Malone Morre

Malone Morre Samuel Beckett




Resenhas - Malone morre


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rosesinwinter 11/02/2024

Malone morre - 2024
Achei bem paia e confuso, que bom que é um livro curto.
não gostei e não recomendo também, duas estrelas.
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Ana 12/01/2023

A morte como único destino certo.
Malone Morre foi publicado em 1951 e é o segundo volume do que se considerou chamar a trilogia do pós-guerra do escritor irlandês Samuel Beckett. Aqui temos um senhor que não sabe onde está, não sabe quem é, não sabe que idade tem e nem como foi parar nesse lugar. É narrado em primeira pessoa e como este narrador está confuso e com falhas na memória ficamos completamente perdidos durante a narrativa que é considerada aporética, ou seja, cheia de aporias, questionamentos sem solução, becos sem saídas. Ele entra em muitas contradições, começa um assunto e depois o esquece, divaga em tom existencialista e absurdista, sobre a falta de sentido da vida, como a existência é absurda e na verdade não existe propósito nem possibilidade de entendimento dela. O que temos certeza aqui é que ele vai morrer, como já diz o título, está velho e a demonstração da decrepitude do seu corpo e de sua memória intercalam entre a piedade e o cômico. É quase como se ele tirasse sarro da sua condição porque sabe que em algum momento todos passarão por isso. É difícil de acompanhar sua linha de raciocínio porque ela é confusa e mistura passado e presente. Me lembrou Memórias do Subsolo do Dostoiévski. Foi meu primeiro contato com este autor e definitivamente não recomendo começar por este. É um autor difícil que necessita de releituras e estudo. Sinceramente, não foi uma experiência agradável.?
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Sparr 23/07/2022

Não é um livro fácil, mas também não é complexo
Em primeiro lugar, gostaria de entender por que a Folha destacou esse livro como algo individual, se ele é parte de uma trilogia? Mesmo que possam ser lidos individualmente, talvez a experiência de leitura fosse outra...

O que torna este um livro "difícil" - e não sei se a palavra definiria o que realmente tenho a dizer - são os sentimentos do dito Malone. Dito, porque é incerto que esse seja realmente o seu nome.

A situação de estar acamado, vendo os dias se acabarem em um cubículo, remoendo e revivendo situações passadas discursos passados, eu conheço bem. Acredito que qualquer pessoa que tenha passado por uma doença por mais tempo do que gostaria, terá certa identificação, mas ela se encerra aqui. As percepções de Malone sobre tudo o que viveu são densas, mas revelam uma personalidade mais adoecida que a sua condição física.

Malone não reconhece seus erros, tem muito a dizer sobre os defeitos de outros. Isso cansa o leitor em um grau que, porraaaaaaaaa.

O livro segue em fluxo de consciência, não é tão fácil acompanhar, mas também não é complexo. Quando você se permite lembrará situação de Malone, você se permite ser conduzido do jeito que história vier. Ao final, somos os nossos próprios fantasmas. Somos as nossas máscaras e nos conduzimos, vez ou outra, aos nossos finais.
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umafacasolamina 23/01/2022

viver. falo disso sem saber o que quer dizer. tentei sem saber o que estava tentando. talvez tenha vivido, afinal, sem saber.
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Rafael 06/12/2021

"... há peras que só amadurecem em dezembro."
Malone morre está longe de ser um livro fácil de ler. Algumas partes chegam a causar tédio, o mesmo sentimento que acomete o personagem principal, por diversas vezes, ao longo desse pequeno livro. São poucas páginas. Acredito que as primeiras são as mais difíceis e as mais confusas. Malone, se esse é o seu real nome, está em um quarto, preso em sua cama, com poucos pertences disponíveis, dentre eles um bastão que permite acessar a sua comida e o seu penico, para as necessidades mais básicas, um lápis desgastado e um caderno em mau estado, o qual serve para narrar seus devaneios e registrar suas histórias relacionadas (ou não) a sua vida. Sua morte é questão de tempo e sua memória é bastante falha. Como na maior parte das histórias em fluxo de consciência, o leitor é desafiado a concluir o livro. Confesso que havia abandonado essa obra na primeira tentativa de leitura! Mas, com a sua retomada, acabei sendo surpreendido positivamente com a parte final do livro, em especial com o romance de Molly e Saposcat, digo, Macmann, personagens das histórias narradas por Malone, que se deparam com uma paixão súbita na reta final de suas vidas. A frase destacada no subtítulo dessa resenha é usada pelo autor para se referir a esse relacionamento tardio.
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André Vedder 05/12/2020

Denso...
Minha primeira leitura de Beckett e a experiência foi boa, mas não inteiramente. Faltou algo. Talvez maturidade minha para compreender melhor a proposta do autor.
Mas o fato é que o enredo gira em torno de um personagem que se encontra em um quarto, debilitado e isolado, e tudo são divagações, histórias, lembranças (reais ou inventadas) que o autor vai nos passando.
É um livro curto, mas em compensação muito denso e amargo. Beckett não propõe explicar, mas sim nos joga em um emaranhado de especulações de onde nos brinda com ótimas passagens que fez valer a pena a leitura.

"O medo da queda faz fazer tolices. É um desastre. Revivê-lo, refletir sobre ele e tirar lições, é sem dúvida o que tenho de melhor a fazer no momento. É dessa maneira que o homem se distingue dos primatas e vai, de descoberta em descoberta, sempre mais alto, rumo à luz."
Valeska 08/07/2021minha estante
É uma trilogia. O primeiro é Molloy. Talvez devesse ter lido Molloy primeiro, para uma melhor compreensão.


André Vedder 09/07/2021minha estante
Eita, não sabia Valeska. Obrigado.




Nayonara 10/11/2020

Ruim
Achei o livro muito chato, a ausência de capítulos dificultou ainda mais a leitura, a história se arrastou mt e eu quase não consegui ler até o final, não conseguiu me prender
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EduardoCDias 05/05/2020

No mínimo estranho...
Livro nada fácil, onde um homem idoso, doente, se encontra preso em um quarto desconhecido, adivinhando sua morte em breve. Para passar o tempo mais rápido se põe a contar histórias absurdas e a fazer um inventário de seus parcos pertences, alternando lucidez e loucura, presente e passado.
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BJekyll0 26/04/2020

"Não vou falar de meus sofrimentos.
Metido no mais profundo deles, não sei nada.
E aí que morro, à revelia de minha cerne estúpida.
O que se vê, o que grita é se agita são os restos. "
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suy 28/11/2019

"E talvez ele esteja ali naquele instante em que viver é vagar sozinho vivendo no fundo de um instante sem bordas, em que a luz não varia e os destroços se assemelham".
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Michel 14/08/2019

Um autor que ainda não descobri
Se você costuma usar resenhas de livros como orientação e sugestão de leitura, creio que esta não lhe servirá de nada. Menos ainda atente-se à pessoalidade da nota inserida ao término da mesma. Sim, pois talvez eu tenha cometido o equívoco venial de começar a ler Samuel Beckett por este MALONE MORRE. Trata-se aqui de uma obra subjetiva e multifacetada, que embora eu aprecie bastante o estilo, esta me foi uma leitura demasiado esgotante.

A trama é narrada pela personagem do título; um homem velho, moribundo, aparentemente debilitado e preso a uma cama de um confinamento que pode ser um hospital, manicômio ou similar. O cara possui apenas sua visão limitada do quarto, uma janela com restrita permissão visual, alguns poucos pertences os quais ele usa um lápis para escrever sobre aleatoriedades e, acima de tudo, suas infindáveis incertezas.

Malone não sabe onde se encontra, muito menos sabe dizer qualquer coisa sobre si mesmo com plena convicção. Externaliza seus pensamentos de maneira desordenada e é exatamente isso o que resume a leitura de seus relatos: desordem e mais desordem. Encontrar instantes de coerência ou permissividade aqui é algo incerto, talvez impossível. Samuel Beckett mantém a linguagem hermética por toda a trama, não nos fornecendo nada e encerrando de forma igualmente enigmática.

Por toda a leitura eu tentei alcançar o escopo psicológico do narrador, um homem claramente desprendido de qualquer forma de absolutismo, condição geralmente compreendida por aqueles que se encontram em situações similares a da personagem: o flerte progressivo e determinante da finitude.

Seus relatos começam com certa lógica, mas logo descaem para o absurdo. Quando descreve lugares, pode-se intuir tanto como uma visão distorcida do ambiente como uma mera metáfora. É notório como praticamente tudo e todos são sofríveis, personagens em limites extremos, insanos, feios, excluídos. Outras vezes somos remetidos aos arquétipos propositais do narrador, ou suas lembranças nebulosas e pouco confiáveis, ou estamos mesmo diante da tentativa de se narrar a miséria do ponto de vista de um miserável do modo mais cru que já li na vida.

Por vezes eu tive que fazer pausas por imaginar que havia perdido o foco da atenção. Relia, muitas vezes, páginas inteiras já lidas e a desordem perdurava imponente na minha cabeça. Contudo, durante toda a leitura havia um elemento que jamais se afastava de mim: a noção da indigência do ser. Seja a indigência do próprio narrador, de suas desafortunadas personagens ou de nós leitores, determinados a seguir acompanhando com nossa precária falta de percepção do que nos é mais acessível: a condição da penúria.

Seja lá o que Samuel Beckett quer nos passar com seu MALONE MORRE, a mensagem incutida na obra certamente me escapou. O fato é que em nenhum momento a trama segura na mão do leitor; é como se ela nos dissesse: terás que percorrer sozinho o vale dos indigentes. E faltou-me maturidade para tal.

MALONE MORRE é uma leitura complexa e inclemente que até mesmo a gramática parece querer nos confundir. Não é inacessível, mas carece sobriedade e desprendimento. Difícil de ser recomendada por seu teor sugestivo e impossível de ser resenhada... Enfim, esqueça tudo o que disse aqui.

site: Outras resenhas no site: https://dimensaoreluzente.blogspot.com/
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Sílvia 25/04/2019

Viva Beckett
Acho que é a terceira obra do autor que eu tenho o privilégio de ler. Esse é um artista da palavra que faz com que eu me sinta inepta na compreensão do que estou lendo. Comecei o livro achando que estava entendendo alguma coisa, passei a ter certeza de que não estava entendendo nada, voltei a pensar que tinha pego o fio da meada e, no final, compreendi que só sei que nada sei. Bechett é um mestre nisso, ou seja, trazer humildade e tirando a venda que temos nos olhos. Afinal, o maior pecado de toda a história da humanidade é pensar que sabe o que está acontecendo, achar que compreende o seu ambiente ou o seu próximo.
Na obra, temos um senhor, será que Malone é o nome dele?, internado? preso? retido? transformado em rato de laboratório? prisioneiro de guerra??, enfim temos uma pessoa em uma ambiente confinado. Pouquíssimas posses estão junto com o personagem, entre elas uma espécie de bengala, um toco de grafite, um caderno de primário. Enquanto narra seu dia a dia na clínica? prisão? hospital? ambulatório? glassbox?, o homem vai intercalando histórias de outras pessoas? de vidas passadas? de sonhos? de possessões?.
Interessante, perturbador, original, preocupante, revelador. Recomendo a toda pessoa que lê e que tem interesse em perceber que até hoje não sabemos se somo ou não somos.
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Matheus.Rocha 19/12/2018

Abandonei
Não gosto de abandonar livros, mas, neste, fui obrigado. Li-o até pouco mais da metade e o livro não conseguiu me prender hora nenhuma, interesse zero... Estava achando a história chata e muito confusa. Ademais, faltaram aos editores da Folha explicar e direcionar o leitor durante a leitura do texto.
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Erika 08/11/2018

Claustrofóbico
Fica claro que no fim resta nada... só histórias.
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Milton.Strassacappa 06/05/2018

Malone morre – Samuel Beckett
Beckett é mais conhecido por sua peça “Esperando Godot”, no entanto ele produziu diversos textos incríveis, como é o caso de Malone morre. O livro fala de um homem, no fim da vida, naquele momento entre a velhice extrema e a morte, quando as rugas já estão todas lá e não há tempo para novas.

Novo, esta é ma palavra que sumiu do vocabulário de Malone já tem algum tempo, ele se encontra em uma espécie de sanatório, onde vive cada dia a espera do último. Ele decide escrever sobre um homem. Que pode ou não ser ele, faz um inventário de seus poucos bens, que nada mais é que as tralhas que o rodeia.

Tralhas que o rodeia; não seria este o fim de todos nós consumistas, quando o tempo que nos resta oferece apenas a dádiva da espera?
Malone morre é um texto não linear, as cenas se misturam no tempo, no espaço da mente de um moribundo.

Ao final ele morre, não há spoiler sobre isso, mas antes do fim Malone se apresenta a nos leitores, conhecemos sua amante, tão morta quanto ele, seu enfermeiro carcereiro, uma espécie de barqueiro do rio Estige, esperando suas moedas para levar o corpo ao seu destino.

Não há dia ou noite na vida de Malone, só o que se vê por uma janela, que leva sua imaginação. E é isso, o que resta, uns poucos pensamentos e uma janela, as pernas, o corpo, foram primeiro, pularam do barco e o deixou para afundar.

C'est la vie mon ami. Malone te leva às cortinas que se fecham para todos, não há um próximo espetáculo.

Tire a poeira dos ombros. Reverencie seu público, e dirija-se à ribalta.

O espetáculo acabou.

Samuel Beckett, leia...


site: http://www.kbook.com.br/quem-escreve/malone-morre-samuel-beckett
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