Quando a luz apaga

Quando a luz apaga Gustavo Ávila




Resenhas - Quando a luz apaga


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@vcdisselivros 18/04/2020

Uma leitura de tirar o fôlego
Se você já leu O sorriso da hiena está familiarizado com a qualidade da escrita do autor Gustavo Ávila, bem como, com a personalidade única do detetive Arthur Veiga.


Para nossa alegria, ambos estão de volta em um livro que traz grandes reflexões sociais, na medida que inicia uma investigação que faz o leitor perder o fôlego.

Na narrativa, moradores de rua começam a desaparecer durante a noite sem que ninguém suspeite, afinal, eles são os alvos perfeitos já que passam tão despercebidos pela sociedade.

No entanto, o cenário muda quando um morador de rua surge na delegacia anunciando o sumiço do amigo. Afetado pela monotonia das férias, o detetive Arthur Veiga passa a investigar o caso, descobrindo um padrão no desaparecimento de pessoas que estão em situação de rua.

No decorrer das páginas, somos apresentados a uma série de personagens, que de alguma forma irão desempenhar seu papel em algum momento do livro. Em um primeiro momento, a quantidade de coadjuvantes assusta ao ponto de o leitor questionar o que o autor fará com tudo isso.

AME OU ODEIE

O detetive Arthur causa um misto de emoções sem precedentes. Muitos não conseguem sentir apatia pelo personagem, devido a falta de habilidades sociais que ele apresenta como resultado da síndrome de Asperger.

O que muitos precisam entender, é que a síndrome atua como o dom dele, já que a falta de floreios faz que o detetive desempenhe seu papel de modo objetivo e prático, permitindo que ele visualize fatores que com certeza escaparia da atenção de outros. Como dizem, o diabo mora nos detalhes, então acredite, ele irá vê-los.

PESSOAS EM SITUAÇÃO DE RUA SÃO GENTE

Uma coisa que Quando a luz apaga evidencia é o preconceito que gira em torno dos moradores de rua, a invisibilidade dessas pessoas.

Gustavo Ávila explora como classificamos todos como drogados ou alcoólatras, quando na verdade não sabemos o que de fato levou a maioria a aquilo. Não sejamos hipócritas, o livro mostra a verdade, alguns perderam tudo justamente por sustentar algum vício, mas a verdade, é que como tudo na vida, não podemos generalizar.

A violência da rua e a condição dos abrigos também são bem vívidos ao longo do livro.

TAPA NA CARA

Se você em algum momento desconfiou o que o autor pretendia com a trama e as subtramas, sinta vergonha disso. As amarras são tão bem feitas e as últimas páginas trazem uma mensagem tão forte, que fica difícil processar tudo na hora. A análise que o autor faz, realça que as pessoas vivem uma farsa, alimentando uma fantasia somente para se encaixar.

Ao escolher como leitura ?Quando a luz apaga?, esteja preparado para sair do livro se sentindo em uma versão pessoal mais evoluída e melhorada.
AnaD.Brito 04/04/2024minha estante
Uau quero ler




Allan Tancredo 26/12/2020

Aquele livro que te dá um soco na boca do estômago
Cara, esse é o tipo de leitura que vai te deixar zonzo. Vai te dar vários choques de realidade, além de abordar temas universais e atemporais. Vale muito a pena a leitura.
Se quiser ver tbm, fiz um monte de marcação e coloquei aqui no meu Skoob. Foram poucos os livros que eu fiz isso na vida.
Boa leitura.
Gustavo Pio 27/12/2020minha estante
Massa! Gostei bastante do "Sorriso da hiena" desse mesmo autor, vou procurar ler esse tb. Parece bem interessante


Allan Tancredo 27/12/2020minha estante
Oi amigo! Recomendo. É muito bom. Tem partes mais lentas, mas são importantes pra construção da narrativa. Dos 80% pro fim é impossível largar! ?


Gustavo Pio 27/12/2020minha estante
Entendo! Gosto de livros com uma construção, lerei :)


Allan Tancredo 27/12/2020minha estante
?




LivroAleatorio 04/06/2024

"As pessoas sabem que estou aqui, mas não me enxergam"
Ler "Quando a luz apaga" foi difícil e sofrido, por trazer temas muito indigestos e difíceis de ler. Há muito descaso, muita injustiça, muita vida e esperança morta. Porém , que livrão, tanto de tamanho, quanto de narrativa!

Na trama, temos novamente o detetive Arthur Veiga, um detetive com TEA que está investigando o desaparecimento de pessoas em situação de rua.

O "vilão" desse livro me deu uma revolta muito forte. É uma pessoa muito indigesta, com crimes tão sórdidos que doem de ler.

O livro traz uma crítica social muito forte, fala da vida na rua, das neurodivergências e sobre a vida no teatro.

Quotes:

"Esperança sofre para crescer em terreno castigado pela seca de alegria."

"Enquanto caminhava pelas ruas, um sorriso ia pouco a pouco ganhando forma na expressão do homem, morador de rua havia três anos. Três anos. Engraçado, e triste, como parecia muito mais. Sua pele aparentava mais. Seu cheiro, seu cabelo. A pessoa vai se impregnando das coisas da rua, e, ao contrário do que se pensa, que a pessoa não consegue mais sair dela, é ela que não sai mais da pessoa. É uma simbiose, como se a rua fosse uma coisa viva, um organismo, em que um alimenta o outro, e os dois vão caminhando juntos em direção a lugar nenhum. Engoliu o sorriso, guardando a esperança do lado de dentro da boca. Aprendeu cedo a não ficar exibindo seus momentos de alegria na rua. Alegria no rosto de morador de rua muitas vezes é interpretada como vagabundagem por quem se acha mais merecedor de felicidade."

"É preciso dar uma perspectiva para as pessoas mais pobres, pela educação e pela assistência social. Mas quem está revoltado com a criminalidade não quer seguir esse caminho, sabe por quê? Porque vai demorar muito. A pessoa quer ver quem roubou o celular dela pagando a conta agora. Essa pessoa não quer pensar em fazer alguma coisa para daqui a dez, quinze anos, ter menos roubos de celular... O que interessa é prender o cara que roubou o dele. E a contradição está nisso. Se a pessoa que, teoricamente, quer uma sociedade melhor não consegue escolher o caminho que vai levar a isso porque vai dar algum resultado só depois de anos, como ela pode afirmar que, se ela tivesse a mesma vida do bandido, ela iria escolher o caminho honesto, que também é um caminho que pede paciência e leva mais tempo para colher as conquistas? Entende?"

"Porque é assim: enquanto o tempo passa, e enquanto a gente não conquista o que quer, vai comprando o que nunca pensou querer. Coisas que ocupam espaço, mas não preenchem o vazio."

"a grande magia dos livros é que vez ou outra você lê um trecho e pensa: nossa, isso aqui foi escrito pra mim! Mas aí você se dá conta de que não, aquele livro não foi escrito especialmente para você. E isso te deixa feliz. Porque você entende que outras pessoas também vão achar que aquele livro foi escrito para elas. E nessa hora você se dá conta de que existem outras pessoas como você. E você não se sente mais tão sozinho."

"Uma coisa ele já tinha notado em pouco mais de uma hora na rua, vestido daquele jeito: parecia ter descoberto a magia da invisibilidade. Eram raras as pessoas que olhavam para ele enquanto faziam seu trajeto pela calçada. A vantagem é que, se algum conhecido estivesse andando por ali ou cruzasse com ele em determinado momento, talvez nem o reconhecesse. Principalmente porque, para reconhecer alguém, é preciso olhar para a pessoa."

"? Eu sei. Eu sei. É difícil para algumas pessoas serem o que elas realmente são. Mas? Matias pigarreou?, se eu puder dar um conselho, é para você nunca mais fingir ser quem não é. Não importa o que as pessoas vão achar. Elas sempre vão achar algo. De qualquer maneira elas vão achar alguma coisa. Se você não der um motivo para elas, elas vão criar um. As pessoas são assim. Elas sempre querem alguma coisa para julgar os outros com conceitos inferiores para depois usar a imagem que criaram na cabeça como comparação com elas mesmas."

"Acho que a maior liberdade não é nem assumir ser hétero nem assumir ser gay; a maior liberdade é ser um e não ter medo de ser outro, porque não tem nada de errado em nenhum dos dois."
Mi 05/06/2024minha estante
A resenha me respondeu a pergunta que fiz anteriormente. ??




@jana450 02/07/2020

Gostei bastante
Eu já conhecia o trabalho do Sorriso da Hiena e Pá de cal, já gostava de Artur que nesse se encontra de férias, mas devido a sua resistência a quaisquer mudança acaba entrando no caso de desaparecimento dos moradores de rua.
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Dai Solyom 24/06/2024

Não encontrei sentido
Odeio dar nota baixa para obras brasileiras, mas eu não poderia ser sincera comigo mesma e ser condescendente com a nota.

Eu já havia lido O SORRISO DA HIENA do mesmo autor, e também não havia caído de amores.

Esse livro começou a me irritar ao longo de seu desenvolvimento.

Muito longo (mas eu gosto de calhamaços), muito repetitivo em tudo.

Personagens sem motivação, um investigador praticamente igual ao do livro anterior, um vilão mimado e sem motivação.

Achei muito ruim mesmo, provavelmente não voltarei a ler algo do autor.
AliJu 18/07/2024minha estante
Se é ruim tem que falar mesmo!


Gabi 22/08/2024minha estante
a motivação dos crimes sem explicação nenhuma, que frustrante!




Jess 13/10/2023

Uma obra que nos faz repensar a natureza do ser humano e questionar aspectos de nossas próprias vidas.

Através de uma viagem tortuosa, Gustavo Ávila leva o leitor a refletir sobre tudo aquilo que preferimos ignorar, porque é mais fácil fingir que não vemos. Tudo aquilo que fingimos sentir, para agradar alguém ou para fazer parte de um grupo. Tudo aquilo que mantemos escondido a sete chaves, dos outros e de nós mesmos. Todas as máscaras e mentiras, todas as convenções e pretensas verdades... tudo exposto de forma nua e crua.

Acompanhar o raciocínio de tantos personagens contrastantes nos faz enxergar que nada é tão simples quanto parece ser, e que é possível encontrar sentido até no que parece absurdo se abrirmos mãos de julgamentos pré-estabelecidos.


Recomendo a obra para quem tem estômago forte e mente aberta. Uma leitura que ultrapassa as barreiras do entretenimento e aciona o nosso modo reflexivo com inúmeros questionamentos importantes.



"Todo mundo quer que você seja você do jeito deles. Como se a forma que eles te enxergam fosse a versão certa de quem você deveria ser. A versão melhorada. A verdade é que ninguém vê as pessoas como elas realmente são."

"? Fazer algo há muito tempo não quer dizer que você faz certo. Muitas vezes só significa que tem uma boa experiência em fazer errado."
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Coisas de Mineira 30/08/2020

Quando a Luz Apaga é o segundo livro do autor brasileiro Gustavo Ávila. Desde que li O Sorriso da Hiena há alguns anos estou na expectativa de uma nova obra sua. A escrita do autor é muito agradável (pois escreve o tipo de literatura que mais gosto de ler). Digo isso por ser uma consumidora exagerada do thriller, do policial, da literatura que desafia as regras do certo e o errado. E uma das coisas que Ávila faz com maestria, é colocar seu leitor para pensar.

Em O Sorriso da Hiena, o autor me fez pensar muito enquanto profissional da Psicologia. A analisar a história e a me colocar no lugar do psicólogo envolvido em um caso muito cabeludo. Vou deixar o link para essa resenha no corpo desse texto. Inesperadamente, em Quando a Luz Apaga, Gustavo Ávila mexeu com meu brio enquanto ser humano… Colocou-me para pensar a respeito de situações que a gente acha que não tem que se envolver, ou que não é da nossa conta.

Como sempre, a escrita do Ávila é para nos deixar perplexos, é para incomodar e para simplesmente nos tirar do comodismo. Ele está inserido na nossa realidade, e como autor, pode descrever situações muito pertinentes de terem acontecido em solo brasileiro. Esse é um dos maiores motivos de eu virar fã desse cara, e do seu personagem principal, o detetive Artur Veiga. Como mãe de uma criança no espectro autista, Artur é um dos meus personagens preferidos da literatura. Ele também está no espectro.

“Só a dor deixa as pessoas sinceras. Nem o amor tem tal poder. Porque a alegria disfarça as coisas da vida. A dor escancara a verdade.”

Claramente consegui perceber minha reação perante as duas obras. Enquanto O Sorriso da Hiena me pegou em um ritmo frenético, Quando a Luz Apaga já veio em um ritmo mais lento. Confesso ter estranhado um pouco essa outra forma de escrever esse romance policial que o autor mostrou aqui. Mas, nunca fiquei desinteressada, ou com “preguiça” de pegar o livro para continuar a ler. Só não foi uma leitura “prendendo a respiração” igual aconteceu com seu primeiro livro.

Acredito que de forma mais madura e mais impactante, Ávila nos atinge em cheio com um show de realidade bem cru. Geralmente quando o crime acomete pessoas em situação de rua, ou prostitutas, pouca comoção causa na população. Os crimes muitas das vezes não tem a mesma pressa em serem solucionados. Acontece de às vezes ser melhor nem descobrir quem os comete. E isso é tão vergonhoso e errado de tantas maneiras, que o que senti lendo Quando a Luz Apaga, foi um misto de embaraço com impotência.

E eu acho fantástica essa capacidade de pegar um livro de literatura, e ser bombardeada com um choque de realidade. A vida não para de acontecer porque estamos sentados lendo um livro. Porque estamos no nosso lugar comum. E se não nos atentamos para o que está acontecendo aí fora, tem autor esfregando a realidade na nossa cara, dentro de nossas confortáveis casas.

“(…) quando o silêncio pode ser ouvido a dor parece ser tão profunda.”

Comprei esse livro ainda na pré venda, com a sede de beber das palavras de Ávila. Uma vez que li o autor ainda em sua forma de publicação independente, ansiosa estava por seu livro agora com uma casa importante lá no Grupo Editorial Record. O li em uma Leitura Coletiva com algumas amigas que também consegui “contagiar” com a febre pelas palavras do Gustavo. E fiquei ali… Digerindo. Pensando em como escrever, em como falar sobre o que essa história retrata.

Eu sei que se passaram MUITOS meses entre eu ter terminado esse livro, e eu ter me sentado em frente ao notebook para escrever sobre a história. Eu quero muito que você seja impactado por Quando a Luz Apaga. E estive muito insegura se uma resenha sobre a obra daria conta de mostrar o quanto esse livro é brilhante e importante. O quanto ele abre os nossos olhos. E que também podemos esperar mais e mais do Gustavo Ávila, e do meu queridíssimo Artur Veiga.

Em Quando a Luz Apaga você precisará ter muita atenção. Existem sim muitas personagens. Um monte de história que se cruza. Mas, as conexões acontecem. E o melhor de tudo, as respostas chegam. E os motivos são todos explicados. Eu realmente fiquei impressionada de como o autor trabalhou com o plot final do livro, e me deixou numa crise existencial pós-leitura. Finalizando, eu gostaria de ressaltar que por favor, não abandone a história se sentir um pouco perdido. Se necessário for, faça anotações e cole post it para saber quem é quem. Você vai ser recompensado ao fim dessa leitura.

“(…) a verdade, mesmo quando não é conhecida, existe.”

Enfim, deixe que o título da obra tenha um significado pessoal para você. Veja como o autor consegue conversar com seu íntimo. Seja qual tipo de sentimento que a leitura te cause, clamo para que ela te tire da comodidade, mesmo que seja da comodidade intelectual. Que possamos enxergar o invisível, o indizível, aquele que sofre, mas ninguém se importa com ele.

Gustavo Ávila Nasceu em 1983 e cresceu em São José dos Campos-SP, hoje vivendo na capital de SC. Levou mais de três anos até colocar todos os pontos nos “is” para a publicação de seu primeiro romance, O Sorriso da Hiena. Posteriormente esteve se se dedicando à escrita de seu segundo livro: Quando a Luz Apaga. O autor também tem um conto de publicação independente, Pá de Cal, e que vale muito ser conhecido!

Por: Carol Nery
Site: www.coisasdemineira.com/quando-a-luz-apaga-gustavo-avila-opiniao/
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Marina 30/12/2022

Muito bom!
Gustavo Ávila é, definitivamente, um nome a ser observado. O livro tem plot twist e uma história que me fez de trouxa por um bom tempo. Recomendo ??
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Angelucia.Souza 25/07/2021

Li o livro pela qualidade da escrita do autor, e digo, ele não me decepcionou em nada, livro muito bom.
Thais645 25/07/2021minha estante
Eu já tinha lido "O Sorriso da Hiena", dele também, e fui seca nesse livro, acho que com muitas expectativas. Achei o começo muito moroso e deixei de lado. Mas volta e meia me sinto compelida a lê-lo. Gustavo escreve bem demais, domina a narrativa como poucos.




Daly 21/02/2020

Como não amar o que esse cara escreve???
Gustavo Avilla tem o dom de fazer pipocar inúmeras questões na minha cabeça
E aqui temos um thriller que vai te fazer deixar de lado a procura pelo assasino mas te deixar atento por sobre o que o motiva a cometer seus delitos

Questões morais fervilham a cada pagina e a gente se pega pensando em quantas vezes ja fez coisas parecidas...

Nos mostra o quanto vivemos num mundo doente...numa sociedade podre e que infelizmente fazemos parte dela

"A vida que você quer é apenas o sonho que disseram que voce deveria sonhar"

Leria até a lista de compras dele....
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Luisa 04/10/2020

A melhor leitura do ano
Sem dúvidas foi a melhor leitura do ano, Gustavo Avilá foi a melhor descoberta do meu 2020, quando eu li a primeira vez O sorriso da hiena eu automaticamente fiquei encantada pela construção do personagem Artur, e já imaginei que outros livros com ele seriam incrível, E ENTÃO VEIO ESSE LIVRO ?
O autor é muito descritivo mas a descrição dele é extremamente diferente de tudo que eu lá li, não fica exagerado em nenhum momento, toda a descrição é feita de forma para nos deixarmos mais e mais submersos com a narrativa e conseguir visualizar o cenário do livro ao ponto de parece tátil, é uma escrita de extrema sensibilidade! Posso afirmar com toda certeza que Gustavo Ávila já se tornou um dos meus escritores favoritos!!!
O desenrolar dos fatos é fantástico e a forma como a investigação é resolvida é diferente de todos os thrillers que já li. Se pudesse daria um milhão de estrelas, gratidão por essa leitura ! ?
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Larissa3225 26/12/2022

Início de um sonho...
...Deu tudo errado.

Mais ou menos uns três anos atrás, eu li O Sorriso da Hiena e ele logo virou um favorito. Por esse motivo, fiquei muito curiosa para ler Quando a luz apaga, do mesmo autor, e uma espécie de prequel. Mas, infelizmente, esse livro não teve o mesmo impacto que o anterior.

A premissa dele é muito boa: o detetive Artur está de férias e entediado, sentindo falta de sua rotina de trabalho. Então decide usar seu tempo livre para investigar o desaparecimento de moradores de rua, fato ignorado pela polícia. Além de Artur, acompanhamos também uma série de outros personagens, como moradores de rua, pessoas envolvidas com teatro, outros policiais e, claro, o assassino.

Por conta da grande quantidade de personagens, tive certa dificuldade no início da leitura. Embora fossem interessantes de ler, a princípio não era claro como todas as narrativas se encaixariam umas nas outras. Contudo, ao longo do livro, os pontos vão se conectando e, ao final, percebe-se que tudo foi amarrado.

A escrita do autor é envolvente e o livro flui muito bem até a metade, quando ocorre a revelação de quem é o assassino. E então começa o problema do livro: a personalidade e a motivação do assassino. Além disso, um evento que ocorre lá pelos 70% do livro joga a estória por água abaixo.

Os livros desse autor são menos sobre a investigação em si, e mais sobre os assassinos e os seus motivos. Mas, para isso funcionar, precisa ser interessante. E aqui não é. Os motivos são bobos e infantis. E a justificativa para o ataque aos moradores de rua é aleatória. Não era necessário. O tal plano final do assassino é tão... Bobo. (Um possível spoiler: o assassino me parece apenas um mimadinho).

Outro ponto que parece ser uma constante nos livros do autor é o aspecto filosófico/reflexivo. E foi justamente isso que me fez gostar tanto do outro livro. Mas aqui, esse aspecto é sem pé nem cabeça. Eu até entendi, mas como isso está aliado aos motivos ridículos do assassino, ficou difícil comprar essa reflexão.

Foi um final tão decepcionante, que é fácil deixar de lado os acertos do livro: a investigação é interessante, acompanhar os personagens paralelos também, o livro tem boas reflexões sobre a situação dos moradores de rua. E a parte mais interessante do livro, pelo menos para mim, foi a parte do teatro. As peças são incríveis e trazem reflexões e sensação de desconforto, o que lembra o primeiro livro. O Matias foi um personagem que me deixou super intrigada, mas que, infelizmente, foi pouco aproveitado.

O título da resenha já diz tudo: tinha altas expectativas que não foram alcançadas. Continuo interessada pela escrita do autor e pela série com as investigações do Artur. Mas, numa próxima vez, irei com menos sede ao pote.

(Um último comentário, que pode ser um spoiler. O crítico faz toda aquela reflexão sobre como não pensamos por nós mesmos e queremos coisas que os outros dizem que queremos etc. SENDO QUE: ele diz isso depois do assassino dizer isso. Não sei se a hipocrisia foi intencional ou não. Mas achei tão.... Ruim).
Carol.Macario 31/01/2023minha estante
Acabei de ler e faço das suas, as minhas palavras.




Deza.Farias 24/03/2022

@???????????????????
?????????????????
?????? ? ??? ????? | Gustavo Ávila | p. 476 | 4/5 ?
???????????????????
????????: violência, assassinato, sangue, crueldade+
???????????????????
Tudo começa quando moradores de ruas começam a desaparecer. Claro que para a polícia é um tremendo tanto faz. Mesmo quando moradores de ruas procuram por colegas seus que desapareçam ou pessoas de orgs procuram informações sobre os paradeiros de dessas vitimas, ninguém liga. Por que ligariam? São pessoas que ninguém quer por perto. Sejamos sinceros são as vitimas perfeitas para psicopatas, porque ninguém brigaria por eles.

Porém o nosso querido Artur está entediado com a quebra de sua rotina. Ele está de férias e nada satisfeito. Então decidi investigar por conta própria esses sumiços. E a cada avanço a gente fica supreso com a sutileza e sagacidade desse detetive. Eu adoro as excentricidade e inteligência fora do normal do Artur. Com certeza meu personagem favorito.

Seguindo o padrão de escrita, o autor vai nos dando quebra-cabeça que só se juntam no final. O começo pode parecer confuso, mas depois que pega o ritmo a leitura embala. E os acontecimentos no livro nos prende. O enredo é instigante, os personagens e seu desenvolvimento. Não tem como largar o livro sem saber o final.
Uma das coisas que gosto nos livros do Ávila, é que a graça do livro não é desvendar o assassino, e sim se o detetive vai conseguir desvendar os crimes e como ele chega a tais conclusões.

Uma das coisas que não gostei no livro é que achei um pouco prolixo, acho que dava pra ter dado uma enxugada no texto, teve umas coisas desnecessárias. Mas o que mais amei foi o tema abordado. Como sempre o Ávila no faz enxergar coisas que estão na nossa cara. Infelizmente temos muitas pessoas em situação de vulnerabilidade, e eu nunca tinha parado pra pensar em como essas pessoas podem ser alvos. Ou como é difícil viver na rua, como a rua pode ser violenta. Claro, sempre tive uma idéia, mas o livro abriu meus olhos mais ainda.

Eu indico bastante o livro, principalmente para quem ama aquele thriller de tirar o fôlego e com personagens cativantes.
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Nat 23/11/2020

^^ Pilha de Leitura ^^
O detetive Artur está de volta em Quando a Luz Apaga. De férias e super entediado, começa uma investigação sobre moradores de rua que estão desaparecendo. Quando o caso toma mais notoriedade, ele continua no caso e faz muitas descobertas. É possível saber quem é culpado bem antes do fim, mas a explicação de motivos deixa tudo ainda muito interessante. Também descobri sobre uma doença, a alexitimia (incapacidade de identificar e descrever verbalmente emoções e sentimentos em si mesmo, bem como em outros), que não conhecia e que foi colocada na trama talvez como uma distração. Super recomendo a leitura!

site: https://www.youtube.com/c/PilhadeLeituradaNat
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Fabiana.Paltian 26/12/2020

Tinha gostado bastante de O Sorriso da Hiena, outro livro do autor, mas este foi uma experiência completamente diferente. Quase não existe romance policial e investigação no livro, ele é muito mais um reflexão sobre emoções e sociedade. Gostei da narrativa dos moradores em situação e como suas vivencias foram abordadas, mas o antagonista do livro é sem carisma e de motivação duvidosa. Quando chegava na parte dele eu chegava a revirar os olhos, querendo terminar de uma fez o livro. Em resumo: O livro tem pontos interessantes e reflexões legais, mas não é um livro de investigação policial e poderia ter umas 100 ou 200 páginas a menos .
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