Fabio Pedreira 21/11/2019Uma pintura de contoPara o Barão Smith Graham todas as pinturas são iguais, ele mesmo deixa claro que não é nenhum especialista em arte. Mas certa vez, ao visitar um amigo, ele não para de escutar sobre um retrato que fizeram e sobre sua perfeição, decidindo assim encomendar seu proprio retrato.
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É assim que Graham acaba conhecendo Liam von Dunne, o artista tão recomendado. Dunne é um sujeito meio excêntrico, com um cabelo espetado, cachimbo na boca e que não permite que ninguém veja sua obra até que ela esteja finalizada.
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Isso obviamente atiça a curiosidade e a impaciência de Graham, que não é lá um homem que gosta muito de esperar e começa a desconfiar da competência de Dunne. Mas já ouviu falar do ditado "A curiosidade matou o gato"? Pois bem, tem coisas que seriam melhores deixadas de lado, mas que só vemos o estrago depois que a vaca foi pro brejo.
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O Último Pintor Renascentista é mais um conto do autor Márcio Pacheco. Ele foi escrito para um concurso da Wish. Infelizmente o conto não foi um dos selecionados, mas isso não quer dizer que tenha sido por falta de qualidade.
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Afinal o conto é muito bom. Apesar de curto ele consegue atiçar a curiosidade do leitor, e eu duvido muito que você vá descobrir o plot twist antes de chegar no fim.
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A ideia é muito boa e poderia ter sido um conto maior se na época em que foi escrito ele não tivesse que ter um limite de caracteres. Tanto que o Márcio deixa aberta a possibilidade de no futuro aumentar essa história.
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Sinceramente, potencial para virar algo maior ela tem, porque como conto essa história entrega muito bem o seu propósito (O de aterrorizar, obviamente). Me perdoem a piada ruim, mas é uma pintura de conto. Recomendado.