Lançado em 1984, o disco Fullgás materializa o espírito de seu tempo – um momento de transição democrática e ampliação das liberdades individuais na sociedade brasileira após vinte anos de ditadura militar. O país estava em ebulição, combustão e efervescência, alguns dos sentidos carregados pelo termo que nomeia o álbum e sua canção de abertura: full gas, remetendo a um tanque de combustível completamente abastecido, pronto para uma longa jornada.
No livro Marina Lima: Fullgás, da coleção O Livro do Disco, o escritor e pesquisador Renato Gonçalves traz uma escuta atenta do LP que, numa combinação de rock, pop e MPB, vendeu mais de 250 mil cópias. Da leitura do “Manifesto Fullgás”, assinado por Marina e seu irmão, o poeta Antonio Cicero, à análise das faixas das músicas, o autor aborda as representações de gênero, os sentidos políticos e a linguagem pop presentes nas canções.
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