Ilana_ 25/02/2009
Uma jòia
Não é fácil ler este livro. Acostumados com o olhar intermitente e frases mais curtas, tende-se a labirintar em frases sem suspiro, intermináveis. Frases-página, frases-parágrafo permitem que o mundo entre nos parênteses de uma narrativa dentro da outra, de um pensamento dentro do outro, de Swann dentro do seu ciúme, ao mesmo tempo espectador de si, sujeito de si e devaneio de si. Depois que o ritmo se encarrega de adormecer nosso sangue, seguimos como rio por tanta clareza e detalhes. Os sentimentos humanos são apresentados por linhas e voltas, ângulos inesperados e associações muito familiares. Que jóia!