amy lê uns livros 30/08/2021
Surpreendente, mas levemente incômodo
Quem me conhece sabe o quanto eu amo os livros do David Levithan e que Todo Dia é um dos meus prediletos, então é claro que, diante da minha leve decepção com sua primeira sequência Outro Dia, estava com as expectativas meio baixas sobre esse livro. Admito que o começo realmente foi chatinho de engolir, principalmente por conta de X fazer um monte de babaquices simplesmente por bel-prazer, nunca trazendo informações que humanizassem o personagem, mas as coisas melhoraram da metade para a frente, principalmente quando começam a nos introduzir mais pessoas como A e X, que trocam de corpo, permitindo uma visão mais plural sobre a situação.
A e Rhiannon não mudaram tanto conforme o andar da história, mas considerando o tom mais reflexivo que esse livro tomou, não achei exatamente um problema. A incessante mudança de ponto de vista, por outro lado, foi um pouco incômoda em certos momentos, mas, num modo geral, acho que tem um final bem mais satisfatório que Outro Dia (ainda que o primeiro livro do que veio a se tornar uma série continue sendo o que mais me agrada). Sinto que foi uma conclusão bem aceitável, ainda que não seja 100% verosímil.