Menino de Engenho

Menino de Engenho José Lins do Rego
José Lins do Rego




Resenhas - Menino de Engenho


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Cris 11/05/2022

Ponto inicial.
Como já havia dito, esse foi o meu primeiro contato com a literatura brasileira e, embora eu tenha ficado receoso quanto a essas obras que são muito comentadas nas escolas e vestibulares, foi uma leitura agradável.
Os meus medos iniciais foram: abandonar a leitura logo no início por ser muito maçante, ter leitura arrastada pela linguagem muito arcaica/rebuscada, o livro ser muito histórico e com pouco enredo.
Mas, na verdade, não passei por nenhuma dessas situações. Na verdade, o livro me prendeu logo no início, não estava esperando um acontecimento tão inusitado logo no início. Por outro lado, a leitura é relativamente fluída e apesar de haver regionalismos e evidências do contexto histórico, isso não correspondeu aos meus medos, muito ao contrário.
A vida agitada de Carlinhos, as cenas que ele participa, protagoniza ou até mesmo observa são em sua maioria importantes para a construção moral do menino. Algumas cenas são bem problemáticas e gritantes quando analisadas friamente, o que torna tudo ainda mais estimulante pra dar continuidade à leitura.
A perda precoce da mãe, a possível hereditariedade da loucura do pai e a vida sexual logo na infância são temas que perturbam e incomodam o menino em diversos níveis, impactando diferentes áreas de sua vida.
É nítida e até dolorosa a influência desses tópicos sobre o menino. Ele fica com a identidade e a pureza deturpadas, deixando-o alheio, vazio desesperançoso.
Sem dúvida, a frase final "Menino perdido, menino de engenho" causou algum sentimento aos leitores que acompanharam a história de Carlinhos desde o início.
É um livro bom, algumas vezes arrastado, mas bom. Por ser minha primeira leitura nessa área dei 3 estrelas, mas futuramente isso pode mudar facilmente.
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Tibúrcio 10/05/2022

Menino do Engenho
Está foi minha segunda leitura de Menino de Engenho. A primeira foi entre infância e adolescência. Hoje com a maturidade da vida adulta e lembranças da vivência da infância, está obra tem um poder muito maior sobre mim que antes.
A personagem principal me conecta a ele em muitos sentidos, especialmente sua infância no engenho, o brincar no mato, ter um contato muito maior com a natureza. Isso me levou a infância maravilhosa que tive no sítio dos meus avós e que tanto me divertia durante as férias.
A narrativa de José Lins do Rego é fantástica e gosto, particularmente, da forma como ele envolve o leitor através de sua linguagem simples.
Para quem gosta de livros fáceis e rapidinhos
de ler, vai se deliciar com Menino de Engenho.
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Isa 05/05/2022

Menino de Engenho
O livro não me prendeu e achei ele meio entediante, provavelmente por ter sido uma leitura obrigatória ou por ser um gênero que não me atrai muito.
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Adriana1037 22/04/2022

Ótimo retrato da infância nos engenhos
Excelente retrato de uma época e de um local. Nos sentimos como se vivêssemos no engenho acompanhando as aventuras de Carlinhos. Leitura fluída e rápida. Traz muitas questões relevantes para compreensão do povo brasileiro através da sua história (escravocrata e colonial). Muito bom.
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lala 04/04/2022

surpreendeu!!!
esse foi um dos poucos clássicos que eu li e que realmente gostei da leitura. Foram abordados temas bem importantes, a história é ótima e a escrita foi oq mais me impressionou por não ser tão cansativa deixando a leitura super fluída. Recomendo demais para quem quer começar a ler algum clássico!!
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Flávio 17/03/2022

Menino de engenho, José Lins do Rêgo
Um livro muito bonito, envolve temas muito interessantes como a questão dos engenhos, descentes de escravos e escravos alforriados, dentre outros. Poderia ter um volume 2.
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Renata 13/02/2022

MENINO DE ENGENHO

Obra publicada em 1932, Menino de engenho continua a encantar até hoje. Com uma linguagem própria e inovadora para sua época, José Lins do Rego faz um retrato da cultura do ciclo açucareiro no nordeste.

Contada por Carlos, em primeira pessoa, a narrativa, marcada pelo regionalismo, revela tanto o interior do personagem, em seus pensamentos, como mostra a sequência de fatos vividos por ele no campo, onde passou uma infância feliz ao lado dos moleques de brincadeiras.

Carlinhos, como era chamado, passa a morar no engenho Santa Rosa, com seu avô materno, José Paulino, após a morte da mãe. Chega aos quatro anos de idade e vive lá até os doze, quando é enviado a um colégio interno.

O engenho representa para ele a liberdade, onde ele vivencia os banhos de rio, os passeios a cavalo e de trem, a magia da moenda, a vida em família até a descoberta da sexualidade, de forma precoce. Nesse universo das particularidades da vida rural nordestina, o autor paraibano coloca na trama um quê de autobiografia, devido à semelhança com sua própria história, relatada em seu livro de memórias Meus verdes anos.

O livro, romance de estreia do autor, brinda os leitores com um enredo leve e cativante, que conta as aventuras e desventuras do protagonista, ao mesmo tempo que traz o pano de fundo do nordeste do Brasil no início do século passado, com seus coronéis, suas feiras, os negros que viviam uma situação de semiescravidão, o abismo entre a casa-grande e os terreiros, a cultura do ciclo da cana-de-açúcar.

Eu já havia lido esse livro durante a adolescência, na escola, mas não me recordava muito bem. Motivada por uma viagem recente à região onde se passa o livro, o interior da Paraíba, o coração palpitou pela obra de Zé Lins. Fazia tempo que um livro não me encantava tanto, a ponto de eu ler logo em seguida outros dois em sequência, que formam com ele uma trilogia: Doidinho e Banguê.

Na lista dos clássicos a serem lidos, Menino de engenho não pode faltar.

Recomendo!

Renata Saraiva @falo.leio.escrevo
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juliocsjj 01/02/2022

Com a nostálgica lembrança de algo que nunca vivi
Menino de Engenho foi um livro o qual eu, após muitos anos, decidi reler por conta própria (arrastando a Ariane pra ler junto). Eu lembro da primeira vez na qual eu tive contato com a obra, foi no 6° ano, quando a nossa professora leu para os alunos. Não me recordo se os outros prestavam atenção à leitura, porém eu chegava a me dispersar nos meus pensamentos imaginando as cenas narradas do livro. Os passeios de carneiro, as épocas de chuva e a vida do engenho me faziam sonhar acordado, e me traziam sensações de aconchego e nostalgia de coisas que nunca tive contato.
Lembrar dos capítulos que já havia ouvido enquanto os lia era incrível, me trazendo de novo a sensação de nostalgia que senti muitos anos atrás.
O livro retrata com muitos detalhes como era a vida e o cotidiano num engenho, além de personagens extremamente bem detalhados e vívidos, com suas convicções e defeitos.
Gostei muito da experiência de poder me reencontrar com o menino após muitos anos, e dessa vez me faz pensar que rumo ele levou.
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Ariane538 31/01/2022

Menino de engenho
Gente, esse foi o primeiro clássico que li sem muita dificuldade, sempre me embanenei c as palavras difíceis, mas dessa vez não. Além de a história ser muito interessante, gostei bastante.
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Ludmila.Mattos 19/01/2022

Menino de engenho
Desafio DLL21 um memoriam @bloglivreando
Livro: Menino de Engenho
Autor: José Lins do Rego 
Tema: clássico nacional

Carlinhos, nosso protagonista, quando bem menino ouve assustado um estrondo do seu quarto à noite. No dia seguinte, descobre que seu pai matou sua mãe com um tiro. Ela é enterrada, o pai é preso e ele tem sua vida completamente mudada, sendo levado para morar na casa do avô, junto de suas tias, o tio Juca, os primos e mtos trabalhadores da casa e do engenho de cana de açúcar que pertence ao avô. Carlinhos narra as histórias do seu dia a dia, sua adaptação à nova vida, da falta que tinha da sua mãe, do medo de ser igual ao pai, do apego que teve a irmã da sua mãe e de como foi difícil quando ela se casou e foi embora. Sua vida peço olhar de uma criança, suas emoções, suas experiências com o povo do engenho até seu amadurecimento e sua partida para a escola.

O livro é o primeiro romance escrito pelo autor. Ele mistura a história da jornada de Carlinhos com a da região da Paraíba. Intercalando os acontecimentos ele mostra  a enchente do rio Paraíba, a descoberta da sexualidade de Carlinhos, a partida da tia que considerava uma segunda mãe, a relação com os primos, o sentimento de perdas, as histórias de um povo sofrido, e uma infância repleta de descobertas ...

Um clássico nacional que devia ainda hoje ser leitura obrigatória nas escolas, uma forma de a literatura brasileira ser conhecida e reconhecida pelos nossos jovens.
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Andresa 09/01/2022

Um clássico da literatura nacional
Menino de Engenho é o romance de estreia do escritor José Lins do Rego. Foi publicado pela primeira vez em 1932 e recebeu diversos elogios da crítica, bem como recebeu, no ano seguinte, o prêmio da Fundação Graça Aranha. Em 1965, o livro ganhou uma adaptação para o cinema. Ele marca o primeiro de 5 títulos que compõem a série de livros conhecida como Ciclo da Cana-de-Açúcar.

Feitas as devidas apresentações, o romance, que tem como plano de fundo o Nordeste, nos conta a história de Carlinhos. Aos 4 anos, o menino perdeu a mãe, que foi assassinada pelo próprio marido. Órfão, ele acaba sendo levado para o engenho do coronel José Paulino, seu avô, e encontra na Tia Maria, irmã de sua mãe, uma nova figura materna.

O livro descreve, basicamente, a infância e o início da adolescência de Carlinhos, até os 12 anos, nessa nova vida no engenho. O livro é pequeno, com capítulos curtos, e Zé Lins tem uma escrita gostosa, como alguém a contar histórias. Li a edição de 2020 publicada pelo Grupo Editorial Global, a qual é linda! Tem uma bela ilustração de capa em verde vivo e as lombadas dos 5 livros que compõem a série formam um belo conjunto na estante. As páginas são brancas, de boa grossura, e fontes em ótimo tamanho, o que facilita a leitura. A narrativa é rápida, cheia de acontecimentos, e ocorrem na primeira pessoa, na visão do Carlinhos.

O livro nos apresenta, ao longo de seus capítulos, diversos personagens que entram e saem da vida de Carlinhos, suas preocupações, tristezas e choros, primeiros amores, corações partidos e felicidades, pequenas alegrias que vem e voltam tão rápido quanto chegaram. Mostram também como a vida das crianças no engenho perde rapidamente o encanto e a pureza, com uma iniciação sexual não saudável, que deixa grandes marcas.

Um fato interessante é que a infância do protagonista se assemelha bastante, em certa parte, com a vida do próprio autor, que nasceu no engenho de seu avô materno e, assim como Carlinhos, perdeu a mãe e ficou afastado do pai, sendo criado por sua tia. Ainda, vale destacar que o romance foi tão bem aceito no meio literário que foi publicado na França em 1953, sob o título L'enfant de la plantation.

Há, no entanto, partes bastante indigestas na leitura. A época na qual se passa a história é aquela na qual a escravidão já havia sido abolida. Porém, muitos ainda permaneciam trabalhando como criados nas casas-grandes, em troca de comida, um lugar para morar e mantimentos. Logo, ainda há aquela discrepância entre a vida na casa-grande e nas senzalas, que não deixaram de existir. E ainda há a sensação de superioridade dos brancos, principalmente ao referenciar os negros com pronomes possessivos, em trechos que me deram arrepios...

Outros trechos da obra, porém, aparecem para tentar minimizar esse impacto, como a convivência com as pessoas negras de forma constante, dividindo a mesma mesa, o mesmo alimento, frequentando as mesmas festas, superando os mesmos desafios (como as cheias na região). Não deixa de causar, porém, uma inquietação imensa, o que pode despertar alguns gatilhos. Afinal, quem seria feliz vivendo como escravo, sem poder ser dono do próprio caminho, sofrendo com as injustiças sociais?

De forma geral, é uma leitura que vale muito a pena, não só para conhecer esse romance que impactou o cenário da literatura nacional, mas também para conhecer - e reconhecer - o regionalismo brasileiro contido na obra, bem como confrontar com a atualidade as desigualdade sociais vividas na época, para que continuemos a combatê-las.

site: https://blogumdiamelivro.blogspot.com/2022/01/livro-menino-de-engenho-de-jose-lins-do.html
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Diogo 30/12/2021

O Brasil do início do século XX
Menino de Engenho foi uma grata surpresa! Romance de capítulos curtos, do regionalismo de 30, começa a saga do ciclo da cana-de-açúcar, que retrata o fim da República Velha e o modelo do latifúndio. Carlinhos é um menino ingênuo que vai morar no engenho de seu avô, o Santa Rosa. Lá, a vida fez dele homem. Menino de Engenho nos permite pensar as raízes de muitos problemas que enfrentamos hoje, nos coloca em contato com um mundo que nunca teríamos acesso. Acho que essa é a magia dos livros, né não?
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João Vitor 25/12/2021

O livro é bem interessante, principalmente por se passar no engenho na época da abolição, e ver como as coisas ocorriam lá.
E cada capítulo conta uma situação que o menino passa no engenho e as descobertas, aventuras e histórias que são contadas pelos moradores do local.
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