O Cortiço

O Cortiço Aluísio Azevedo




Resenhas - O Cortiço


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Bianca.- 26/09/2024

O Cortiço
Esse é a primeira obra que eu leio desse autor e admito que no início eu somente li por curiosidade, mas o livro me surpreendeu em vários aspectos, pois me fez refletir e ter vários questionamentos sobre a humanidade, seu lado mais obsceno e conflituoso. A palavra cortiço tem o significado de: uma casa de habitação coletiva em que reside os pobres.
O protagonista da história é o João Romão, um pobre ambicioso e astuto. Sobrevivendo mais um dia, João conhece uma escrava trabalhadora que tomando conhecimento do seu dinheiro a oferece ajuda diariamente, eles se tornam amigos ao longo da convivência e a obra se desenvolve a partir desses fatos.
O livro aborda diversos questionamentos, conflitos mental e psicológico sobre a curiosa raça humana e seu comportamento diante ao dinheiro, amor, luxúria, sofrimento e ambição. Altamente recomendável para aqueles que gostam de um clássico turbulento.
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Lucas Mart1m 26/09/2024

Péssimo
Pior clássico que eu já li, independente da importância dada a essa obra achei tudo bem ridículo, também não sou nenhum professor de português para elogiar isso.

Achei tudo tão sem propósito e escrito de um jeito tal irresponsável, não vou nem falar o quanto a visão naturalista é preconceituosa também, enfim o livro não acrescentou em nada para, já conhecia a história pelo ensino médio e vale só saber o resumo mesmo.

Me impressiona mesmo é aquela peça de teatro em SP que eu vi, conseguiu transformar esse texto fraco em algo bom de verdade
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Leticia2513 23/09/2024

O cortiço é um clássico naturalista que retrata fielmente a trágica e brutal realidade brasileira.
Apesar de ter sido escrito há mais de 100 anos, o que é retratado na obra dialoga fortemente com a atual sociedade, na qual os horrores humanos são perpetuados há séculos.
O livro mostra o cotidiano do cortiço e seus moradores, a natureza animalesca dos indivíduos, com histórias às vezes difíceis de ler e muitos detalhes. Acredito que em alguns aspectos a obra está à frente do seu tempo.
Gostei do livro, apesar de muito descritivo, retrata fielmente a cruel realidade. Mais um clássico brasileiro que merece ser lido.
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Jeanpaia 22/09/2024

O Cortiço.
Demorei pra terminar de ler por causa do meu hiperfoco por hq q tô tendo ultimamente. mas o livro é bom, apesar de ser um livro com MTA coisa bastante ultrapassadas, como questões racistas e tal.
é um livro com mta coisa meio desnecessária e pesada, mas não deixa de ser um espelho da realidade que se perpetua desde 1890 e até antes.
final trágico e um livro difícil de ler em muitos momentos, mas é merecedor do título de clássico.
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Clara4499 22/09/2024

Uma crítica social essencialmente única
"O Cortiço" é um livro extremamente bem construído. No início, o grande número de personagens me incomodou um pouco, mas, conforme avancei na leitura, percebi a importância de cada um deles, sendo todos muito bem desenvolvidos.
A narrativa não se concentra na vida de um personagem específico; o verdadeiro protagonista é o próprio cortiço, que nunca está em silêncio. A todo momento há alguma coisa acontecendo, sejam traições, brigas, ou a energia de festa e animação, independentemente das circunstâncias. A obra é extremamente dinâmica, mas é notável o clima de tristeza e nostalgia que permeia sua atmosfera.
O que mais me agradou foi a maneira como o livro reflete a vida real, mostrando como ela muda com o tempo, deixando apenas as boas memórias do passado.
O final de "O Cortiço" é surpreendente e não poderia ser mais impactante. Além disso, contém muitas críticas sociais relevantes. Recomendo muito essa leitura.
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JAugustoSB 21/09/2024

Naturalismo e fofoca
Aluísio de Azevedo faz um ótimo jogo de palavras animalesca para caracterizar as coisas e situações. Os acontecimentos do cortiço parecem as fofocas que eu escuto aqui na rua, é tão real e crível. Cada personagem é marcante, como a Bertoleza, Rita Baiana, Miranda, o próprio construtor do cortiço, o João Romão, a Leocádia, a filha do Miranda, Jerônimo...
Esses personagens se interligam nas histórias e acontecimentos. Eles são interligados parecendo uma família, apesar das divergências e brigas.
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Ivana M. 19/09/2024

Transgressor
"O Cortiço" é uma das obras-primas do Naturalismo brasileiro, escrita por Aluísio Azevedo, que, com olhar clínico e impiedoso, expõe as entranhas da sociedade carioca do final do século XIX. O autor utiliza o cortiço como um microcosmo, onde as classes sociais mais baixas se misturam e revelam a degradação humana. A abordagem naturalista de Azevedo faz com que os personagens sejam retratados de forma zoomórfica, aproximando-os de instintos primitivos, quase animalescos, e ressaltando o determinismo que rege suas vidas.

Um dos pontos centrais da obra é a zoomorfização dos personagens. Azevedo transforma os moradores do cortiço em figuras bestializadas, guiadas por impulsos básicos como fome, sede, desejo e sobrevivência. A figura de João Romão, o português dono do cortiço, é emblemática nessa ótica: ele é retratado como um ser ganancioso, que age como um predador, explorando sem escrúpulos os pobres que vivem sob seu domínio. Bertoleza, sua companheira negra e escrava, por outro lado, é tratada como uma besta de carga, presa em um ciclo de trabalho extenuante e submissão. Esses personagens, e tantos outros, são reduzidos a suas funções biológicas, aproximando-se de uma condição animal, o que reforça a ideia de que as circunstâncias determinam suas ações e comportamentos.

A crítica social implícita é outro aspecto essencial de "O Cortiço". Azevedo, ao descrever o ambiente miserável em que vivem seus personagens, constrói uma denúncia velada das condições de vida das classes mais pobres. O cortiço, como entidade viva e pulsante, parece devorar aqueles que ali vivem. As paixões e os vícios dominam o espaço, e as interações entre os personagens são marcadas por inveja, cobiça e desejo sexual. Azevedo revela, assim, o contraste entre a aparência de progresso do Rio de Janeiro e a realidade brutal dos marginalizados.

O autor também lança um olhar crítico sobre a ascensão social. João Romão, apesar de ter ascendido economicamente, não consegue se desvencilhar da sua natureza avarenta e animalizada, mesmo quando busca se inserir na classe burguesa. Sua transformação final, ao casar-se com Zulmira e adquirir status, não é uma redenção, mas uma continuação de sua luta selvagem por poder e controle.

"O Cortiço" é, portanto, uma obra que expõe de maneira crua e realista as feridas sociais do Brasil de seu tempo, utilizando a zoomorfização dos personagens como um recurso literário para ressaltar a degradação humana imposta pelas condições de vida precárias. Ao transformar seus personagens em seres que agem por instinto, Azevedo denuncia um ciclo de opressão social que, apesar de suas nuances, ainda reverbera na sociedade moderna.
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Arthur1492 19/09/2024

A brutalidade da realidade brasileira e o egoísmo assassino.
Quanta semelhança é possível encontrar nesse livro entre a sociedade retrata da época e a atual. Aluísio Azevedo escreveu sem pudor como são as relações humanas, seja na prostituição ou no preconceito elitista. Paralelamente, essa obra é chocante porque apresenta a realidade como ela é: brutal; e isso faz com que nós possamos nos assustar ao ler situações e temas discorridos no livro, pois sabemos que eles de fato existem.
Toda a podridão humana é exposta aqui, mas para mim a história que mais me baqueou foi o da Pombinha.
Por fim, que fim triste e violento. A avareza e o desejo de estar acima de outros é fatal e trágico.

João Romão é mais podre do que toda roupa lavada pelas mulheres nesse cortiço.
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Priscila566 18/09/2024

O Cortiço
Finalmente terminei de ler O Cortiço (demorei muito, eu sei). O livro, considerando a época em que foi escrito, é muito bom, sendo uma obra do realismo/naturalismo. No entanto, esse estilo não é o que eu mais aprecio nas leituras.

Fiquei impressionada com a forma como o determinismo é retratado na obra, especialmente na maneira como os personagens são influenciados simplesmente por viverem no cortiço. Eu senti muita raiva do Jerônimo e da Rita; eles foram simplesmente insuportáveis, e as cenas em que o Jerônimo está doente, e a Rita cuida dele me deixaram irritada demais. Suas ações me estressaram muito!

Em relação ao João Romão, é explícito como ele vai se tornando cada vez mais capitalista, sem se importar com os meios para atingir seus fins. E aquele final? A morte da Bertoleza foi extremamente triste, e o fato de o João Romão ainda ser reconhecido pelo clube abolicionista foi uma enorme hipocrisia.
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mluisad 17/09/2024

Um clássico carioca
Um livro que tem como foco um português que encanou uma mulher negra escrava para pegar o dinheiro dela para viverem juntos, e com o seu pensamento de ser rico e egoísta, foi se construindo uma venda e o cortiço através de enganar muita gente, apesar do foco do livro trazer o caso do português, ele relata a maior parte do tempo relatos de vida e história do dia a dia daqueles que vivem no cortiço.
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Anna 16/09/2024

Sensacional
Nunca fiquei tão conectada com uma obra clássica antes da forma que me liguei com essa. Todos os personagens me envolveram, a história me prendeu do início ao fim. Tô simplesmente em choque com esse final? ainda estou sem palavras
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GeovannaRibeiro 15/09/2024

Brasil de cortiços
Uma representação de um Brasil cheio de cortiços e casos como os aqui representados. Cenas fortes, violência, cotidiano. Um livro pra representar o caos do dia a dia, a desigualdade, a visão do mundo sobre o brasileiro.
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flapicolo 15/09/2024

País do preconceito
O livro foi publicado em 1890 e é uma síntese do Naturalismo brasileiro. Trata-se de um retrato do que era o Brasil no fim do segundo Império: agrupamentos humanos em função da raça, do meio e do momento histórico. O predomínio dos instintos o comportamento tô do indivíduo, o meio como determinante de comportamentos e denúncias sociais estão amplamente presentes na obra.

As atitudes de João Romão me chocaram, especialmente no fim do livro, mas nada mais são do que um retrato realista do egoísmo, do preconceito, do realismo, do classismo, do individualismo exacerbado no qual fomos criados.
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Mariany.M 14/09/2024

Mais um livro que eu li obrigatoriamente para um seminário da escola. O tema dessa vez diferente dos últimos do romantismo que li foi sobre o naturalismo, acho que entre todas as leituras nos bimestres anteriores essa foi a que eu mais me interessei, além de ser livros cobrados em vestibulares, o cortiço em específico trás uma abordagem complexa e real, chega ser encantador vc conseguir fazer uma análise desse livro com o contexto histórico e com a escola literária e perceber o pq ele é tão importante e cobrado. Recomendo muito
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