A casa dos espíritos

A casa dos espíritos Isabel Allende




Resenhas - A Casa dos Espíritos


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Paulo 15/04/2023

Épico e emocionante
A autora consegue construir uma história brilhante de uma família misturando, em doses exatas, fatos históricos reais com realismo fantástico tendo como fio condutor Esteban Trueba e Clara.
Há tempos que queria ter lido e realmente superou todas as expectativas. Classificaria como leitura obrigatória. Espetacular.
Tamires Durães 15/04/2023minha estante
Esse livro é fantástico mesmo! Meu favorito de 2022 ??


Paulo 15/04/2023minha estante
Sem dúvida. A expectativa era grande e conseguiu superar.


Thamiris.Treigher 16/04/2023minha estante
Inesquecível!




Leila 12/08/2022

Senta que lá vem história, rsrs
Quando eu li A casa dos espíritos pela primeira vez foi lá pelos idos de 1995 (podemos dizer que eu era novinha, rs) e lembro que na época eu não curti muito comparando com o filme baseado no livro. Me recordo que gostei mais da Clara sensitiva do filme do que a personagem que conversava efetivamente com os espiritos e vivia naquele mundo mais etéreo em vários momentos da obra, acho que naquela época eu também não me atentava muito aos panos de fundos das obras, fazia uma leitura mais rasa (por falta de bagagem mesmo, de literatura e de vida também).
E gentemmm, para tudo, fui reler agora com um grupo de leitura conjunta assim meio de nariz torto achando que continuaria não curtindo e tô passada do tanto que ameiii ❤️
Parei para refletir na "maravilhosidade" da maturidade, na evolução da minha pessoa, como hoje me sinto uma pessoa melhor e mais espiritualizada, sabe? Ver que a Leila de hoje é bem mais legal que a Leila de 19 anos, ow beleza!
Mas enfim, vamos ao que interessa, ao livro em si... será que existe alguém que não conheça a casa dos espíritos? Caso não, já te aviso que tem um dos personagens mais marcantes da vida, Esteban Trueba (você vai odiá-lo, mas não vai esquecê-lo nunca mais). Aviso também que em vários momentos você vai invejar a leveza e o olhar de Clara para a vida, para o que realmente importa nesse mundo, vai querer se desligar como ela do que é material, do que é frugal, do que é "besta e idiota" e que muitas vezes nos pegamos perdendo tempo, sabe?!
A Isabel Allende tem uma sacada muito legal nessa saga familiar que é colocar um fundo histórico de cunho político efervescente, um golpe militar em um "país indefinido" (mas pra um bom entendedor um pingo é letra né? e sabemos que Salvador Allende - primo da autora- foi deposto dessa forma para a ascensão de Pinochet no Chile, país da autora) trazendo assim uma pitada a mais, uma tensão gostosa e envolvente para nós que estamos lendo.
E como todo bom romance, tem amores proibidos, amores não tradicionais, personagens estranhos (amooo) uma pitada de realismo mágico (eu estou até agora tentando vizualisar as personagens de cabelo verde, rs) e sim, maldades e crueldades, porque afinal o ser humano sabe ser bom e sabe ser mau né? Mas digo que super vale a pena o tempo gasto com A casa dos espíritos.
Gentemmmm (2)...eu amei demais essa releitura, sério merrmo!
Vanessa 12/08/2022minha estante
:) eita que vou ler pra ontem também, por que tinha um pé atrás depois de ter lido um dela que não curti muito, o Filha da Fortuna....


Leila 12/08/2022minha estante
esse daí eu ainda não li amiga, mas tenho na estante


Vanessa 12/08/2022minha estante
;)




Aline Teodosio @leituras.da.aline 30/05/2020

Primeiramente gostaria de dizer que essa história é completamente diferente do que o título me intuía a imaginar. Tem sim a presença do fantástico, do sobrenatural, mas de forma alguma ela é o centro da narrativa, eu diria até que ela serve para dar mais leveza a essa narrativa tão densa.

A trama percorre por três gerações da família Trueba, tendo como patriarca Esteban Trueba, que carrega tudo o que há de mais desprezível num ser humano: o machista, autoritário, ditador, corrupto, elitista, que se autodenominava "cidadão de bem".

Entretanto, o brilho que o velho Trueba jamais conseguiu apagar, estava no lado feminino da família, com suas mulheres fortes, subversivas e afrontosas. Cada uma com suas lutas, suas dores, seus prantos e dissabores, pagando por seus atos sempre de cabeça erguida e com demasiada coragem, apesar de seus medos.

A casa dos espíritos abriga almas (não necessariamente de mortos) refugiadas das injustiças sociais, das misérias, dos descasos, dos desmandos políticos, da desesperança. Nos faz engolir cenas indigestas de politicagem e abusos de autoridades. Nos faz chorar com as atrocidades de uma ditadura tão aclamada por políticos e cidadãos conservadores. Nos causa revolta, incômodo, dor lancinante no coração. Mas, acima de tudo, nos faz refletir sobre os ideais nos quais acreditamos e lutamos.

Que livro!!!
Ari Phanie 31/05/2020minha estante
Maravilhoso *-*


Aline Teodosio @leituras.da.aline 31/05/2020minha estante
Demais =)


Gustavo Mahler 18/06/2023minha estante
Que avaliação! ?????? Agora fiquei ansioso para ler.




Isabella.Wenderros 06/06/2021

Um favorito da vida.
Em A Casa dos Espíritos, o leitor acompanha a trajetória da família Del Valle Trueba ao longo de três gerações e conhece mulheres incríveis nas personagens Clara, Blanca e Alba.

Apesar de a autora não nomear o país em que a história ocorre ou fazer questão de marcar numa linha temporal os acontecimentos, é fácil perceber que o palco de sua obra é o Chile e que começa no início do século 20, terminando em meados de 1975. Algumas pistas vão sendo entregues – como a moda feminina que marcou a década de 1920, conversas sobre as Grandes Guerras e os acontecimentos políticos que culminaram numa ditadura militar na década de 70 –, permitindo que o mapa e a duração fiquem simples.

Minha experiência de leitura me surpreendeu – sei que é um livro que muitos adoram, mas nunca imaginei que se tornaria um grande favorito. Eu senti durante todo o tempo que estava ouvindo alguém me contar uma história que poderia se passar aqui no Brasil, minha imaginação não encontrou nenhuma dificuldade para criar imagens nítidas das descrições de Isabel e suas personagens me cativaram como se fossem minhas amigas. A escrita é simplesmente maravilhosa e rica em detalhes, irresistível.

A construção de Esteban Trueba, do rapaz pobre e determinado, até o fazendeiro autoritário, machista e abusador, foi me deixando enojada e ainda mais interessada naquilo que estava lendo por dois motivos: apesar de ser ambientado no Chile, aquele homem poderia ser um dos antigos fazendeiros brasileiros que mandavam e desmandavam como se fossem deuses em seus territórios; a segunda razão foi perceber como ele exercia o papel da pessoa que não aceitava as mudanças culturais e sociais, lutando para manter tudo o que pudesse como antes. Além disso, ele não era aquele simples personagem mau: era um homem com vários lados, assim como outros personagens que também eram multifacetados.

As personagens femininas brilham nessa narrativa – desde a ambígua Férula, passando pela apaixonada Blanca, até a teimosa e corajosa Alba –, mas a verdadeira protagonista aqui, para mim, foi Clara. Uma mulher com uma ligação com o mundo espiritual e que sempre estava mais conectada ao além do que ao mundo que a rodeava, mas que foi o grande alicerce dos Trueba. O convívio entre todos eles, aliás, foi um afago no meu coração. Quando percebia, estava sorrindo, com os olhos marejados e desejando poder conhecer aquelas pessoas tão únicas, complexas e cativantes.

Apesar de existir muito sofrimento, principalmente no final, terminei a leitura com o sentimento de esperança. Na visão de Clara e Alba, todos somos parte de um grande quebra-cabeça, onde os lugares já estavam pré-determinadas e cabe á nós apenas fazer o melhor que pudermos e aceitarmos aquilo que fugir de nossas mãos. O ódio apenas causa mais dor e cria uma cadeia de acontecimentos que pode nunca ter fim.

Não importa o quanto eu escreva, sinto que não vou conseguir fazer jus ao quanto amei. Não sei o motivo de ter demorado tanto para conhecer Isabel Allende, mas talvez tenha sido no momento certo; já prevejo muitas releituras ao longo da vida e sei que vou carregar esses personagens comigo por muito tempo.
lilac 06/06/2021minha estante
que resenha linda, me deu muita vontade de ler!


@o.livreiro_ 06/06/2021minha estante
Senhora resenha!


Isabella.Wenderros 06/06/2021minha estante
Obrigada! Fico tão feliz que consegui passar um pouco do que senti com essa leitura, realmente foi muito especial pra mim, me conquistou completamente




Lucas 19/04/2019

O realismo mágico como ponte para uma mensagem crítica social e política
É uma característica própria e peculiar do realismo mágico: o desapego ao tempo e à geografia na construção de uma narrativa viva. A vivacidade desse tipo de obra é palpável: suas linhas exalam cheiros e gostos que não transportam o leitor a um mundo novo, pelo contrário; trazem até ele uma história, que parte de uma substância abstrata para provocar uma forte sensação de realidade, seja por meio da poesia incutida nas entrelinhas ou pela contínua e infinita sensação de "déjà-vu" que são capazes de causar. E quando se fala em realismo mágico, não há como desvencilhar esse movimento literário (que explodiu na América Latina na segunda metade do século XX) da lendária figura do colombiano Gabriel García Márquez (1927-2014), o Gabo, que abalou todos os alicerces literários com o maravilhoso Cem Anos de Solidão, de 1967.

A chilena Isabel Allende (1942-) não pode ser comparada sob nenhum aspecto ao gênio colombiano. Provavelmente ela jamais cogitou isso, porque Gabo é inalcançável como escritor nesse segmento, mas Allende (que era filha de um primo direto do presidente chileno Salvador Allende) trouxe ao mundo e especialmente à América Latina um romance com elementos simbolizadores da mítica Macondo e seus "Aurelianos" e "José Arcádios". Isto não a torna tão particular quanto Gabo, mas o seu romance de estreia, A Casa dos Espíritos (1982), é capaz sim de despertar boa parte das mesmas sensações que a escrita de Gabriel García Márquez causa.

A Casa dos Espíritos, diferente do que o nome sugere, não é um romance apenas sobre ocultismo, espiritismo ou mediunidade: é, primordialmente, uma saga de amor, ódio e história, que transpassa várias gerações de duas famílias. A narrativa, que por ser escrita dentro do movimento do realismo mágico não menciona datas ou locais específicos, conta inicialmente a trajetória da família del Valle, rica estirpe da "capital". Os pais, Severo e Nívea, tinham vários filhos, mas Allende descreve apenas duas meninas: a primogênita Rosa e a caçula Clara. A outra família é a de Esteban Trueba, num primeiro momento dedicado filho de Ester, irmão mais novo de Férula, protagonista masculino da obra e, de longe, o personagem mais polêmico da saga.

Isabel Allende usou Esteban inicialmente para descarregar na narrativa uma forte metáfora de lutas sociais, o que fez com que a obra trouxesse consigo uma contundente carga política. Trueba possuía um estilo rígido, próprio de coronéis mais antigos, com fortes opiniões, na maioria das vezes machistas e individualistas. Por meio da propriedade rural da qual era proprietário, Las Tres Marias, a autora monta um cenário de oligarquia política e social, onde Esteban utiliza qualquer mecanismo para defender sua posição social de elementos que estejam abaixo de sua "classe".

Apesar disso, Esteban Trueba, como personagem, não é odioso, até porque é nítido que Allende não escreveu A Casa dos Espíritos como um livro de protesto que se sustenta a partir dos seus ideais truculentos. O protagonista masculino da obra carece de carisma, mas possui camadas complexas que o tornam, no geral, um homem perturbado e solitário, identificadas a partir de seus escritos (a narrativa é, em sua maioria, construída alternando a terceira pessoa com pontuais momentos em primeira pessoa, e o patriarca dos Trueba é o único personagem que assume ares de narrador próprio em várias passagens). A intransigência com que Esteban trata praticamente tudo e todos lhe traz a solidão, indo de encontro a uma das grandes odes das obras de Gabriel García Márquez: poder e solidão sempre serão paralelos.

O comportamento autoritário de Esteban acaba por servir de gancho a uma perceptível mudança na toada da narrativa, que acaba adquirindo um viés mais político no terço final da obra, o que tira um pouco do encantamento criativo que as partes anteriores causam. O livro, que começa com uma intensa sensação nostálgica vai, vagarosamente, cedendo espaço ao dramático e ao trágico, tradicionais em romances de época. Mesmo assim, A Casa dos Espíritos se distancia muito de qualquer definição rasa que suponha que a sua narrativa seja formada apenas por um combate à exploração operária ou que corresponda somente a um manifesto literário que defenda de forma veemente o comunismo. Esse distanciamento é fortalecido por um enfoque mais "real" e menos "fantástico" de um regime totalitário, onde a coação, as torturas e a autoridade exacerbada são as principais ferramentas de um governo desse tipo. São momentos chocantes, mas infelizmente reais: fica muito óbvio que a autora usou do brutal golpe militar chileno de 1973 para finalizar a obra com várias passagens doloridas, mas permeadas com uma mensagem de resistência e amor, capazes de transcender o tempo e as gerações.

Clara del Valle é um contraponto a Esteban, e é a verdadeira protagonista do livro, cujo título advém dos seus poderes sobrenaturais. Seu jeito de ser, ponderado e ao mesmo tempo decidido, cheio de particularidades que não podem ser aqui reveladas, encaixam-se muito bem ao mundo fantástico que a narrativa monta. Se Esteban sempre buscou a companhia e a aprovação de outros, mas sempre esteve verdadeiramente só, Clara sempre foi amada e querida por todos, mas jamais quis de forma direta essa aprovação. Sua mente nem sempre estava ocupada em coisas terrenas, passando boa parte do tempo desenvolvendo e aplicando seus dons espíritas e sofrendo as consequências dos destinos dos que a rodeiam. A Casa dos Espíritos sempre terá motivos para ser lembrado por quem conhece suas linhas, mas a meiguice de Clara, sua força de vontade oculta e seu olhar lúdico para as coisas mais corriqueiras da vida são os maiores estandartes simbolizadores desse primeiro e mais importante trabalho de Isabel Allende.

Livros do realismo mágico são os mais difíceis de serem resenhados. Isso porque trazem um encantamento e uma poesia nas entrelinhas que nenhum outro tipo de obra é capaz de gerar; no entanto, traduzir esse encantamento em uma resenha pode ser uma tarefa perigosa, já que as gerações de personagens se sucedem e várias histórias paralelas vão se construindo. Além de Clara e Esteban, há uma miscelânea de outros personagens fascinantes, mas, por pertencerem a gerações posteriores, sua simples menção pode gerar revelações desagradáveis ao futuro leitor. O que pode ser dito e valorizado aqui são as sensações que Allende provoca, especialmente na morte de personagens importantes e secundários, sempre trazendo consigo alguma oportuna lembrança do passado, que emociona e engrandece ainda mais o passamento. É, possivelmente, algo trivial à maioria dos leitores, mas Isabel Allende é genial como poucas ao relatar a dor da partida de alguém querido com uma mensagem poética que transcende as crenças de vida (ou não) após a morte.

A dificuldade em resenhar se estende a escrever: livros de realismo mágico são (ou melhor, devem ser) os mais difíceis para serem construídos. A narrativa se sustenta num contínuo fluxo de criatividade que, se não apresentar pequenas histórias ou se elas não forem suficientemente audaciosas, tira a sua substância. Uma mulher pura ascendendo ao céu ou outra que traz consigo uma permanente nuvem de borboletas amarelas são elementos fantásticos, mas se não forem desenvolvidos aos poucos, com outras justificativas não menos fantásticas, deixam o texto abstrato demais e encantador de menos. A linha que separa o absurdo e o enfadonho é, naturalmente, tênue, e o escritor precisa ter um fluxo criativo bem elaborado para permanecer dentro dos limites dessa linha (pelo menos na opinião pouco erudita e acadêmica do autor da presente resenha).

Isabel Allende entende bem esses limites. Mesmo que possua uma carga política que não é decisiva à qualidade geral da obra (muito pelo contrário), A Casa dos Espíritos é infestado de passagens fantásticas, comoventes histórias de amores impossíveis e uma sutil mensagem social, sem que se mencionem nomes, datas ou locais reais (mas a influência do Chile é clara, seja geográfica, política e até literariamente, como o leitor perceberá). Se debruçar sobre a história dos Trueba e dos del Valle é adentrar, inicialmente num manancial de emoções em meio a um universo vivo com enormes pássaros de madeira, presépios de barro, viagens de balão, formigas destruidoras, espíritos, terremotos apocalípticos e outras "maluquices"; posteriormente, o manancial se torna mais real e sombrio e sobram momentos de perturbação que doem, mas ensinam. A certeza que fica é que Allende foi certeira em relatar o real e o fantástico de uma forma sublime, formando a sua narrativa a partir de uma feliz mistura entre metáforas fantasiosas e concretas.
Lili 19/04/2019minha estante
Adorei sua resenha! Esse é um de meus livros favoritos e sua resenha me fez querer relê-lo pela enésima vez =D


Lucas 20/04/2019minha estante
Muito obrigado, Lili. Achei ele excelente mesmo, e provavelmente também relerei um dia. :)


Natalie Lagedo 21/04/2019minha estante
Excelente resenha! Vou adicionar à minha estante.




Rafa P. 17/10/2018

A casa dos espiritos
Livro muito bem escrito e de narrativa envolvente. Esse romance histórico com pitadas de realismo fantástico me deixou encantada. A história aborda temas importantes como as mudanças sociais que transformou a vida de muitas pessoas, as dificuldades das mulheres, a miséria, a soberba e o lado sombrio da política. As últimas 100 páginas, apesar de chocante, são a cereja do bolo. Livro muito interessante, recomendo.
Alcione13 17/10/2018minha estante
Gostei da resenha.E como não li nada da autora até agora, quem sabe começa com esse??


Rafa P. 21/10/2018minha estante
Alcione esse é o livro mais conhecido da autora, uma leitura muito gostosa e com personagens marcantes! Comece por esse livro e depois me conta o que achou! Um abraço!


Alcione13 21/10/2018minha estante
Menina, tenho no meu kindle.
Dei uma olhada e gostei.
Vou priorizar.
Obrigada.=)




Lili 04/06/2017

A Casa dos Espíritos
Melhor livro da vida. Simples assim.

Este livro divide com "Cem Anos de Solidão" o título de melhor livro da minha vida há muito tempo. Este ano resolvi reler (na verdade "treler"... rsrs) e percebi que ele é ainda melhor do que eu me lembrava. Mistura saga de família com romance e história do Chile. Com ele eu ri, chorei, senti raiva, nojo, compaixão, entre mil outros sentimentos.

O livro narra a história das famílias Del Valle e Trueba, do começo do século XX até o golpe militar de 1973. Isabel Allende narra de uma maneira tão absurdamente cativante, que sentimos como se fôssemos parte da família e conhecêssemos a fundo todos os personagens. Clara é uma das personagens mais marcantes que já encontrei nas minhas - não poucas - leituras da vida. Ela é a alma do livro. Mas todos os personagens da história têm sua beleza e sua importância.

Recomendo mil leituras deste livro.
Maiara 07/04/2018minha estante
Tô na página 148 e estou apaixonada e chocada de como me lembra, várias vezes, de cem anos de solidão (fav da vida ?)


Lili 02/08/2018minha estante
Verdade, Maiara, a maneira de escrever dos dois é muito parecida! Amo!




Beatriz3345 04/02/2019

Eu não queria terminar esse livro, agora que terminou eu não sei o que fazer da minha vida porque eu to bem triste.
Não vou falar nada sobre a história e nem sobre a autora mas foi o melhor livro que li em muito muito tempo. Puta ressaca literária.
Tchau.
Denise 23/06/2019minha estante
Esse livro é maravilhoso!!!


Kelli 05/12/2020minha estante
Sim, adorei!




Laura 03/05/2021

Incrível
Sem dúvidas um dos melhores livros que já li. Uma história emocionante e intensa.
Cinthia.Guil 03/05/2021minha estante
Um dos meus preferidos da vida


Laura 03/05/2021minha estante
Muito bom




Fernando Lafaiete 26/05/2019

A Casa dos Espíritos: O retrato histórico visceral que ultrapassa as camadas primárias da literatura.
******************************NÃO contém spoiler******************************

Projeto Leituras Conjuntas 2019

Tema do ano: Viagem Literária / País de Maio: Chile / Livro do mês: A Casa dos Espíritos
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Considerado um clássico da literatura latino-americana, A Casa dos Espíritos da escritora chilena Isabel Allende narra a história de uma família através de três gerações de mulheres fortes que enfrentam mudanças culturais e sociais, sendo por vezes subjugadas por um homem que as atormenta ao longo da vida. A trama que mistura realismo mágico com fatos históricos aborda temas atemporais como machismo, ditadura, brigas partidárias, espiritismo e feminismo.

A aclamada obra com seus personagens espíritos sejam eles vivos ou mortos, traz reflexões sobre o nosso papel quanto cidadãos; além de nos ensinar acerca de fatos que precisam ser aprendidos para que não sejam repetidos. A escritora tem uma escrita envolvente que nos conquista tanto pela agressividade de alguns momentos quanto pelas sutilezas de outros. E tudo protagonizado por personagens femininas muito bem traçadas dentro de uma narrativa voraz que nos engole a cada página.

Clara, a clarividente da trama começa como uma garota inocente que se vê abençoada e atormentada por possuir um dom venerado por aqueles que a rodeiam. Uma mulher que após uma de suas visões acaba enxergando seu destino envolvido com o destino de um outro importante personagem, Esteban Trueba, o protagonista masculino, um homem autoritário, agressivo, preconceituoso e com visões deturpadas acerca da sociedade a qual faz parte. Através do passar dos anos vamos acompanhando a jornada de Clara e suas sucessoras Blanca, sua filha e Alba sua neta e também alter-ego da autora.

"Essa mulher está mal de cabeça! - dizia Trueba - Isso seria ir contra a natureza. Se as mulheres não sabem somar dois mais dois, ainda menos poderão pegar um bisturi. A sua função é a maternidade, o lar. Por este caminho, qualquer dia vão querer ser deputados e juízes, até presidentes da República! E entretanto, estão fazendo uma confusão e uma desordem que pode terminar em desastre. Andam publicando panfletos indecentes, falam pela rádio e sentam-se em lugares públicos. Tem de ir lá a polícia com um ferreiro para que lhes ponha as algemas e as possa levar presas, que é como devem estar."

A Casa dos Espíritos possui uma narrativa que é pura reflexão, e com a alternância dos narradores a obra vai ganhando proporções inimagináveis que constroem um mundo real e ficcional encantador que nos deixa com sede de sabermos mais e mais tanto dos personagens quanto do período histórico retratado por Allende. É importante ressaltar que a autora desta obra monumental não possui parentesco real com Salvador Allende, o presidente chileno que sofreu um golpe em 1973 e que deu origem a instalação da ditadura no país, a qual serviu de pano de fundo e que se tornou quase protagonista desta magnífica história. A autora na verdade possuiu um casamento mal-sucedido com um primo do ex-presidente supracitado, o que deu origem ao seu sobrenome. No cenário político chileno temos outra Isabel Allende, senadora, filha do ex-presidente e que nada tem a ver com a Allende cuja obra é aqui resenhada.

A sensibilidade de A Casa dos Espíritos é de uma sinceridade profunda e que ultrapassa as camadas narrativas superficiais e nos faz entender que apesar dos milhares de desgraças sociais e de outros meios que nos rodeiam, o mundo por mais doloroso que ele seja não é um vale de lágrimas que muitos acreditam ser. Assim como as mulheres empoderadas de Isabel Allende, por vezes somos como talos ressequidos, que se movimentam unicamente com a força do tempo. Em outro, somos como borboletas livres que ao sair dos casulos temos a necessidade de desbravar o mundo em sua plenitude. Tanto a autora quanto a obra a qual me dediquei a ler e a analisar, provam que a literatura tem por vezes a capacidade de ultrapassar a linha tênue do puro entretenimento e por isso A Casa dos Espíritos se consagra como uma obra semiótica, social, histórica e transcendental. Uma narrativa rica em quase todas as camadas literárias e que cumpre o papel vital da literatura; a de empregar com sucesso um intercâmbio cultural que me enriqueceu como leitor, como humano e como cidadão.
Esdras 27/05/2019minha estante
Uau! Já quero ler! :O


Fernando Lafaiete 28/05/2019minha estante
Leia mesmo Esdras... é de fato tudo o que dizem. Uma obra forte e necessária.




Ligia.Carvalho 06/05/2021

Excelente!!
Narra a saga de 3 gerações de uma família, com o contexto histórico da ditadura chilena.
Muitos discursos semelhantes ao que vemos nos dias atuais.
Gabi 19/06/2021minha estante
Comecei o último dela e já to querendo ler esse também.


Ligia.Carvalho 24/06/2021minha estante
Vale mto a pena!!!




babymoraes 03/09/2017

Impressões
Por muitas vezes já li livros e posteriormente assisti à seu filme, e me surpreendeu como o tinham entendido e apresentado, diferente de minhas impressões, com o olhar de alguém que viu o que não vi ... além ou aquém de minhas expectativas.
Há vários anos assisti o filme 'A Casa dos Espíritos', e só agora decidi ler o livro quando foi publicado na Coleção Mulheres na Literatura.
Comecei aos poucos e logo me senti presa no emaranhado de sentimentos e acontecimentos, vivendo o que politicamente ocorria na época (minha mãe tem origem chilena, e por isso conheço bastante sobre os ocorridos). Ao terminar decidi novamente assistir o filme, comparar opiniões e pontos de vista, e me entristeci ao ver que questões simples foram retratadas de maneira completamente distinta do que estava escrito, talvez para facilitar o entendimento de que o assista sem o ter lido.
Recomendo a leitura, pesada e simples en todos os aspectos, e bem atual ao que continuamos a viver do ponto de vista político em vários países.
Carine.Peter 17/11/2017minha estante
Serio que tem filme??? Nao sabia


Talles Azigon 06/01/2018minha estante
li também na coleção e estou morrendo de medo de ver o filme




KeylaPontes 23/04/2020

A casa dos espíritos


A minha primeira experiência com a Isabel Allende não poderia ser melhor. Comecei esse livro através de uma leitura coletiva, mas ele me pegou tanto que eu passei a seguir as metas no meu ritmo. As metas que seriam semanais, passaram a ser diárias de tão envolvida que eu estava na leitura. A previsão era que finalizasse só amanhã, mas foi impossível largar nessa reta final. A sensação que tenho e de ter lido um livro de 1000 páginas e não 448. São tantos acontecimentos, tanta história, tantas reflexões e tanta coisa acontece com essa família em várias gerações que eu não sei ao certo ainda o que dizer. Disse para uma amiga que me sentia vendo uma novela (até zoei dizendo que era tipo ?o rei do gado? ?), é impossível não ficar extasiado com o talento da Isabel em trabalhar tantos temas de uma forma tão real que por muitas vezes eu tive que parar e respirar (ler em metas e comentar cada uma acredito que deixou a minha experiência de leitura ainda mais incrível), a autora aborda política, dramas familiares, desejo, amor, vinganca em mais de 50 anos de história. Geração por geração. Que livro!!
Lygia Ambrosio 23/04/2020minha estante
Esse se tornou um dos meus livros favoritos!


KeylaPontes 24/04/2020minha estante
Meu tbm!!!




Silvia 21/03/2019

Histórias de Família
Fazia muito tempo que tinha curiosidade sobre a história desse livro. Já tinha lido ótimas resenhas e ainda não conhecia a escrita da autora. O que posso dizer é que a Isabel foi incrível nessa narrativa, ela trouxe um universo intricado com uma parte surreal e uma parte super realista, misturando contextos históricos do Chile e os personagens dessa trama fantástica.
O livro me envolveu logo no primeiro capítulo, me deixando afoita pelo desenrolar do enredo.
Acho que o forte do livro são as personagens femininas, principalmente Clara e Alba, avó e neta.
Esteban também é um componente importantíssimo do livro, que traz ao leitor vários sentimentos controvertidos, pois em vários momentos vamos odiar muito esse personagem, e em outros também sentiremos pena. É através de vários de seus atos impensados e cruéis que muitas outras consequências ocorrem na vida de sua família.
Enfim, compensa muito a leitura dessa história e conhecer um pouquinho a vida dessa família nada convencional.
Denise 22/03/2019minha estante
Eu sou apaixonada por essa história. Eu ri tanto da parte da cabeça kkkkkkkkkk


Silvia 22/03/2019minha estante
Muitas partes eram hilárias kkkkkkkkkkkkk




isa.dantas 23/12/2018

Este livro me lembrou muito Cem Anos de Solidão em alguns aspectos. Mas não podemos nos enganar com o realismo fantástico: de ficção este livro tem pouco. É impossível também não traçar um paralelo com o atual cenário político brasileiro. Leitura mais que atual é necessária.
Cecilia 24/01/2019minha estante
Estou lendo e tendo essa mesma impressão ??


anabê @anabialeiroz 09/04/2019minha estante
Sim, tive a mesma impressão.




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