ProPaixao 05/09/2010
Psicopatia e a incapacidade de amar
Drª Martha em seu livro, cuja linguagem é bem simples explica que reconhecer um sociopata na sociedade não é tarefa fácil, pois nem todos são seriais killer’s, sendo assim a maioria nem está presa e sim solta nas ruas, em torno de 4% da sociedade.
Porém, não podemos generalizar que todas as pessoas manipuladoras e mentirosas são sociopatas, há uma linha tênue entre o mau caráter com consciência e o mau caráter de quem tem o Transtorno da Personalidade Antissocial (psicopata).
Manipulação, insinceridade, irritabilidade, agressividade falta de remorso e consciência sentimental de seus atos são as premissas que configuram uma mente sociopática.
Não são nada altruístas e geralmente são carismáticos, exoticamente sexy’s e atraentes de algum modo, seja pela pseudo eloqüência ou pelo modo de agir, olhar e sorrir. Não gostam de trabalho, vivem entediados procurando alguém para parasitar e drenar “vida” das pessoas, parasitam em torno dos sentimentos alheios para lucrar algo. O lucro envolve uma trama de mentiras e intrigas em lugares onde ele percebe que pode ver o “circo pegar fogo”. Tudo é como um jogo de xadrez, não importa se o objetivo é uma moeda ou um carro a lucrar, o que importa é vencer o jogo. São capazes de virar dias e noites a fio arquitetando situações para chegar ao êxito.
Destituídos de qualquer sentimento de afeto, são frios e calculistas, capazes até de pisar em seus próprios entes.
A autora esclarece que não existe cura para a sociopatia, uma parte dessa característica é herdada pela carga genética que o indivíduo já possui inato, sendo uma alteração no lobo frontal e outra é rechaçada pelo meio social em que vive.
Percebe-se que na Ásia os índices de sociopatia são praticamente nulos devido à filosofia de vida e religiosa que a sociedade leva - budismo, hinduísmo entre outras religiões altruístas, mostrando que o meio externo pode controlar mentes sociopáticas quando a sociedade adota como paradigma tais filosofias. Mas na América os índices aumentam a cada ano devido ao estímulo ao individualismo exacerbado onde a lei de “Gerson”, “time is Money” é respaldada desde cedo nos jovens.
Aprendemos que sábio é ter consciência, ela é o refinamento do que chamamos de a voz da alma.
Só os que têm consciência e senso moral são capazes de amar, ser altruísta, ajudar sempre o próximo, sentir simpatia e empatia pelo outro e assim fazendo o que é bom, sentimos que estamos conscientemente corretos.
Assim sendo, não foi à toa que Jesus falou amai o próximo como a ti mesmo. Ele já sabia que se agíssemos assim, sentiríamos melhores e mais felizes do que aquele a quem o ajudamos.
Essa é a lei de que é dando que se recebe, é perdoando que se é perdoado, é amando que se é amado, como a autora cita como “regra de ouro”, no qual essa tônica existe em quase todas religiões. Esse é o verdadeiro caminho da felicidade.
Um sociopata jamais vai entender isso, ele é um fracassado, um infeliz eternamente e lamentavelmente um doente.