Gender Trouble

Gender Trouble Judith Butler




Resenhas - Problemas de Gênero


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Rezenddr 07/09/2024

Ótimo livro, mas melhor aproveitado com bagagem anterior
Não é um livro que recomendaria para iniciantes no estudo de gênero, como eu, ele certamente seria muito bem aproveitado por quem tem uma bagagem maior. Algum entendimento da teoria de Foucault sobre sexualidade me foi essencial para entender o que entenderia como partes centrais dos argumentos da autora. Além disso, acho que uma ideia geral sobre os principais autores da filosofia moderna e pós-moderna; além de algum conhecimento de Freud, Lacan e de psicanálise, seria bem interessante. A mim me faltou muito uma base em Lacan, e nas discussões próprias da literatura feminista me faltou muito mesmo.

Mas o que consegui captar dos argumentos centrais da autora achei bem interessantes; me pareceu que ela pega várias noções de um não cognitivismo linguístico, junto com uma análise sócio-histórica-antropológica-psicológica dessas noções, e isso lhe permite pensar as relações de gênero com um espaço de muita mais "liberdade", pelo menos do que eu estava acostumado. Em um sentido que muito me remete a frase de Foucault "meu papel... é mostrar ás pessoas que elas são muito mais livres do se sentem." Certamente, é um livro que se encaixa nisso; um livro de desconstrução, que nos ajuda a pensar em maneiras diversas de encarar antigos problemas. E que, para mim, fugiu muito do que pensei que seria. No sentido de as reais teses de Butler serem muito mais interessantes e profundas do que dizem por aí, atribuindo a ela ideias que, muitas vezes, entram em contradição com seu pensamento de fato.

Enfim, é uma obra que certamente é muito melhor aproveitada com bagagem anterior, mas se quiser dar uma de aventureiro e pegar ela para começar, acho que alguns pontos centrais será possível de captar, e certamente irão te fazer refletir sobre as questões propostas.
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gafebezerra 17/07/2024

PEDRADA
Embora a leitura seja bem complicada de assimilar, é simplesmente magnífica. Traz diversas noções de gênero de outras teóricas e junto a isso as reflexões revolucionárias de Butler, que nos gera um brainstorm tão intenso que é impossível não questionar quem temos sido enquanto performadores de gênero até então. Não é um livro para ler por lazer, creio que seja mais adequado utilizá-lo como referência bibliográfica de pesquisas sobre gênero e afins, sendo, nesse quesito, indispensável.
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jujuwithbooks0 07/07/2024

Livro muito esclarecedor sobre posições de gênero e as relações que nós subvertem até ele. Recomendo a leitura de alguns autores antes desse livro já que em alguns capítulos a autora debate com eles. Muitas vezes me senti perdida com as palavras também, não é uma leitura muito fácil de ser feita, recomendaria tb acompanhar outras pessoas lendo para debate pro melhor aproveitamento da obra.
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Ka 26/05/2024

Prolixo e quase inacessível
Apesar de ter sido a fundamentação para estudos posteriores e contribuído de alguma forma para a discussão de gênero, a escrita é prolixa e restritiva, parece direcionar-se a nichos específicos, não comunica sua mensagem com clareza a todos.
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Paulinha 31/03/2024

Muito bom
É um livro incrível, destrói o binarismo e mostra o óbvio, tentar mudar mantendo as edificações dessa sociedade machista, patriarcal e capitalista não vai mudar nada. Precisamos destruir tudo e criar uma nova política sem a influência do binarismo.
A leitura é bem difícil, densa, pouco pedagógica, com muuuita teoria.
Mas vale super a pena
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Daniela707 17/03/2024

É um livro bem denso mas interessante. Confesso que não entendi 100% dele, pois envolve muitos conceitos e estudos prévios. Mas de forma geral é um bom livro com várias discussões pertinentes e interessantes, só achei pesado mesmo
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Julio.Gieseler 03/02/2024

Problemas de Gênero de Judith Butler é uma obra seminal que desafia conceitos tradicionais de identidade e gênero. Butler questiona as normas sociais ao explorar a performatividade de gênero, influenciando profundamente os estudos feministas e queer. Sua escrita provocativa e perspicaz continua a ser uma leitura essencial.
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Davils 01/01/2024

Judith Butler sendo grandona e sem medo
Muita gente diz que é uma leitura densa e de difícil compreensão, mas eu meio que discordo disso. Em alguns momentos eu precisei ler o parágrafo mais de duas vezes pra entender o que ela tava falando? Absolutamente. Mas no geral não é difícil entender aonde ela quer chegar.
No mais, admito que os conceitos podem parecer meio abstratos, mas eu penso que é esse o ponto.
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maria 23/12/2023

Genuinamente vou pensar nesse livro pra sempre ele é a Base de tudo mds judith butler como eh q vc faz isso cmg??.
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Polaroid 23/09/2023

Muito bom
é um livro bem denso. não vou mentir não, comecei a leitura porque não entendia muito bem a tese da Butler, e comecei a ler para entender o que ela tava propondo.
ela traça uma linha por todos os capítulos e junta na conclusão, fez muito mais sentindo a performatividade de gênero após a leitura do livro. são tantos pontos que ela destaca que não tenho nem como dizer, só lendo pra descobrir.
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Thamy Palloni 23/08/2023

Feminismo: subversão da identidade
Obra de difícil leitura, com linguagem pouco pedagógica e por vezes prolixa, Judith Butler construiu uma tese sólida e vigorosa, dizendo o que precisava ser dito, sem medo de divergir de grandes nomes que vieram antes dela.

Subversão desde seu título, Problemas de Gênero traz à luz da filosofia (e todas as outras ciências humanas) questões de alcova, de juizado e das ruas. Os tabus são literalmente desnudados, escancarados, com o olhar frio ? diria gélido ? da filósofa.

O leitor gostando ou não, Butler expõe. E subverte ? destrincha as capacidades de construção de identidade, significado de gênero, sexualidade, sentimento e Feminismo. Ela vai para muito além do que poderia ser dito como ?gentil? ou ?sutil?. Justamente por falar do ?inadmissível?, a autora constrói sua teoria com olhar cirúrgico, complexo e com a voz de quem diz (independentemente se há concordância ou compreensão geral).

Ela expõe o ridículo que constrói nossas sociedades, as regras que regem desde o inconsciente coletivo até as leis das constituições. Psicologia, poder, sociologia, antropologia... Nada escapa ao trabalho gigante escrito por esta professora norte americana.

Afinal Butler fala do óbvio. Mesmo que não aparente, cada detalhe desta obra densa como rocha, fala do que nos toca a carne, nas fibras mais pessoais, mais secretas. O controle dos quais somos vítimas e coautores é exposto dentro de cada linha ? eufemismos não são permitidos nesta obra.

Ler Problemas de Gênero foi necessário ? e é preciso que tal forçamento se torne lei. Coração da Teoria Queer, a sexualidade e a psique humana são apresentadas com a sinceridade da verdade ? sem que haja pedras nas mãos, ela apenas mostra o que já é, o que já somos, em detrimento de qualquer regra, qualquer punição.

Incesto, homossexualidade, bissexualidade, trans, heteros... Não importando o título que se coloque, Butler abre, neste livro, o caminho do diálogo e expõem os degraus a serem transpostos.

Muito além do sexo de quem amamos, ou do nosso próprio, Problemas de Gênero abre a porta da liberdade absoluta de questionar, de subverter, e de sempre manter o olhar crítico. Judith Butler, a seu modo, nos olhou no rosto e nos relembrou que antes de qualquer lei, tabu, dogma ou título, nós simplesmente somos.
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malueconomista 14/08/2023

Desafiador e cansativo.
Definitivamente, não é uma leitura pra qualquer um. Extremamente prolixo, a sensação que fica é que se pode interpretar muitas coisas de suas palavras. Pegando um trecho aqui, um trecho acolá, receio que dê pra defender alguns absurdos. O que torna a obra bastante polêmica e problemática.

Acho que um pensador que se propõe a não ser exatamente claro ou objetivo peca na sua própria profissão (e, infelizmente, a história da filosofia está lotada desses). Acho que passamos da hora de mudar essa realidade. Por pensadores que prezem pela comunicação mais assertiva de suas ideias. Fiquei me perguntando se esse livro tinha realmente a necessidade de ter 250 páginas, porque você lê muito e sente que só tem geração de lero. Honestamente.

Contudo, foi uma leitura interessante de se fazer na época de lançamento de Barbie, eu tive bons insights (e suspeito que Greta Gerwig leu Judith Butler e traduziu brilhantemente suas ideias num filme comercial criativo).

De forma geral, eu compreendi que:

1. O gênero é uma performance que exige um esforço laboral IMENSO no intuito de mantê-la se repetindo e se reproduzindo. Assim, não há como falar de gênero fora da cultura. O gênero é, essencialmente, uma CONSTRUÇÃO que é exaustivamente repetida e elaborada para PARECER natural.
2. A identidade de gênero é um processo de construção guiado por condicionantes: sou fêmea logo sou feminina e logo sinto prazer a partir de certas partes do corpo (o mesmo vale para os homens). Essas condicionantes geram uma matriz sexual binária e heteronormativa de gênero e do desejo que existe mediante a proibição e a definição do que é certo, errado, ordenado, desordenado. Assim, a identidade de gênero é fruto de uma suposta lei paternal do gênero.
3. Essa lei paternal regula nossa identidade e compreensão do eu e cria estruturas de poder jurídico, social, econômico e linguístico.
4. Se quisermos agir de forma política e subversiva, teremos que o fazer tomando espaço nessas estruturas de poder, remodelando a compreensão sobre a língua, cultura, economia, legislação e corpo.


Por isso que a teoria queer advoga em favor de linguagem neutra e acredita que o sujeito do feminismo não pode ser necessariamente delimitado, porque a própria categoria mulher, de certa forma, reproduz a lógica heteronormativa binária de gênero.
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Ed Carvalho 10/07/2023

Entendi bem pouco
Talvez eu ainda não estivesse preparado para uma leitura tão densa sobre este assunto, pois entendi pouco deste livro, mas pude absorver a ideia de flutuação que a autora tenta repassar. Ela não deseja fechar nenhum conceito numa caixa e considera que gênero ainda é uma categoria em construção.
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Henrico.Iturriet 25/05/2023

Eita como pensa
Fazia tempo que um trabalho epistemologicamente sério não questionava mil versões de conceitos que vinham sendo adquiridos nas minhas leituras como chaves paradigmáticas para métodos de análise. Isso quer dizer que Butler é uma das autoras que utiliza as vozes de outras feministas para fazer o que todo cientista deve fazer: questionar seus métodos e pressuposições e entender da onde a dúvida primeira surge, ou melhor, os questionamentos, regimes de falas e proliferações de discursos partem.

Ela é genial na sua análise do gênero performático, além de dar um caráter revolucionário reordenado, ela consegue embutir no conceito de gênero uma proposição que extrapola o binarismo e questiona leis supostamente invariáveis das ciências sociais clássicas como o tabu do incesto e o tabu da homossexualidade. Essas compulsividades estruturas aliadas a um pensamento linguístico que permite a aglutinação de conceitos nunca pré-discursivos e a aquisição foucaultiana permite a teoria se desdobrar na nossa frente por meio de palavras. Portanto, é interessante perceber que uma teoria que se demonstra de maneira seria sempre conclama suas origens não com vergonha, mas expondo suas análises críticas de outros autores e propondo uma construção que seja enviesado politicamente para a subversão, que é o que Butler faz.

Eu amei a parte sobre as drags e as travestis.
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