O resenheiro 08/09/2024
Liberdade, igualdade, fraternidade, ou morte!
Sem dúvida um dos melhores livros que já li! Vai entrar para meus favoritos com certeza! Reúne vários aspectos pra isso, como uma boa história, enredo com surpresas inesperadas, personagens muito bem caracterizados e interessantes, Revolução Francesa como pano de fundo, drama, tragédias, ironias, e muito mais!
Eu fico impressionado como alguns autores têm a capacidade da descrição de uma época. Me senti mesmo naquelas duas cidades, Londres e Paris no final do século XVIII, entre pobreza, ruas sujas, carroças e cavalos por todo lado, becos e tabernas, julgamentos e execução na Santa Guilhotina, o instrumento recém inventado, idolatrado por aqueles sedentos de justiça e temido por todos, já que no final qualquer um poderia ter esse destino.
Achei a linguagem usada um pouco difícil em alguns casos, com palavras mais rebuscadas, tanto que no começo do livro não sabia se a leitura iria engrenar. Mas deslanchou sim, e a cada novo capítulo mais a narrativa ficava interessante, mais os personagens se conectavam e vi que o autor não dá ponto sem nó. Tudo tem um motivo, a semelhança de Sidney Carton com Charles Darnay, o dito cidadão Évremond, por exemplo, não é mera citação do momento, mas vai ter sim um uso no final... (quem já leu vai entender)
Caros cidadãos e cidadãs, Sr. Lorry Jarvis, dr. Alexandre Manette, Lucie, Sr e madame Defarge, Charles Darnay e Carton, e tantos outros personagens desta magnífica história, vocês ficarão na minha lembrança por um bom tempo, sem dúvida! Obrigado Charle Dickens, onde quer que esteja, por essa deliciosa leitura! Muita expectativa em ler suas outras obras!
Aqui vale ressaltar a nota do tradutor desta versão fantástica da Editora Nova Fronteira: "Dickens tinha o hábito de visitar prisões onde quer que fosse." Isso é só pra lembrar o realismo deste "Um Conto de Duas Cidades"