O Ateneu

O Ateneu Raul Pompeia
Franco de Rosa




Resenhas - O Ateneu


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Fernanda3166 02/02/2013

O Ateneu
O Ateneu é um livro de memórias escrito pelo autor Raul Pompéia. As memórias retratadas na obra são de um menino chamado Sérgio. As recordações presentes no livro passam-se no internato chamado Ateneu. É mostrado como Sérgio sai de casa com grandes expectativas com relação ao colégio, e como elas são dissolvidas quando ele percebe que nada era como ele acreditava ser. Durante a estádia de Sérgio no internato ele constitui algumas amizades que devido a motivos apresentados no livro não são levadas adiante. A obra retrata o sistema educacional da época e as dificuldades enfrentadas pelos alunos. É um livro que exige paciência, pois há muitas passagens nele que são escritas com certa subjetividade, utilizando para isso comparações e metáforas.
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Brauns 21/12/2012

Um livro bem difícil graças a escrita de Raul Pompéia, mas ele reserva momentos interessantes no meio de muitas digressões. Talvez seja um dos melhores exemplos de determinismo da nossa literatura. Recomendo um pouco de coragem nas primeiras páginas, depois a leitura flui melhor.
Bruna Gomes 05/02/2013minha estante
As primeiras páginas... são minhas grandes carrascas!




Math 11/11/2012

O Ateneu
Trama que descreve a passagem do conforto familiar para a vida, em que descobrimos como ela realmente é, um sistema "hierárquico" em que só os mais fortes e menos influenciáveis conseguem ser felizes. Conseguir lidar com outras personalidades totalmente diferentes, aguentar pressões diárias de um indivíduo que se acha a maior divindade, parece que Raul Pompéia expressou suas próprias emoções pelo protagonista identidade Sérgio que vai descobrir tudo o que virá depois de seus dias no tal colégio.
Sérgio é o símbolo da ingenuidade maternal e infantil que descreve de acordo com suas lembranças seus dias no internato "Ateneu".
Na festa do começo do ano letivo ele descreve minunciosamente cada detalhe daquele mundo desconhecido que irá frequentar futuramente. As acrobacias ginasticas que realizavam os estudantes com grande aptidão e com aparente felicidade estampada em seus rostos. Felicidades que não se encontravam no coração pela rotina maçante e difícil em que se envolviam todos. Observa aquilo tudo com grande ansiedade, pois seu futuro rotineiro se encontrará ali. Além da grande festividade consegue distinguir de inicio as personalidades, principalmente o de Aristarco, diretor do colégio.
Aristarco é uma figura sublime, que tem um grande poder de persuasão e função teatral imensa. Por que teatral? Pois tudo o que faz abertamente, para todos é uma ação mascarada do comando que realiza em seu internato. Alma impetuosa, com jeito de mandão, mete medo em todos apenas com seu olhar, qualquer erro é imperdoável e a IMORALIDADE não faz parte de seu imperial vocabulário.
Sérgio então entra no colégio e começa a provar logo de início em sua primeira aula a maledicência do conjunto. Observa a todos com grande precisão e sente-se acuado, quando seu nome é pronunciado pela primeira vez pelo seu professor Mânlio, põe-se a desmaiar. Rebelo, um outro professor, logo depois do desmaio o aconselha como deve aparentar-se naquele recinto repleto de crueldade.
Então começa a se aproximar de algumas pessoas, como o Sanches que lhe explicava os conceitos de todas as matérias com segundas intenções, que quando descobertas por Sérgio afasta-se do menino. Professores, meninos desconhecidos, funcionários, todos são observados pelo personagem. Torturas de Aristarco são frequentes em sua vida e a convivência começa a se tornar insuportável.
Seria complicado descrever todos seus colegas e pessoas que descreve, mas em todos os casos sempre consegue manifestar um comentário venenoso, não perde oportunidades de maldizer a todos os garotos de um intimo desagradável e nojento que se encontram no Ateneu.
Em uma parte da história, acontece uma mudança em Sérgio, ele passa a querer ser o que acha que todos são, tenta adaptar-se ao ambiente e é aí o ápice do enredo, a mudança espiritual idealizada de Sérgio. A singularidade de todos agora são fragmentos de si próprio. O que se segue são apenas consequências dessa modificação. Descrições marginalizadas, pontos de vista ignóbil passam a fazer parte dele. Parece que a cada mais descrições e colegas aliados que se aprofunda, são extraídos para a sua própria construção, sua imposição é inexistente, o errado agora é certo. O lacre de sua índole é transposto.
Acontecem então surpreendentes fatos que de certa forma animarão até o leitor mais descompromissado. O desfecho é surpreendente e nos causa uma sensação de justiça em relação a tudo. Será que acontecerá algo grave em relação ao colégio ou a Sérgio? Isso não posso contar, apenas desejo uma boa leitura para quem se interessar e a garantia de uma história muito empolgante.
Confesso que algumas descrições são bastante cansativas, mas toleráveis. A falta de diálogos exigem mais objetividade nas descrições, um quesito que pelo menos para mim foi faltoso. Mas compreendo que o autor quis expressar através de Sérgio sua própria vida, essa parte sentimental suaviza a lacuna.
Por ser uma narrativa onde apenas um personagem conta sua vida e seus próprios caminhos, os conflitos são comprimidos, ou seja, existem raros conflitos explícitos ENTRE personagens, o que encontramos são os conflitos NOS personagens, como críticas sociais isoladas. Isso é o que muitos leitores não enxergam, fazendo criticas negativas ao enredo como se este fosse muito parado, entediante.
A obra não possui uma identificação própria com algum movimento literário, mesclando características do Realismo (sempre alegorizando personagens), Naturalismo (criticas mais impactantes), e até mesmo tendo resquícios do Parnasianismo (por algumas rimas raras encontradas e linguagem rebuscada).
É difícil não se emocionar com cada acontecimento. O narrador coloca emoção em tudo que faz, impossível não se chocar com tanta antiética e antipatia juntas em um só espaço representadas por todos os indivíduos presentes na escola. Raul conseguiu estabelecer uma relação forte entre internato e sociedade como se todos fossem fantoches de si mesmos, de suas necessidades, de sua própria ignorância e submissão a tudo.
Com emoções exorbitantes, Raul Pompéia nos mostra que não é preciso ter linearidade e conflitos extremos para se construir um grande romance.
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Nessa 12/10/2012

Um dos melhores livros que já li. Ele foi meu tema de TCC. A maneira como o autor descreve as sensações e experiências do personagem é simplesmente FANTÁSTICA! Analisei a obra com base em algumas teorias de Freud e Kinsey e posso dizer que me encantei mais ainda.

LEIAM!
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Pereira 21/08/2012

Internato
O momento que abandonamos o seio de nosso lar e adentramos em um novo mundo marcado pela responsabilidade sobre todos os nossos passos é a verdadeira mudança na vida de qualquer pessoa. Considerado o grau máximo de perplexidade da vida. Entramos em outro mundo. Este povoado de pessoas estranhas e com comportamento imprevisível (pelo menos nos primeiros momentos). É justamente este mundo que é explorado nessa obra de Raul Pompeia. Além de colocar a personagem em área povoada apenas por iguais. O que em certo momento sugere uma relação homossexual. Tema abordado de forma singela, mas bem patente. Os maus-tratos psicológicos e físicos acabam sendo explorados mais minuciosamente tendo consequência atos de vandalismos de beiram o terrorismo, mesmo em uma época remota. Livro clássico para quem vai prestar vestibular e também para aqueles que apreciam o sabor da literatura.
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Karla23 07/06/2012

Um livro fascinante. Sem uma linearidade ou presença marcante dos clichês dos romances da época em que fora escrito.
É incrível a quantidade de símbolos e significados que se pode extrair desse livro... Encerrei a obra fascinada pela quantidade de coisas nas entrelinhas. Embora a leitura não seja tão fluida,vale a pena lê-lo e estudá-lo.
Há uma crítica à aristocracia, ao sistema educacional do século XIX, à hipocrisia da sociedade, há uma abordagem sobre a religiosidade, sobre o homossexualidade, etc.
Raul Pompéia fez uma obra prima, chegando a ser comparado com Machado... bom, isso divide opiniões. Leia o livro e tire suas conclusões sobre.
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Yussif 16/05/2012

O Ateneu é considerado um dos maiores romances da literatura brasileira. Por abordar estruturas vivenciais típicas da transição entre a infância e a adolescência, O Ateneu deve ser lido não apenas como narrativa confessional, mas também como romance de formação, em que se ficcionalizam os primeiros confrontos entre o indivíduo e a sociedade. Ao primeiro contato, o leitor sensível perceberá a diferença desta edição da obra. Antes de mais nada, ela resgata, em dimensões fiéis, as ilustrações que o próprio Raul Pompéia executou para seu romance.
Aline 23/01/2014minha estante
Leitura cansativa.




Elder 06/05/2012

Sempre odiei esse livro
Não sei o que acontece comigo, mas nunca passo do primeiro parágrafo desse livro. Peguei um abuso tão grande dele desde a 8ª série
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Fabio Michelete 17/03/2012

Os livros que lemos na escola
Devidamente relido para resenha aqui no Skoob, a linguagem rebuscada do autor, que talvez fosse capricho de estrutura, e sinal de qualidade em seu tempo, hoje é cansativa. Algumas vezes, chega a ser bonito, poetizando momentos corriqueiros e enchendo-os de tintas e novas percepções, por outras, o ritmo do livro é sacrificado, e as descrições (em especial das matérias que Sérgio estuda no Ateneu) desafiam o autor.

"Tomava cada período, cada oração, altamente, com o ademã sisudo do anatomista: sujeito, verbo, complementos, orações subordinadas; depois o significado, zás! um corte de escalpelo, e a frase rolava morta, repugnante, desentranhando-se em podridões infectas".

A vida no internato. A construção da personalidade dos garotos, nos embates entre as dificuldades da vida e a convivência. O próprio autor mostra o que pretende por trás de tanta descrição, na frase selecionada abaixo:

"É uma organização imperfeita, aprendizagem de corrupção, ocasião de contato com indivíduos de toda origem? O mestre é a tirania, a injustiça, o terror? O merecimento não tem cotação, cobrejam as linhas sinuosas da indignidade, aprova-se a espionagem, a adulação, a humilhação, campeia a intriga, a maledicência, a calúnia, oprimem os prediletos do favoritismo, oprimem os maiores, os mais fortes, abundam as seduções perversas, triunfam as audácias dos nulos? A reclusão exacerba as tendências ingênitas?

Tanto melhor: é a escola da sociedade."

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Lil Paiva 10/02/2012

O Ateneu

Nove anos depois relata o autor, Raul D'Ávila Pompéia, o visto na personalidade de seu diretor, Dr Aristarco Argolo de Ramos: A ética e a moral falha de um renomado pedagogo. De início, Sérgio, imaginava o diretor como uma extensão do seu pai, porém percebera que Aristarco não era nada do que demonstrara na sua política de "ensino com afeto", seu principal "marketing chamariz". Afeto este, divulgado pela afamada intituição.

Aristarco tratava o ensino como um comércio, segundo o autor. - O Ateneu era o grande colégio da época. Afamado por um sistema de nutrido réclame, mantido por um diretor que de tempos em tempos reformava o estabelecimento...como os negociantes que liquidam para recomeçar...O Ateneu desde muito tinha consolidado crédito na preferência dos pais, sem levar em conta a simpatia da meninada...(p.8, 4ºparágrafo)


Aristarco, na expressão olímpica do semblante transpirava a beatitude de um gozo superior. Gozava a sensação prévia, no banho luminoso, da imortalidade a que se julgava consagrado. Devia ser assim: - luz benigna e fria, sobre bustos eternos, o ambiente glorioso do panteão. A contemplação da posteridade embaixo.- Neste trecho, Sérgio via em Aristarco uma moralidade de realeza, porém também humanizado de forma caricaturada, no que vem a seguir- Aristarco tinha momentos destes sinceros. O anúncio confundia-se com ele, suprimia-o, substituía-o, e ele gozava como um cartaz que experimentasse o entusiasmo de ser vermelho.(p.15)

Sérgio demonstra que Aristarco e o Ateneu era um só personagem, como alguns críticos descrevem: Naquele momento, não era simplesmente a alma de seu instituto, era a própria feição palpável, a síntese grosseira do título, o rosto, a testada, o prestígio material de seu colégio, idêntico com as letras que luziam em auréola sobre a cabeça. Sa letras, de ouro; ele, imortal: única diferença. (p.15). - portanto, se o Ateneu era imoral deviasse ao seu diretor.

Como agia o diretor, diante do cliente de mais valia. - Aristarco levantou-se ao nosso encontro e nos conduziu à sala especial das visitas. Saiu depois a mostrar o estabelecimento, as coleções, em armários, dos objetos próprios para facilitar o ensino. (p.19)
Conduta mutável diante doas alunos cujos pais atrasava o trimestre. Mudava o modo de recepcionar, a ponto do aluno se perguntar o que haiva feito de errado. - Ele tinha maneiras de todos os graus, segundo a condição social da pessoa. As simpatias verdadeiras eram raras. No âmago de cada sorriso morava-lhe um segredo de frieza que se percebia bem... Às vezes, uma criança sentia a alfinetada no jeito da mão a beijar. Saía indagando consigo o motivo daquilo. Que não achava em suas contas escolares...(p.19)

Registro da moral "pré-existente" no Ateneu - Outro quadro vidraçado exibiam sonoramente regras morais e conselhos muito meus conhecido de amor à verdade, aos pais e temor de "deus" que estranhei como um código de redundância (p.19) - Ainda neste período da estória o aluno vê em Aristarco a continuidade da família.

Ilustração de D. Ema, mulher do diretor, com ênfase, nos trajes não adquados para uso dentro de uma escola. Reflexão para os valores morais atemporal: Bela mulher em plena prosperidade dos trinta anos; formas alongadas por graciosa magreza, erigindo, porém, o tronco sobre quadris amplos, forte como a maternidade; olhos negros, pupilas retintas, de uma cor só, ... Vestia cetim preto justo sobre as formas, reluzente como pano molhado; o cetim vivia com ousada transparência a vida oculta da carne. - (p.16)

Sérgio contra-ataca a imoralidade a ele infligida até então, também de forma imoral, conseguênte do meio que vive. Ataca no bigode de Aristarco, tanto descrito, imponetemente, nas primeiras páginas. Uma mostra sem punição prática do atacado,a ver neste discurso direto (p.104):
- Fui primeiro tocado!
-Criança! feriste um velho!
-Fui vilmente injuriado,...
-Ah! meu filho, ferir um mestre é como ferir ao próprio pai, e os parricidas serão malditos.

E o que mais imoral e realista que a narração do assassinato no colégio e a descrição e remoção do corpo, de forma naturalista, mostrado nesta parte da obra: Caído no soalho, vi o cadáver sobre uma esteira de sangue. Guardava ainda o contorno da esquerda da agonia; à boca fervia-lhe um crivo de espuma rosada; trajava colete fechado, calças de casimira grossa. Os ferimentos não se viam. Os olhos estavam-lhe inteiramente abertos e de tal maneira virados que me fizeram estremecer. (p.62)

Alguns minutos depois de minha entrada, chegaram dois sujeitos com uma rede. Os copeiros ajudaram a apanhar o corpo. Os homens da rede os levaram. Cenas expressionistas.
Um pouco de parnasianismo para narrar o imoralismo: Sanches estava feito. Penetrou comigo até os últimos albergues da metrópole, até a coacla máxima dos termos chulos. Descarnou-me em caricatura de esqueleto a circunspeção magistral do Lexicon, como poluíra a elevação parnasiana do poema. (p.36)

O professor Venâncio lecionava também inglês; escapei-lhe às garras, felizmente: uma fera! chatinho sobre o diretor, terrível sobre os discípulos; a um deles arremessou-o contra um registro de gás, quebrando-lhe os dentes.(p.112) - conduta do professor, sem a justiça, a questão central das preocupações éticas.

A degeneração em massa, para a bananada induzida pela corrupção: Era indústria secreta a goiabada de bananas, segundo Aristarco... Os inspetores chegaram aterrados a procurar o diretor, mostrando a cara salpicada de verrugas vermelhas. Adivinhei. Era a revolução da goiabada! Uma velha queixa...disse Sérgio - moral Uma amostragem do fio de Aristarco! Este veio ao motim e disse, para não vim a falência econômica do estabelecimento, com a expulsão de todos: " Mas por que meus amigos, não formularam uma representação? A representação é o motivo reduzido à expressão ordeira e papeliforme! Qual a necessidade da representação por assuadas? "Entrava-lhe a justiça pelos bolsos como um desastre 'moral' " Nesta casa não há misérias!...Aqui tem as latas...Mais latas... leiam o rótulo... Como podia eu suspeitar...Até hoje estava convencido que a goiabada era de goiaba...Quando alguma coisa faltar, reclamem, que aqui estou eu para providênciar, vosso mestre, vosso pai!... - disse Aristarco(p.107)

"Ah! meus amigos, concluiu ofegante, não é o espírito que me custa, não é o estudo dos rapazes a minha preocupação... É o caráter! Não é a preguiça o inimigo, é a imoralidade!" (p.20) E assim se valia a boa imagem do Ateneu... Mesmo com toda a imoralidade, Sérgio acredita que o internato é útil: a existência agita-se como a peneira do garimpeiro: o que vale mais e o que vale menos separam-se. Não é o internato que faz a sociedade; o internato a reflete. (p.124) - Ou seja, o mundo não se resume ao Aristarco e ao colégio Abilio, "O Novo Mundo" já se fez imoral nos tempos da corte!
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Lyta 29/01/2012

O dicionário é o universo
"Tomava cada período, cada oração, altamente, com o ademã sisudo do anatomista: sujeito, verbo, complementos, orações subordinadas; depois o significado, zás! um corte de escalpelo, e a frase rolava morta, repugnante, desentranhando-se em podridões infectas".

"Iniciou da mesma forma um curso pitoresco de dicionário. O dicionário é o universo. Gaba-se de esclarecimento, mas atordoa, à primeira vista, como a agitação das grandes cidades desconhecidas. Encarreirados nas páginas consideráveis, os nomes seguem estranhamente com a numerosa prole dos derivados, ou sós, petits-maîtres faceiros, os galicismos; vaidosos dandies os de proveniência albiônica. Molestam-nos com a maneira desdenhosa, porque os não conhecemos. As significações prolongam-se intérminas, entrecruzam-se em confusa rede topográfica. O inexperiente não conquista um passo na imensa capital das palavras".
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Flaus 10/01/2012

Narrada em primeira pessoa pelo protagonista Sérgio, um garoto que é posto diante do desafio de sobreviver ao colégio interno Ateneu, a história é quase uma autobiografia do escritor Raul Pompéia, que também viveu parte da infância em um internato.
O livro faz uma crítica à sociedade daquela época. A sociedade reflete-se na escola, onde imperam a hipocrisia, a imoralidade, a maledicência e o mau caratismo escondidos por uma falsa imagem de excelência. É interessante notar que tudo isso perdura até hoje.
A obra apresenta muitas passagens descritivas. Ora cansativas, ora aceitáveis, são pertinentes ao fazer-nos imergir no ambiente do Ateneu, sempre sob o ponto de vista de Sérgio. Os retratos da paisagem associam-se aos sentimentos do garoto, ajudando-nos a interpretar os acontecimentos e seus efeitos sob a vida no colégio.
As angústias, as descobertas e os desejos típicos da juventude têm papel importante. Os capítulos são quase todos marcados por relações de Sérgio com algum dos outros estudantes, que tinham características singulares, retratos da sociedade. A afetuosidade entre os alunos é muito retratada.
Recomendo. Apesar de tê-lo achado cansativo, o livro me rendeu boas reflexões acerca da nossa realidade e me entreteu com algumas passagens divertidas, belas ou instigantes.
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renata 16/12/2011

Raul Pompéia que me desculpe.
Quem já visitou minha estante aqui sabe que eu tenho um certo fascínio por memórias. Vinda de uma experiência maravilhosa com Memórias de Um Sargento de Milicias pensava que O Ateneu de Raul Pompéia acompanharia o mesmo ritmo fascinante de Manuel Antônio de Almeida. Mas não foi assim. Nem um pouco.

A Narrativa de Sérgio (o personagem principal que também narra suas lembranças no livro) não consegue cativar. Não consegue envolver e muito menos te colocar para dentro da história. O tempo todo acabei me sentindo como um fantasma que vê tudo de uma maneira distante enquanto um ou dois mosquitos atravessam meu ectoplasma.

Raul Pompéia que me desculpe, pode até ter sido um grande escritor (de fim trágico, o que contaria pontos muito positivos para ele, mas nesse caso nem isso adiantou) mas para se ter um bom livro de memórias, como dizem que foi inspirada em suas próprias experiências, é preciso antes de tudo que elas sejam interessantes. Não eram.
Carol 29/01/2012minha estante
Me senti do mesmo modo! Tudo muito lento e chato, o que é triste dado que a ideia de escrever sobre um internato masculino pode render muita coisa boa. Não lembro bem das situações porque na época não fiz resenha, mas pelo meu histórico e as sensações que tenho ao lembrar do livro, sei que o odiei.


Carol 29/01/2012minha estante
Gosto muito de quem tem a mesma cara de pau que a minha e não se deixa intimidar pelos clássicos. Se não gostou, não gostou e pronto! :)




BelaBelli 15/11/2011

Um misto de realidade e ficção.

Obra do realismo brasileiro, ambientado em corrupção, hipocrisia e um colégio-internato, tendo como personagem principal: Sérgio, que narra de adulto suas lembranças da infância.

O Ateneu era um grande colégio da época. Durante o primeiro ano, Sérgio fez muitas amizades, Robelo, Saches, Franco e Barreto e sempre envolvendo algum acontecimento.

Quando começou a se interessar por livros e frequentar mais a biblioteca, conheceu Júlio e Bento. E nas férias do primeiro ano, teve um briga com Bento.

No segundo ano aprontou algumas coisas e conheceu, Egbert. Nas férias do segundo ano, Sérgio ficou muito doente e teve que ficar aos cuidados do diretor, pois sua família estava viajando para a Europa. Isso fez com que ele se afeiçoasse muito com Dona Ema, mulher de Aristarco, o diretor, e quase esquecendo-se da sua mãe.

Sérgio encerra suas recordações em uma manhã que um aluno chamado Américo, recém-chegado e obrigado a ficar no Ateneu, coloca fogo no colégio
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Pablo Italo. 03/10/2011

"...Salvar o momento presente. A regra moral é a mesma da atividade. Nada para amanhã, do que pode ser hoje; salvar o presente. Nada mais preocupe. o futuro é corruptor, o passado é dissolvente, só a atualidade é forte. Saudade, uma covardia, apreensão outra covardia. O dia de amanhã transige; o passado entristece e a tristeza afrouxa..."
"Vais encontrar o mundo. Coragem para a luta".
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