Este Lado do Paraíso

Este Lado do Paraíso F. Scott Fitzgerald




Resenhas - Este Lado do Paraíso


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Wilton 21/09/2014

Mal do Século
O livro não é centrado na ação, mas na época. Contém um certo determinismo: Amory, vivendo no pós guerra, no início do século XX, não poderia ser diferente. Não adiantava lutar, seu destino estava traçado. Seria sempre um indivíduo incoerente, sem crenças e sem futuro.
O autor foi feliz e deu-nos mais que uma história; deu-nos o retrato de uma época.
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Daniel Rolim 10/10/2014

Primeiro livro de Fitzgerald, relata a trajetória de Amory Blaine, de sua infância dourada e cheia de mimos até a chegada da vida adulta e das responsabilidades advindas da maturidade. Através da vida de Amory, enxergamos a própria história americana, da sua multiplicidade de sonhos e ideais, dessa juventude com pouca responsabilidade mas cheia de energia, anteriores à Primeira Guerra Mundial, até a perda dessa euforia, desse paraíso, com a chegada do conservadorismo e da depressão do pós-guerra.
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Fogui 26/04/2015

This Side Of Paradise
Este Lado do Paraíso
F. Scott Fitzgerald
Carlos Eugênio Marcondes de Moura
Abril
2004

Quando leio um livro de F. Scott Fitzgerald sempre me sinto órfã de uma geração e de um período rico e ao mesmo tempo extremamente conturbado. (mesmo que está geração seja dos meus avós)

Os Estados Unidos da América de Fitzgerald apenas engatinhava para ser tornar o centro do mundo, quando foi lançado "Este Lado do Paraíso", mal sabia o autor que antes o país passaria pela maior crise economia de sua História.

O livro conta a estória do jovem Amory Blaine. Garoto rico, bonito, inteligente e arrogante. Um chato e irritantemente encantador. Ele é fruto do que os intelectuais chamam de "geração perdida" americana.

Geração está que estava encantada com o progresso e suas máquinas. Mas ao mesmo tempo inconformada e inquieta com a situação do país e a austeridade dos mais velhos...

Quer ler a resenha completa e muito mais, visite o blog Momentos da Fogui:

site: http://foguiii.blogspot.com.br/2015/04/este-lado-do-paraiso-f-scott-fitzgerald.html
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@freitas.fff 07/09/2016

Scott conhece a si mesmo, mas isso não é tudo...
O livro é apresentado em três tons, que me surpreenderam enquanto lia. Ao inicio tudo parece um enfadonho registro biográfico, que por incrível que pareça, prende o leitor sob a riqueza de detalhes. A vida de Amory Blaine começa a ser narrada de modo comum, ao meio do livro vemos uma narrativa teatral, estruturada e falas das personagens, quando tudo segue em tom "Shakespeariano" e o autor deixa claro isso. Ao final tem-se não só um amadurecimento da escrita, - agora ditada em linguagem poética e filosófica - como também o profundo auto conhecimento do personagem, que em seus fluxos de consciência revela particularidades nossas. Você sentirá profunda intimidade com Amory, e ao mesmo tempo que o detestará, aprenderá com a sua evolução, que existem nele aspectos comuns a todos nós. Romance feito com maestria, e sendo de estreia, se põe muito adiante dos escritores de hoje. Ideias e constatações da época são validas ainda hoje, como se Scott previsse acertadamente o futuro das gerações posteriores. 'Este lado do Paraíso' não é só um retrato extremamente fiel da vida universitária da época, mas também da sociedade e naturezas humanas em geral.

E edição portátil da Cosac Naify surpreende pela qualidade, ainda que com capa flexível e que deve ser manuseada com cuidado, o multi relevo numa única impressão de capa, as paginas amarelas e as linhas de amarração das páginas em laranja, dão uma qualidade especial à esta edição em detrimento das outras editoras. Como sempre, um primor! Que me levou a comprar mais dois títulos da coleção portátil.

site: deicha.net.br
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Lucas Rabêlo 14/01/2022

De personalidade ao personagem
Expoente da Geração Perdida, Fitzgerald, apesar dos louros do cânone literário que mantém, era criticado por extensores do mesmo movimento à época, como Hemingway, que dizia o colega se concentrar apenas nos macetes burgueses e classistas da sociedade. Não é novidade a alusiva bolha que Fitz retratou em todos os escritos, mas quem o lê sabe, o fazia imersivo, de conhecimento, sabia criticá-los ao passo que levantava uma taça para o brinde.

O termo estilístico do autor era responsável em exprimir a rotineira comportamental dos jovens de meados 1910-1930, em especial das consequências do pós Primeira Guerra. Os Estados Unidos mesmo de gaiatos, abarcou intensas resoluções à sua população, já nos estertores de se alçarem grande potência mundial (a Europa era um frágil inimigo em reconstrução). Sucedem a Lei Seca, Lei Mann e a Depressão de 30. Atreladas a elas, proibitivas quanto à indústria do álcool, à prostituição e economia, elementos moldáveis para os cidadãos norte-americanos, àqueles postos como futuro nacional, os acadêmicos, em demasia homens, das prestigiados universidades que incluíram o protagonista, Amory Blaine, alter ego de Fitzgerald, na sua lista de formandos.

Trajando a arte como manto de sua essência, transpôs nela sua existência. Tal qual Amory, o escritor veio de família bem nascida, de pai ausente e mãe herdeira - componentes cruciais de uma educação privilegiada, fez-se narcisista desde o crescimento até à adulteza, dava sua alma como belíssima, intelectual e rica, elenco para sua entrada ao púlpito das classes altas frequentadas. Dentro, a derrocada; ela vem mínima e certeira, quando se envolve com alunos de variados tipos e ideologias, percebe até ali uma formatura de personalidade, um punhado de personas, que o transfiguraram num amontoado de narrativas, afetações, trejeitos, decisões, pensamentos, nunca fieis ou fixos, era alguém em transição de ideais ou apenas, ninguém.

Necessária finda a Guerra para deixar Princeton, desfeita em sonhos e camadas, já não almejava os títulos das grandes ligas acadêmicas, ou a liderança estudantil para lhe premiarem com gracejos de popularidade, é a realidade batendo à porta de um sujeito agora órfão, desiludido amorosamente e economicamente; os poemas idealizados já não têm sentido; pleiteia às causas socialistas. Até o seu final, concretiza a natureza humana nua, num Amory estabelecido agora como um personagem, alguém de feições completas.

Ecos de um passado juvenil ambicionado e desmascarado, como é a função da literatura, é uma estreia corajosa de Fitzgerald. Em suma, nunca será seu auge, atingido anos depois com "Gatsby", mas que para alcançá-lo, necessitou moldar Amory, o pontinho de uma casta vista, sentida, inserida e descartada para demonstrar seu cinismo na América destilada no alcoolismo e em pérolas para disfarce de sua hipocrisia atemporal.

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Morgana 16/03/2018

Por incrível que pareça este foi meu primeiro contato com a escrita de Scott Fitzgerald e também a obra percussora de sua carreira literária. Este trabalho é de cunho autobiográfico (momento que descobri só no final, na nota do autor) com inserções de alguns detalhes pelo menos não divulgados. Não se passa num momento histórico específico, mas concentra-se na década de 1920, nos Estados Unidos, momento que se vivia numa época de muita prosperidade e modernização.

A narrativa é profunda e vibrante, porém rebuscada, mas para mim a leitura não fluía com a normalidade devida, o escritor clássico durante a obra altera muito o modo como contar a história, desde cartas, poemas, peças de teatro... refletindo a imaturidade e a insensatez dos jovens numa época de grandes vislumbres do ideal americano.

O trabalho é voltado para o protagonista Amory Blaine, um jovem com grandes aspirações literárias e muitos sonhos. Acompanhamos desde a sua infância, conhecemos um pouco da sua família (mãe, governanta, um suposto pai) e até entendemos o porquê da suas atitudes e características esnobes.

Confesso que do início para o meio do livro me perguntei qual era a opção sexual do protagonista, muita coisa ficou ambígua e as emoções vividas refletiam principalmente a ser homoafetivo. Estou ficando doida? Alguém aí, também achou?

Na segunda parte da obra, Amory deslancha e se transforma num sonhador, poeta, romântico que encara a vida com um olhar crítico. Acompanhamos seu período universitário, bem como todas as futilidades de festas, namoros, clubes e até conhecemos alguns personagens secundários cheios de si, mimados e donos da verdade como ele.

É difícil se apegar a este personagem tão odiado, e o título da obra nos leva a incompreensão de qual lado do paraíso que se trata, já que o fracasso esteja embutido na própria vida de Amory juntamente com os seus ideais cultivados por pura hipocrisia. Retrato de uma juventude que goza sem culpa os bens materiais por ele gerado. E por que não dizer tão atual?

Da Editora Cosac, edição de bolso. A leitura não é fácil e o gosto pode variar por leitor para leitor, mas vale como experiência de clássico para qualquer um!
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Julia.Margarida 08/07/2020

Este lado do paraíso
Sem dúvida uma Visão romântica e idealista de Amory Blaine.
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umafacasolamina 29/08/2020

"sentiu que estava desfrutando a vida como talvez não viesse a fazer de novo".
meu deus. eu não sei o que eu estava esperando mas com certeza não era isso. primeiro de tudo que escrita perfeita. a história também me prendeu muito, mesmo sendo apenas um apanhado de memórias quase aleatórias do protagonista. gostei muito do amory e do tom(que quase não apareceu, mas que foi importante no meu capítulo preferido, 'inquietude'). fitzgerald eu já te amava por causa de o grande gatsby mas agora te amo mais ainda.
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Zeka.Sixx 11/11/2020

Uma estreia para a História
O livro de estreia de Fitzgerald foi aquele que o transformou em celebridade. Lançado há exatos cem anos, "Este Lado do Paraíso" foi recebido com entusiasmo pela crítica e um sucesso absoluto de vendas, vendendo 3 mil exemplares em 3 dias. Reza a lenda que Scott, já em sua fase decadente, certa vez teria dito que "deveria ter morrido logo após a publicação de Este Lado do Paraíso" (vale lembrar que "O Grande Gatsby", hoje tido como a obra-prima de Fitzgerald, teve uma recepção morna à época de seu lançamento, somente vindo a ser reconhecido como o grande livro que é muitos anos depois).

O romance, dividido em duas partes, conta a história de Amory Blaine, um jovem bonito e inteligente, mas também narcisista e egocêntrico. A primeira parte conta a trajetória de Amory até os seus anos na prestigiada universidade de Princeton, onde ele se desilude. A segunda parte narra os passos de Amory - em especial, suas decepções amorosas - após sua saída da universidade e após ter servido como soldado na I Guerra Mundial.

Como outras obras de Fitzgerald, o grande barato do livro é o quanto ele é surpreendentemente atemporal. Mesmo tendo sido lançado há cem anos, existem diversas passagens com as quais o leitor pode se identificar. Para mim, que, logo no primeiro ano da faculdade de Direito, me desiludi completamente e passei os quatro anos subsequentes jogando sinuca e empurrando com a barriga, rolou muita identificação.

É um livro sobre ser jovem, sobre se sentir pertencendo a uma geração que ainda não encontrou o seu papel, que apenas sabe que não quer o que está estabelecido, embora não saiba, de fato, o que efetivamente quer. Fantástico.

"Como num sonho infindável, aquilo continuava, o espírito do passado meditando sobre uma nova geração, a juventude eleita de um mundo perturbado e impuro, ainda romanticamente alimentando-se dos erros e dos sonhos já quase esquecidos de estadistas e poetas mortos. Ali estava uma nova geração gritando os velhos brados, aprendendo as velhas crenças através dos devaneios de longos dias e noites - uma geração destinada, finalmente, a meter-se naquele sujo e cinzento torvelinho, impelida por amor e por orgulho; uma nova geração dedicada, mais do que a anterior, ao medo da pobreza e ao culto do êxito; uma geração criada para encontrar todos os deuses mortos, todas as guerras terminadas, toda a fé no homem abalada..."
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Gustavo.Guedes 23/02/2021

Juventude
Este Lado do Paraíso, é basicamente, para mim, um resumo do que é ser jovem. Acomapanhamos Amory desde a sua infância e vemos o quão mimado e bem educado ele sempre foi; vemos todas as suas paixões e decepções amorosas, que vão aumentando de intensidade uma de cada vez; e apesar de ser uma pessoa de personalidade tão forte, dele mesmo não se achar uma pessoa boa, de não ser sentimental, temos empatia por todos os acontecimentos que fazem mal a ele.

Simplesmente um romance sensacional, me deu vontade de cursar a faculdade, fez com que eu me sentisse num ambiente pré e pós 1ª Guerra e me deu vontade de ler todos escritores que foram citados.
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Michele.GaviAo 27/02/2021

Um livro confuso como a vida, uma jornada em busca de saber quem você é e em busca do amor.
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Juliano.Ramos 07/03/2021

Toda vez que eu pensar num livro ruim, vou lembrar deste "Este lado do paraíso", que negócio chato, o personagem, amory totalmente sem personalidade, capítulos bobos, agora entendi pq a Amazon deu o ebook de graça. Nota -9?.
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Juliana (Ju/Jubs) 17/04/2021

"[...] estou farto de tentar me adaptar ao esnobismo local deste canto do mundo. Quero ir para um lugar onde as pessoas não sejam barradas por causa da cor de suas gravatas ou do corte de seus paletós."

Esse livro me deixou numa corda bamba, ao mesmo tempo que é chato em muitos momentos, confuso em alguns outros e muito machista, apesar de fazer parte da época (1920). É um livro que reflete muito bem a juventude da época e de hoje em dia, a vontade de aproveitar ao máximo, de ser o melhor, mas ao mesmo tempo querer se divertir, a crítica a gerações anteriores, a melancolia ao pensar no futuro, o "amor eterno" que logo não é eterno, a vontade de mudar o mundo. Muita, mas muita coisa mesmo não mudou tanto assim. O que será que as próximas gerações vão críticar da nossa? (Fitzgerald escreveu esse livro com 24 anos, eu tenho 22).
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