NTHV 20/08/2024
"Ó Romeu, Romeu! Por que és tu Romeu?"
No momento em que recebi a notícia do lançamento dessa edição pela CLC, eu entrei em puro êxtase. Aguardei ansiosamente pela edição do tão consagrado livro "Romeu e Julieta", um clássico indispensável que também é o meu livro preferido. A edição é simplesmente primordial, e a leitura é de fácil entendimento. Então, vamos à resenha da história, sim?
"Romeu e Julieta" me encanta, não pela história, mas sim pelos versos completamente românticos. O romantismo de Shakespeare é único e profundo, belo e poético, fazendo nascer em nós uma centelha de felicidade e até uma pequena inveja por não ser possível receber declarações tão belas sob uma sacada na bela Verona. Todas ansiamos por um Romeu. Acompanhamos a jornada de uma paixão juvenil extremamente problemática. Sempre celebrado como um exemplo de amor verdadeiro e incondicional, podemos notar em sua história que, na verdade, não é isso. Notamos que o amor de Romeu e Julieta é um amor impulsivo e idealizado, um amor de adolescência.
Desde o primeiro encontro de Romeu e Julieta, os leitores ficam imersos em um turbilhão de emoções que captam a essência do amor adolescente: intenso, impulsivo e, muitas vezes, irracional. Os dois se apaixonam à primeira vista, traço comum entre os jovens que ainda exploram as profundezas e nuances do amor. Este sentimento avassalador é retratado poeticamente, mas também com um sentido de urgência e precipitação que provam que o amor de Romeu e Julieta é, sem dúvida, juvenil. Eles se conheceram, se apaixonaram e se casaram em poucos dias, sem pensar nas consequências de seus atos. Esse tipo de comportamento impulsivo é típico da adolescência, fase da vida em que a emoção muitas vezes domina a racionalidade, e as decisões são tomadas por impulso. A adolescência dos protagonistas é caracterizada pela inexperiência e por uma visão idealizada do amor, o que os leva a ignorar os perigos que os cercam e a focar apenas no desejo de ficarem juntos.
O fim trágico do casal é um lembrete cruel de que o amor, embora intenso, se baseia na emoção pura e não na reflexão madura. Os suicídios de dois jovens que acreditavam que não conseguiriam sobreviver um sem o outro foram o resultado final de uma série de ações precipitadas, motivadas por ideais românticos inconsistentes com a realidade.
Levo "Romeu e Julieta" sempre em meu coração. Seu toque romântico e seus versos, tão repletos de paixão e amor puro, sempre me dão uma sensação de felicidade. Adoro a ideia de que, em algum momento, existiu alguém com pensamentos e falas tão românticas quanto as de Romeu para Julieta e de Julieta para Romeu. A quem ler este escrito, recomendo levar este romantismo como um ensinamento para si. É algo sempre bem-vindo e que trará consigo uma era de ouro, a antiga era dos românticos.