Juca Pirama

Juca Pirama Enéias Tavares




Resenhas - Juca Pirama


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Bina 08/11/2022

Mais uma aventura do brasiliana steampunk, nesse livro conhecemos um pouco mais do Juca Pirama( que eu já conhecia de A todo vapor) e vemos algumas semelhanças e diferenças com o poema Juca Pirama de Gonçalves Dias.
É um livro curtinho e bastante frenético, mas apesar de ser rápido temos tempo suficiente para se apegar aos personagens.
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Davenir - Diário de Anarres 08/11/2022

Obra steampunk que poderia ir para o cinema!
"Juca Pirama" Enéias Tavares é outra obra de seu universo Steampunk, iniciada em Lições de Anatomia do Temível Dr. Louison. Desta vez a aventura se passa em São Paulo, ou melhor São Paulo dos Transeuntes Apressados e tem um ritmo bem diferente das suas outras obras. Como dito no prefácio, a intenção era de uma obra que funcionasse também no audiovisual e assim temos uma obra ágil na escrita, ainda que emule o modo de falar do séc. XVIII, e tem um enredo mais simples.

Desta vez não temos um personagem clássico da literatura brasileira adaptado ao universo Steampunk, mas as referências e o paralelismo do herói Juca Pirama do poema clássico, com este personagem novo funciona muito bem. Ao início de cada capítulo temos um trecho importante do poema abrindo o capítulo. Conhecemos Juca Pirama, um anti-herói brasileiro, um jovem malando que tenta se virar com o que tem, com as habilidades das ruas, marginalizado por essência, dotado de uma vontade de viver imensa. Temos um personagem carismático que se viu envolvido em uma trama de assassinados e sede de poder. As reviravoltas podem até ser revolvidas pelo leitor mais atento mas aqui a aventura é o elemento mais apurado. Sempre fui crítico do Steampunk que aprecia a estética pela estética e esquece o elemento transgressor que faz o "punk" fazer sentido. Nosso protagonista, tanto deste livro como do poema clássico de Gonçalves Dias, são dignos da herança de rebeldia do precursor do subgênero, A Máquina Diferencial.

site: http://wilburdcontos.blogspot.com/2022/03/resenha-225-juca-pirama-eneias-tavares.html
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Laura.Helena 12/01/2022

Ótimo!
Assim como as outras obras do universo de Brasiliana Steampunk, ?Juca Pirama: Marcado para morrer? traz uma mistura de literatura nacional com acontecimentos místicos que criam uma atmosfera única. Além disso, a história é envolvente e dinâmica, mesclando partes do poema original.
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Gramatura Alta 26/10/2021

http://gramaturaalta.com.br/2021/10/26/juca-pirama-marcado-para-morrer/
OIndianismo, na literatura brasileira, faz referência à idealização do indígena retratado como um mítico herói. Foi uma das peculiaridades do romantismo no Brasil durante o século XIX. Juca Pirama é personagem do poema I-Juca-Pirama, de Gonçalves Dias, com 484 versos, dividido em dez cantos, e um dos mais famosos do Romantismo Brasileiro. Considerado por muitos a obra-prima do poeta maranhense.

O poema retrata a história de um guerreiro tupi que é aprisionado por uma tribo canibal e que deverá ser sacrificado em um ritual. O chefe da tribo propõe que Juca cante suas façanhas para que os guerreiros tenham maior gosto em sacrificá-lo. O poema completo está inserido nas páginas finais da obra JUCA PIRAMA: MARCADO PARA MORRER, uma aventura steampunk que se apropria do personagem de Juca para compor seu herói, em uma São Paulo, de 1907, lotada de máquinas a vapor, robôs, mistérios, assassinatos e magia.

Juca Pirama é um valente das ruas da cidade, que vive para proteger algumas crianças sem lar, e se mete em brigas contra aproveitadores. Devido às suas habilidades, ele é contratado para proteger as duas filhas de um barão do café que foi sequestrado. Cassandra é a filha mais velha, que assume os negócios do pai na sua ausência. Ela é corajosa, atrevida, o braço direito do pai, e agora tem a chance de direcionar o poder da família para a construção de uma sociedade mais igualitária para os gêneros.

Cecília é a filha mais nova, uma adolescente, que possui uma grande fragilidade emocional e é mantida sob remédios. A irmã a mantém protegida a todos os momentos do dia, longe do contato com as pessoas, quase uma prisioneira. Da mesma forma que Cassandra, a sua vida agora é ameaçada, uma vez que os inimigos do pai querem aproveitar o desaparecimento para se apoderar dos negócios e da fortuna da família.

Juca pensa que será apenas um trabalho arriscado de segurança, mas logo se vê metido no meio de uma trama onde todos são traidores, ligados de alguma forma a uma seita maligna que pretende muito mais do que conseguir dinheiro ou o controle das indústrias Gouvêa. E então ele tem que lutar pela sua vida e ainda proteger as duas irmãs.

JUCA PIRAMA: MARCADO PARA MORRER é um livro curto, extremamente viciante, com personagens construídos de uma forma que surpreende. Juca conquista logo nas primeiras páginas. Tem um jeito petulante, de valentão, ao mesmo tempo que possui a ingenuidade dos grandes heróis. Ele vai de um trambiqueiro a um herói através de atitudes altruístas, o que explica porque nunca conseguiu sair da sarjeta. A forma como o personagem evolui nas suas ambições no decorrer da história, é muito competente, e temos no final, uma recompensa que abre margem para muitas aventuras.

As duas personagens femininas são igualmente fascinantes. Primeiro Cassandra, que consegue extrair emoções diferentes do leitor conforme a aventura avança. Apesar de suas decisões questionáveis, é fácil compreender o que a motivou a tomá-las. E Cecília ganha espaço a partir da segunda metade da história, quando sua presença se torna essencial para a solução dos mistérios e se torna o objeto que todos desejam.

JUCA PIRAMA: MARCADO PARA MORRER é um steampunk nacional que conquistou meu gosto e se tornou uma das melhores aventuras que já li. A história traz várias referências a autores e personagens da literatura nacional, como o próprio Juca. As últimas páginas, como já disse acima, são ocupadas pela reprodução do poema de Gonçalves Dias, bem como um extenso texto de preparação para a compreensão do poema. Vale demais a leitura.

site: http://gramaturaalta.com.br/2021/10/26/juca-pirama-marcado-para-morrer/
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Diovana.Krauchemberg 05/07/2021

Muito bom!
Leitura super fácil e aconchegante, personagens que te cativam desde o início (mesmo os vilões ?), só senti que algumas partes poderiam ter sido mais abordadas, espero que tenho continuação!!
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Thainá - @osonharliterario 17/11/2020

Um novo Juca Pirama, uma nova São Paulo, um novo mistério
Petrônio Gouvêa, um grande e renomado produtor de café e dono da Gouvêa & Associados, desapareceu em seu quarto sem deixar nenhum rastro. As portas e janelas encontravam-se trancadas por dentro, mas o homem não estava lá.

Com esse sumiço, sua filha mais velha, Cassandra, torna-se a responsável pela empresa da família e pelos cuidados da irmã adoentada Cecília. Porém, mesmo que Cassandra saiba se cuidar muito bem sozinha e, de quebra, também de sua irmã, é necessário que um guarda-costas seja requisitado pelo bem de sua própria segurança, sendo contratado para essa tarefa Juca Pirama, um homem pobre que trabalha com bicos pela cidade e protege os mais desafortunados quando é preciso.

Juca é um jovem, descendente de índios, que, mesmo com o preconceito vivido em alguns momentos, se importa com os outros ao seu redor e tenta cuidá-los à sua maneira. Porém em momento nenhum ele imaginou que os cuidados destinados a Cassandra virariam a sua vida de cabeça para baixo, já que com isso ele acaba tornando-se alvo de membros da Maçonaria, os principais suspeitos pelo desaparecimento de Gouvêa.

A obra se passa em uma São Paulo dos Bravos Bandeirantes de 1907, com uma ambientação steampunk, mas puramente brasileira. O próprio protagonista é inspirado em um poema de Gonçalves Dias, I-Juca Pirama, não sendo essa a única referência que temos da nossa Literatura Brasileira.

Com um mistério por trás da morte de Petrônio Gouvêa, o leitor é levado por um caminho de mentiras, dúvidas e passado, não deixando de lado o bom humor e graça de Juca. Além disso, as personagens femininas da obra são muito bem construídas e diferentes entre elas – e eu amei isso!

Um livro curto, mas que demorei uma semana para ler só pra ficar mais tempo na companhia do Juca. Ele é um personagem muito carismático que mesmo em 1907 já se mostra preocupado com o outro e orgulhoso dos locais sociais que as mulheres veem ocupando. Então não teve jeito, ele me conquistou logo no primeiro capítulo quando decidiu defender algumas crianças conhecidas.

Gostei tanto do universo criado pelo Enéias que pretendo ler as outras obras do autor. Fiquei encantada também por sua escrita – rebuscada, mas fácil de ser entendida – e por seu mundo steampunk totalmente brasileiro e característico.

Para quem está com vontade de adentrar nesse novo mundo steampunk, Juca Pirama – Marcado para Morrer se mostra como uma ótima porta de entrada para o gênero. Um livro que me fez ficar emocionada, curiosa e divertida; uma leitura que quero recomendar para todos.

Resenha completa no blog Sonhando Através de Palavras.

site: https://sonhandoatravesdepalavras.com.br/2020/11/17/resenha-juca-pirama-marcado-para-morrer-eneias-tavares/
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Crônicas Fantásticas 21/10/2020

Juca Pirama - Marcado para Morrer
Juca Pirama - Marcado para Morrer
Por Ana Oliveira

Título: Juca Pirama: Marcado para Morrer | Autor: Enéias Tavares | Editora: Jambô | Gênero: Literatura Brasileira | Páginas: 191 | Ano de publicação: 2019 | Nota: 4,0/5,0

A literatura brasileira é muito rica em suas publicações. Somos presenteados diariamente com tomos dos mais variados temas, alguns que quando você lê não parece ter sido escrito por um brasileiro devido a atmosfera que o livro traz consigo. Essa é a magia da leitura. Independentemente de quem escreva, o leitor é teleportado para onde o autor desejar. Pode ser Nova York, pode ser Terra-Média, ou… Uma São Paulo do século XX com todos os seus marcos históricos e algo mais.

O Enéias Tavares
Enéias Tavares é um autor conhecido por inserir em seus textos elementos de uma tecnologia mais avançada do que o que havia na época retratada, logo, elementos steampunk. Eu sou uma entusiasta no assunto e devo confessar que ler os livros do Enéias me deixa muito na expectativa do que verei neles.

Larápio… Mestiço… Indígena…
Voltando ao livro, acompanhamos Juca Pirama, um (como ele mesmo diz) larápio mestiço indígena que vive pelo Mercado Velho do centro de São Paulo angariando alguns trocados com serviços braçais como carregar compras e mercadorias para os compradores, ou qualquer outra coisa por tanto que o paguem (“pagando bem, que mal tem?”).

Logo no início do livro entendemos que Juca Pirama é de briga, inteligente e malandro. Ele arruma confusão com um outro personagem que explora crianças mal sabendo que está sendo observado pelo empregado de uma das famílias mais ricas da cidade. Este empregado o recruta para um serviço “fácil” que obviamente não ia ser tão fácil assim. Eu acho que vou parar de contar do enredo por aqui para não cair no spoiler.

Durante todo o livro eu fiquei com meu “sentido leitor” apitando vez ou outra para possíveis inimigos, armadilhas e arapucas. Enéias é hábil com as palavras e vez ou outra conseguiu me enganar e fazer com que eu me acalmasse para logo em seguida ficar apreensiva de novo. Adoro quando o autor faz isso, deixa a gente meio tonto, mas é um tonto bom.

Uma reflexão social
O livro é um romance policial com altos e baixos, cenas de ação muito bem elaboradas e cenas calmas de reflexão muito profundas. O que deveria ser plano de fundo, como a extrema diferença entre os ricos e os pobres da cidade, é trazido para o primeiro plano e discutido abertamente aos olhos do leitor e dos personagens. Juca é pobre, órfão e perdeu aqueles que ele mais apreciava em determinado momento de sua infância e mostra isso de coração aberto com naturalidade.

Uma cena especialmente tocante é quando ele ensina sobre liberdade. Vou tomar a liberdade de contá-la aqui, pois considero mais uma lição do que spoiler. Ele compra 4 passarinhos, 4 pardais, e a beira do rio abre as gaiolas. De princípio os passarinhos não voam para fora, se libertando, até que um deles o faz depois de ver que não havia mais perigo. Os outros vendo sua atitude seguem seu exemplo e alcançam os céus.

“(…) – Eles são assim, querida. Ficam tanto tempo aprisionados que quando a liberdade lhes é dada, leva tempo para aceitá-la. (…)”.

“(…) – Você viu? Por mais temerosos que possam ser, sempre seguem o exemplo dos mais corajosos. (…)”.

É sobre liberdade!
Com essas frases eu deixo o que senti ao ler: Juca Pirama é sobre liberdade, é fazer o que deve ser feito porque quer fazer. É sobre lutar a todo custo, buscar onde puder o conhecimento e usá-lo a seu favor. Proteger a quem se ama e amar sem limites. Ser um lobo, lutar como um, morrer mordendo e dilacerando a carne. E acima de tudo fazer tudo com paixão. Porque todos estamos marcados para morrer, só não sabemos quando essa marca chamará.

Leia mais resenhas em cronicasfantasticas.com.br

site: https://cronicasfantasticas.com.br/2020/07/28/juca-pirama/
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Sidnei 23/04/2020

Gonçalves Dias
Não conhecia o poema de Goncalves Dias, agora que conheço, gosto, mas falta agora entender melhor. Poema complexo, para um personagem idem!!!
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Cledinho 23/04/2020

Juca Pirama!
Uma boa história, com ótimo ritmo e ótima ação! Recomendo essa visita a literatura nacional com personagens, e lugares, tupiniquins.
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Luiza.Fisch 10/09/2019

Um novo clássico!
Neste livro o famoso personagem Juca Pirama de Gonçalves Dias é um "fora da lei" que vive se metendo em confusões e brigas (e briga muito bem, diga-se de passagem).
Este livro tem um fundo Steampunk com robôs e um pouco de tecnologia, se passa em 1907 em São Paulo dos Bravos Bandeirantes.
Logo no início dessa história Juca ganha uma rinha contra vários caras e chama a atenção de Seu Silva o mordomo da rica família Gouvêa.
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O Barão de café da família Gouvêa sumiu misteriosamente, e Juca é chamado para ser o segurança das duas únicas filhas do barão, Cecília e Cassandra.
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Com trâmites envolvendo maçonaria rubra e as duas enigmáticas senhoritas Gouvêa nosso querido personagem tem que desvendar um mistério atrás do outro.
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Eu adorei esse livro! Ele é super feminista!
O Enéias Tavares é professor de Língua Portuguesa, então vocês já devem imaginar a quantidade de referências de Literatura Brasileira que aparece no livro!
Nunca tinha lido nada dele, e achei a leitura super fluida.
Eu recomendaria este livro para as professoras de ensino Fundamental II e Médio, pois acho que seria uma maneira muito divertida de chamar os jovens para a literatura brasileira clássica.
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Alguns quotes:
"Lembre-se: na vida, é preciso ter sempre canção na gaita, faca na bota e riso nos lábios."
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"Que todas as mulheres pudessem ser livres como ela."
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