Aventuras na História Nº 17 (Janeiro de 2005)

Aventuras na História Nº 17 (Janeiro de 2005) Editora Abril



Resenhas - Aventuras na História - nº 17


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R...... 28/12/2018

Edição de Janeiro de 2005
Gostava bastante da valorização da etimologia nos primeiros anos da revista, que dessa vez trouxe nomes próprios que viraram palavras em nosso dicionário. Destes, o mais curioso foi "larápio" (sinônimo de ladrão), surgido da abreviatura do nome de um magistrado na Roma antiga: Lucius Antonius Rufus Appius (L. A. R. Appius). Segundo as histórias populares, decidia as causas a favor de quem melhor lhe subornasse. Será que procede a história? Sei lá, mas a corrupção das autoridades persiste desgraçadamente.

O infográfico mostrou os temíveis ataques vikings nos idos medievais. A selvageria não é novidade e o destaque foi para a versatilidade de suas embarcações (os drakkars), ágeis em mar aberto e rios, podendo navegar em canais de até um metro de profundidade e com incrível capacidade de "marcha a ré", dispensando virar o navio para fugas. Equipamento certo para chegadas e partidas rápidas dos brucutus piratas.

Em 2005 ocorria crise humanitária no Sudão, com guerra civil entre nativos (minoria na região) e a elite islâmica (representada por grupos vindos de outras localidades em busca de novos domínios para suas causas). Os conflitos causaram genocídio e fugas, que aumentam até hoje na terrível crise dos refugiados. A situação está mais grave do que nunca no Sudão.

Falando em migrações, a reportagem "Êxodo, a longa odisseia humana", enfatiza grandes deslocamentos na humanidade, impulsionados por diferentes fatores: fim da era do gelo (cerca de 8 mil a.C), cruzadas (idade medieval) e grandes navegações (com seu colonialismo crescente na idade moderna), entre outros.
O destaque vai para as considerações sobre a "Diáspora Negra", ocorrida no trafico negreiro, quando milhões de africanos foram literalmente caçados e enviados para diferentes nações como mercadoria.
Não foi citada, mas teve também a diáspora judaica, com histórias terríveis de perseguição, que relativamente findaram em muita coisa na criação do Estado de Israel, em 1948.
A reportagem termina com uma reflexão que achei interessante e registro na íntegra:
"O migrante, hoje, representa o alienígena social, étnico ou religioso. O homem desse século se esqueceu de que ele também é um estrangeiro, num mundo que é o resultado de milênios de caminhadas de outros homens em busca de sobrevivência" (toma-te na fuça, xenofobia!).

A reportagem de capa, sobre o Vesúvio e a destruição de Pompeia em 79 d.C, descreve como teriam sido os eventos trágicos. Poderia ter disposição mais cronológica, no passo a passo, possível de estimativas sobre o fluxo piroclástico. Não entendo nada, mas se a observação é do dia, poderiam sim ter feito uma projeção. Claro que a reportagem é interessante, só gostaria de entender também nesse nível de organização.

Tem reportagem sobre Charles Manson com breve biografia. Destaque para o uso de drogas, a interpretação da realidade a partir de percepção de mundo doentia e alienada ao bom senso, reflexões cridas em músicas dos Beatles e relatos sobre o terrível massacre na casa da atriz Sharon Tate (1969).
Fico admirado como as pessoas se deixam seduzir e se entregam tão absurdamente a ideologias demoníacas. Nem precisam da aparência sedutora de anjos do céu para sucumbirem (como registra o texto bíblico em Gálatas 1:6-9). O mesmo vale para a entrega ao caminho das drogas, que chega até a ser ostentado como façanha por alguns (mas sei também que é fraqueza doentia em outros). O fato é que escolhas são possíveis.
Também fico indignado com artistas que ostentam o mal numa intenção, na cabeça deles, de chocar, quando só revela aquiescência de suas almas à destruição espiritual, num caminho de consequências muito tristes. Caso de certo cantor (Axl) que vive usando imagens do Manson, declarando-se em seus frutos como fã, chegando a gravar músicas dele; caso também de outro cantor de visual andrógeno, que usa até o nome do psicopata, tentando chocar, mas só num caminho de ilusão à sua própria vida. Também outros, como os assassinos do grupo de Manson, que iam sorrindo, abraçados e cantando, ostentando sua façanha, aos julgamentos e tribunais (referente a história da atriz Tate) e hoje tem outra visão, quando o tempo e a responsabilidade pelos atos forçou abertura de seus olhos da cegueira que os envolvia.
Escolhas são possíveis e a melhor é na lucidez em amor: a Deus, ao próximo e a si mesmo.

Outras reportagens de destaques falam dos Maias (dissertando sobre agentes que declinaram sua poderosa nação) e índios Guaicurus (guerreiros que aprenderam a domesticar e usar o cavalo, estendendo em domínio com histórias lendárias no pantanal entre os século 16 e 19). Tem algum filme sobre essa nação indígena? Gostaria de ver. Vale documentário também... Registro para futuras buscas.
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