veracidade do diário).

Outro ponto que chama atenção são os resquícios dos tempos de escravidão, em que negros ainda eram grandemente associados ao trabalho braçal, e podiam ser "emprestados" para outras famílias.
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