Lucas 18/03/2024
Meu querido diário...
Escrito como um diário, tendo o nome de seu principal personagem uma similaridade sonora muito grande com o nome do autor, este livro nos deixa com uma pergunta insistente: o quando de Buarque tem Duarte?
A escrita formalesca, em algumas partes, contrasta com a quotidianidade das cenas, sonhos, fantasias, desejos e impressões do personagem-narrador.
É uma estória muito presente, uma crônica do tempo e de uma classe (uma?). É uma história que nos faz dizer, volta e meia, "É assim mesmo. Igualzinho!". Como seu narrador, pode ser entediante e logo depois nos provocar uma risada.
Não acho que agrade a gregos e troianos - conservadores e liberais (nos costumes, que fique claro), em termos mais atuais. Nem sei se agrada a um ou outro. Porém, se você estiver disposto a rir daquele tio, daquele intelectual, daquele político, daquele escritor, daquela madame, talvez de você mesmo, este é o livro certo pra você.