Ana Júlia 14/08/2024
"quero sentir alguma coisa com violência"
"Admirável Mundo Novo", de Aldous Huxley, é uma jornada profunda pelo futuro distópico que me fez refletir sobre as nuances da sociedade e da individualidade. Ao ler, me deparei com um mundo meticulosamente controlado, onde a busca incessante pela estabilidade impacta a essência humana. Como destaca o livro, "Um mundo feliz não precisa de heróis", provocando a reflexão sobre a necessidade da individualidade em um mundo que valoriza a conformidade.
A manipulação genética, tema central, é explorada com maestria por Huxley, e suas palavras, como as de Mustafá Mond- "A ciência é fascinante, mas, à medida que a tecnologia avança, a arte e a religião tornam-se menos importantes" - ressoam como advertência sobre o preço do progresso. Enquanto avançava na trama, diálogos impactantes, como "Libertem-nos da nossa humanidade" ecoavam, convidando-me a ponderar sobre as implicações psicológicas de uma sociedade excessivamente controlada.
Os personagens, como Bernard e Lenina tornaram-se meus guias nesse mundo futurista. Em meio a diálogos que ficaram gravados em minha mente, como "Somos escravizados pelo conforto"Huxley não apenas criou uma distopia clássica, mas também um espelho provocativo da nossa busca por uma utopia que, muitas vezes, vem com um custo."Admirável Mundo Novo" é mais do que uma leitura; é uma experiência que desafia e questiona as bases da sociedade e da humanidade.
Ainda não estamos vivendo em um mundo exatamente igual ao Admirável Mundo Novo. No entanto, existem algumas tendências preocupantes em nossa sociedade que podem nos levar a um futuro distópico.
Um dos livros mais bizarros que já li.