Silas 18/07/2020minha estanteBoa tarde meus irmãos quem quizer saber o que John Piper pensa sobre essa parte, que o Vini comentou da uma olhada nesse link.
https://www.desiringgod.org/interviews/does-gods-happiness-depend-on-mine
abaixo vou colocar a tradução
Pergunta: Oi, Pastor John, obrigado por responder minha pergunta! Eu gostaria muito de ouvir
seu pensamento sobre a seguinte citação do livro ?O Conhecimento de Deus?, do J.I. Packer:
?Deus estava feliz sem os humanos antes que tivessem sido criados; ele teria continuado feliz se
simplesmente os tivesse destruído depois que pecaram; mas como ele colocou seu amor sobre
alguns pecadores, isto significa que, por sua própria escolha livre e voluntária, ele não conhecerá
felicidade perfeita e pura novamente até que tenha trazido cada um deles ao céu. Ele resolveu, de
fato, que, dali para frente, e por toda a eternidade, sua felicidade será condicionada à nossa.? _
Bem, então, essa última linha, para mim, é difícil de engolir. Eu acho que entendo o que ele quer
dizer, mas eu adoraria ouvir sua perspectiva. Como você entende esse trecho, Pastor John?
Resposta: Essa citação do Packer está na página 125 da minha edição de ?O Conhecimento de
Deus?. Eu menciono isso porque eu gostaria que cada um dos nossos ouvintes lesse esse livro.
Eu acho que é um clássico, e está lotado de frases boas como essas.
Essa frase que o Anthony está tendo dificuldade de engolir diz ?Ele resolveu, de fato, que
dali para frente, e por toda a eternidade, sua felicidade será condicionada à nossa?. Aqui está o
porque eu acho que essa frase pisa no nosso calo.
Transbordar de Alegria
Se você não conhecesse o Packer, se você não tivesse o contexto abrangente do livro ou
sua teologia, a palavra condicionada poderia significar para você que Packer tornou a felicidade
de Deus dependente da nossa conquista por felicidade auto determinada. Essa conquista parece
incerta e, portanto, a felicidade de Deus parece incerta. Se isso é verdade, ele não é Deus. Esse é
o grande ponto.
Um Deus que torna sua alegria dependente de suas criaturas e então cruza seus dedos
na esperança que eles conquistem felicidade por si só não é Deus. Então, ele levante uma
pergunta importante. Por isso, em adição a (não ao invés de) dizer que a felicidade está
condicionada à nossa, precisamos também dizer que a felicidade de Deus é a busca invencível
pela nossa.
Ou, colocando de outra forma, A facilidade de Deus não é apenas uma resposta à nossa
felicidade nele. A felicidade de Deus também é a causa da nossa felicidade nele. Ou, colocando
ainda de outra maneira, todo o plano e história de salvação é o transbordar da alegria de Deus
em criar, através de Jesus Cristo, uma gloriosa família de crentes que compartilham da sua
alegria. Deus não está esperando para ver se nós nos tornaremos felizes pelo uso dos nossos
poderes auto determinados para que então ele possa ser feliz em resposta à nossa felicidade
Resolução Onipotente
Não, não, não. Deus não está esperando para ver. Deus é eternamente feliz na Trindade.
Sua felicidade está transbordando em criação e redenção e todo o processo de nos trazer ao
ponto em que temos plenitude de alegria na sua presença e prazeres à sua mão direita.
A maneira de pensar na alegria de Deus condicionada à nossa é que ele tem prazer no
prazer que nós temos nele ? o qual ele mesmo produz em nós. Então, sim. Sim, sua alegria está
condicionada à nossa alegria, mas não com qualquer nível de incerteza de que nossa alegria de
fato virá e nossa alegria nele será completa.
Isso é certo porque é o que ele está buscando com resolução onipotente. Ele não apenas
determinou, como Packer diz, que nossa felicidade fosse uma condição à dele. Ele também
determinou fazer nossa felicidade a criação da sua felicidade.
O bom prazer de Deus
Jesus diz, por exemplo, em Lucas 12:32, ?Não tenha medo, ó pequenino rebanho; porque
o Pai de vocês se agradou em dar-lhes o seu Reino.? Em outras palavras, Deus não é ilustrado
aqui ansiosamente esperando e pensando se nós entraremos alegremente no Reino, e então se
alegrando porque entramos nele. Pelo contrário, a imagem é a grande alegria de Deus, seu bom
prazer. Jesus chama de ?seu agrado em nos dar o Reino? ? de entrarmos na alegria do Reino.
Então, sim, definitivamente.
Segundo Lucas 15:7, haverá mais alegria no céu, incluindo a alegria de Deus, por um
pecador que se arrepende, do que por 99 justos que não precisam de arrependimento. Sim, de
fato, isso é verdade! Mas o próprio arrependimento que traz alegria a Deus, no céu, foi dom de
Deus. Ele não concede arrependimento a contragosto. Ele concede alegremente. Esse é seu bom
prazer. É do seu agrado nos colocar em seu Reino através do arrependimento.
A alegria do Mestre
Como nós entramos? Como nós entramos na aliança em que nossos pecados são
perdoados? Como nós entramos na aliança em que a lei é escrita em nossos corações e nos
deleitamos em fazer a vontade de Deus, para que Deus se deleite em nossa alegre obediência?
Como nós entramos lá? Aqui está a resposta em Jeremias 32:40-41 (uma das minhas passagens
preferidas em toda Bíblia):
Farei com eles uma aliança eterna, segundo a qual não deixarei de lhes fazer
o bem; porei o meu temor no coração deles, para que nunca se afastem de mim.
Terei alegria em lhes fazer o bem, e os plantarei firmemente nesta terra, de todo o
meu coração e de toda a minha alma.
Então, sim, a alegria de Deus o leva, em toda liberdade, a trazer seu povo à aliança e
mantê-los na aliança e torná-los alegres na aliança com a própria alegria de Deus. Assim como
Jesus diz em Mateus 25:23: ?venha participar da alegria do seu senhor.?
Nós entramos na alegria de Jesus e então, como J.I. Packer diz, ?Deus se regozija em nós
e nossa alegria em Jesus se torna uma parte constituinte da alegria de Deus em nós?. Como diz
em Sofonias 3:17: ?O Senhor, seu Deus, está no meio de você, poderoso para salvar. Ele
ficará muito contente com você. Ele a renovará no seu amor, e se encherá de júbilo por
causa de você.? Que versículo incrível!
Uma salva de palmas para J.I. Packer e um milhão de salvas de palmas para Deus, que
não apenas fez nossa alegria nele a condição para a alegria dele em nós, mas também fez nossa
alegria nele a criação da sua alegria em nós.