Neste livro, José Martino nos apresenta um Machado de Assis bem mais humano do que aquele legado por muitos de seus biógrafos. O mito do escritor indiferente à dor humana e alheio às questões sociais de seu tempo não serve mais para rotular o autor das Memórias Póstumas de Brás Cubas.
Aqui, vemos Machado como um homem de seu tempo, amigo dos amigos, funcionário público exemplar, completamente dedicado ao mundo das letras. Tendo nascido numa família muito pobre, no Morro do Livramento, cedo o pequeno Joaquim Maria percebeu que somente através de muito estudo poderia conseguir ascender socialmente. Logo vem para a cidade, atrás de trabalho, e é acolhido por Paula Brito, que ficara entusiasmado com a inteligência do menino. Em pouco tempo, o jovem entra para o jornalismo, onde escreverá contos e crônicas por quase toda a vida. Adora freqüentar teatros e vive deslumbrado com as atrizes.
Aos trinta anos, casa-se com Carolina, irmão do poeta Faustino Xavier de Novais. Neste livro, o autor lança novas luzes a respeito da misteriosa vinda de Carolina para o Brasil, um dos pontos mais obscuros ligados à biografia de *Machado de Assis*. Entrando para o funcionalismo público, num emprego estável e seguro, Joaquim Maria pôde dedicar-se ainda mais à literatura, tendo sido reconhecido pelos seus próprios contemporâneos como o homem de letras mais completo de seu tempo.
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(*) [pp. 134 a 139: um mistério: (...)]
[Versão alternativa]: Machado de Assis, Carolina A. Xavier de Novais & Eça de Queiroz:
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