Joel Birman acredita que a psicanálise ainda é o instrumento mais adequado para pensar sobre as relações entre o sujeito e o desejo, e, por isso, analisa a comunidade psicanalítica e mostra sua necessidade de repensar criticamente as novas formas de subjetivações sociais, como a "cultura do narcisismo". A necessidade de repensar os fundamentos da leitura da subjetividade constitui a motivação central deste livro e o fio condutor que articula os diversos capítulos que o compõem. Trata-se, para o autor, de um empreendimento urgente, na medida em que, na sua compreensão, é pela intermediação do conceito de subjetividade que é possível pensar tanto o mal-estar na sociedade contemporânea quanto o mal-estar na psicanálise. Trata-se, pois, de pensar os destinos do desejo na atualidade, já que são estes que nos permitem captar o que se passa nas subjetividades; o rastreamento de alguns destes destinos nos possibilita uma leitura acurada das subjetividades. Com isso, podemos nos aproximar do que há de sofrente nas novas formas de subjetivação da atualidade, circunscrevendo então o campo do mal-estar contemporâneo.
Psicologia