Jéssica R. 24/04/2014O livro conta à história de Tavinho, um menino que adora assistir suas televisões, isso mesmo, suas televisões. Tavinho trata seus televisores como seres humanos dando a elas nome e personalidade. A mais antiga é a Babá, depois Plim-Plim e Fantástica. O menino se torna tão dependente de seus aparelhos de TV que não consegue criar imagens na “telinha interior”, ele apenas reproduz imagens que já tinha visto na TV. Que triste Tavinho :(
Certo dia Tavinho percebe que seu pior pesadelo se torna realidade, os televisores estavam fora do ar, uma pane formada por uma onda magnética faz o país todo ficar sem televisão, criando um pandemônio no país. As pessoas começam a ficar desesperada sem suas novelas, sem futebol... Manifestações estouram na porta das emissoras de TV e o stresse toma conta de todos. Os personagens são descritos pelos olhos de Tavinho e o que mais me impressionou foi o Mil Caras, um morador de rua que representa a imaginação que o garoto desconhecia.
Bem... O livro fala de como ficamos estagnados na frente da TV, mas podemos juntar a internet ao pacote. Muitas vezes ficamos tanto tempo conectados que esquecemos de passar um tempo conversado com nossa família (sem celular na mão, sem está sentado na frente do PC ou da TV), de parar para jogar conversa fora com um vizinho... O problema do Tavinho não era só a falta de imaginação, mas a falta de contato com sua família e com outras crianças.Quando comecei ler achei que o livro não teria muito efeito sobre mim, me enganei, a cada página era 1 minuto de reflexão. Uma crítica social que vem nos mostrar o quanto a televisão foi e é capaz de alienar o povo brasileiro. Indico para pessoas de todas as idades, é uma leitura rápida, de fácil entendimento e muito bem escrito. Um livro que nos faz refletir sobre nossa relação com as tecnologias em geral, a TV não pode levar a culpa sozinha srsrs
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