Saga

Saga Erico Verissimo




Resenhas - Saga


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lucasfrk 31/07/2024

Saga ? comentario
Livro que encerra o ?ciclo de Clarissa? (ou de Vasco), Saga (1940), de Érico Veríssimo, é bastante inconsistente, mas possui bons momentos. A obra se divide em duas partes, onde a primeira descreve a participação de Vasco Bruno na Guerra Civil Espanhola do lado dos combatentes republicanos, e a segunda, seu retorno à Porto Alegre. Fica claro, para mim, todavia, a inserção de passagens e personagens desnecessários como o principal defeito da obra ? não falo apenas de personagens como Sebastian Brown e companhia, mas de outros doutros livros, como Eugênio Fontes, que, ao meu ver, já fechou seu ciclo em Olhai os lírios do campo (onde, aliás, aquele sentimentalismo barato de apelo religioso me fisgou, sim, e caí como um patinho, apesar de ainda gostar do livro de 1938). O único personagem realmente bem desenvolvido por aqui é mesmo o Vasco, que afinal concluiu sua jornada pessoal de amadurecimento (nem mesmo Clarissa tem uma voz tão ativa quanto no bom Clarissa, de 1933, e no ótimo Música ao longe, de 1936). A questão da polifonia, das múltiplas vozes, parece ficar muito reduzida a Vasco e Eugênio (nem Noel e Fernanda têm tanto destaque, inclusive existe uma sugestão de um triângulo amoroso muito do bizarro). Enfim, deixo aqui só uma carta endereçada ao escritor, onde Lygia Fagundes Telles dizia: ?[?] sei que existe também Porto Alegre, porque o escritor Erico Verissimo faz livros aí. E bonitos livros. Li Saga e continuo gostando mais do distante Música ao longe. Achei Saga um pouco postiço. O senhor já esteve no front?? (Excelente escolha de palavras, ao contrário do comentarista aqui presente.)
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Marcos774 12/12/2023

Érico é genial. Uma história que nos faz refletir e sentir como é bom viver. A primeira parte é o destaque. Muito bom.
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Marília 26/01/2023

Gostei da história só que achei que ficou um gostinho de quero mais. A história podia ter mais umas páginas.
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Edmar.Candeia 04/12/2022

Boa leitura
Como estou na sequência das obras de Érico Verissimo gostei da leitura. Mas creio que isso só foi possível porque conhecia os personagens da obras anteriores, senão seria difícil acompanhar. O enredo não é surpreendente, mas não chegar a ser enfadonho.
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Anienne 02/12/2020

SAGA
É sempre muito difícil para mim, escrever Resenhas sobre os livros do Érico Veríssimo porque eu sou muito apaixonada pela sua obra.

Ele criou um universo na Porto Alegre da década de 30, onde vários dos seus personagens de livros diversos entre os seus romances urbanos, se cruzam, se conhecem, etc. Em "Saga" vamos ter vários fechamentos das histórias de vários deles.

É muito bom enquanto lemos, lembrar de outros livros. A gente vai tecendo uma teia e a história torna-se bem maior do que a que é posta no livro atual.

Aqui, temos Vasco como narrador e personagem principal e vamos vivenciar com ele as agruras da guerra espanhola, onde ele ficou por 1 ano e daí tudo vai se desenrolando e se associando ao amadurecimento do personagem, que deixou a prima Clarissa no Brasil.

Eu amei demais!,

Ler Veríssimo é se dar conta da realidade social, é aprender História de verdade, não as mentiras que nos ensinam na escola, é conhecer personagens que bem podiam ser reais e é muito prazeroso!

Sempre é possível crescer lendo Veríssimo.
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laiscguima 19/08/2020

"A mais estranha das sagas"
Esse é um livro de fechamento, para diversas histórias que surgiram nos livros publicados anteriormente pelo autor.
É óbvio que Verissimo tinha um carinho muito grande pelos seus personagens e depois de ler Clarissa, Caminhos Cruzados, Música ao Longe, Um Lugar ao Sol e Olhai os Lírios do Campo; nós, leitores, também acabamos criando afeição por eles. Nesse livro temos então um encerramento, uma despedida merecida.
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Marina 14/08/2020

Este era o último romance de Érico Veríssimo que me faltava ler. Uma de minhas metas era ler todos os romances (meu gênero literário favorito) deste que é um de meus escritores preferidos. Gostei de ver em Vasco traços das reflexões e quesitonamentos que fazem parte e marcam as obras de Veríssimo, No entanto, não gostei de inúmeras coisas: observações de Vasco, atitudes (racistas, machistas, na minha percepção), a forma como Clarissa se transforma nessa mulher submissa, a qual espera o homem de braços abertos, sem questionamentos, sua vida, aparentemente, só existe em torno dele. Sinto sede de reler os livros do autor que fizerem-me sentir mais perto de mim, do que acredito, como "Olhai os lírios do campo" ou "Incidente em Antares", os quais li há muito e preciso retomar. De toda forma, Érico Veríssimo continua, sim, entre meus autores especiais!
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Craotchky 24/05/2017

Verissimo, Clarissa, eu, e um adeus
"Curiosa coisa é a Guerra: nunca vi as caras de meus inimigos."

Devo admitir que Guerra é um assunto que não me cativa, não desperta meu interesse, muito embora eu saiba da importância histórica delas e suas várias consequências. Não é um tema que consiga me cativar, me provocar um interesse sincero. Por isso, foi uma grata surpresa eu gostar da primeira parte do livro em que Vasco narra sua experiência na guerra civil espanhola.

O livro tem duas partes bem distintas: na primeira parte Vasco Bruno está lutando na guerra civil espanhola, pouco antes da segunda Grande Guerra. Incrível como Verissimo, que até onde sei nunca tomou parte em nenhuma guerra, descreve as barbáries das batalhas. A segunda parte se passará em Porto Alegre, com o retorno de Vasco para o Brasil. Está segunda parte é muito parecida com Um Lugar Ao Sol, na verdade dá para dizer que é uma continuação.

Saga também reúne personagens de todos os outros romances de Erico publicados antes dele. Destes, ainda não li somente Caminhos Cruzados. O próprio Erico tece críticas ao livro no prefácio, alegando não o ter escrito por inspiração e sim por já estar, naquele momento, há algum tempo sem lançar um romance. Então um ex-combatente lhe ofereceu seu diário de guerra para que o escritor o aproveitasse em algum romance. E foi o que aconteceu.

Verissimo achava Saga seu pior livro:
"Mas não serão de natureza apenas política os erros e deformações deste romance. Literária e artisticamente muitas são também as restrições que faço a Saga."

Há excelentes diálogos, assim como em outros livros do autor. E quando falo da qualidade das conversações não é apenas um elogio estético; quero salientar sobretudo os assuntos tratados nessas palestras. Filosofia (constante presença de conceitos platônicos), sociologia, existencialismo, humanismo, política... E claro que isso só será motivo de louvor se o leitor tiver afinidade com esses temas, e eu tenho.

E Clarissa, ah Clarissa. Clarissa é um pedaço especial na minha vida de leitor. Conheci Clarissa no livro que leva seu nome: foi amor à primeira vista. Logo reencontrei-a numa Música Ao Longe. Após este segundo encontro, procurei marcar o próximo em Um Lugar Ao Sol. Saga é nosso último encontro, nosso último capítulo, nossa despedida, o fim de um ciclo, nosso momento final.

Como é difícil dizer adeus.
Natalie Lagedo 24/05/2017minha estante
Aaah, que resenha linda!


Craotchky 24/05/2017minha estante
Curiosamente eu acho esta a pior entre todas que escrevi sobre os livros do Erico. Acho que os parágrafos estão meio desconexos.


Samara 31/05/2017minha estante
Você fala tão bem do Érico, que fiquei curiosa para ler algum de seus livros


Craotchky 31/05/2017minha estante
Pois trate de acabar com a curiosidade. Recomendo fortemente Clarissa para começar.




Egídio Pizarro 29/09/2016

É paradoxal: tenho tanto a dizer sobre "Saga" que não sei o que dizer. Érico Veríssimo retoma os personagens criados em torno de Clarissa, com ênfase em Vasco Bruno, que é o narrador. Inicialmente dei falta da presença de Amaro, o músico frustrado, mas como Vasco Bruno narra tudo em primeira pessoa, vi nisso mesmo a explicação.

Há ainda a presença de personagens de outras obras do próprio Érico, "Caminhos Cruzados" e "Olhai os lírios do campo". Deste último, inclusive, Érico Veríssimo mostra-se arrependido, conforme conta no prefácio. A propósito: se tua edição vem com um prefácio, leia depois da obra. É melhor.

A intensidade literária de Érico Veríssimo é tão impactante que me deixa sem fôlego. A conversa onde Sebastian Brown relata um sonho a Vasco Bruno me paralisou. As barbáries da Guerra Civil Espanhola me deram um nó na garganta.A visão de Fernanda sobre a pluralidade de visões religiosas. A conversa de Vasco com o Dr. Abel, mais para o final do livro, onde há uma crítica ao consumismo tão simples quanto arrebatadora e que é atual desde sempre...

E é nessa conversa entre Vasco e Dr. Abel que há algo igualmente atual desde sempre:

- O Dr. Martin, graças a quem estou vivo aqui na sua frente, devastando este prato, me disse palavras reveladoras. Não há uma solução geral, uma salvação para todos os homens...
- Claro. Podemos massacrar os homens em massa mas é difícil oferecer-lhes uma salvação em massa.

Cada vez mais fã dos Veríssimo.
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Marlo R. R. López 30/12/2009

Como sempre, os personagens de Erico estão às voltas com questões existencialistas, sentindo-se deslocados em um mundo de tanta miséria moral e de tantas injustiças. Como conseqüência disso, temos diálogos belíssimos sobre viver uma vida justa e simples, sobre a doença mental da humanidade, sobre questionamentos de natureza ética, sobre sonhos e amor ao próximo - isso tudo passando longe da pieguice, note-se bem. O autor é simplesmente especialista em diálogos e, especialmente neste Saga, nada deixa a desejar.

Resenha completa em: www.artigosefemeros.blogspot.com
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zette 14/05/2009

Saga... fim de uma historia.
Para mim, o mais comovente livro de Erico Verissimo , que consegue unir os personagens de varios livros de sua grande coleção - Musica ao longe, Clarissa, Olhai os lyrios do campo, Um lugar ao sol, Caminhos cruzados,fazendo-nos lembrar de Dr Seixas, Fernanda, Noel, Pedrinho, entre outros, Clarissa sempre a espera do seu Vasco que volta da guerra espenhola tendo uma outra dimensão da vida.
Seu epilogo é comovente e sempre leio esta parte do livro pela singeleza com que foi escrito qdo ele enaltece o valor da terra a beleza da natureza e a inutilidade das guerras. Beleza de livro.
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Elu 02/02/2009

Sobre Saga
Quando eu li o livro, foi no afã de seguir lendo sobre Vasco e Clarissa. O que foi um erro pois o livro é muito mais que isso. Conta uma parte importante da história muito pouco falada ou lida. Entendi também um pouco sobre espíritos livres, ou sobre como até os espíritos livres tem algo que os prendem. Recomendo.
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guibre 02/02/2009

Trata-se de uma obra deveras interessante, pois retrata um acontecimento histórico relativamente pouco abordado em livros (mesmo que esse seja uma obra ficcional, com base em relatos de um combatente). A descrição dos fronts de batalha soa consideravelmente fidedigna, assim como o contexto geral da guerra.
No entanto, ao ler a parte que aborda o retorno de Vasco Bruno ao Brasil, ocorreu um certo desinteresse pela obra, especialmente em sua parte final. Mesmo que haja um interessante retrato da "sociedade burguesa" e todas as suas hipocrisias, falsidades e contra-sensos, incluindo-se debates, na minha modesta opinião, muito interessante entre personagens, essa parte do livro contrariou boa parte das minhas expectativas.
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