Resenhas -

Stephanie 06/11/2024

Tudo nas entrelinhas
Esse livro foi lido por conta de uma disciplina que fiz de pós-graduação, tivemos uma aula específica somente para discutir sobre o livro, então irei fazer um compilado de algumas conclusões.
Essa obra, apesar de não biográfica, tem traços pessoais de vivências do autor. Também tem diversas passagens criticando o elitismo (e também as mulheres, homossexuais e racistas) e sua bolha preconceituosa.
O nome do prédio onde a personagem vive remete a eugenia (Santa Eugênia), a "ingenuidade" da bolha da elite. O nome em francês mostra que, ali, os moradores ainda vivem com os pensamentos da elite das décadas de 60 e 70 quando se era um prestígio falar outros idiomas.
Toda essa agressividade e o preconceitos são vistos em diversas cenas de briga e ataques, mostrando como a sociedade ainda é baixa e precisa atualizar-se.

Sabrina 09/10/2024

Chico e toda sua genialidade! Essa gente é um livro delicioso, em muitas situações engraçado demais, traz como pano de fundo o período político nefasto que vivemos recentemente com uma crítica social afiada e inteligentíssima. Nossas mazelas, desigualdade social, de gênero, racismo, misoginia, tá tudo aí, retratado no livro assim como na vida real. Como eu amo esse cara ??

Robim 11/09/2024

Essa gente
É cognito dizer que o mestre Chico Buarque é um patrimônio do nosso país. Um artista completo. Cantor, compositor e já comprovado um grande escritor. Nessa obra em forma de diário, nos mostra um quadro de um Rio de Janeiro na sua maior essência contrastando suas mazelas e suas belezas naturais. A escrita brasileira respira e não respira por aparelhos.

bichaleitora 03/09/2024

Chico Buarque é um gênio literário
Eu adorei cada página dessa odisseia literária, o Chico Buarque consegui construir histórias bem humanas, de modo melhor seu protagonista "Duarte" é muito brasileiro bem "malandro" ele sabe como desenvolver muito bem a maneira de como o protagonista age, não sei se muitos conhece esse livro,mas ele e maravilhoso seu humor um pouco ácido,fortalece muito as ideias de cada personagem da obra.
O final te deixa com uma incerteza enorme por isso que ele e perfeitinha em sua essência.

Vinicius.Escorce 02/09/2024

Livro mediano. Ele passa uma ideia de que o autor precisa terminar e por isso faz aquilo com o final.

Vanessa.Oliveira 09/08/2024

Primeira vez lendo Chico. Me surpreendeu a fluidez da escrita. O formato do livro como se fosse um diário foi interessante também. O final foi apressado, mas não deixou de ser uma boa leitura.

Gabriela 30/07/2024

Chico Buarque. Apenas Chico Buarque. Só poderia ser ele. Terminei e fiquei alguns minutos digerindo o final.

isa farinacio 22/07/2024

Gente eu engoli esse livro, teria lido tudo de uma vez se não tivesse sido obrigada a parar
Só não gostei mt do protagonista, pra variar kkkkkkk
Chico é um ótimo escritor, o que choca um total de 0 pessoas

analsd 10/07/2024

38/2024
Definitivamente, não dá pra dizer que é ruim um livro escrito com toda a genialidade de Buarque. Mas, lendo meu segundo livro de prosa buarquiana, dá pra dizer que ela não chega a me atravessar como sua poesia.

Apesar disso, ?Essa gente? é um poderoso insumo de análise literária: o que há de Hístoria nessa história é típico do Chico, mas ainda impressionante.

â¤. . . ju 01/06/2024

Esse Chico é meio lelé né
A melhor definição que dou sobre esse livro é que ele tem uma vibe parecida com a série "Os Outros". É uma história mais corrida, então não desperta aquele interesse de se ler um plot e imaginar "o que vai acontecer depois?" Sendo um livro do Chico Buarque, certamente tem algumas passagens mais líricas e, com certeza, bem chocantes. Houve momentos que eu li sem prestar tanta atenção, porém lia alguma coisa que me deixava de olhos arregalados de choque. É um bom livro, rápido de ler e não é difícil de entender, apenas não me conectei tanto com a narrativa.

Alan.Rezende 28/05/2024

A polifonia nunca foi o forte do Chico romancista. Aqui, se valendo da urgência do momento político, ele encontra uma ferramenta para dar voz a um alterego que exprime outras vozes, de forma hábil e original.
Chico é um artesão das palavras e um arguto cronista de matérias sociais e do coração. A grande força de "Essa Gente" é ser uma plataforma moldada para estas qualidades literárias, com fino humor e um bom tanto de porralouquice, a que alguns preferem chamar de criatividade.

Carniel 17/05/2024

Sempre é um prazer ler Chico Buarque
Há melhores de Chico, por certo. O Irmão Alemão e Budapeste são um primor, por exemplo. Nitidamente o autor domina com extrema habilidade a arte de escrever romance, há técnicas muito refinadas no processo da escrita, como a metaficção, algo sempre muito interessante de observar .

O que acontece é que em Essas Gente as personagens são um tanto exageradas, com uma compleição e condutas um tanto exageradas. O pastor, a ex-mulher bolsonarista, o salva-vidas, o agropecuarista... Todos portam um ar assim um tanto afetados, são personagens ruins mesmo. Não por culpa do escritor, que faz um retrato muito bem delineado dos tempos em que vivemos. Não são os personagens da ficção que são ruins, mas os da vida real.

Esse espelhamento com os tempos atuais causam essa "indigestão" porque sabemos que toda aquela cafonice, trejeitos e exageros estão em pessoas que conhecemos e que apoiam/aram bolsonaro nos últimos anos.

Até no exagero, Chico acerta.

Adriana791 18/03/2024

Poesia cotidiana
O ano é 2019 no Rio de Janeiro.

Em meio às incertezas do novo governo, um escritor vive seu dia a dia em busca de inspiração para um novo romance.

Achei genial a maneira como inicia com o que parecem pequenos contos que vão se entrelaçando e ganhando sentido ao longo da história.

Só tinha lido um livro do Chico até hoje e era muito jovem pra entender (o livro era Estorvo e pretendo reler pra ver se gosto agora).

Gostei muito da história que é narrada de forma leve mesmo abordando temas pesados.

Uma leitura rápida que vale muito a pena!

Lucas 18/03/2024

Meu querido diário...
Escrito como um diário, tendo o nome de seu principal personagem uma similaridade sonora muito grande com o nome do autor, este livro nos deixa com uma pergunta insistente: o quando de Buarque tem Duarte?

A escrita formalesca, em algumas partes, contrasta com a quotidianidade das cenas, sonhos, fantasias, desejos e impressões do personagem-narrador.

É uma estória muito presente, uma crônica do tempo e de uma classe (uma?). É uma história que nos faz dizer, volta e meia, "É assim mesmo. Igualzinho!". Como seu narrador, pode ser entediante e logo depois nos provocar uma risada.

Não acho que agrade a gregos e troianos - conservadores e liberais (nos costumes, que fique claro), em termos mais atuais. Nem sei se agrada a um ou outro. Porém, se você estiver disposto a rir daquele tio, daquele intelectual, daquele político, daquele escritor, daquela madame, talvez de você mesmo, este é o livro certo pra você.

Malu Alves ð¨ 10/03/2024

Chico.
Chico Buarque.
Bom escritor, bom músico, bom em tudo...
Essa arte de falar do cotidiano me encanta, principalmente com seu jeito crítico de ser.

Primeiro livro que li dele, confesso que esperava mais do final, mas na vida precisamos de frustrações também.

A narrativa mistura cartas e diário, ficção com realidade, críticas sociais e reflexões.
Adoro as críticas subjetivas que ele coloca no meio do livro, críticas ao governo da época (2019) e as pessoas em geral.

Mas realmente achei um saco estar dentro da mente de um homem, sendo sincera...
Mas vale a pena a experiência.