Laços de Família

Laços de Família Clarice Lispector




Resenhas - Laços De Família


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Gab 30/04/2023

Era um instante que pedia para ser vivo. Mas que era morto.
Devorando todos os livros possíveis e enxergando essa mulher como uma figura divina em minha vida. Inacreditável que sinto a influência até na maneira como escrevo, menos focada em palavras - mas sim em sentimentos. Preciosidade foi o meu favorito de todos, achei esse conto tão poderoso. Ah, Clarice? se você soubesse? ??
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jeanrluc 04/05/2023

Mae te amo
Eu vou gostar de qualquer coisa q eu consumir da clarice entaoooo sou meio suspeita p falar! incrivel mas acho q nao absorvi mto bem alguns contos ent vou reler depois
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isabeuly 04/05/2023

Epifania
Sempre achei Clarice brilhante quando estudava sobre ela. Mas não se compara a ler Clarice Lispector.

Ver a Epifania concreta é maravilhoso. Os conflitos das personagens viram os seus conflitos, tem aquela sensação estranhamente interresante de que existe algo de errado com você ou com o mundo.

O tempo psicológico também é uma marca essencial. Viajei dentro da cabeça das personagens e misturei meus devaneios aos delas.
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Edilene Freitas 10/05/2023

Impressiona o fato de Clarice transformar cenas cotidianas tão simples e até mesmo invisíveis aos nosso olhos em histórias interessantes. Um homem jantando em um restaurante, a tentativa de fuga de uma galinha, a festa de aniversário constrangedora da matriarca já idosa de uma família de classe média. Os detalhes, banais para nós, são colocados em uma lupa por Clarice e nos fazem refletir sobre a natureza humana em seus tons mais variados.
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Maria.Eduarda 11/05/2023

Meu primeiro contato com Clarice não foi por esse livro, e essa primeira leitura, me encantou, mas não me surpreendeu, já esperava tal proeza da autora. Achei sua escrita muito poética, ela consegue bem, em alguns contos, mixar metáforas com realidade, algumas vezes sendo necessário reler duas ou três vezes para ter um total entendimento, mas quando o alcanço, é como encaixar a última peça do quebra cabeça. Que leitura satisfatória, viva Clarice Lispector!
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Giovanna1242 14/05/2023

Esse foi o primeiro livro de contos da clarice que li

em alguns momentos gostei muito, em outros nem tanto! adorei alguns contos, mas alguns não entendi direito e outros simplesmente não curti muito mesmo, por isso a nota

mas como sempre, a escrita dela é muito poética é muito envolvente, vale a pena!
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gaspar 16/05/2023

A imitação da rosa
Eternizada e considerada atualmente a autora brasileira mais popular e traduzida no exterior, Clarice Lispector publica em 1960 em sua coletânea "Laços de Família" - uma das mais importantes de sua carreira, recebendo, inclusive, Prêmio Jabuti de Literatura -, "A imitação da Rosa", um dos contos mais conhecidos da escritora. Suas obras se consolidaram, ao longo do tempo, como uma grande base para a literatura brasileira. Ela nos apresenta, na verdade, grandes retalhos sobre nossa própria vida de maneira complexa e estranha, provocando epifanias e reflexões sobre nosso eu interior.

 A narrativa desse conto nos apresenta Laura e Armando, um casal sem filhos, porém com uma rotina relativamente comum, principalmente da década de 50, onde a mulher era submissa ao homem e os afazeres de casa. Laura é apresentada como uma mulher de pele morena, cabelos marrons e olhos marrons, porém, em meio às apresentações, é notório o estranhamento em relação a esta personagem. Retornando de um certo tipo de campo de saúde, possivelmente um hospital psiquiátrico (fato que não é dito abertamente no conto, mas nos apresenta certas alusões a tal fato), Laura espera Armando chegar do trabalho para irem jantar com um casal de amigos em comum, Carlota e João. É apresentado, portanto, sua relação com Carlota, que, apesar de amigas, fica evidente a grande diferença entre as personagens. Enquanto Laura era lenta e cuidadosa, Carlota era ambiciosa, risonha e aventureira. Adjetivos como original e ?um pouco estranha? eram utilizados por Laura para se referir à Carlota.

 De maneira inquieta, Laura devaneia em pensamentos a todo instante ao decorrer da história. A escritora nos teletransporta a momentos de seu passado, repartindo-o em partes como um processo analítico, nos fazendo refletir sobre o passado de Laura. Em meio a esses pensamentos, uma coisa chama atenção de Laura: as rosas que havia comprado para presentear sua amiga Carlota. Ela deixa claro no conto o quão lindas eram, e que, apesar de tão belas, nunca poderiam ser dela, ou melhor, ser ela, ?porque uma coisa bonita era para se dar ou para se receber, não apenas para se ter. E, sobretudo, nunca para se ?ser?? (Lispector, 1998, p. 31). Apesar de se tratar somente de uma rosa comum, é capaz de formularmos diversas interpretações. A rosa para Laura é como uma metáfora. Clarice nos traz sentimentos agridoce, de maneira mais fria possível. A relação de Laura com essa rosa é justamente a necessidade e o anseio pelo passado. É um sentimento que vai além do simples fato de ser uma bela rosa. A rosa pode se tratar de um sentimento, um objeto, um alguém, uma situação? Algo que procuramos substituir, ou melhor, imitar. 

 O estado mental de Laura é bastante recorrente ao decorrer do conto, é capaz fazermos uma singela comparação com a Laura do passado.  É notório o quanto que ela se receava com momentos de sua vida. "Ela bem se lembrava das colegas do Sacré Coeur lhe dizendo: 'Você já contou isso mil vezes!', ela se lembrava com um sorriso constrangido. Voltara tão completamente: agora todos os dias ela se cansava, todos os dias seu rosto decaía ao entardecer, e a noite então tinha a sua antiga finalidade, não era apenas a perfeita noite estrelada" (Lispector, 1998, pág 25). Essa série de preocupações sobre o seu passado pode indicar períodos traumáticos, conturbados ou até mesmo sobre internações psiquiátricas. Além disso, cabe ressaltar as menções ao seu médico em suas sessões durante o livro. Decorrentemente ela se referia aos conselhos que seu médico lhe falara.
 
 Então, em meio aos devaneios na cabeça de Laura, as rosas lhe chamam bastante atenção. Pensou, nesse meio tempo,  em ficar com as rosas, afinal. Porém hesitou, não era do feitio de Laura presentear alguém, e isso significava muito para ela, principalmente para garantir a todos que estava ?controlada?. Ao decidir, portanto, continuar com a ideia de presentear Carlota, há um certo estado de ?despersonalização? em Laura ao sentir que perdeu algo que jamais lhe pertenceu, um certo tipo de gatilho de algo que ela nunca conseguiu, ou conquistou. Tal ponto é extremamente comum nas obras de Clarice, ela surpreende e prende o leitor de maneira sufocante. Laura se considera estranha a si mesma, de uma forma angustiante e pesada. 

 No final do conto, Armando, seu marido, chega em casa. É notório o medo e a insegurança que Laura possui, principalmente ao tentar ser a mulher perfeita, ou melhor, ideal para o esposo. A necessidade e o desespero se alastra, e no suspiro, calma e suave, ela diz para ele: ?Voltou, Armando, voltou?, como se referisse a algo que a perturba a muito tempo, ao incômodo de vida. ?Ela estava sentada com o seu vestidinho de casa. Ele sabia que ela fizera o possível para não se tornar luminosa e inalcançável. Com timidez e respeito, ele a olhava. Envelhecido, cansado, curioso. Mas não tinha uma palavra sequer a dizer. Da porta aberta via sua mulher que estava sentada no sofá sem apoiar as costas, de novo alerta e tranquila como num trem. Que já partira.? (Lispector, 1998, p. 36).

Tudo da Clarice é difícil, a leitura é densa, pesada, e as palavras cansam a mente. Ela consegue ser intensa e provocar as mais altas reflexões perdidas nos nossos próprios "eus". Sua escrita é melancólica e intensa, e nesse conto não foi diferente. Ela apresenta o cenário em lar doméstico, protagonizado por personagens que fogem desse padrão de domesticidade, Laura é exemplo disso. Lispector apresenta a realidade frenética e errônea na necessidade de se encontrar finalmente, na vontade de querer se enquadrar em padrões fictícios que tendem a nos ditar na sociedade. A rosa, como citado anteriormente, é justamente essa metáfora de querermos ser aquilo, mas que não conseguimos. A necessidade de ser ideal, nos moldarmos para se encaixar em algo/alguém. Laura é isso. Ela é o retrato da alma inquieta de muitas pessoas.
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Liadelilah 16/05/2023

A Clarice é muito boazuda, o jeito que os contos delas me prendem, a proeza, o encanto, parace um feitiço em que se quer mais, eu amo o fato de que comecei a ler ela.
Todos os contos passam alguma coisa, nem que seja uma sensação, confesso que chorei lendo: o crime do professor de matemática" realmente doeu ler esse conto, eu diria que os meus favoritos foram: "amor", "a imitação da rosa", "a menor mulher do mundo", "preciosidade" e "o búfalo"
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jbswiftela 22/05/2023

Laços de família
meu primeiro livro da clarice lispector, tava muito animada, e gostei muiito, cada capítulo tem uma história diferente e cada uma é muito ampla e reflexiva. quero ler mais dela agora
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aqwaria 25/07/2023

Sem duvidas um livro incrível porém alguns contos não me causaram NADA enquanto outros eu jamais esquecerei. tem coisas que a gente lê da clarice que vai lá na alma e a gente fica refletindo sobre, enquanto alguns são tão complicados e complexos que eu simplesmente me canso e não consigo ler mas clarice segue sendo genial
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@acmochetti 26/07/2023

Clássicos contos
Acredito que esta seja a primeira vez em que público uma resenha sobre um dos clássicos de Clarice Lispector, brilhantemente foi perfeito começar falando de seus contos.
Não lembro de ter me interessado tanto pela autora em minha adolescência, um espanto já que compartilhamos de muitas coisas em comum. Sorte minha ter a encontrado em um momento tão propício. Ou talvez ela quem tenha me encontrado.
Suas palavras caem em minha mente como uma reflexão quase silenciosa. Adoro completamente a forma como a melancolia seja quase sua marca registrada, pois sabemos que pessoas geniais são assim. Quem mais poderia escrever um livro como estes senão Clarice Lispector?
Tenho desde muito nova a incrível sensação de que mulheres são ótimas em escrever, em sentir, em se expressar, principalmente por serem mulheres. Homens podem ser brilhantes em tudo isso, ou mais, porém ninguém transmite total sentimentalismo como uma mulher faz.
Esta impressão só se fortificou quando li 'A Hora da Estrela', grandíssimo livro da mesma que venho falando desde o princípio. Cada palavra, cada parágrafo e capítulo são pensados de forma tão natural. Tudo que veja dela parece extremamente natural, o que mais nós faz amar sua escrita e forma de pensar. Clarice da voz à todas nós; mulheres. Uma mulher nada mais do que genial e extraordinária.
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matheuswcz 26/07/2023

Simplesmente Clarice Lispector | + ?
É impressionante como as histórias de Laços de família (1960), de Clarice Lispector, guardam uma certa angústia em relação a uma espécie de amor total, incontrolável, incompreensível. A experiência de algumas personagens com o amor é muito mais próxima de uma ideia de morte do que de uma ideia de vida.

Clarice é uma das autoras mais importantes da literatura brasileira e romancista de mão cheia. Nesse livro, fica evidente sua maestria também na narrativa curta, contando histórias com extrema densidade em uma concisão impressionante. É como se em cada frase a autora buscasse o máximo de significações possíveis.

Me apaixonei na escrita de Clarice, minha primeira obra lida da autora, muito surpreendente, estou fascinado com a escrita dela! Um verdadeiro clássico da literatura brasileira.
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Bianca 25/07/2023

Oficialmente no mundinho clarice lispector
Eu to extremamente fascinada com a escrita da clarice, incrivel como em cada frase ela coloca tanto significado, tantos sentimentos, é inexplicavel o sentimendo de angustia e ao mesmo tempo acolhimento que sentir lendo os contos dela.
ja estou muito ansiosa pra minha proxima experiencia com ela.
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