Micha 08/11/2020Muito bomCarolina Maria de Jesus era descendente de escravos, mineira, foi trabalhadora do campo, catadora de papel, empregada doméstica, mãe solo de 3 filhos.
Ela estudou apenas dois anos, o Colégio foi pago pela patroa da mãe, que era lavadeira. O tempo que passou estudando foi pouco, mas o suficiente para ela se apaixonar por ler, escrever e se encantar pelos livros.
Ela foi presa por ler, acusada de ler para fazer feitiçaria contra os brancos. A mãe foi presa também, ao tentar defendê-la, e passarm mais de cinco dias na prisão.
Após a morte da mãe foi pra São Paulo, trabalhar de domestica. Após engravidar, se mudou para a favela do Canindé, catava papel para alimentar os três filhos.
A partir de 1955, começou a escrever o cotidiano da favela em papéis que achava no lixo, também escrevia poemas, contos e romances.
O diário virou o livro Quarto de despejo, que se tornou um fenômeno e foi publicado em 46 países.
Uma história de luta, garra, sofrimento e amor pelas palavras. Livro escrito para jovens. Ilustração maravilhosa. Recomendo.
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