A mulher que chora

A mulher que chora Su Tong




Resenhas - A mulher que chora


9 encontrados | exibindo 1 a 9


Vinder 11/05/2024

Uma clássica fábula chinesa em que uma mulher perde seu marido, que é capturado e levado para o norte para a construção da grande muralha da China.
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Dadá 29/12/2023

É possível parar um cavalo bravo, mas não uma mulher decidida a fazer alguma coisa, pois uma mulher assim se dispõe a sofrer pelos outros.”
Gostei muito do livro que conta a história de um mito chinês da época da construção da grande muralha da China. Nem sempre achei a leitura fluída, mas terminei e recomendo a leitura. Que leiam com calma, entendendo nas entrelinhas o que a história quer contar: a situação caótica e de pobreza em que a China se encontrava durante a construção da muralha, a perda da humanidade das pessoas que chegaram ao ápice da miséria diante de tantas perdas, fome, escravidão... Há muitas simbologias no texto, mas é uma história interessante para se conhecer sobre mitos e cultura chinesa.
Uma mulher que não pode chorar se adapta frente a essa proibição e começa chorar por outras partes do corpo. Sua obstinação em encontrar o marido, pois foi o único afeto que conheceu na vida... Tudo isso faz o livro valer a pena.
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César 29/12/2023

Há um vilarejo ali, onde areja um vento bom...
Binu nasceu na aldeia do Pêssego, local em que, após um evento trágico, os habitantes foram terminantemente proibidos de chorar. Em vista das novas regras, os moradores, em especial as mulheres, aprenderam a chorar por outras partes do corpo, como orelhas, mãos, pés, ou pelos cabelos, como a protagonista.

Em certo dia, Quiliang, marido de Binu, é levado junto a outros homens para ajudar a construir a Grande Muralha, deixando seu casaco de inverno para trás. Binu, extremamente preocupada e com saudades do marido, decide vender todos os seus poucos pertences e viajar ao encontro de Quiliang, levando seu casaco, tendo como companheiro de jornada um sapo cego, provável reencarnação de uma mulher que estava à procura do filho perdido.

Durante a viagem, Binu passará pelos mais improváveis obstáculos, e ficará exposta a todo tipo de injustiças e maldade humana, que dificultarão cada vez mais sua chegada ao destino final da jornada.

A mulher que chora é uma lenda milenar chinesa, recontada por Su Tong através de uma narrativa poética e de extrema sensibilidade, que explicita toda a beleza e riqueza da cultura e tradições da China. Me envolvi com a trama desde o início, e me surpreendi tendo empatia com a história de Binu e até mesmo com um sapo cego.
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Diego Vertu @outro_livro_lido 22/12/2023

Mito chinês
Um reconto de um mito chinês, aqui acompanhamos a história de Binu, uma mulher que sai da Aldeia do Pêssego em direção à distante Montanha da Andorinha, para levar um casaco e uma sandália ao seu marido Quilang, que foi raptado para a construção da Muralha da China.

Achei uma leitura bem mediana com alguns pontos interessantes. A aventura em si é legal, porém as motivações que levam a Binu para percorrer essa grande distância eu achei bem pífia. Há grandes concepções metafóricas como o louvável determinismo de Binu e como as pessoas se adaptam em relação a leis rígidas, um exemplo é a questão do choro que Binu expressa pelo cabelo. No restante achei uma boa farofa, poderia ser mais bem recontado, com propósito melhores. Apenas uma leitura para passar o tempo.
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Conta o livro 22/01/2021

O arquétipo da mulher leal
Mitos e lendas tinham a função de explicar o mundo e os acontecimentos tornando-os claros para a população. Estes também servem para mostrar o caminho e como as pessoas devem agir.
Assim , da mesma forma que o mito de Adão e Eva explica as dores do parto, por que a mulher deve ser submissa e por que vivemos num mundo de infelicidades outros mitos cumprem esse papel em outras culturas.
Em a mulher que chora vemos o ideal de mulher que faz tudo pelo marido, que sem ele não pode viver e que larga tudo e suporta todas as humilhações para entregar-lhe roupas de frio.
A partir desta mulher ideal aos olhos masculinos somos apresentadas ao mundo e a cultura chinesa da época.
O livro é muito legal, desde que se observe esta imposição cruel que se faz sobre a mulher personagem principal.
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Lusia.Nicolino 09/01/2020

Um mito milenar chinês
Apresentado como um mito milenar chinês, transmitido oralmente de geração em geração e, aqui, recontado por Su Tong.
Então, parto do princípio de que é importante observar que não é uma historinha ou uma lenda, já que mitos são histórias fantásticas, com criaturas sobrenaturais como deuses e monstros e que ajudam a explicar alguns fatos através de metáforas, de simbolismos. E, se Tong se propôs a transformar o mito em livro, certamente tomou liberdades e não fez apenas uma tradução literal.
Isso posto, eu os convido a conhecer Binu, que cresceu na aldeia do Pêssego, no sopé da montanha do Norte, onde as pessoas são proibidas de chorar e descobrem meios inusitados de verter as lágrimas. Órfã, Binu, que chora pelos cabelos, consegue se casar, mas perde seu jovem esposo para o trabalho de construir a Muralha da China, na montanha da Grande Andorinha. Binu enfrenta uma verdadeira epopeia para tentar encontrá-lo, levando um agasalho, já que logo a neve tudo cobrirá. Quantos quilômetros percorre? O que enfrenta pelo caminho e como termina a sua jornada? Pode se transformar em um sapinho e descobrir ou pode ler essa preciosidade.

Quote: “De que adiantava chorar? “A chuva deixa a terra úmida” disseram os meninos. “O rio ajuda as pessoas, a água das valas nutre as plantas, e a que enche as poças faz crescer os peixes e camarões. Somente as lágrimas humanas são inúteis; sã as coisas mais insignificantes que há no mundo."


site: https://www.facebook.com/lunicolinole
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Martha Lopes 27/04/2010

Sobre o livro
Passados entre gerações, os mitos fazem parte da substância que constrói a identidade de uma nação. Ou, como diz o escritor Su Tong -- autor de "Lanternas Vermelhas", adaptado para o cinema em 1991 --, "os mitos são realidades que ganham os céus". Nada mais nobre, então, do que registrar essas histórias muitas vezes restritas a uma cultura, o que o chinês faz com primor -- e muita imaginação -- em "A Mulher que Chora" (Companhia das Letras, 252 páginas).

No livro, Tong reproduz a lenda de Binu, que tem sido transmitida na China há dois milênios. O escritor conta que a moça nascera na aldeia do Pêssego, um lugar em que era proibido chorar desde que os antepassados morreram afogados nas próprias lágrimas. Com a limitação, as mulheres da região tinham de aprender a escoar as lágrimas de outras formas -- pelas orelhas ou até pelos seios; Binu, no entanto, vertia água pelos longos cabelos.

A matéria completa está em http://www.colheradacultural.com.br/content/20100426235901.000.4-N.php
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marcilivros 25/04/2010

A história é escrita por mim
Trata-se de uma obra simples em sua escrita, mas profunda nas ideias que traz. Mostra-nos que, no momento em que temos um objetivo traçado e que somos fortalecidos pelo amor, pela motivação por fazer algo, somos impulsionados a irmos ao encontro daquilo que queremos, independentemente das adversidades que tenhamos que enfrentar, dos obstáculos que precisemos ultrapassar. Binu ensina-nos que as alternativas existem, bastando que queiramos enxergá-las e, em sua viagem, conhecemos, junto com ela, seres que, por não conseguirem lidar com suas misérias, acabam por inferiorizar àqueles que consideram diferentes, subjugando-os. Refletimos ainda acerca do quão o homem sente-se fragilizado quando chora, sendo o sentimento algo que deve ser escondido para não transformar-se em problema. É um livro metafórico, bastante atual, apesar de ser esta uma lenda milenar. Coloquei este título porque, por tudo o que era preceituado pela cultura onde Binu vivia, ela deveria continuar vivendo sua vida, exatamente como era prescrito no manual das filhas da aldeia do Pêssego onde morava. Porém, ela não poderia cviver pensando que seu marido precisava de ajuda, pois encontrava-se em um espaço inóspito, sem qualquer condição de sobrevivência e então, ela, com sua simplicidade, muda sua história e vai atrás do seu amor, preferindo morrer junto a ele.
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