As You Like It

As You Like It William Shakespeare




Resenhas - As You Like It


10 encontrados | exibindo 1 a 10


everlod 14/11/2024

Como voces gostam, vocês quem?
O universo de Shakespeare raramente decepciona. Pode agradar ou não, mas sempre deuxa um retrogosto nos cérebros daqueles que se aventuram. Ler no orginal tem a recompensa da musicalidade, dos trocadilhos, do prazer de assistir o Mestre da linguagem dramática. Personagens que absorvemos para o nosso mundo real, vivenfo situações que nos parecem tão reais e tão próximas. Seríamos nós que somos abduzidos para o universo deles ou inverso?
Nesta peça, o final feliz e os temas simplórios aparentes, nos permitem gozar toda a riqueza dos diálogos, sem tensão, sem luta entre bem e mal, sem necesdidade de assumir um lado no julgamento dos personagens
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theonewithjulia 27/01/2024

.
Eu não tanto esse malucoKKKKKKKKKKK
Shakespeare você é muito engraçado, RIP amor, você seria o melhor comediante stand up dessa geração ??
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Dafne.Allane 01/02/2023

O Mundo Inteiro é um Palco
"O mundo inteiro é um palco, e todos os homens e mulheres, apenas atores. Eles saem de cena e entram em cena, e cada homem a seu tempo representa muitos papéis".

Uma das minhas comédias favoritas do Bardo ?
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Emmy 27/01/2023

Cade o teste do buzzfeed pra descobrir quem vc é nessa peça?
Quem é vc na floresta de Arden:

Roselind: explorando o lado drag king
Orlando: pregando poemas de amor nas arvores
Oliver: indo matar seu irmão
Celia: amiga vai com as outras

Divertidinha, muita piada de pinto e sexo que só entendi graças às notas de tradução, e tem minha frase favorita do shakespeare até agora:

"All the world's a stage, And all the men and women merely players; They have their exits and their entrances, And one man in his time plays many parts"
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Jonathan Vicente 03/01/2023

Não é lá essas coisas mas é interessante.
Segundo livro de 2023, finalizado. Incrivelmente esse foi bem fraco, embora uma peça madura não me surpreendeu muito.

Comparado com as outras obras do autor, essa é bem madura e mágica.
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Fabio Shiva 27/12/2022

Um homem fingindo ser uma mulher que finge ser um homem… fingindo ser uma mulher!
Comecei minhas leituras de 2022 esplendidamente, com “SHAKESPEARE DE A a Z – LIVRO DAS CITAÇÕES” (https://comunidaderesenhasliterarias.blogspot.com/2022/01/as-mil-almas-de-william-shakespeare.html), que reacendeu minha paixão por Shakespeare. Fiz então o voto de ler mais obras do Bardo ao longo do ano, o que cumpri ao reler “Ricardo III” (https://comunidaderesenhasliterarias.blogspot.com/2022/03/a-tragedia-do-rei-ricardo-iii-nao.html), uma de minhas peças favoritas dele. E agora, no final do ano, encerro com muita alegria com uma peça que leio pela primeira vez: “As You Like It”, que em português ganhou o título de “Como Gostais”.

Toda vez que leio uma comédia de Shakespeare, fica evidente como esse gênero literário é bem mais suscetível ao passar do tempo que a tragédia… Os motivos para chorar parecem ser sempre os mesmos, mas os motivos para rir é que mudam de acordo com a moda. Enquanto tragédias como “Macbeth” ou “Ricardo III” continuam nos arrebatando com seu irresistível poder de catarse, nas comédias de Shakespeare o interesse é mais histórico que cômico propriamente. No caso mesmo de “Como Gostais”, as piadas dessa peça foram escritas há mais de 420 anos!

Ainda assim, imagino que a situação central da história continue saborosa, no melhor estilo da “comédia de erros”: Rosalind precisa fugir às pressas da cidade, por conta de uma perseguição política. Para ludibriar seus perseguidores, ela se disfarça como um jovem mancebo. Contudo ao chegar na floresta onde o duque seu pai também está exilado, Rosalind encontra Orlando, o moço por quem se apaixonou à primeira vista, ainda na cidade. Orlando está também perdidamente apaixonado por Rosalind, mas não a reconhece sob o disfarce masculino. E então, através de um desses deliciosos artifícios de Shakespeare, o pseudo-rapaz propõe a Orlando fingir ser Rosalind, para que ele vá treinando seu palavreado de forma a conseguir conquistar sua amada, quando a encontrar. Ou seja, a trama gira em torno de uma moça que finge ser um rapaz que finge ser a moça que é ela mesma!

Essa comédia deve ter tido um sabor ainda mais rico para as plateias originais do século XVII, graças a um detalhe curioso: na época de Shakespeare, as mulheres eram proibidas de atuar no teatro. Assim, todos os papeis femininos eram interpretados por homens (o que era do conhecimento de todos). Imagino que mestre Shakespeare tenha aqui feito uma brincadeira metalinguística, bem evidente para o público de sua época, mas que hoje passa quase despercebida.

Dito isso a respeito da história em si, cabe dizer que continuamos lendo e reverenciando Shakespeare até hoje não por conta das histórias que ele conta, mas sim pelo modo inigualável que ele tem de contar uma história. Separei alguns trechos que mais me evocaram esse “jeito Shakespeare”, que entendo como sendo uma forma intensamente poética de descrever situações e sentimentos, começando por esse verso que talvez tenha inspirado a célebre “Autopsicografia” de Fernando Pessoa:

“The truest poetry is the most feigning.”
[“A poesia mais verdadeira é a mais fingida.”]

São frases tão inspiradas que adquirem a força de provérbios, tais como:

“Beauty provoketh thieves sooner than gold.”
[“A beleza provoca os ladrões antes do que o ouro.”]

“Who ever lov’d, that lov’d not at first sight?”
[“Quem já amou, que não amou à primeira vista?”]

“The fool doth think he is wise, but the wise man knows himself to be a fool.”
[“O tolo pensa que é sábio, mas o sábio sabe que é um tolo.”]

Mas penso que sua força maior vem de expressarem de forma muito vívida e abrangente determinadas situações ou mesmo a personalidade de um personagem, que por conta de falas tão expressivas ganha vida própria e começa a respirar diante dos olhos do leitor:

“Only in the world I fill up a place, which may be better supplied, when I have made it empty.”
[“Somente no mundo eu preencho um lugar, que pode ser mais bem suprido, quando eu o tiver esvaziado.”]

“The Duke is humorous, what he is indeed
More suits you to conceive, than I to speak of.”
[“O Duque é bem-humorado, o que ele é de fato
Mais combina com você conceber do que comigo falar.”]

“Know you not master, to some kind of men,
Their graces serve them but as enemies,
No more do yours: your virtues gentle master,
Are sanctified and holy traitors to you;
Oh what a world is this, when what is comely
Envenoms him that bears it?”
[“Não sabes, mestre, que para alguns tipos de homem,
Suas graças os servem, mas como inimigos,
Não mais que as tuas: tuas virtudes, gentil mestre,
São traidoras santificadas e sagradas para ti;
Oh, que mundo é este, quando o que é gracioso
Envenena aquele que o carrega?”]

“O Lord, Lord, it is a hard matter for friends to meet: but mountains may be remov’d with earthquakes, and so encounter.”
[“Ó Senhor, Senhor, é difícil encontrar amigos: mas montanhas podem ser removidas com terremotos e assim se encontrar.”]

“I will chide no breather in the world but myself against whom I know most faults.”
[“Não vou repreender ninguém no mundo, exceto a mim mesmo, de quem conheço mais falhas.”]

“I pray you do not fall in love with me,
For I am falser than vows made in wine.”
[“Eu rezo para que você não se apaixone por mim,
Pois sou mais falsa do que votos feitos no vinho.”]

“I kill thee, make thee away, translate thy life into death, thy liberty into bondage; I will deal in poison with thee, or in bastinado, or in steel; I will bandy with thee in faction, I will o’er-run thee with policy; I will kill thee a hundred and fifty ways, therefore tremble and depart.”
[“Eu te mato, te afasto, traduzo tua vida em morte, tua liberdade em escravidão; Eu tratarei com veneno contigo, ou com bastonada, ou com aço; Vou lutar contigo em facção, vou te dominar com política; Vou te matar de cento e cinquenta maneiras, portanto, trema e vá embora.”]

“O how bitter a thing it is, to look into hapiness through another man’s eyes.”
[“Oh, quão amargo é olhar para a felicidade através dos olhos de outro homem.”]

Encontrei uma encenação bem fiel de “As You Like It”, realizada pelo
Departamento de Artes Visuais e Dramáticas da Rice University:
https://youtu.be/Y1frdtY2OCs

E viva Shakespeare!

https://comunidaderesenhasliterarias.blogspot.com/2022/12/um-homem-fingindo-ser-uma-mulher-que.html



site: https://www.instagram.com/prosaepoesiadefabioshiva/
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Milla 04/01/2021

O plot do livro tem alguns elementos usado em outros livros do Shakespeare [dos quais eu não sei se foram lançados antes ou depois desse livro], como Sonho de uma noite de verão, a comédia dos erros, a tempestade...
Apesar do duque estar exilado numa floresta, a história não gira em torno de drama, cenas fortes ou qualquer outra intensidade que existe no livro "a tempestade"
Rosalinda e Celia [filha e sobrinha do duque exilado] resolvem ir para a floresta de Arden depois de uma discussão com o irmão do duque, Frederick. Mas não é só elas que vão para a floresta, o bobo da corte vai junto.
Rosalinda e Celia não encontram o duque com facilidade após chegar na floresta disfarçadas de outras pessoas.
A história introduz personagens como pastores, rústicos...
Orlando, personagem apaixonado por Rosalinda, vai para a floresta atrás de Rosalinda. E então a história do livro gira em torno de romances, personagens cômicos, diálogos engraçados, o romance de uma camponesa com o bobo...
É um livro bem light. Não é aquele livro que vai te arrancar risadas igual "sonho de uma noite de verão", mas é uma história que prende sua atenção o suficiente pra seguir a leitura e dar umas risadinhas enquanto tenta prever o que vai acontecer no final, mas sem muitas expectativas, já que a história é, de certa forma, simples.
Eu gostei do livro.
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CarsMatheus 28/06/2020

Lit
Shakespeare escreveu uns personagens muito bons, né?
Os diálogos carregam uma profundidade tão envolvente.
Embora a história não tenha sido uma das minhas favoritas, os encontros e diálogos são sensacionais, all the world?s a stage? é memoravel!
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ricardo marçal 23/05/2020

"Men have died from time to time, and worms have eaten them, but not for love."
Rosalind (IV.i.81-92)

"Rosalind's triumph is impersonal and overwhelming, and remains the best medicine for all lovesick males. (...) (she) deflates subtly and definitively the male refusal to grow up."
Harold Bloom, "Shakespeare - The invention of the human", c. 14
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