Sabrina.Costa 26/04/2020
"Auto da Barca do Inferno"
Auto da Barca do Inferno foi uma peça escrita pelo dramaturgo e poeta Gil Vicente em 1517, representa a passagem da Idade Média e idade moderna (renascentismo). de acordo com o autor,a obra é um “auto de moralidade”. A obra é considerada uma das maiores obras do teatro vicentino (teatro de Gil Vicente).É um grande clássico da literatura portuguesa.Pelo destino das almas de alguns personagens, a obra satiriza o juízo final do catolicismo, além da sociedade portuguesa do século XVI.
O livro retrata sobre a morte, quando alguém morre eles vão para um porto onde se encontram duas barcas esperando para levar as pessoas que vieram.um barca comandada pelos anjos, vai em direção ao céu, e a outra comandada pelo Diabo e seu companheiro, com direção ao inferno. Cada personagem traz, nas roupas ou nas mãos objetos que representavam os pecados que cometeram em vida, ao fim do qual cada um terá de enfrentar seu destino.As personagens são figuras alegóricas que representam um modelo e comportamento de determinado setor da sociedade época. A maioria dos personagens vão para a barca do inferno. Durante suas vidas foram trapaceiros, avarentos, interesseiros e cometeram muitos pecados. Já para o outro lado, quem seguia os preceitos de Deus e viveu de maneira simples vai para a barca de Deus. Por exemplo, o fidalgo (nobres ociosos), Onzeiro (pecado da usura), Parvo (rude e ignorante), Sapateiro (enganador), o Frade (falso) e sua amante Brísida Vaz (manipulador do poder para seu próprio benefício) e enforcado, todos eles foram condenados ao inferno. Os outros cavalheiros das cruzadas, levando ao céu por defenderem a fé e morreram por Cristo. Os judeus não foram levados nem ao céu e nem ao inferno.
Por meio dos personagens A obra critica cada parte de uma sociedade, deixando claro que não é porque você é rico, ou padre, ou morreu por seus pecados que você é digno para viver no Paraíso. Pois na hora do julgamento os seus pecados são levando em conta e tem que pagar por todos eles. O autor lhe proporciona um auto analise. A obra tem valor educativo muito forte. A sátira vicentina serve para nos mostrar, que havia um mundo melhor, em que todos eram melhores. Mas é um mundo perdido.