Carta a D.

Carta a D. André Gorz
André Gorz
André Gorz
André Gorz




Resenhas - Carta a D.


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Sabrina 07/10/2020

?E? isto: a paixa?o amorosa e? um modo de entrar em ressona?ncia com o outro, corpo e alma, e somente com ele ou ela. Estamos aque?m e ale?m da filosofia?.

Carta a D. e? o u?ltimo livro do jornalista Andre? Gorz, cujo nome verdadeiro e? Gerhard Horst, austri?aco que radicou-se na Franc?a apo?s a 2GM e la? passou a ser conhecido por sua escrita, e tambe?m pelo grupo de amigos da e?poca, entre eles Sartre. Ale?m disso, suas atividades teo?rico e poli?ticas te?m grande peso com o que vem a ser o movimento de Maio de 68 e a corrente marxista- existencialista que surge nessa e?poca.

Viveu por quase sessenta anos com sua companheira Dorine e nesse livro faz uma carta de amor dedicada a importa?ncia dela em sua vida ainda que tenha sido o u?nico escrito onde ela entra como parte fundamental da sua escrita e carreira. O comec?o do livro parece estar nesse lugar de escrever e inscrever acerca de um tempo que passou e que haveria uma certa ?culpa? de na?o ter retratado esse amor e importa?ncia anteriormente. No entanto, ao seguirmos no texto e? possi?vel observar a cumplicidade que ha? entre eles e esse sentimento vai se dissolvendo aos pouco. O modo como termina a carta e os acontecimentos finais, o ?puro ato de amor? entre eles, demonstra o quanto essa relac?a?o tinha um lugar vital para Gorz. A ideia da doenc?a e velhice da esposa o leva a escrever esse texto e tambe?m a pensar como seria uma vida sem essa parte ta?o fundamental.

Essa posic?a?o de ?ser escritor?, trabalhar com a escrita e apenas isso, tem todo o apoio e investimento de Dorine. Ao longo do livro isso tambe?m aparece como ponto fundamental da relac?a?o entre os dois. Um livro sobre o amor e tudo que adve?m dele no um a um e para cada um.

?Mar, amar, amor
Se a dor quer o mar dessa dor?, Maravida.
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Cerry35 24/09/2020

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Todo mundo diz q é uma linda carta de amor, mas pra mim foi só o começo e o final. O resto foi ele falando sobre o processo de escrita
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Monica 06/09/2020

Uma emocionante declaração de amor.
Uma declaração de amor tão profunda que me fez chorar de emoção. André Gorz consegue explorar a essência de seu amor por sua esposa Dorine nesse livro. A dedicatória que ele escreveu em um de seus livros expressa isso de forma excelente: "A você, Kay, que, ao me dar Você, deu-me Eu".
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Valéria 01/09/2020

Um amigo me lembrou de um livrinho de um francês que encontramos por acaso 10 anos atrás, que lemos com grande interesse, na grama do Villa Lobos sob um céu pesado de inverno e o parque vazio, de uma só vez. Uma lembrança tão vívida, intensamente doída, de uma história de amor real, complexa e completa, que nenhuma ficção seria capaz de reproduzir.

(O casal cometeu suicidio em 22 de setembro de 2007; aos 84 anos..., ela por não suportar a doença e ele por não saber da vida sem ela)

"Você estava condenada a ser forte porque todo o seu universo era precário. Eu sempre senti, ao mesmo tempo, a sua força e a sua fragilidade subjacente. Eu gostava da sua fragilidade superada, admirava sua força frágil. Nós éramos, eu e voce, filhos da precariedade e do conflito. Fomos feitos para nos proteger mutuamente contra ambos, e precisávamos criar juntos, um pelo outro, o lugar no mundo que originalmente nos tinha sido negado"

(...) Nos dissemos com freqüência que, se por um absurdo tivéssemos uma segunda vida, iríamos querer passá-la juntos"
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Locimar 16/08/2020

Quando o amor acontece e permanece e incendeia e se estende...
para os outros, para o mundo criado. Amar e ser amado é amar tudo o que é preciso ser amado. Amor como poucos, o deste casal que me impressiona desde sempre; desde a primeira resenha que li, desde o momento que li e rezei a despedida de ambos. Muito forte: "o mundo está vazio, não quero mais viver". Há presenças que preenchem absolutamente o mundo, são absolutamente plenas. Não precisamos de mais nada.
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André Azevedo Ferreira 09/07/2020

Sublime
Um relato muito bonito sobre uma relação a dois, analisada de forma profunda e individual. Levando em conta o tempo juntos, como se conheceram e como a relação entre Gorz e sua D se desenvolveu.

Desde o primeiro encontro, até o final da vida, o autor não deixa de criticar o seu próprio comportamento e defender sempre a sua amada, isso me chamou bastante a atenção. Um visão realista do que é um relacionamento, que pode não ter sido perfeito, mas foi muito feliz e bem aproveitado.

Gostei da sinceridade, do amplo contexto que envolveu e não separou os dois. Duro imaginar que algo assim pode não ser mais viável nos dias de hoje. No final das contas, todos querem encontrar um amor.
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Gabriella 30/06/2020

Incrível
A história é muito linda e emocionante. Marquei muitas frases que tocaram meu coraçao. Acabei o livro emocionada. Recomendo muito!
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Carla 19/02/2020

“À noite eu vejo, às vezes, a silhueta de um homem que, numa estrada vazia e numa paisagem deserta, anda atrás de um carro fúnebre. Eu sou esse homem. É você que esse carro leva”

Tudo menos este pesadelo.

André é um homem apaixonado e real. Apesar de ser uma carta de amor verdadeiro e do reconhecimento do valor que Dorine teve na construção da sua obra, André, em muitos momentos, inclusive na própria construção de sua reputação, subjugou-a sem perceber ou querer. Podemos dizer que foi um príncipe encantado às avessas.

Este texto é testemunho da importância desta mulher na vida deste casal que por quase 60 anos dividiu sentimentos e aprendizados, intensamente. A decisão do encerramento simultâneo de suas histórias mostra o quão forte era a ligação e a dependência.

Viver um amor assim não deve ser nada fácil.
Mas já dizia Camões:

"É querer estar preso por vontade;
É servir a quem vence, o vencedor;
É ter com quem nos mata, lealdade."
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Matheus945 14/01/2020

Tocante
Colocando de lado todas as referências às outras obras do autor esse é um livro lindo, que me senti profundamente tocado com o amor desse casal. Eu sou uma pessoa que vive o amor intensamente então quase todas as frases que o autor escrevia à mulher me comoviam e eu já ia correndo marcar. Sinto que se em algum momento eu escrever uma carta de amor, vai ser por causa desse livro e com certeza terá algum quote do mesmo.
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Carol | @carolreads 16/08/2019

Carta a D.
Pensei que iria gostar mais.

“Um dos principais filósofos do pós-guerra francês, André Gorz escreveu inúmeros livros influentes, mas nenhuma de suas obras será tão amplamente lida e lembrada quanto esta carta simples e bela a Dorine, mulher ao lado de quem passou a vida e que havia anos sofria de uma doença degenerativa incurável. Na carta, Gorz rememora a história de amor e militância do casal, assim como a trajetória intelectual que percorreram juntos (...), passando pelo Maio de 68 em Paris até chegar ao início do século XXI.”

Apesar de não ler muitos romances, fiquei com muita vontade de ler Carta a D. e conhecer a história de André Gorz e sua esposa, descobrir como eles viveram e o que levou o casal a cometerem suicídio juntos.

Confesso que fiquei um pouco decepcionada com a história. Fiquei com a sensação que Gorz, em vez de contar sua história de amor, escreveu uma carta para, se redimir e se desculpar com a esposa por não dar o devido valor a sua ajuda/companhia e retrata-lá em suas obras como uma mulher fraca e dependente.

E aí, alguém já leu Carta a D.? Gostaram?

site: https://www.instagram.com/carolreads
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Biblioteca Álvaro Guerra 05/06/2019

Carta a D.
"É o início da mensagem de André à amada que, em poucas páginas, retoma a trajetória de amor, companheirismo e lutas enfrentadas pelo casal. Como Bauman costumava dizer, em tempos de “amor líquido” como os que presenciamos, chega a ser diferente (e até chocante) pensar em algo tão duradouro...."

Link da Resenha completa: https://resenhasalacarte.com.br/resenha/carta-a-d-andre-gorz/

Livro disponível para empréstimo nas Bibliotecas Municipais de São Paulo. De graça!

site: http://bibliotecacircula.prefeitura.sp.gov.br/pesquisa/isbn/978-85-359-3097-9
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Samyle 12/03/2019

"Não tínhamos pressa. Eu despi o seu corpo com cautela. Descobri, miraculosa coincidência do real com o imaginário, a Vênus de Milo tornada carne. (...) Compreendi com você que o prazer não é algo que se tome ou que se dê. Ele é um jeito de dar-se e de pedir ao outro a doação de si. Nós nos doamos inteiramente um ao outro".

Eis um dos livros mais bonitos que já li. Como o título mostra, essa é de fato uma carta a Dorine, escrita movida em parte pela culpa. Ao longo da carreira, Gorz escreveu um pouco sobre o seu relacionamento, mas sempre o colocando aquém de sua real importância e profundidade. Este livro veio para fazer jus a toda a vida que partilhou com sua esposa, essa união que era a coisa mais importante de sua vida (palavras do autor). Tão relevante que ambos cometeram suicídio juntos, numa recusa a viver um sem o outro, dada a iminente morte de Dorine por causa de uma doença incurável.

Ao escrever sua história de amor, Gorz também fala sobre diversos temas, que permearam seu relacionamento, como filosofia, política, biomedicina e sobre a construção de sua identidade. Comenta especialmente sobre o processo da escrita, sobre ser escritor e como Dorine lidava com isso, num texto belo, lúcido e que exala afeto em todas as suas entrelinhas. É uma experiência única de leitura.

@chez_literatura
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Saga Literária 29/01/2019

Blog Saga Literária
Escrito em 2006 pelo filósofo André Gorz e publicado pela Cosac Naify em 2008, Carta a D. recebe uma nova edição agora nas mãos da Companhia das Letras. Aqui conhecemos a história de André e sua esposa Dorine que no início do livro está para completar 82 anos idade, ela demonstra o avanço da idade. Encolheu seis centímetros, pesa cerca de quarenta e cinco quilos, mas ainda é uma mulher graciosa e bela aos olhos do seu marido que está ao seu lado há cinquenta e oitos anos enfrentando momentos difíceis, mas desfrutando ao seu lado de momentos incríveis.

Aos poucos o autor analisa a sua vida e relembra os momentos importantes da sua carreira, sempre contando com o apoio de sua amada esposa Dorine que mesmo nos momentos mais difíceis permaneceu ao seu lado, ela inclusive abdica um pouco dos seus sonhos e projetos pessoais para que o seu marido possa viver o seu sonho, a escrita.

Opinião: André Gorz escreveu esse livro em homenagem a sua esposa que conheceu em Lausana (Suíça) no ano de 1947 e com quem viveu por quase sessenta anos. Carta a D. trata-se em parte de uma declaração de amor, mas também nos demonstra o companheirismo de André por sua esposa. Em certo momento da leitura é possível percebermos a fragilidade do corpo humano e que muitas vezes a doença é um caminho sem volta e Gorz retrata isso por sua esposa que apresentou uma doença degenerativa.

Carta a D. é uma leitura curta, envolvente e carregada de amor, existe uma alta carga de sentimentos por parte do autor. Gorz demonstra ao longo da narrativa a vida dele e de sua esposa e o quanto Dorine influenciou e foi importante em sua vida. O autor deixa claro que esse relacionamento duradouro foi construído em cima de valores como amizade, amor e compreensão. Ele também nos faz refletir sobre uma frase muito comum em nossas vidas: "Eu te amo" e o quanto nós banalizamos essa frase. Carta a D. é um relato íntimo, não ficcional e tocante.

Sobre a Edição: Esse livro é pequeno e leve, conta com excelente revisão, inclusive há notas de rodapé que nos auxilia na leitura. A diagramação é simples, mas ficou ótima. As folhas são na cor creme, a fonte e espaçamento ficaram confortáveis. Essa edição conta também com uma jacket na coloração rosa, é simplesmente linda. A Companhia das Letras merece os parabéns pela simples e linda edição que elaborou.

site: https://www.sagaliteraria.com.br/2018/09/resenha-541-carta-d-andre-gorz.html
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