Warbreaker

Warbreaker Brandon Sanderson




Resenhas - Warbreaker


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Queria Estar Lendo 06/06/2022

Resenha: Warbreaker
Mais um dia, mais um favorito escrito pelo Brandon Sanderson. Esse homem simplesmente não cansa de escrever as melhores ficções fantásticas da atualidade, e eu tô aqui pra exaltar isso. A resenha de hoje é de um livro solo (que pode virar série futuramente) chamado Warbreaker.

Neste universo, uma grande guerra no passado terminou com a divisão de territórios. Daí nasceu uma grande nação governada por deuses, chamada Hallandren. E um reino afastado que desgostava das práticas consideradas "hereges" - Idris.

Um acordo foi selado entre esses reinos para evitar futuros conflitos, e a mão da princesa de Idris foi prometida ao Deus Rei de Hallandren. União que, de acordo com o contrato, deve acontecer em breve. Acontece que o governante de Idris não gosta da ideia de mandar Vivenna, sua filha mais querida e dedicada, para cumprir esse acordo. E envia Siri, a filha mais nova, a rebelde apaixonada pela liberdade e pela falta de responsabilidades.

A partir dessa decisão, tudo começa a desmoronar. Siri passa a viver um casamento para o qual nunca esteve preparada. Mas para o qual é teimosa e curiosa o suficiente para investigar a fundo esse acordo. Vivenna, abalada com a partida da irmã e sua falta de cumprimento de responsabilidades, resolve "salvar" Siri do terrível Deus Rei. E viaja para Hallandren para cumprir essa nova missão.

E uma rebelião parece estar nascendo nas ruas da cidade, a fim de iniciar a tão temida guerra entre esses dois reinos em paz.

Warbreaker é uma surpresa em todos os aspectos, acho que essa é a melhor maneira de definir esse livro. Quando comecei, eu não sabia o que esperar. Com o desenvolvimento, as surpresas vinham em cargas ainda maiores. E o final é um espetáculo de reviravoltas e coisas que tinham sido reveladas lá no começo ganhando importância gigantesca.

Em resumo, é outro favorito meu escrito pelo Brandon Sanderson.

"Quando você é jogada no covil de uma fera, não deve provocar até deixá-la com raiva."

Warbreaker é bastante diferente dos títulos dele que li até agora, tanto em ambientação quanto em ritmo e narrativa. Por isso é tão interessante! A melhor coisa de amar um autor que segue surpreendendo a gente é o quão versátil ele é. E o quanto isso aparece nas suas histórias.

Aqui, o protagonismo fica por conta das princesas. Siri e Vivenna, de um deus pra lá de entediado com sua vida e responsabilidades divinas, chamado Lightsong, e com ocasionais pontos de vista de outro personagem surpresa para a história.

O ritmo de Warbreaker é o de preparativos para uma guerra, e a expectativa, na verdade, é que ela nunca chegue. Porque Idris e Hallandren guerrearem significa fim para tudo que foi construído em todos aqueles anos de paz. Fim para a estabilidade, e para as diferenças entre as nações.

A tensão que permeia a trama e os personagens é ótima, e leva o tempo que precisa. Estabelece alianças, revela traições. Mostra muito do mundo através dos olhos de duas forasteiras e de alguém que não tem memória desse mundo, mas que não quer fazer tanto por ele assim.

Começando pelos deuses, Lightsong, um dos protagonistas, é um entre muitos do panteão divino de Hallandren. Essa é uma cidade governada por divindades, como eu já disse, conhecidos como os Retornados. Foram pessoas que morreram de maneira heroica e, através de um Sopro, ganharam a chance de voltar nas formas divinas.

"Porque, sem cor, não haveria nenhum Despertador."

O sistema de magia em Warbreaker foi o que mais me deixou fritando das ideias, porque é único, criativo e bizarro. Depende de cores e comandos, extraindo Sopros de pessoas a fim de tornar outras mais poderosas. Existe um modo de Acordar objetos inanimados para que sirvam a pessoa que os Soprou. E existe até mesmo uma maneira de invocar um exército de mortos-vivos para servi-lo.

É complexo, interessante e permeia toda a história, porque a move. Tudo depende do sistema de magia, tudo acontece por causa dele. Tudo se resolve e se complica com ele.

A ambientação também é excelente, e diferente de muito que eu já vi na fantasia. Tem palmeiras nesse livro! Um mundo tropical! Praias! Personagens usando roupas leves porque está muito calor o tempo todo!

Enquanto estamos com Lightsong, conhecemos essa corte de deuses. Entendemos mais sobre a política de Hallandren, o terror da possível guerra, e o quanto ela afeta as divindades a ponto de algumas delas começarem a mover seus peões. E aí temos as princesas estrangeiras.

Siri é pura rebeldia e curiosidade, e Vivenna é de uma cautela que beira a paranoia. Eu gostei demais das duas irmãs, de como elas são opostas, mas se importam uma com a outra a tanta distância e desconhecimento de seus paradeiros. Siri está sobrevivendo na corte com mordomias e segredos; Vivenna está sobrevivendo numa cidade estranha que, até então, considerava terrível e herege.

Aos poucos, as duas entendem as limitações de suas visões e passam a conviver e até mesmo admirar um mundo diferente dos seus. À sua maneira, no seu tempo, de acordo com suas personalidades.

A jornada da Vivenna foi minha favorita, tanto pelo crescimento nítido da personagem quanto pela fragilidade que ela exalava. Ela é simplesmente o caos! Vai da filha perfeita e religiosa, quase uma freira, para literalmente uma mulher de saco cheio da vida.

E não houve nenhum momento deus ex machina, nenhuma transformação em mary sue. Do começo ao fim, Vivenna é meio que uma donzela em perigo ciente disso e disposta a ajudar onde puder para virar esse perigo a seu favor. É complacente, gentil e tem um coração de ouro.

Siri, e seu casamento misterioso com o Deus Rei, aprende muito sobre jogos políticos envolvendo fé e religião. Sua vivência na corte dos deuses a ajuda a se familiarizar com esse território, e muito da história passa a depender das suas decisões.

Lightsong, ah. Eu amo um personagem debochado, vocês sabem. E ele é o puro suco do sarcasmo. Mas tem lá seu coração grandioso que esconde atrás do humor & piadas, e que vai se revelando aos poucos com o desenrolar da história.

"Você evita pensar, você me evita, você evita fazer esforço... tem alguma coisa que você não evita?"
"O café da manhã."

Eu queria muito puxar um parágrafo para elogiar a virada que o Brandon Sanderson deu ali pra metade. Eu nunca vi chegando, apesar de todos os sinais apontarem para isso. Quebrou meu coração, moeu num liquidificador e jogou pela janela. Foi ótimo!

Falar mais sobre Warbreaker é estragar a imersão que as reviravoltas e tramas desse livro propõe. Mas ele é completinho, com um final redondo e um gancho para uma sequência que não atrapalha quem quer ficar só com esse solo. Tudo que se apresenta na história, se resolve. Todos os personagens importam, até mesmo aqueles que permanecem numa bainha a maior parte do tempo.

Sim, estou falando da Nightblood. A melhor espada falante sanguinária da literatura.

Warbreaker infelizmente nunca foi lançado no Brasil, então fica a torcida para acontecer eventualmente, com a chegada de The Stormlight Archive por aqui pela Editora Trama.

Se você procura uma aventura com muita política, discussões sobre fé e fanatismo. Sobre coragem e honra, e de quebra ainda ficar de queixo caído com um sistema de magia pra lá de criativo, Warbreaker é a escolha perfeita.

site: https://www.queriaestarlendo.com.br/2022/06/resenha-warbreaker-brandon-sanderson.html
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Fernanda Bard Chagas 27/04/2022

A riqueza de cores e magia que encanta qualquer leitor
Eu já cansei de exaltar a grande capacidade criativa do Brandon Sanderson nesses meus resumos do Skoob, mas sendo esse o terceiro livro em um mundo diferente que eu leio dele, não tem como não ficar abismada com o sistema de magia único e bastante denso criado mais uma vez pelo autor.
A magia no mundo Nalthis é baseado basicamente em cores e "suspiros" ( colors e breaths), conhecido como BioChromatic Breath, onde um Awakener pode dar vida a objetos e fazê-los atender complexas realizações através de comandos de voz em um troca de breaths e cores. Existem ainda níveis que uma pessoa pode alcançar conforme a quantidade de breaths que ela pode acumular.
A história política, no entanto, gira em torno de dois reinos que se contrapõem em religião e no uso dessas ferramentas mágicas, Hallendren e Idris, a primeira sendo o reino que detém mais força política e bélica, repleta de deuses reais que vivem em palácios no centro da cidade de T'Telir. O povo de Hallendren acredita fielmente que os Returned ( retornados, numa tradução grotesca), são deuses, pessoas que morrem e voltam a vida com algum propósito profético através da magia do BioChromatic Breath, já Idris vê essa religião como uma profanação, buscando ao máximo se distanciar do reino vizinho, vivendo com o mínimo de cores e magia possível. No entanto, para manter a paz, Idris se vê obrigada a enviar uma princesa para casar com o terrível Deus Rei de Hallendren, e permitir que ela carregue um filho do seu monstruoso inimigo.
Assim, começa a narrativa desse livro, acompanhando Siri, a princesa rebelde que é enviada no lugar de sua irmã, Vivenna, para casa-se com o Deus Rei. Também acompanhamos Lightsong, um dos retornados que virou um deus, mas que age da forma mais distante possível de uma deidade, e Vivenna, que indo contra todos seus princípios de princesa obediente e resiliente, se rebela, fugindo de Idris e indo em direção ao reino que mais detesta para salvar sua irmã de um terrível destino que era para ser dela.
Mais uma vez a gente se vê entregue pela narrativa do Brandon, todos os personagens possuem algum atributo capaz de te fazer realmente entrar em seus capítulos e se importar com o que tá acontecendo com eles. Vemos descrições de diversos acontecimentos diferentes acontecendo ao mesmo tempo em lugares diferentes da cidade e somos capazes de nos apaixonar e desapaixonar pelos personagens conforme os plot Twist vão ocorrendo...e preciso dizer, nada do que eu achava no início realmente era e quando a ficha cai, o chute é forte e certeiro hahahaha
A genialidade desse universo foi muito arrebatadora, me deixou com o queixo no chão, assim como todos os livros do autor, nunca previsíveis. Ainda assim, esse foi um livro único, que o final foi bastante suave para o coração do leitor (mesmo assim chorei, então prepare-se), diferente da primeira série que li dele... Achei a narrativa mais romântica que outros livros, mas não menos incrível e com certeza tão denso e complexo quanto um volume só é capaz de entregar, ainda assim sinto que poderia haver uma continuação, pois muitos detalhes do passado e da magia em si poderiam ser melhor desenvolvidas...já que aqui entramos em contato mais com pessoas que possuem muito poder, ou que já conhecem o sistema de magia...seria interessante revisitar esse universo com personagens mais modestos...
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Ana Júlia 07/04/2022

Sensacional
Nessa fantasia de livro único, que faz parte da Cosmere, vamos acompanhar a história de principalmente duas irmãs e desses reinos que estão em paz até agora mas sempre com uma iminente guerra à espreita.

Vamos acompanhar um sistema mágico muito único e cujas regras são um pouco desconhecidas até para quem a pratica. É muito interessante como as diferenças crenças religiosas são abordadas como um tema central na trama e como isso inclusive influência como a magia é vista é utilizada.

A maior parte do livro não tem muita ação, talvez quase nada, mas não senti nem um pouco de falta pois a trama política é interessantíssima. Os próprios personagens que acompanhamos não sabem muito bem como as coisas funcionam então vamos descobrindo juntos com eles, sendo enganados junto com eles e o livro inteiro é permeado de reviravoltas e descobertas surpreendentes.

Os personagens são muito cativantes e engraçados, o que fez com que a leitura fosse muito gostosa e apesar do tamanho do livro, ele não pareceu tão longo assim, ele tem a duração perfeita.

Ótimo livro pra se acostumar com a escrita do autor em inglês e pra conhecer o primor que são as histórias dele.
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Débora 29/03/2022

Adorei
Eu já tinha lido Stormlight Archive e tão foi bemegal.ver a origem.de alguns personagens que aparecem por lá, além dos personagens que estão apenas nesse livro. Adorei muito a Siri e o Susebron, queria que tivesse mais capítulos dos dois. Foi muito bom ver o o desenvolvimento da Vivenna, ela foi a personagem que mais mudou e cresceu e foi muito legal ver esse processo.
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Felipe.Bueno 30/01/2022

Mais um mundo fantástico do tio Sanderson
Esse livro tem muitos problemas, mas ainda assim, é melhor que 90% das fantasias que tem hoje no mercado.

Contras: Os arcos de alguns personagens são bastante óbvios, o fato de todo o livro se passar em uma cidade limita o worldbuilding por mais que o autor tente expandir o universo e o estudo teológico do Sanderson está fora de controle nesse livro. Todo o livro do Sanderson, a religião daquele mundo é importante e como aquele universo molda as religiões presentes, mas depois da 5° divagação sobre fé e cultura perdida, fica bem redundante esses diálogos.

Prós: Um sistema de magia bem inventivo, personagens principais bem realizados, são falhos mas sempre dispostas a aprender e não cometer novamente os mesmos erros. E uma das melhores jornadas do herói que já vi. Personagens complexos e multifacetados. Ninguém é completamente bom ou completamente mal, todos são imperfeitos a sua maneira e agem de acordo com suas crenças.
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notawant 24/01/2022

Um dos melhores de Sanderson!
Esse livro foi incrível! Desde o início tive dois personagens que tive vontade de guardar em um potinho (Lightsong e Siri) e não deixar que nada de mal acontecesse a eles.

Esse livro é meio parado no início, por isso perdeu meia estrela, mas depois que o negócio pega ritmo é segurar o fôlego a todo instante!

Em Warbreaker o Sanderson está muito fluido indo da fantasia com toques de romance e uma carga de comédia que eu simplesmente ameeeei. Ansiosa para começar o primeiro de Stormlight já! ???
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Fátima 01/12/2021

Queria mais de Susebron e Siri. Infelizmente o foco ficou na Vivena ela é praticamente a principal nesse livro, mas é sem graça. Lightsong fez o que pôde pra tornar esse livro mais divertido, mas o coitado não tinha tanta força.

Siri e Susebron foram os que mais chamaram minha atenção, mas Brandon estava querendo mostrar mais das questões políticas e eu sei que isso é tópico comum em suas obras, mas esse livro é realmente devagar quase parando. Teve algumas surpresas que eu não esperava mesmo pois estava acreditando no mesmo que a personagem, mas em certos momentos cheguei a torcer para os "vilões" pra ver se acontecia algo no mínimo mais interessante.

A magia esse universo de Warbreaker de Breath e BioChroma podia ter mais desenvolvimento assim que as pessoas que condenavam se viram rodeadas desse poder/ religião. O reino que estava em disputa com Hallandren parecia algo que podia acontecer, mas esse reino só apareceu em murmúrios e fofocas, sendo que se tivesse uma pessoa do outro lado com um ponto de vista das coisas do que aconteciam seria mais algo mais amplos.

Enfim, pelas coisas que acontecem e pelos personagens que são colocados na história como os que estão realmente fazendo alguma coisas, como Vasher e Vivena não tem carisma o suficiente. 600 paginas com enrolação.
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