O Ateneu - Adaptação

O Ateneu - Adaptação Raul Pompeia
Franco de Rosa




Resenhas - O Ateneu


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Grazi :) 21/08/2023

Eufemismo, os felizes tempos, eufemismo apenas.
Um livro com muitas camadas; Crítico, reflexivo, poético. Mas nunca simples.

Fala da nostalgia idealizadora do passado, ao se lembrar com carinho de memórias não necessariamente tão felizes; sobre amizade verdadeira, sobre o desejar e ser desejado, sobre monarquia, república, autoritarismo, crise de identidade, freudismo, e tantas outros temas tanto inusitados quanto cativantes.

A narrativa é riquíssima; mesmo que caricata e propositalmente exagerada, te mergulha na profundidade da vida dos estudantes do Ateneu. O leitor se sente mais um aluno do internato, que teme Aristarco, ouve fofocas, participa da revolução da goiabada, e cria memórias nesse cenário um tanto perturbador.

Me lembrarei com saudade hipócrita dessa leitura. Por mas obscura que foi, não falhou em me impactar.
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Evellyn.Souza 19/08/2023

Acho que a premissa do livro pode ser até boa, mas como eu tive que ler para o vestibular, não me prendeu tanto assim. Inclusive, tive muita dificuldade de concentração durante a leitura.
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Ana 14/08/2023

"Vais encontrar o mundo... Coragem para a luta."
Raul Pompéia foi um escritor carioca que nasceu em 1863 e morreu em 1895. Sua obra mais famosa é O Ateneu. Foi publicado pela primeira vez em 1888. Um ano antes da proclamação da república.
Aqui temos um narrador personagem que conta suas experiências num colégio interno de classe alta no Rio de Janeiro, famoso pela rigidez na educação. A narrativa é memorialista, ou seja, Sérgio está adulto quando conta sobre sua entrada no Ateneu aos 11 anos e ficou lá por mais ou menos 2 anos.
O colégio funciona como uma analogia ao mundo. Lá ele vai aprender sobre relações humanas, relações de poder, maldade e amizade. Existe crítica sobre a visão mercadológica da educação e do governo monárquico no Brasil. O colégio tbm funciona como um rito de passagem. Sérgio sai do conforto de sua casa e família para enfrentar a vida, aprender sobre as pessoas, sobre si mesmo e amadurecer. O livro pode ser considerado parcialmente biográfico já que existem semelhanças entre a personagem principal e o autor.
O vocabulário é extremamente rebuscado e isso fica estranho porque não parece que é o personagem que está falando e sim o escritor querendo exibir seu conhecimento, soa às vezes muito arrogante.
Vale ressaltar que nessa edição que li, clássicos saraiva, tem excelentes textos de apoio, explicações sobre diversas correntes literárias e o contexto histórico da obra. Essa edição é espetacular!!!???
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Lucas 14/08/2023

Foi uma das melhores leituras que já fiz em alguns anos. Fiquei impressionado com a maneira que o Raul Pompeia escreve e com algumas comparações geniais que ele faz durante o livro. Que baita retrato de uma sociedade inteira compactada em um internato. Recomendo demais esse livrão!!!!
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Marcelo217 03/08/2023

Memórias saudosistas de Raul Pompeia
É a terceira vez que leio esse livro. Já li ele no ensino médio, pra fazer um vestibular e agora é a primeira vez que sinto ter "maturidade" pra compreender, de fato, esse relato do Raul Pompeia.

A linguagem não é fácil, muito hermética. Um realismo-naturalista-impressionista-expressionista que convida o leitor a imergir nas memórias dos anos escolares de Sérgio (que talvez sejam do próprio autor). O livro é todo um grande relato de suas percepções acerca do colégio interno que faz Pompeia refletir além e apresentar um posicionamento acerca da própria sociedade da época.

Os capítulos, sequencialmente, expressam estágios que o personagem vivencia durante seu cotidiano: o temor inicial sucedido de medo, desilusão, revolta, apatia, tédio e resignação. Todos esses sentimentos levam Sérgio a se rebelar frente a dinâmica do internato. Os conflitos giram em torno de amizade, sexualidade, interesses e reflexões de como a vida enclausurada se desenvolve entre os jovens no Ateneu.

Nos capítulos finais apresentam crises existenciais que levam o leitor um pouco pra fora da narrativa e perceber como a sociedade se desenvolve de forma (ainda mais) elitista e machista no fim do século XIX. Através da formação moral dos estudantes, há uma série de questionamentos sobre perspectivas de futuro e sobre como os indivíduos na sociedade são como são. A relação de Sérgio com os outros alunos é pautada por sofrimento, frustração e revolta. Uma verdadeira denúncia sobre o sistema educacional oitocentista.

Tudo é muito sugestivo e as impressões que o narrador observador/personagem informa são sempre para manter um diálogo direcionado com o leitor. O autor utiliza muitas referências bíblicas, científicas, mitológicas e literárias para desenvolver seu relato, o que traz ainda mais aspectos autobiográficos, visto que Raul Pompeia além de escritor, era um ótimo crítico literário. A figura feminina é disposta de forma muito precisa (prima: devoção ingênua aos valores cristãos//Amália: a mulher inalcançável na hierarquia social// Ângela: sexualidade feminina// Ema: amor maternal) sendo predominante a relação masculina o que caracteriza a dualidade da relação afetiva com muito aspectos homoafetivos e hierárquicos.

Através de seu relato, Raul Pompeia constroi O Ateneu uma metáfora da sociedade com a ideia de sucesso relacionada à adaptação e resignação. O final sintetiza muito bem a postura masculina e seus ideais de resiliência. A leitura é bastante datada e dificilmente agradará alguém que faça uma leitura corrida. Cada trecho traz uma forma simbólica de denúncia social. Através da imersão na jornada de Sérgio, o leitor encontrará nO Ateneu, uma experiência frustrada e uma indignação bem embasada sobre a dinâmica escolar e social no fim do Brasil-império.
Frankcimarks 06/08/2023minha estante
Ótima resenha. Já li esse livro, mas pouca coisa ficou em minhas impressões.


Marcelo217 06/08/2023minha estante
Aconteceu a mesma coisa comigo das primeiras vezes que li kkkkkk




Duda 31/07/2023

Dificílimo
A leitura é muito difícil. Sem brincadeira. As palavras e expressões são muito diferentes das que usamos hoje em dia, o livro trás temas muito relevantes mas como a linguagem é muito antiga torna muito difícil continuar lendo, se não fosse obrigação de vestibular eu teria desistido na primeira página.

Apesar disso, o livro trás temas muito importantes para os dias de hoje, como a educação dos jovens que até hoje só é focada na memorização e não no verdadeiro conhecimento e outras questões bem sérias como homossexualidade/homofobia, educação não violenta, aristocracia, amadurecimento, adolescência e muitos outros. A leitura não é nada fluída mas os temas são muito interessantes mesmo, se tivesse menos descrições de cenário/sentimentos e fosse em um linguajar mais atual, seria uma ótima experiência.

Em minha defesa até a bibliotecária que me emprestou esse livro falou que só leu uma vez e que foi difícil pra caramba!(ela já é idosa :)

Se vc precisa ler vai fundo e boa sorte! Tenta não se distrair e confia no Sérgio ele é legalzinho... Ah e se precisar assiste a análise do canal "Leio, logo escrevo", o professor Fefo arrasa e facilita muito as coisas!
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Maria1691 11/07/2023

Usei chat gpt, mas concordo com tudo que ele disse
"O Ateneu" é um clássico da literatura brasileira escrito por Raul Pompeia e publicado em 1888. A obra é considerada um marco do Realismo no Brasil e retrata a vida em um colégio interno de elite no Rio de Janeiro do final do século XIX.

Contextualizando a obra ao período em que foi escrita, é importante mencionar que o Brasil vivia um momento de transição. A monarquia havia sido abolida em 1889, apenas um ano após a publicação do livro, e o país estava em vias de se tornar uma república. Essa transição política e social influenciou a forma como Raul Pompeia retratou a sociedade brasileira em "O Ateneu".

A história é narrada em primeira pessoa por Sérgio, um jovem de classe média alta que é enviado pelo pai para estudar no colégio interno conhecido como Ateneu. O livro descreve a vida dos alunos nesse ambiente fechado e opressivo, onde regras rígidas e disciplina severa são impostas aos estudantes. Sérgio, ao longo da narrativa, passa por diversas experiências marcantes, como a descoberta da sexualidade, o confronto com a autoridade e a hipocrisia dos adultos, e a solidão existencial.

"O Ateneu" aborda de maneira crítica a educação elitista e repressora da época, expondo as contradições e falsidades da sociedade brasileira daquela época. O colégio interno representa uma espécie de microcosmo da sociedade, onde as relações de poder, a hierarquia social e a corrupção estão presentes. O autor utiliza a escola como uma metáfora da sociedade, revelando as mazelas e hipocrisias que permeavam a vida dos personagens.

Raul Pompeia utiliza uma linguagem cuidadosa e detalhada, explorando a psicologia dos personagens e suas interações sociais. Ele retrata a formação do caráter do protagonista em contraste com a falta de valores e a corrupção moral que ele encontra no Ateneu. A obra também aborda questões como o papel da educação na formação do indivíduo e a influência do ambiente na construção da identidade.
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Jeh.vias 07/07/2023

A obra faz parte do movimento naturalista e expressionista.
Nela, o autor deixa claro algumas questões como visão política, relacionamentos afetivos (inclusive homossexuais), relações pedagógicas e a ambição do diretor do colégio.
A escrita é muito rebuscada, o que torna o livro maçante e muito pesado de se ler.
Confesso que em muitos momentos eu li apenas por ler, sem me ater tanto aos significados das palavras.
Reconheço o valor da obra para a literatura brasileira, principalmente no caso da escola literária e do momento de vida do autor, mas acredito que ela tenha se tornado tão ultrapassada, que fica chata.
Na minha humilde opinião, o autor pesou muito nos pontos em que devaneia sobre as memórias e explorou muito pouco algumas partes da história do colégio em si, que poderiam contribuir muito mais para enriquecer a obra.
Enfim, dei uma nota 1,5 (sem querer, pois ia dar dois) porque tirei 1 ponto de fluidez da leitura, 1 ponto por não ter me prendido na história e 1 ponto pela história ser chata!
Li este livro por tê-lo ganhado do meu tio a muitos anos atrás e ter tentado ler por umas outras 3 vezes sem sucesso, e com o histórico de leitura foi mais fácil conseguir me focar, apesar de me dispersar as vezes enquanto lia.
Parecia que até as moscas do ambiente, de repente, se tornaram mais interessantes do que milhões de palavras difíceis até de pronunciar.
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Hannah 07/07/2023

Uma obra bem interessante. Um dos pontos negativos é possuir uma escrita, que hoje não estamos acostumados, assim, se tornando uma leitura mais lenta e cansativa. Comparado aos outros que li, esse foi o mais legal, pela história. É um tema de ótimo repertório, para redações, pesquisas e textos e informativos.
??Vais encontrar o mundo, disse-me meu pai, à porta do Ateneu. Coragem para a luta??
?O tédio é a grande enfermidade da escola, o tédio corruptor que tanto se pode gerar da monotonia do trabalho como da ociosidade?
?Alguns meses apenas, desde que vira, à primeira vez, as ideais crianças vivificadas no estuque pelo contágio do entusiasmo ingênuo, ronda feliz do trabalho? Agora, um por um que os interpretasse, aos pequenos hipócritas mostrando as nádegas brancas com um reverso igual de candura, um por um que os julgasse, e todo aquele gesso das facezinhas rechonchudas coraria de uma sanção geral e esfoladora de palmadas.?
?Aqui suspendo a crônica de saudades. Saudades verdadeiramente? Puras recordações, saudades talvez se ponderamos que o tempo é a ocasião passageira dos fatos, mas sobretudo - o funeral para sempre das horas.?
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yasneryst 23/06/2023

Que livro difícil de ler.
A linguagem é ultra rebuscada, a narrativa não é sempre linear, a divagação é comum.
Como leitora, me perdi muitas vezes nos devaneios, e me peguei pensando no jantar enquanto deveria estar absorvendo as palavras do livro. Tive que recorrer à um truque que uso desde muitos anos para me manter concentrada no livro, ouvi o audiobook para acompanhar a leitura.
Funcionou, não abandonei.
No entanto, por várias vezes tive que me lembrar que o propósito do livro é ser “quase bibliográfico” e que as informações ali contidas tinham o objetivo de contar a história de uma pessoa normal com lembranças normais.
Entendo a importância, entendo a escola literária onde a obra está inserida e entendo a relevância histórica, mas não me pegou. Teria compreendido melhor se tivesse lido em meus tempos de escola.
Vitória Marques 05/10/2023minha estante
Eu recorro aos filmes, quando há. Eles ilustram toda a estória. Com isso, o entendimento da leitura é melhor.




Isac.FeijAo 17/06/2023

Incrível
É impressionante a quantidade de pessoas aqui dando notas baixas simplesmente por serem ignorantes e não conseguirem ler a obra. Enfim, pra quem tem um mínimo de senso, vai ver o quão profunda e importante é essa história que não só é sobre um colégio e um aluno, mas sim um recorte perfeito da história da pedagogia brasileira( e o quanto ela tem sido falha).
Jeh.vias 01/07/2023minha estante
Oi, estou lendo resenhas sobre este livro, pois comecei a ler hoje. E quis vir discordar de um ponto seu, se me permite!
A questão da pedagogia brasileira só é falha, porque o ensino é tratado como mercadoria. E eu acho que isso ficou bem claro na obra quanto o autor escreveu "Ateneu era o grande colégio da época. Afamado por um sistema de nutrido réclame, mantido por um diretor QUE DE TEMPOS EM TEMPOS REFORMAVA O ESTABELECIMENTO, PINTANDO-O JEITOSAMENTE DE NOVIDADE, COMO OS NEGOCIANTES QUE LIQUIDAM PARA RECOMEÇAR COM ARTIGOS DE ÚLTIMA REMESSA;"
E em vários outros trechos, o autor deixa bastante claro que o diretor exprimia maior admiração pelos filhos mais abastados, até na forma como "oferecia a mão" par os garotos mais novos beijarem...
Infelizmente o ensino no nosso país está diretamente relacionado ao capitalismo desde a época do império!! Dificilmente isso irá mudar, não há pedagogia que supere questões sociais.
Inclusive, já de início deu para perceber o quanto o livro fala sobre questões políticas! O próprio filho do Aristarco era "Republicano" e por aí vai...


Isac.FeijAo 11/07/2023minha estante
Mas tratar a educação como mercadoria também é um problema pedagógico ué




balajaca 15/06/2023

Miniatura (incompleto)
Às vezes enfadonho, noutras, tocante. Num mosaico de metáforas sobrepostas, o autor emitiu a sensação de memória, das alegrias e dramas passageiros, como suas obsessões. Destoante de outros romance realistas, O Ateneu é subjectivo e naturalista, nos jovens caóticos, traíras, essas miniaturas dos adultos, mas sob a perspectiva do Sérgio, influenciado por Rabelo, mutante alá água, suprimindo, exagerando, romanceando seu cosmos. Como se tudo fosse em miniatura.
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Ziggy7 05/06/2023

...
Eu confesso que no começo do livro eu queria estudar lá, mas conforme foi passando o tempo eu comecei a ficar cada vez mais assustado com as atitudes deles. E se você parar e pensar, verá que os adultos e a sociedade em geral agem como essas crianças, com a única diferença de que a escola serve como microcosmo das crianças para mostra-las desde já que a hierarquia social existe e é respeitada por bem ou mau.
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Natanael26 03/06/2023

Ainda não era a hora!
Acho que minha mente e meu conhecimento linguístico ainda não estava preparada para esta leitura. Na minha opinião, é apenas um emaranhado de palavras difíceis, que não falam nada e levam à lugar nenhum! Mas vou reler algum dia, quando eu tiver maior conhecimento das palavras!
Vitória Marques 05/10/2023minha estante
Desculpe-me, mas até onde você conseguiu ler?


Natanael26 04/12/2023minha estante
Eu li até a última página, kkkkk. Foi triste. Não tava preparado para essa leitura.




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