As anônimas

As anônimas Amy Reed




Resenhas - As anônimas


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@s.faria_ 23/04/2020

O que falar de "As Anônimas"?
A primeira vez que vi esse livro foi em uma livraria do aeroporto de São Paulo, e, por algum motivo ele se destacou entre todos os outros. Olhei a capa, li a sinopse e me apaixonei instantaneamente. O livro fala de coisas tão importantes e presentes na sociedade que me tocou de forma única. Abordou assuntos da sexualidade feminina de forma simples porém intensa. Amy Reed me fez chorar, rir, gargalhar, respirar fundo, quase pirar... me fez sentir angústia e emoções que um lovro nunca havia me proporcionado antes. Isso tudo ao mesmo tempo em que Grace, Erin e Rosina viravam o mundo de todas as garotas de cabeça para baixo, do jeito mais maravilhoso possível.
Simples, mas totalmente necessário, não só para mulheres, mas para TODOS!

"Juntas, somos muito mais fortes que toda essa nojeira que nos obrigaram a engolir há tempos. Juntas, podemos mudar isso."

Obrigada, Amy Reed, por me fazer entender, mais do que nunca, que nós não estamos sozinhas.
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vsamia 09/08/2023

As anônimas
"Juntas somos mais fortes que toda essa nojeira que nos obrigaram a engolir há tempos. Juntas, podemos mudar isso."

Essa história merecia tanto um reconhecimento maior, me surpreendi positivamente com esse livro. Trouxe vários assuntos que ainda são vistos como um tabu na nossa sociedade e abordou assuntos muitos delicados de uma forma "leve" mas que mesmo assim mostra fielmente a realidade, que pra mim foi o que mais pesou, pois apesar de ser uma história fictícia aquilo acontece todos os dias com nós mulheres e sim todos aqueles que defendiam os estrupadores também são encontrados na vida real e muitas vezes até pior. Sentia raiva em muitos momentos vendo como as histórias daquelas garotas eram simplesmente ignoradas, enquanto os garotos continuavam sendo colocados em um pedestal e quando as garotas começam a lutar e se revoltar por isso, não era o sofrimento delas que eram levados em consideração mas sim os dos garotos, pois aquilo tava prejudicando o desempenho deles nos jogos, mas o tanto que eles tinham prejudicado a vida da garotas não importava. A história é basicamente o reflexo de como nossa sociedade funciona, várias mulheres perdendo sua vidas por causa de abuso dos homens, enquanto isso eles nem pagam devidamente por isso. Amei como a história trás várias personagens femininas diferentes e diversas e tenta mostra pelo menos um pouco de cada uma, queria que o final tivesse sido um pouquinho mais longo pra ver o sofrimento dos três idiotas e saber também o que aconteceu depois daquela noite. Vou sentir falta de acompanhar a luta das garotas e também de acompanhar Grace, Rosina e Erin que apesar das diferenças entre si e também dos seus defeitos me conquistaram.
Book 09/08/2023minha estante
?




Carol 26/02/2023

Live bom e importante mas de leitura difícil e demorada por causa do assunto pesado (pelo menos pra mim, que sou mulher)
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Valentina.Gomes 08/06/2022

Simplesmente um dos livros mais incríveis que já li, de início não dava nada, mas ele é FANTÁSTICO!!
A maneira tão natural de como discussões são abordadas e a falta de formalidade (justamente por se tratar de meninas adolescentes), pra mim, é o que deixa ele mais perfeito. Nunca pensei que alguém conseguisse colocar tão bem em palavras sentimentos dos quais estão presentes em muitas mulheres. Enfim, vale super apena, acho que absolutamente QUALQUER PESSOA, tanto homem quanto mulher DEVE ler esse livro.
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Queria Estar Lendo 26/08/2019

Resenha: As Anônimas
Disponibilizado no Brasil pela editora Única - que nos cedeu um exemplar para a resenha -, As Anônimas é o primeiro livro de Amy Reed, e discute a cultura do estupro pelo ponto de vista de 3 colegiais que se unem em busca de justiça.

Quando Grace foi expulsa de sua cidade natal, depois de sua mãe, uma pastora batista, ter uma revelação e ir contra tudo que pregava sua antiga igreja, ela estava com raiva. Não queria se mudar do único lugar que conhecia como lar, deixar os amigos para trás e mudar toda a sua vida. Mas quando ela entra em seu quarto na nova casa e vê os pedidos de socorro entalhados na janela e no armário, deixados por sua antiga moradora, ela acaba se colocando em uma jornada em busca de justiça.

Grace não conheceu Lucy, a garota que morou em sua casa, mas Rosina e Erin sim. Rosina é descendente de mexicanos, uma garota punk e lésbica. Já Erin é uma garota com Asperger que gostaria muito de ser um androide como Data, personagem de Jornada nas Estrelas, sua série preferida. Mesmo excluídas da vida social na escola, elas também assistiram enquanto os colegas - e a cidade inteira - desacreditavam Lucy.

"Rotulamos as coisas porque, assim, elas se tornam mais fáceis de entender."

Assim como Grace, Lucy também foi expulsa de sua cidade. Isso depois de denunciar 3 jogadores de futebol do colégio por terem-na estuprado em uma festa. Taxada de vadia e mentirosa, com a cidade inteira acreditando que ela só queria atenção, Lucy e sua família vão embora sem deixar rastros.

Mas agora que Grace encontrou seus pedidos de socorro e descobriu sua história, ela sente que precisa fazer algo a respeito. E acaba convencendo Rosina e Erin do mesmo. Assim, as três fundam o grupo As Anônimas, em busca de unir as garotas do colégio, discutir o que aconteceu com Lucy, provar que acreditam nela e evitar que isso volte a acontecer.

As Anônimas segue a mesma linha de livros como Moxie, da Jennifer Mathieu, e Lonely Hearts Club, da Elizabeth Eulberg - embora um pouco mais pesado. Digo isso porque Lonely Hearts Club discute a sororidade e apenas pincela a cultura do estupro, ao passo que Moxie se aprofunda um pouco mais no sexismo e na ideia de dois pesos e duas medidas, porém As Anônimas vai além.

O livro não só discute sororidade, como explana a cultura do estupro e também aborda a sexualidade feminina. Discute paradoxos e também a ideia de que algo que pode ser bom para você, não é para mim, e tudo bem. A ideia de que liberdade é ter escolhas e ser capaz de fazê-las sem pressão social, sem ser taxada de vadia, puritana, mentirosa, etc. De conhecer a si mesma e se descobrir como um ser humano, de perceber que não importa o que você faça, ainda está sujeita as mesmas regras e punições no patriarcado.

Foi um livro que me deixou emocionada e frustrada na mesma medida.

Emocionada porque, sempre que as garotas se uniam, sempre que elas demonstravam entender o que era e como se pratica sororidade, eu me enchia de esperança. Porque o ponto maior de As Anônimas é a máxima de que juntas somos mais fortes.

"[...] vai ser muito difícil mesmo, mas nada nunca vai ter ser tão terrível quanto o que você passou naquela noite. Você sobreviveu. Pode sobreviver a qualquer coisa agora."

Porém, fiquei frustrada com as situações que elas precisavam lidar. Com as figuras de autoridade do colégio tentando por um fim no grupo por acreditar que estavam promovendo "bullying" contra os garotos (por uma greve de sexo, imagina isso?), as mesmas autoridades que desacreditaram Lucy. E isso frustra porque é tão real.

Estatisticamente falando, cerca de 1% dos condenados por estupro chegam a cumprir pena (e vale lembrar que as estatísticas mais otimistas alegam que cerca de 30% dos estupros são denunciados), e mesmo um livro como As Anônimas não pode fugir da realidade. Por melhor que seja o fim que Amy Reed tenha tentado nos proporcionar, a realidade que ele mostra também nos marca bastante.

Também quero ressaltar um ponto que achei bem importante, especialmente em um livro com protagonistas tão diversas que se propôs a discutir o feminismo. A forma como Amy Reed dividiu o livro não se comprometeu apenas com o ponto de vista de Grace, Erin e Rosita. Nós também víamos o ponto de vista "Nós", que passava por diversas garotas da escola, dessa forma, nos dando vários pensamentos sobre o que estava acontecendo e os diversos tipos de mulheres que encontramos.

Nas próprias discussões ficava claro como cada garota lidava com o tema explorado a partir do seu próprio ponto de vista e da sua vivência, mostrando suas reflexões e como coisas que parecem natural para umas, ainda eram tabu na cabeça de outras, além de discutir como as interseções com o "ser mulher" (ser mulher de cor, ser mulher LGBTQ, ser mulher pobre, etc) tem influência direta com o tipo de machismo que elas sofriam e com a forma que enxergavam o próprio movimento.

As coisas não são perfeitas, e As Anônimas também tenta mostrar isso (mesmo que não se aprofunde tanto assim no tema), fazendo com que as próprias personagens reflitam sobre isso e busquem formas de enfrentar não só a violência comum a todas, mas as particulares de cada uma também.

"Porque elas são imbatíveis. Ninguém pode pará-las. Juntas, elas são uma só."

No fim, pra mim, esse foi um excelente livro. Amei a discussão que ele levantou, amei a posição das personagens e o crescimento de cada uma delas; as lições que elas tiraram de todo esse projeto e o tipo de pessoas que elas certamente se tornariam - e que nos instigam a ser. Eu definitivamente recomento ele, e não é pouco. Tenha você lido algum livro do tipo ou não, As Anônimas não vai decepcionar.

ps: se você ou alguém que você conhece é vítima de violência física ou sexual, ligue 180 e denuncie, o serviço é anônimo. E lembre-se, a culpa nunca é da vítima, a situação que ela vive não é uma escolha ou algo que ela merece, não hesite em denunciar.

site: http://www.queriaestarlendo.com.br/2019/08/resenha-as-anonimas.html
Amigas da Literatura 27/10/2021minha estante
Resenha maravilhosa




callmedante 15/09/2020

?às vezes, a única coisa pior que a morte é a sobrevivência?
gatilho: estupro

eu comprei esse livro sem nem ler a sinopse direito mas acabei amando demais. é incrível ver a evolução das meninas, ver elas cada vez mais unidas e lutando, colocando fim na rivalidade feminina. em vários momentos quase morri de ódio por causa da escrotidão daqueles moleques. a personagem que mais me apeguei foi a erin! pretendo ler mais livros com personagem com síndrome de asperger.

LIVRO INCRIVEL, LEIAM!!
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Aline Marques 06/11/2020

Excelente Proposta,Péssimo Desenvolvimento [IG@ousejalivros]
Vive-se com medo.

Mulheres, de todo o mundo, precisam lidar com a normalização da violência contra os seus corpos, da ausência de consentimento e abuso de poder. E, como se não bastasse, a cultura do estupro também é responsável por deslegitimar as vozes daquelas que denunciam, silenciando todas nós.

Foi o que aconteceu em Prescott, Oregon. Uma cidadezinha com menos de vinte mil habitantes, escolhida por Amy Reed para protagonizar a história de Lucy, uma vítima culpabilizada pelo sistema patriarcal, e centenas de outras personagens condicionadas a acreditar que não possuem relação alguma com o que lhe aconteceu. Sem o apoio uma da outra, seguem sozinhas, em direção a um futuro não muito diferente do que viveram até ali.

E é através de diferentes perspectivas, apresentadas em capítulos alternados, que reconheceremos (e nos identificaremos) com suas dúvidas e temores, acerca de identidade, sexualidade e violência.
Mas, o que parece ser a premissa ideal para o público jovem, acaba decepcionando pela quantidade de temas abordados, sem um desenvolvimento criterioso e, por vezes, de forma contraditória.

Além disso, a autora reforça estereótipos e propaga discriminações com afirmações perigosas, no decorrer de toda leitura.
Um dos maiores exemplos disso, é a maneira como Reed escolhe retratar Erin, a personagem autista.

Mesmo fazendo um excelente trabalho ao descrever características como a disfunção executiva e a necessidade de regulação/expressão, através de stims (movimento repetitivos), a autora se nega a reconhecer o autismo como identidade, transformando a personagem numa figura caricata do capacitismo. E torna tudo ainda pior, com a utilização de termos desatualizados e preconceituosos, reforçados, também, pela tradução.

Em relação a própria cultura do estupro, não é feito o mínimo de esforço em conceituar ou instruir. Pelo menos, não diretamente.
E são tantas informações confusas, perdidas nas entrelinhas, que não tenho certeza como leitores, sem algum embasamento teórico, irão utilizar o texto a seu favor.

Também tem a questão da representatividade de grupos minoritários, além dos de pessoas com deficiência (como citado mais acima), ser usada de forma leviana. Preocupa-se tanto com a quantidade que, ao invés de tratar da coletividade ali representada, de forma a dialogar com situações reais e ressignificar imaginários, a autora segue com os mesmos rótulos e preconceitos.

Pra encerrar, quero apenas destacar que estupradores não são monstros ou homens dominados por instintos animais (viu, Reed?!). Não é sobre sexo ou sobre seus pênis.

Eles são qualquer UM. Porém, nós, somos MUITAS. Denuncie, se quiser e puder.
___
Tradução de Amanda Moura
Nota: 2.75 / 5.00
TW: estupro, capacitismo, racismo, gordofobia, sexismo, bullying, heteroterrorismo, álcool, pensamentos suicidas, violência.

Obs.: A primeira edição possui inúmeros erros de diagramação e gramaticais, o que impacta a experiência de leitura e dificulta a compreensão do texto.
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Jéssica Maria 02/10/2021

Um livro com gatilhos de violência sexual
As Anônimas é um livro sobre mulheres e a forma que elas são tratadas na pequena cidade de Prescott.
A história é narrada principalmente pelo ponto de vista das protagonistas Grace, uma menina acima do peso, que acabou de se mudar praticamente contra sua vontade; Rosina, filha de uma família de origem Latina, que tem que lidar com todas as dores e delícias de se ter uma família e Erin, uma menina autista, que sofreu um trauma no passado. Junto delas a autora apresenta a história de outras meninas, questões que tomam conta da escola da cidade e como é importante que as mulheres se enxerguem para além das diferenças entre elas.
Demorei muito tempo pra concluir a leitura, apesar dela não ser desagradável. Acho que foi mais uma falha minha do que a leitura em si. Todavia, algumas vezes a verdade é contada de uma forma tão direta que desnorteia, mas são coisas que precisam ser ditas.
Eu achei a história boa, mas me perdi no meio de tantas personagens secundárias e achei que o final deixou a desejar, fico me perguntando o que aconteceu e não me deram pistas suficientes para imaginar.
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Feh 04/10/2021

As Anônimas
Não sei quando vou superar essa leitura. Senti muitas emoções lendo, principalmente raiva, pena e empatia. Quando eu pensei que não pudesse ler um livro jovem que retratasse a violência, eu caio de paraquedas neste daqui.

A estória se passa em uma escola, onde um estupro de uma aluna havia ocorrido um tempo atrás, Grace é a menina nova da escola e fica obcecada em descobrir mais sobre a garota que foi estuprada, e assim, ela cria junto com mais duas colegas, Erin e Rosine, as anônimas, um grupo de adolescentes que lutariam contra a cultura do estupro, no colégio.

Grace foi uma das minhas personagens favoritas (difícil escolher apenas uma quando todas as meninas têm suas particularidades e todas elas te conquistam), ela é filha de uma pastora (a mãe dela é perfeita) e se sente meio deixada de lado pela mãe por ela ter uma congregação inteira para cuidar.

Erin tem autismo, e seu modo de ver a vida me conquistou, ela foi divertida e no começo, suas partes eram mais leves, o que mudou logo no final.

Rosine é latina e foi o maior alívio cômico, ela fala o que vem na cabeça e é considerada a corajosa. No começo, foi mais difícil me apegar a ela, mas isso logo mudou e quando vi já estava rendida.

Porém, não são apenas elas as narradoras, durante o livro, a autora deixa a gente entrar na mente de outras meninas que já foram assediadas ou que estão passando por outras situações. Gostei de como nem todas as meninas gostavam das Anônimas. Foi bom ver outras perspectivas.

Como, por exemplo, a Amber. Ela foi uma das personagens mais interessantes de entrar na mente. Como uma mulher negra, ela não sentia que as Anônimas a representavam e a autora fez um comparativo excelente com o feminismo branco, que muitas vezes excluem mulheres não brancas e trans.

Teve mulheres trans também sendo retratadas, queria que tivesse tido mais foco, mas gostei delas não terem sido excluídas totalmente.

Alguns personagens masculinos também me conquistaram, principalmente o Ottis, fiquei apaixonada por ele e seu romance com Erin foi o meu favorito.

O livro tem bastante gatilhos e algumas partes são bem dolorosas de serem lidas, mas a amizade feminina faz valer a pena cada raiva que passamos. As mulheres terem se unidos por um bem maior ? mesmo a ideia sem sexo tenha sido meio bobo ? é lindo. O suporte que a maioria dos pais dão a elas me emocionaram também.

Gostei de como a autora retratou os pais como pessoas que se importavam com as filhas ? mesmo não sabendo mostrar na maior parte do tempo.

Recomendo muito. Mas com ressalvas porque há gatilhos de estupro e assédio.
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Bruna3810 11/02/2021

Necessário
Mais uma vez escolhi o livro pela capa e como sempre tive uma grata surpresa.

Anônimas traz a narrativa acerca do universo das mulheres. Tem um conteúdo bem pesado, então pra quem tem gatilhos com estupro, não recomendo. Me vi em muitos momentos sufocada, angustiada, senti como se o sofrimento fosse comigo.

Quando pontuo que é necessário, é pelo fato de trazer a verdade nua e crua. Mostra o nosso sofrimento e a facilidade que os homens se safam das merdas (desculpe o linguajar) fazem. Um dado só para contextualizar, 3% dos caras que são acusados de estupro passam apenas UM DIA na prisão. Inadmissível.

As protagonistas são ímpares e a autora foi incrível em trazer todas as ?tribos? e ainda foi bem pontual na importância de nos unirmos.

obrigada anônimas.
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Carol 20/02/2023

As Anônimas conta sobre um grupo de meninas que se unem pra lutar contra a cultura do estupro e do machismo na escola delas. Elas acabam muitas vezes sendo julgadas, tanto por colegas mulheres quanto por homens, exatamente como acontece em cidades pequenas onde a maioria da sociedade é conservadora. O livro é bom. Me envolvi demais com algumas personagens e odiei outras. Em alguns momentos acho sim que poderia ter sido melhor desenvolvido, a leitura fica meio entediante e as coisas não se "desenrolam" de forma natural, mas num geral, recomendo a história (só cuidado com os gatilhos, porque tem vários).
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Sarah 15/07/2021

Gatilhos everywhere
Eu me sinto ridícula colocando números em palavras normais, mas com medo de tomar alguma advertência. Instagram olha o que você fez!

Amy Reed me causou repulsa, raiva, muito chororô e muito amor pelas personagens que construiu. No começo, ela me deixou um pouco preocupada como ela escolheu 3 personagens tão complexas para serem desenvolvidas ao mesmo tempo, mas ela conseguiu! E eu me relacionei com cada uma delas. Grace é a personagem que vem de uma família religiosa, e que está tentando se encontrar e desenvolver a sua personalidade, que até o momento tinha sido podada pela sua Igreja anterior. A Rosina vem de uma família católica, mexicana e precisa lidar com o fato de não se entender nenhum pouco com a própria mãe, o que causa um atrito entre elas - por uma ter se acostumado com a vida e pela outra ter vontade de mudar tudo. E a Erin (era a minha maior preocupação), é uma menina autista que precisa lidar com essa personalidade dela, ao mesmo tempo que vê a mãe tentar achar inúmeras soluções pra algo que ela já sabe que nunca vai mudar - fora, ela ter de ver a mãe quase se humilhar pra ter uma família convencional. E surpreendentemente a autora consegue desenvolver as três de maneira super natural e em nenhum momento ela soluciona os problemas todos das personagens, porque a vida é longa e vai ter tempo pra essas meninas se resolverem com os seus problemas, aos pouquinhos; mas ela, certamente, apresenta a evolução de cada uma.
O grupo das anônimas é maravilhoso. Eu amo como elas falam sobre tudo, começam desde a indignação com o que houve com uma garota no ano anterior, até chegar a falar sobre escolhas, educação sexual de meninas para meninas - inclusive, esse foi um dos meus momentos favoritos! Porque elas falam tanto sobre virgindade, quanto sobre escolhas, também sobre gostar de trans4r (ou não gostar e como se encontrar nesse meio). E elas se apoiando, finalmente, ou aprendendo como fazer isso, sem julgar as outras meninas pela ótica masculina.
Todo mundo na cidade é escrot0. Pronto. Resumi todo mundo. É isso. O delegado é um b0stinha que certamente fez a mesma coisa que os caras contra quem as meninas lutam. A diretora perdeu o próprio cérebro na luta por poder - uma pena, queria defender? Queria. Mas aí ameaçar uma aluna de maneira pessoal, para além da escola, é antiético. E nojento.
A autora também introduz alguns capítulos narrados por meninas aleatórias, em situações durante o movimento das Anônimas. Meninas pesquisando sobre masturbaçã0 feminina, meninas finalmente se identificando como meninas (inclusive, eu quis muito que essa garota aparecesse mais :/ foi tão simples, mas não sei... queria), meninas que não concordam com o movimento As Anônimas e nem com o feminismo. Mas incrível! Sério mesmo. Cada trechinho dá pra gente uma camada de alunas que já identificamos e outras que não sabemos quem é, mas está lá mesmo assim.

Pessoalmente, esse livro me atingiu num espaço muito particular, de alguém que já foi assediada e abusada. E é muito louco como algumas meninas já chegam falando “ah, mas não foi estupr0 né? Porque... não foi“. O estigma de ser vítima é tão grande que impede a gente de se identificar como tal. Sendo que... QUEM TÁ ERRADO É QUEM FEZ ISSO! E a Amy termina tudo de maneira bem agridoce, não é uma solução, certamente. Mas é uma espécie de promessa de que as coisas podem melhorar e parecem estar melhorando.
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Taitop 01/11/2021

Leitura obrigatória
Me arrepiei do começo ao fim do livro.
Desenvolvimento acerca das personagens mtt bom!!
Tudo nesse livro é maravilhoso,todos deviam conhecer!!
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al16zn 29/01/2023

As Anônimas estão em todo lugar, e uma delas pode ser você!
Tenho alguns pontos pra falar desse livro (positivos e negativos), então vamos lá.

Primeiro, temos um tema importantíssimo e muito delicado sendo tratado durante todo o livro, o est*pro de Lucy Moynihan.

Gostei muito da forma que a autora abordou um assunto tão sério, a história se trata de três garotas (sendo uma delas Grace, que se mudou para a antiga casa de Lucy recentemente) que de forma anônima enviam emails para as alunas da escola alertando sobre os acontecimentos da escola (agressões sexuais, est*pro e relações abusivas).

Um dos pontos negativos, foi o fato da história ter sido um pouco arrastada, seja para aumentar o número de páginas ou tentar prender o leitor (o que não aconteceu comigo). E também o final me decepcionou um pouco pela falta de detalhes, como: a postura da diretora, o que aconteceu com as meninas e se a a escola voltou a ser como antes.

Ao final das contas, acho que é um livro muito importante e que todos (não só mulheres) deveriam tomar conhecimento, pois todos os dias, cenários parecidos acontecem na vida de pessoas que amamos ou sequer conhecemos.
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Ba Lima 26/12/2022

As anônimas - Resenha
O livro retrata a forma como a sociedade sexista e machista em que vivemos olha para a sexualidade feminina,a rejeita mas abusa de seu corpo.

Um livro importantíssimo para todos os jovens, tanto mulheres quanto homens, já que narra a história de um grupo de garotas que se reuniu para lutar contra a cultura do estupro. Sem palavras para descrever essa experiência, por mais que nunca sofri um abuso sexual, é possível sentir a dor de todas as meninas machucadas, mas também é incrível a sensação de orgulho e vitória quando os caras são presos e todo o trabalho valeu a pena.

Meninas,leiam esse livro e entendam que vocês não estão sozinhas, denunciem em caso de importunação sexual e lutem por seus direitos.E não se esqueçam de que vocês nunca foram as culpadas, não é culpa sua por te darem bebidas e abusado de vocês.
Meninos, não sejam babacas e não vejam as mulheres a sua volta como um objeto sexual, e sim como uma pessoa, que tem o total direito de recusar uma tr4ns4 com vocês. NÃO É NÃO!!
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